Nery da Costa Júnior
Loja Simbólica Pedro Manvailler nº13
Amambay - MS
Loja Simbólica Pedro Manvailler nº13
Amambay - MS
Há
um momento na vida em que a criança adquire, pela experiência e pelo
ensinamento dos adultos, um conhecimento fundamental que a situa no mundo
físico. Conhece, por exemplo, sua pequenez diante do mundo, a largura dos
passos, a capacidade de consumo, de velocidade, etc. É às vezes difícil, mas
sendo educada convenientemente, aprende a chamada “arte de viver” socialmente.
Eis que uma das instruções do Aprendiz nada mais representa que um alardear de norte. Um instante de reflexão sobre a dimensão de nossas vidas e de nossa Ordem. Ora, a bem da verdade, sentia-me um pouco aflito pela ausência desse ensinamento. E ele veio, afinal, saciar a minha sede e a robustecer minha imaginação sobre o que de fato somos nós: maçons.
Aqui fomos informados que a Ordem é o próprio universo, distando da terra ao céu, do sul ao norte, do oriente ao ocidente. Aprendemos que, tendo as luzes do evangelho vindo do oriente, justificado está porque razão o exaltamos simbólica e significativamente em nossos atos e sistemas.
Isto só seria, meus irmãos, matéria para um estudo longo. Essas afirmações, por certo, fecundarão no futuro um estudo esotérico sobre a vida, suas funções, suas origens e seus rumos. Aqui, todavia, somos chamados a conhecer e constatar a verdade da Maçonaria. Tomar ciência, por exemplo, de que nas pessoas do Venerável Mestre e dos Irmãos 1º e 2º Vigilantes estão calcadas as três colunas (Sabedoria, Força e Beleza) é alimentar a curiosidade inicial verdita desde a primeira instrução, na qual os conhecemos manejadores do esquadro, do nível e do prumo.
Vejam, irmãos, que espetáculo é para um iniciado compreender que dispõe do privilégio de estar entre essas colunas, instigado e incentivado a compartilhar desse misto de arte e artesanato, que é a busca da perfeição sustentada por ensinamentos tão nítidos e claros.
O sentido mais agudo da instrução está em fazer entender ao aprendiz que uma nova aurora brilhou em sua vida ao instante em que adentrou o templo da Maçonaria Universal. Não mais será possível conviver mediocremente no mundo profano sem que em todo e qualquer momento esteja com o pensamento voltado para o fato inexorável de que aqui nos reunimos para combater a ignorância e o vício. Diz o texto que o princípio dessas deformações é o nada saber, saber mal ou saber o que não deve...
Ora, esta é uma oportunidade rara que não podemos desperdiçar. É chegado o momento de compreender o que é de fato desbastar a Pedra Bruta. Em todos os lugares onde estivermos, em Loja ou fora, no mundo profano, somos maçons, ditos livres pensadores. Homens de bons costumes. Assim, somente o seremos se tivermos de fato uma conduta compatível com tais princípios. Se abarcarmos sentimentos desagregadores, somos em verdade agentes da ignorância e nos afastamos da sabedoria, que se espelha na tolerância, na fineza de tratamento e na compreensão dos nossos mortais irmãos!
Um livre-pensador não é verdadeiro se vacila ante as superstições, se claudica entre o amor e o ódio, se permite que sua inteligência seja obscurecida pelos sentimentos de fanatismo por qualquer matéria ou campo de experimento humano. A proposta é que tenhamos diante de nós um norte: a verdade pode estar aqui ou ali. Não a imaginemos apenas nossa, nem desprezemos o raciocínio de um semelhante livre. A proposta é: “quem tem ouvidos de ouvir, que ouça...”.
