A Maçonaria, como conhecemos hoje, nasceu nos séculos XVII e XVIII. Ela foi idealizada por grandes pensadores para unir homens verdadeiros e bons, independentemente de religião, origem ou convicções.
A proposta? Criar um centro de união, onde as diferenças não fossem apagadas, mas respeitadas.
As famosas Constituições de Anderson não especificam o objetivo final dessa união, mas tudo aponta para um ideal: a coexistência pacífica da humanidade.
Para isso, os fundadores da primeira obediência moderna retiraram as religiões e igrejas dos trabalhos maçônicos. Um gesto ousado para a época, que foi parcialmente revertido anos depois, com a influência de maçons tradicionalistas e católicos em Londres.
Foi aí que o conceito de “união de homens honrados” passou a ser visto como fraternidade universal. Talvez um reflexo do cristianismo, onde todos são considerados “irmãos”. Ainda assim, o ideal de tolerância se manteve vivo.
Fraternidade vai além de amor — significa interdependência real. Quem tem irmãos sabe: mesmo com personalidades opostas, existe um elo visceral. E talvez, já naquela época, os cientistas da Academia Real de Londres intuíssem essa interdependência entre todos os seres vivos, antecipando o que hoje chamamos de ecologia humanista.
A “mecânica” da Maçonaria moderna ainda tem força: cria laços verdadeiros entre pessoas muito diferentes. Mas há um limite. Apesar dos discursos sobre “fraternidade universal”, nem todas as obediências realmente se reconhecem mutuamente.
A construção da “sede sindical” da humanidade está incompleta. E enquanto isso não mudar, será difícil construir o templo de um mundo verdadeiramente fraterno — a missão mais elevada da Maçonaria.
Talvez por isso ela tenha perdido tantos membros no século XX. Ela parou... no meio do caminho.
Peter Bu (1940-2022) foi um renomado escritor e pesquisador maçônico eslovaco. Em 1983, ele participou da reintrodução da Maçonaria na Eslováquia.
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
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