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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 14 de abril de 2019

SAUDAÇÃO ÀS LUZES APÓS A MARCHA DO GRAU - REAA

Em 22/11/2018 o Respeitável Irmão Luiz Marcelo Viegas, Loja Pioneiros de Ibirité, 273, REAA, GLMMG, Escola Maçônica Mestre Antonio Augusto Alves D’Almeida, Oriente de Ibirité, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

SAUDAÇÃO ÀS LUZES

Estimado irmão Pedro Juk, nós da Escola Maçônica Mestre Antônio Augusto Alves D'Almeida, corpo de instruções da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais sempre orientamos os Irmãos que, ao finalizar a Marcha, devem fazer a saudação ao Venerável Mestre e aos Vigilantes pelo sinal penal do grau. Especificamente no caso dos Vigilantes a orientação é que, como o corpo do Irmão ao finalizar a Marcha está voltado em direção ao Oriente da Loja, ele deve lançar um olhar ao Vigilante, voltar a cabeça à frente (em direção ao Oriente, mantendo o corpo ereto) e aí fazer o Sinal Penal.

Acontece que, com a posse do novo Grão-Mestre, houve a substituição do Irmão que até então ocupava o cargo responsável pela ritualística na Grande Loja. Esse irmão preterido pelo novo Grão-Mestre, após anos vendo o trabalho da Escola Maçônica e as instruções ministradas, inclusive a que aborda a entrada de retardatários e a saudação às Luzes, veio somente agora comentar com outros que nossas orientações sobre esse tema estão equivocadas, e que na saudação aos Vigilantes o Sinal Penal deve ser feito com a cabeça totalmente virada para eles e com o tronco voltado para o Oriente.

Entendemos, e podemos estar totalmente equivocados, que ao proceder dessa forma o Sinal penal do Grau fica totalmente descaracterizado, e aí está a razão procedimento que passamos em nossas orientações citadas acima.

Ciente do seu profundo conhecimento sobre o REAA, recorro ao Irmão para que me auxilie na solução dessa questão: qual das duas orientações está correta? Ou nenhuma delas é o procedimento correto? Se for esse o caso, como devemos proceder então?

Fiz uma pesquisa em alguns rituais antigos e não encontrei uma orientação exata sobre como se deve proceder na saudação aos Vigilantes. Também não encontrei na literatura maçônica uma definição sobre como proceder. Se puder indicar um livro que aborde esse assunto, serei ainda mais grato.

CONSIDERAÇÕES:

Pelo menos até aonde eu sei, um Irmão do REAA∴, ao concluir a Marcha do seu Grau (entrada formal) deve saudar as Luzes da Loja pelo Sinal Penal obedecendo à ordem hierárquica, ou seja, por primeiro o Venerável Mestre, por segundo o Primeiro Vigilante e por fim o Segundo Vigilante. 

Nesse caso, depois de já ter saudado o Venerável Mestre, para saudar o Primeiro Vigilante, o Irmão, parado e com o corpo de frente para o Oriente com o Sinal de Ordem composto deve dirigir o seu olhar (girando o pescoço e a cabeça) para o Primeiro Vigilante e, sem voltar o olhar para frente, fazer a saudação pelo Sinal e na forma de costume (saúda olhando para o Vigilante). Ato seguido, do mesmo modo ele assim deve proceder para com o Segundo Vigilante. Concluída essa saudação o Irmão, aí sim, volta novamente o seu olhar para o Venerável Mestre e se mantém à Ordem.

Assim, respeitosamente devo lhe dizer que eu nunca vi prática igual a que o Irmão descreveu na sua questão (saudar o Vigilante olhado para Venerável).

Explico: obviamente que saudar o Vigilante olhando para ele acontece porque é ele quem está sendo saudado, portanto não a há nada mais natural de que quando cumprimentamos (saudamos) alguém, o façamos olhando para essa pessoa. Outro aspecto, no caso da Marcha, é que só não voltamos todo o corpo para o Vigilante no momento de saudá-lo porque os nossos pés - em esquadria - devem permanecer conforme o último passo que fora dado para concluir a Marcha. Contudo isso não justifica que se tenha saudar os Vigilantes olhando para o Venerável Mestre. Nesse caso volta-se para o Vigilante apenas o olhar ao mesmo tempo em que se lhe presta a saudação.

Se o desapontei com a minha resposta, eu só tenho a lamentar, entretanto eu não conheço outra forma de se saudar as Luzes da Loja nessa oportunidade que não seja a que eu acabei de comentar.

Quanto à literatura específica eu acho difícil; eu pelo menos não conheço, senão os rituais. Penso que talvez aquele que implantou essa forma de saudar os Vigilantes olhando para o Venerável é quem poderia indica-la. 

Concluindo, insisto que racionalmente devemos seguir a regra imemorial e universalmente aceita, ou seja, a de que quando cumprimentamos (saudamos) alguém, que o façamos olhando para esse alguém.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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