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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

APRENDIZ MAÇOM

Ir∴ Milo Bazaga 
Queridos e respeitados Irmãos, pudessem todos os homens de bons costumes, terem o privilégio de um dia pertencerem a esta sublime Ordem, na qual com muita honra me encontro.

Como eterno Aprendiz Maçom que somos, vindo da escuridão em que me encontrava no mundo profano, ao ingressar nesta Sagrada Ordem, vi-me introduzido de um momento para outro, em um mundo novo, completamente diferente daquele em que vivia até então, pela receptividade e à acolhida recebida.

O Aprendiz Maçom, em sua tenra idade no seio da maçonaria e no galgar de seus primeiros passos nesta sublime Ordem. Tem como objetivo desbastar a pedra bruta, isto é, desbastando os vícios adquiridos na vida profana, devendo constituir-se na morte do homem velho e o nascimento de um homem novo, desvencilhando-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à Construção Moral da Humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria.

Assim é que, o Maçom em sua primeira instrução, aprende que o Grau de Aprendiz, é o alicerce da Maçonaria Simbólica, resumindo ele toda a Moral do Aperfeiçoamento Humano.

A imagem que se tem da Maçonaria no mundo profano, é inerente do ser humano em sua ignorância, ou seja, a falta de conhecimento do saber. É da ignorância de si mesmo que decorrem todos os vícios. Há três espécies de ignorância: não saber nada, saber mal o que se sabe, saber outra coisa e não o que se deve saber. O conhecimento, como a ciência, tem duas extremidades que se tocam: a primeira, é a ignorância natural de todo homem que vem ao mundo; a outra extremidade é aquela aonde chegam as grandes almas que, tendo percorrido tudo o que os homens podem saber, vêem que eles não sabem nada em comparação ao que tem de aprender, e se encontram quase na mesma ignorância da qual haviam partido; mas trata-se de uma ignorância sábia, esclarecida, que se conhece. Os que saíram da ignorância primitiva e não adquiriram, na jornada da vida, senão um verniz de ciências mal compreendidas, prevalecem-se de um falso saber e se fazem de entendidos. A religião desses ignorantes não pode ser a mesma dos sábios, que tem como princípio a tolerância, o amor da humanidade e o respeito a si mesmo. Eis por que os ignorantes são teimosos, irascíveis, perigosos; eles perturbam a desmoraliza a sociedade; para rebaixar socialmente o povo, eles o rebaixam intelectualmente e o privam do conhecimento de seus direitos, sabendo muito bem que, mesmo com a mais liberal das constituições, um povo ignorante sempre será escravo. Tais ignorantes, inimigos do progresso, devam, portanto, para melhor dominar, rejeitar toda luz, tornar as trevas mais espessas, lutar sem descanso contra a verdade, contra o bem, contra Deus.

Caso fosse possível levar ao conhecimento dos leigos, a Maçonaria passaria a ser vista como guia do sábio e da humanidade, isto é, uma vasta escola moral de instrução, de conduta e de virtude, que teria imposto silêncio à calúnia, pois fazer conhecer a Maçonaria é o mesmo que fazes amar.

A Virtude, é a filosofia da Maçonaria em ação, é uma energia da alma aplicada à prática habitual do bem, da justiça ou do dever. É um impulso natural para o que é honesto; é a força de vencer as paixões, a arte de mantê-las em equilíbrio e de se comportar nas grandes alegrias; é o hábito das boas ações e de viver de acordo com a razão aperfeiçoada, que sempre obriga a fazer o bem; é o triunfo da vontade sobre os desejos; o sacrifício de si mesmo e do próprio bem estar em favor de outrem; é a preferência, do interesse geral ao pessoal; o amor da ordem, da harmonia; é o culto mais excelente que se possa prestar ao GADU.

Não pode existir amizade sem virtude. Não pode haver virtudes públicas sem virtudes particulares. O único meio de tornar um povo virtuoso é fazê-lo livre e feliz.

A união dos homens é alimentada pela estima, a fidelidade, a constância.

O amor que a Maçonaria propõe a todos. Exige também edificações de solidariedade ao próximo, motivados na Liberdade, na Igualdade e na Fraternidade Universal.

Liberdade é o maior direito natural e inalienável do homem, para que possa exercer sem nenhum constrangimento sua atividade no campo social, intelectual e espiritual.

Igualdade é o equilíbrio que deve existir entre todos, tanto nos deveres como nos direitos e nas obrigações.

Fraternidade é a semelhança de igualdade, sem que haja qualquer tipo de discriminação, não importando à cor, a nacionalidade, a religião que professa, a condição econômica.

As colunas mestras em que se embasa e se sustenta o esplendor maçônico são as colunas da Sabedoria, da Força e da Beleza, elas representam;

Coluna da Sabedoria; ergue-se no pedestal do Oriente, na pessoa do Venerável Mestre;

Coluna da Força; ilumina o Irmão 1º Vigilante do hemisfério norte, para executar a obra de lapidação dos Aprendizes, preparando-os para o trabalho caracterizando, assim, a onipotência divina, e por último;

Coluna da Beleza; desabrocha no 2º Vigilante os odores dos perfumes das virtudes enriquecidas, como a união, paz e prosperidade, formando, dessa maneira a base da perfeita filosofia de vida.

Em resumo meus queridos Irmãos, a Maçonaria é uma Associação Universal, ela é uma sociedade íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o amor a Deus, e o amor dos homens. Ela tem por causa, a verdade, a luz, a liberdade; por princípio, a igualdade, a fraternidade, a beneficência; por armas, a persuasão e o bom exemplo; por fruto, a virtude, a sociabilidade, o progresso e por finalidade, o aperfeiçoamento e a felicidade da humanidade, que ela tende a reunir sob uma só Bandeira. Seu centro e seu império estão onde esta o ser humano; não se trata de uma sociedade secreta, mas de uma sociedade que tem um segredo.

De acordo com essa definição, faz parte da sabedoria e do interesse desta Ordem, só admitir em nossos mistérios, pessoas dignas de compreender os ensinamentos da Maçonaria, e de alcançar os objetivos a que ela se propõe.

É importante que em primeiro lugar queiram ser maçons, e não estar maçons.

Fonte: JBNews - Informativo nº 257 - 12.05.2011

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