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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 16 de setembro de 2023

CONFERÊNCIA DO TRONCO

(republicação)
Questão que faz o Respeitável Irmão Odair Tomaz, Tesoureiro da Loja Estrela de Morretes, 3.159, REAA, GOB-PR, Oriente de Morretes, Estado do Paraná. 

Quando fui iniciado quem conferia o tronco era o Orador. Agora aparece o Tesoureiro conferindo e comunicando direto ao Venerável. Conversando com alguns Irmãos a respeito, alguns acham que é porque o Tesoureiro é eleito. Outros também acham que por ele ter sido eleito ele fala diretamente com o Venerável. Qual a sua opinião a respeito? 

CONSIDERAÇÕES:

Infelizmente alguns "iluminados" resolveram alterar a ordem dos trabalhos no Rito. Genuinamente quem sempre conferiu o produto do Tronco é o Orador. Penso que os "entendidos" “acharam” que em se tratando de Tesoureiro, seria dele o ofício de conferir o Tronco. Ledo engano. Essa tradição é antiga desde quando os Irmãos contribuíam com metais preciosos para as obras de caridade. Era o Orador que pesava os metais e informava quantos quilos, ou a unidade de peso do país de origem dos trabalhos maçônicos da Loja. Essa expressão imperou por um longo tempo quando o Orador comunicava que o Tronco havia produzido a medalha cunhada de “tantos quilos”. Também é a razão do ainda usado termo "metais" quando se faz referência a um produto monetário apurado. Hoje os rituais já não mais apregoam esse costume distintivo, recomendando inclusive que o produto seja anunciado na moeda corrente no país. 

Como era genuinamente o Orador, este, por ser parte integrante do Oriente, comunicava o resultado diretamente ao Venerável que por sua vez comunicava a Loja o resultado e o destino do produto (... que será entregue ao Irmão Tesoureiro para crédito do Hospitaleiro). 

Agora o que eu não sei é se os “inventores” sabiam desses particulares inerentes aos usos, costumes e tradições. Penso que não. Assim mexeram onde não deveria ser mexido e o resultado tem sido esse elemento contraditório, já que não explicaram (mesmo contrário à tradição) que em sendo o Tesoureiro o conferente, ele ao comunicar à Loja, deveria usar o período da Palavra à Bem da Ordem na forma de costume (pedindo antes a palavra ao Vigilante). Isso não tem nada, mais nada mesmo, com cargos eletivos da Loja. 

Aliás, esses cargos eletivos também tem causado certo "frisson" - Confundiram cargos eletivos com Dignidades. Dignidades de uma Loja são sempre "cinco" - Venerável, Primeiro Vigilante, Segundo Vigilante, Orador e Secretário. Chanceler e Tesoureiro são mesmo Oficiais, todavia Oficiais eletivos em algumas Obediências. Três governam, Cinco a compõe, e Sete a completam - a confusão apareceu nos sete que a completam. Acham esses entendidos que com sete mestres simplesmente a Loja pode ser aberta. Mais um engano. Em qualquer circunstância uma Loja não pode trabalhar sem um Cobridor e, no caso do Rito Escocês, também sem um Mestre de Cerimônias. 

Nesse particular e usando a lei de menor esforço, ficou mais fácil chamar todos os cargos eletivos de Dignidades. De fato, é mesmo lamentável... 

T.F.A. 
PEDRO JUK  - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0997, Florianópolis (SC) – segunda-feira, 27 de maio de 2013

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