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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 28 de dezembro de 2024

SAUDAÇÃO (CUMPRIMENTO) AO VENERÁVEL MESTRE

Em 16.04.2024 o Respeitável Irmão José Ydylio Machado dos Santos, Loja Fênix, 32, REAA, GLP (CMSB), Oriente de Ivaiporã, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte.

SAUDAÇÃO AO VENERÁVEL MESTRE

Mais uma vez abusando de vosso conhecimento e paciência. Li uma resposta sua a um Irmão sobre o assunto em epígrafe em postagem de agosto de 2023, porém não contempla uma dúvida surgida em loja na sessão de hoje. Refere-se ao Irmão 1° Diácono, no momento que se desloca para pegar o Balaústre com o secretário e levar para o Venerável Mestre, se ele deve fazer a saudação? Ou como já está no Oriente e mesmo passando do Norte para o Sul não tem necessidade de fazer? Essa parte não consta na vossa resposta. Quando o 1° Diácono se desloca do Oriente para Ocidente levando a palavra para o 1° Vig.’. Pelo que entendi em sua resposta, como ele está de posse do Bastão, simplesmente faz uma rápida parada e desce os degraus. No retorno após a abertura a mesma coisa, após subir os degraus faz a rápida parada sem movimento do corpo ou saudação com a cabeça. O Orador quando se desloca para a abertura do L∴ L.∴ Sim faz o sinal do grau como saudação, quando desce para o acidente e quando retorna. Eu procuro alertar os irmãos para fazermos a ritualística com esmero e hoje ocorreu essa controvérsia.

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente, vale ressaltar que as respostas que constam no Blog do Pedro Juk procuram se basear, sempre que possível, na prática mais consagrada do REAA. Com isso, não quero discutir se o ritual desta ou daquela Obediência é o que está correto.

Assim, no tocante à sua questão sobre a condução do balaústre pelo 1º Diác∴, no REAA quem conduz o balaústre, expediente e outros documentos não é o 1º Diác∴, mas o M∴ de CCer∴, o qual, dentre outros, é o imediato do Ven∴ Mestre.

Em se tratando dos DDiác∴, no verdadeiro REAA eles trabalham apenas na liturgia da transmissão da palavra sagrada que ocorre na abertura e no encerramento dos trabalhos da Loja. Também, no rito em questão, os DDiác∴não portam bastão e não existe formação de pálio.

É oportuno lembrar que no REAA primitivamente as obrigações dos candidatos eram tomadas sobre o Altar ocupado pelo Ven∴ Mestre. Com o advento das Lojas Capitulares, em 1816 na França, foi criado um pequeno altar como extensão do altar-mor, o qual passou a ser chamado de Altar dos Juramentos.

Mais tarde, quando as Lojas Capitulares foram extintas, esse altar desmembrado acabou permanecendo separado no Oriente. Consagrado como Altar dos Juramentos, ele fica em frente ao altar principal.

É por isso que rigorosamente, no REAA, o Altar dos Juramentos deve ficar no Oriente e não no centro do Ocidente, como ocorre com as Lojas Azuis (Blue Lodges) norte-americanas, que nada tem a ver com o escocesismo.

No que diz respeito à circulação formal no Oriente, ela não existe, a não ser a regra de que para se ingressar no Oriente se faz pelo Nordeste (lado do Orador) e dele se sai pelo Sudeste (lado do Secretário).

Dito isso, em Loja formalmente aberta, quando alguém ingressar ou sair do Oriente deve prestar saudação, pelo Sin∴, ao Ven∴ Mestre, nunca ao Delta.

Obreiro portando (segurando) objeto de trabalho, isto é, tendo as mãos ocupadas, não faz saudação pelo Sin∴, mas faz uma parada rápida e formal, sem meneios com a cabeça e nem inclinação com o corpo. A regra é não fazer o Sin∴ com o objeto.

Infelizmente é realidade que no Brasil existem muitos rituais do REAA vigentes, enxertados com práticas ritualísticas de outros ritos, o que, de certa forma, resulta em inúmeros paradoxos.

À vista disso, muitas vezes é dificultoso tecer comentários sobre algumas passagens ritualísticas, ou mesmo para elas estabelecer regras, já que as mesmas não constam na evolução dos rituais franceses do REAA, a partir de 1804.

Desse modo, ao concluir sugiro uma atenta observação nas matérias que eu publico no meu Blog, no sentido de que muitas delas são direcionadas ao ritual de uma determinada Obediência, portanto não devem ser generalizadas. Nesse contexto, vale a pena ressaltar que no Brasil os rituais de um mesmo rito, mas de Obediências regulares distintas, podem trazer entre eles sensíveis diferenças.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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