Aspecto palpitante para o novel iniciado é o sentimento de estar enroupado pela conhecida e propalada solidariedade maçônica, objeto de debates os mais elásticos nas sociedades públicas. Esse laço sagrado que nos mantém coesos precisa ser bem identificado e sem dúvida é boa a hora para sua divulgação: a solidariedade é um sentimento nobre, reservado à irmandade, e realmente traduz-se em conforto moral a cada um de nós ou de nossas famílias espalhadas em todo planeta. Mas tem um limite que somente poderá ser tangenciado pelo próprio irmão, se a despreza, verificando-se quando os conceitos sagrados entre nós são açoitados e feridos. Em suma, quer a Ordem que sejamos nós verdadeiramente dignos da solidariedade, muito ao contrário do que pensam aqueles insanos a quem parece que os maçons enriquecem e ganham poder apenas por estar agregados numa loja simbólica.
A Maçonaria não tem benesses materiais a dar a ninguém, mas é preciso compreender eu com seus ensinamentos os iniciados – que eram Pedras Brutas luminosas e que somente por isso foram chamados à lapidação – têm mais facilidade para alcançar seus escopos na terra, mesmo em se tratando de questões de ordem puramente material. Afinal, não será possível lapidar um monte de areia ou um punhado de argila. É preciso que seja pedra...
Então, aos que querem da Maçonaria nada mais que vantagens pessoais para atender suas ganâncias e volúpias à caça de riquezas físicas, a palavra de ordem é: Retira-te! Não há lugar aqui para vós. É a mensagem direta e interpretada do que vimos na iniciação.
É maravilhoso relembrar que temos firmado um juramento de socorro entre nós. Que gozamos da preferência em pé de igualdade, mas é igualmente fascinante saber que esse fenômeno somente acontece em se tratando de situação de inteira justiça, porque, sendo assim, nenhum de nós poderá usurpar ou ser usurpado dessa graça...
Que tal, então, usarmos essa dádiva refletida pelos ensinamentos desta instrução para reafirmarmos a nossa fraternidade? O Grande Arquiteto do Universo nos legou este momento para discutirmos estes aspectos da Maçonaria por razões que Ele bem conhece: Estamos carentes de aumentar a solidariedade, de volver nossos pensamentos à tolerância e ao amor, de afastar as trevas que por ventura enrijecem nossos corações e lembrar que a nossa fraternidade nos ensina a dar e não pedir, exceto que a necessitemos realmente.
Eis que uma das instruções do Aprendiz nada mais representa que um alardear de norte. Um instante de reflexão sobre a dimensão de nossas vidas e de nossa Ordem. Ora, a bem da verdade, sentia-me um pouco aflito pela ausência desse ensinamento. E ele veio, afinal, saciar a minha sede e a robustecer minha imaginação sobre o que de fato somos nós: maçons.
Aqui fomos informados que a Ordem é o próprio universo, distando da terra ao céu, do sul ao norte, do oriente ao ocidente. Aprendemos que, tendo as luzes do evangelho vindo do oriente, justificado está porque razão o exaltamos simbólica e significativamente em nossos atos e sistemas.
Isto só seria, meus irmãos, matéria para um estudo longo. Essas afirmações, por certo, fecundarão no futuro um estudo esotérico sobre a vida, suas funções, suas origens e seus rumos. Aqui, todavia, somos chamados a conhecer e constatar a verdade da Maçonaria. Tomar ciência, por exemplo, de que nas pessoas do Venerável Mestre e dos Irmãos 1º e 2º Vigilantes estão calcadas as três colunas (Sabedoria, Força e Beleza) é alimentar a curiosidade inicial verdita desde a primeira instrução, na qual os conhecemos manejadores do esquadro, do nível e do prumo.
Vejam, irmãos, que espetáculo é para um iniciado compreender que dispõe do privilégio de estar entre essas colunas, instigado e incentivado a compartilhar desse misto de arte e artesanato, que é a busca da perfeição sustentada por ensinamentos tão nítidos e claros.
