REAA - QUESTÕES
(republicação)
Em 11/05/2016 o Irmão Mario Gonçalves Dias Júnior, Aprendiz Maçom da
Loja Luz e Harmonia, 1.657, REAA, GOB-PR, Oriente de Telêmaco Borba, Estado do
Paraná, formula as seguintes questões:
mgd@jfpr.jus.br
Embora ainda esteja engatinhando
rumo aos degraus, eu me considero um dedicado Aprendiz, sempre buscando
conhecimentos em livros 'canônicos' da literatura maçônica e em revistas
temáticas, especialmente A Trolha.
Nesse pouco tempo já acumulei
uma série de dúvidas, principalmente ritualísticas, e gostaria de receber
uma instrução especial de um Mestre tão respeitável.
Abaixo, as referidas questões
(relacionadas ao REAA∴):
1- No momento da abertura da
Sessão, quando o 1º Vig∴ vai verificar se todos são maçons, o Sinal deve ser
feito em direção ao Oriente ou ao centro, onde fica o Painel do Grau?
2- Durante essa verificação o
Primeiro Vigilante precisa obrigatoriamente, passar pelas colunas com malhete
ao peito ou pode fazê-la de sua mesa, à Ordem?
3- No momento da aprovação da
Ata, os obreiros que faltaram à última Sessão devem aguardar fora do Templo? Mesmo se for
Vigilante, Secretário ou Orador?
4- Em nossa Loja, a mesa do 1º Vigilante tem 2 degraus e a mesa do 2º Vigilante tem 3 degraus. Isso representa
algum simbolismo sobre quem, realmente, deve ser responsável pela instrução
de Aprendizes ou Companheiros? E, segundo o REAA, quem é realmente
responsável? (ou mesmo, quem deve ser encarregado pelo Venerável, que eu
considero o verdadeiro Mestre Instrutor).
5- Na falta de Obreiros em uma Sessão Ordinária, ou outra
circunstância especial, há algum cargo que pode ser ocupado por Aprendizes ou
Companheiros? Existe a cultura de atribuir cargos a eles como forma de instrução
prática?
Outras questões, retiradas dos Procedimentos
Ritualísticos - 1o Grau REAA (página apontada após a questão):
6- É obrigatório que o quadro
de joias esteja localizada no Átrio e o Livro de Presenças na S∴P∴P∴? Ou
essa disposição fica a critério da Loja? (pág. 12)
7- Na falta de Cobridor Externo,
quando o Mestre de Cerimônias irá dar entrada aos Obreiros, ele deve
posicionar-se, obrigatoriamente, ao Sul (Col∴ J)?
(pág. 13)
8- Durante a Sessão, é
aceitável o gesto de levantar a mão (tal Sin∴ de Costume para aprovação)
para agradecer algum elogio ou referência de outro Irmão? (pág. 132)
9- O Cobridor Interno deve usar
bainha para portar a espada, ou pode haver uma base fixa em sua cadeira? (pág.
134)
10- E, por fim, em quais situações
o Mestre de Cerimônias circula em Loja sem portar o bastão? (pág. 141)
Desculpe me alongar tanto, Irm∴ Juk, mas sou um Aprendiz com muita ânsia de saber!
PS: Eu gostaria de receber seu contato por
email, mesmo que saia publicado em revista posteriormente. Muito obrigado.
CONSIDERAÇÕES:
1.
A verificação é feita pelo PrimeiroVigilante àqueles que ocupam as Colunas do Norte e do
Sul, assim, todos no Ocidente ficam à Ordem no sentido da frente dos seus
respectivos lugares. Isso implica que os protagonistas examinados simplesmente
levantam-se normalmente dos seus lugares e compõem o Sinal sem se preocuparem
em ser virar para esse ou aquele lado. Da posição que ocupa no extremo do
Ocidente, todo o recinto ocidental fica à vista do Primeiro Vigilante. A
propósito, quem fica à Ordem se mantém em pé, com o corpo ereto, pés
unidos pelos calcanhares formando com eles uma esquadria enquanto a mão
direita forma o Sin∴ Gut∴
2. Em Loja de Aprendiz o Primeiro
Vigilante faz a verificação do seu lugar. Primeiro espera que todos nas
Colunas fiquem à Ordem para em seguida, ele mesmo assim também proceder
(deixa o malhete sobre a mesa).
