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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 23 de julho de 2016

PRODUZIR MAIS TRIGO

PRODUZIR MAIS TRIGO
Emir Hannuch

Já dizia Epicuro, o filósofo grego: "não podemos viver felizes se não formos justos, sensatos e bons".

A instrução maçônica é um questionamento sobre a vida. Para o que ela serve e qual é o seu fim?

Leva-nos à conclusão que a vida é uma escola de aprendizado em busca da perfeição. Desde a concepção no útero materno aprende-se, e este aprendizado se intensifica após o nascimento. Aprendemos a andar, a falar, somos alfabetizados, educados e vivemos em sociedade. Dentro dessa escola da vida alguns homens têm o privilégio de ingressarem numa faculdade que se chama Maçonaria. Alguns terminarão o curso, serão mestres e até o grau 33. Outros desistem, no início, no meio ou no fim. Outros ainda são reprovados e perdem a oportunidade de aperfeiçoar-se espiritualmente. É o livre arbítrio e são as regras do curso. A faculdade começa na iniciação e termina na diplomação, que é a comunhão total e final, cuja banca examinadora é o tribunal da consciência de cada um e a misericórdia do Grande Arquiteto do Universo.

A Maçonaria é uma faculdade de vida, que incentiva a pesquisa da verdade, o exercício do amor e da tolerância. Que recomenda o respeito às leis, aos costumes, às autoridades e, sobretudo à opção religiosa de cada um. A Maçonaria não se preocupa em retribuir as ofensas injustas recebidas pelos que não a conhecem. Defende-se mostrando aos seus algozes o que é a Maçonaria: uma instituição filosófica, moral e espiritualista. Filosófica, porque leva o homem a se ajudar na busca da verdade que ele procura. A vencer suas paixões e submeter sua vontade à verdadeira razão. Moral porque só aceita homens de bons costumes, que comem o pão resultado do suor de seus rostos. Espiritualista por não admitir ateus em suas fileiras. A Sublime Ordem é a única organização que transforma em irmãos pessoas de crenças religiosas diferentes, pois nela convivem harmoniosamente, católicos, espíritas, protestantes, budistas, maometanos, judeus e outros.

O bom maçom preocupa-se com tudo o que acontece, pois a Maçonaria é universal. Ela tem seus métodos próprios de ação, conhecidos pelos verdadeiros maçons, os quais são agentes da paz e chamam os conflitos armados de a estupidez da guerra, da guerrilha, do terrorismo, do radicalismo e da ignorância. A Maçonaria sempre se colocou a favor da liberdade, contrária a qualquer tipo de opressão que sonegue ao ser humano o direito de pensar. Não é radical, pois a virtude mora em seu meio, regido pelo bom senso, a equidade e a isonomia. Exige de seus adeptos uma vida de constante exercício de cavar masmorras aos vícios e erguer templos às virtudes. Ela sabe que o maior ensinamento que os maçons podem oferecer reside no exemplo oferecido por cada pedreiro livre, aquele que não esquece de dar polimento à pedra bruta que é e sempre lembra da necessidade erigir um estável templo interior.

A Maçonaria combate a hipocrisia, o fanatismo e a intolerância. Combate esses males procurando conduzir os homens ao entendimento, única forma de conseguir paz permanente. Com isso mostra o caminho na direção do Grande Arquiteto do Universo, a luz radiante que é o próprio caminho do amor, da fraternidade e da tolerância para todo o sempre.

Os maçons conseguem o que muitos acham impossível; a reunião de homens de todas as crenças, unidos pelo laço da irmandade, pelo pensamento uníssono de que pela boa obra se conhece o bom pedreiro.

O que interessa ao bom maçom é o exercício da caridade, pois sem ela não há salvação. Não existe fé sem caridade, sem esperança, sem amor. A fé coloca o maçom em contato com o Criador, em sintonia de emissor e receptor.

O comportamento digno que a Ordem impõe a seus membros honra qualquer profissão de fé religiosa, pois cada um tem o direito de professar e melhorar em sua própria religião. Garante a Constituição Brasileira que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos. Num templo maçônico deixam-se do lado de fora as diferenças religiosas e passa-se a pratica comum da igualdade, liberdade e fraternidade. Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos.

O Templo interior de cada um deve permanecer sempre limpo, livre da sujeira que as iniqüidades provocam, iluminado pelo verdadeiro amor, sempre permitindo lembrar que o conhecimento é apenas uma gota diante de um oceano de coisas ignoradas. Ensina a Maçonaria que o Grande Arquiteto do Universo é uma fonte de amor, sempre pronto a permitir o soerguimento de qualquer um que queira se levantar. Como Ele saberá, a qualquer tempo, separar o joio do trigo, os maçons são recomendados a produzir mais trigo, mais trigo, mais trigo...

Dados do autor:
Emir Hannuch é empresário e maçom brasileiro.
Nasceu em Curitiba em 6 de maio de 1944. Com 64 anos de idade.
É obreiro da Loja Maçônica Apóstolo da Caridade, nº 21, jurisdicionada a Grande Loja do Paraná.
Email emirhannuch@terra.com.br

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