O sentido mais agudo da instrução está em fazer entender ao aprendiz que uma nova aurora brilhou em sua vida ao instante em que adentrou o templo da Maçonaria Universal. Não mais será possível conviver mediocremente no mundo profano sem que em todo e qualquer momento esteja com o pensamento voltado para o fato inexorável de que aqui nos reunimos para combater a ignorância e o vício. Diz o texto que o princípio dessas deformações é o nada saber, saber mal ou saber o que não deve...
Ora, esta é uma oportunidade rara que não podemos desperdiçar. É chegado o momento de compreender o que é de fato desbastar a Pedra Bruta. Em todos os lugares onde estivermos, em Loja ou fora, no mundo profano, somos maçons, ditos livres pensadores. Homens de bons costumes. Assim, somente o seremos se tivermos de fato uma conduta compatível com tais princípios. Se abarcarmos sentimentos desagregadores, somos em verdade agentes da ignorância e nos afastamos da sabedoria, que se espelha na tolerância, na fineza de tratamento e na compreensão dos nossos mortais irmãos!
Um livre-pensador não é verdadeiro se vacila ante as superstições, se claudica entre o amor e o ódio, se permite que sua inteligência seja obscurecida pelos sentimentos de fanatismo por qualquer matéria ou campo de experimento humano. A proposta é que tenhamos diante de nós um norte: a verdade pode estar aqui ou ali. Não a imaginemos apenas nossa, nem desprezemos o raciocínio de um semelhante livre. A proposta é: “quem tem ouvidos de ouvir, que ouça...”.
Aspecto palpitante para o novel iniciado é o sentimento de estar enroupado pela conhecida e propalada solidariedade maçônica, objeto de debates os mais elásticos nas sociedades públicas. Esse laço sagrado que nos mantém coesos precisa ser bem identificado e sem dúvida é boa a hora para sua divulgação: a solidariedade é um sentimento nobre, reservado à irmandade, e realmente traduz-se em conforto moral a cada um de nós ou de nossas famílias espalhadas em todo planeta. Mas tem um limite que somente poderá ser tangenciado pelo próprio irmão, se a despreza, verificando-se quando os conceitos sagrados entre nós são açoitados e feridos. Em suma, quer a Ordem que sejamos nós verdadeiramente dignos da solidariedade, muito ao contrário do que pensam aqueles insanos a quem parece que os maçons enriquecem e ganham poder apenas por estar agregados numa loja simbólica.
A Maçonaria não tem benesses materiais a dar a ninguém, mas é preciso compreender eu com seus ensinamentos os iniciados – que eram Pedras Brutas luminosas e que somente por isso foram chamados à lapidação – têm mais facilidade para alcançar seus escopos na terra, mesmo em se tratando de questões de ordem puramente material. Afinal, não será possível lapidar um monte de areia ou um punhado de argila. É preciso que seja pedra...
Então, aos que querem da Maçonaria nada mais que vantagens pessoais para atender suas ganâncias e volúpias à caça de riquezas físicas, a palavra de ordem é: Retira-te! Não há lugar aqui para vós. É a mensagem direta e interpretada do que vimos na iniciação.
É maravilhoso relembrar que temos firmado um juramento de socorro entre nós. Que gozamos da preferência em pé de igualdade, mas é igualmente fascinante saber que esse fenômeno somente acontece em se tratando de situação de inteira justiça, porque, sendo assim, nenhum de nós poderá usurpar ou ser usurpado dessa graça...
Que tal, então, usarmos essa dádiva refletida pelos ensinamentos desta instrução para reafirmarmos a nossa fraternidade? O Grande Arquiteto do Universo nos legou este momento para discutirmos estes aspectos da Maçonaria por razões que Ele bem conhece: Estamos carentes de aumentar a solidariedade, de volver nossos pensamentos à tolerância e ao amor, de afastar as trevas que por ventura enrijecem nossos corações e lembrar que a nossa fraternidade nos ensina a dar e não pedir, exceto que a necessitemos realmente.
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