3. No rigor da tradição, essa
seria a atitude correta, todavia essa prática caiu em desuso. Assim, se
presentes os faltosos, participam da discussão sobre a Ata (Balaústre) que
acaba de ser lida apenas os que estiveram presentes na Sessão a que ela se
refere. Os demais se abstêm na votação (nesse momento ficam à Ordem –
significa abstenção naquele momento).
4. Há aí um equívoco em
relação à mesa do Segundo Vigilante. Para o Primeiro Vigilante se sobe por
dois degraus, para o Segundo, por um degrau e para o Sólio, três degraus. No
sentido histórico da tradição herdada dos construtores medievais (período
operativo), instrui os Aprendizes o Segundo Vigilante e os Companheiros o
Primeiro, não importando as suas posições relativas às Colunas. A questão
é simplesmente de hierarquia. De modo prático, obviamente que qualquer
Mestre, desde que previamente designado, pode ministrar uma instrução e não
só o respectivo Vigilante, ou mesmo o próprio Venerável. Assim, no caso da
sua Loja e os degraus para as mesas ocupadas pelos Vigilantes, eles (os
degraus) nada têm a ver com as instruções, mesmo porque para o lugar do
Segundo Vigilante existe somente um degrau.
5. Cargos em Loja são privativos de Mestres
Maçons, é o que prevê a tradição e o Regulamento Geral da Federação. Em
Loja aberta, nem mesmo sob a alegação de instrução, Aprendizes e
Companheiros assumem cargos. Eles em Loja sentam no Topo da Coluna do Norte e
no Topo do Sul respectivamente. É oportuno salientar que o Topo da Coluna é
toda a parede ocidental Norte ou Sul do interior do Templo (onde se situam as
Colunas Zodiacais).
6. Não necessariamente,
lembrando que o Átrio é a antessala da Loja e dela esse recinto faz parte,
assim, ali “todos já revestidos” formam respeitosamente o cortejo para
ingressar no Templo. Quanto a Sala dos Passos Perdidos é o local mais
apropriado para assinaturas e outros procedimentos preparatórios, entretanto,
não sendo possível de acordo com o espaço, pode-se usar outro compartimento
do prédio que abriga o Templo.
7.
Não, isso não é regra específica para o Mestre de Cerimônias.
8. Esse é um verdadeiro absurdo
ritualístico se praticado. Esse sinal de costume é de aprovação. Parece não parecer
muito nos conforme alguém aprovar um elogio para si mesmo ou aprovar uma
menção ao seu nome em Loja. Essa bobagem deveria ser extirpada dos nossos
costumes.
9. Preferencialmente o uso da
bainha é o mais apropriado, entretanto, não sendo possível, é perfeitamente
tolerado um dispositivo que acondicione a Espada atrás do espaldar (encosto)
da cadeira.
10.Salvo orientação específica
do Ritual, ele só porta bastão quanto estiver conduzindo alguém – isso está
previsto no Ritual.
Quanto aos Procedimentos
Ritualísticos do GOB-PR, oriento-o a consultar a nova edição (2016), pois
fiz toda a sua revisão e correção. A edição 2016 foi lançada por ocasião
do Congresso Maçônico de Guarapuava realizado na segunda quinzena do mês de
maio próximo passado.
T.F.A.
Pedro Juk - jukirm@hotmail.com
Fonte:"JB News – Informativo nr. 2.288 – Florianópolis (SC), quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Fonte:"JB News – Informativo nr. 2.288 – Florianópolis (SC), quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
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