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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O SILÊNCIO DO APRENDIZ

O SILÊNCIO DO AP∴
A∴ R∴ L∴ S∴ 2 DE JULHO Nº 586 – OR∴ DE DRACENA/SP Av. Expedicionários, nº 364 – Vila Barros Dracena – SP
Autor: Ir∴ Cleber Basso – bassoadv@bol.com.br

O que é o silêncio? Nossos dicionários são fartos em descrever o silêncio como sendo a atitude mística diante da infalibilidade do Ser supremo, o calar-se diante de determinada situação, estar mudo ou somente pensando. Para filosofia, o silencio não se confunde com ausência de ruído, pois nada mais é do que a abolição da palavra ou da linguagem. Independentemente da interpretação que se tem do silêncio no mundo profano, aqui neste trabalho temos o silêncio como instrumento de transformação e aprendizado.

Simbolicamente, o Apr∴ não sabe falar, não podendo, portanto, fazer uso da palavra. Esse impedimento, todavia, é apenas simbólico, pois o Ap∴ tem direito de falar em loja, desde que não aborde assuntos ainda incompatíveis com seu Grau. Esse impedimento simbólico tem raízes históricas e místicas. Sendo, a mística maçônica, muito influenciada pelos costumes das antigas civilizações. Esse simbolismo pode ser visto em duas instituições da antiguidade: o Mitraísmo persa e o Pitagorismo. Embora não se possa procurar profundas semelhanças entre graus simbólicos da Maçonaria e os Graus do Mitraísmo, existem pontos em comum entre Apr∴ Maçônico e o Corvo Mitráico, pois ambos não podem, simbolicamente, criar ideias próprias, limitando-se a ouvir, sem falar. O mesmo ocorre em relação aos Ouvintes, do Pitagorismo, os quais, durante o seu aprendizado, se limitavam a ouvir e aprender, numa situação muito similar à do Apr∴, que, simbolicamente, é uma criança, que não sabe falar e que se limita, também, a ouvir e aprender.

domingo, 29 de novembro de 2015

CRIAÇÃO DA PALAVRA SEMESTRAL

A CRIAÇÃO DA PALAVRA SEMESTRAL

A palavra semestral só é usada na corrente latina da Maçonaria. Foi criada em 03 de julho de 1777 pelo Grande Oriente de França, por decreto do Grão-Mestre, atendendo a uma solicitação do Conselho da Ordem, assim concebida: “Convencidos por uma longa experiência da insuficiência dos meios empregados até hoje para afastar falsos maçons, cremos não haver melhor meio do que pedir ao Grão-Mestre, que dê, de seis em seis meses, uma Palavra, que não será comunicada senão aos Maçons regulares e mediante a qual eles se farão reconhecer nas Lojas que visitarem”. O Grande Oriente do Brasil, desde sua reinstalação em 1831, adotou a Palavra Semestral.

Fonte: Boletim GOB nº 23/24 de 1985.

sábado, 28 de novembro de 2015

RITOS MAÇÔNICOS

RITOS MAÇÔNICO*
(A Pluralidade de Ritos Maçônicos no Brasil e no Grande Oriente do Brasil)

“De fato, é um laurel da Maçonaria Brasileira a Pluralidade de Ritos, porque o exercício de Ritos Regulares faz com que a nossa Obediência abrigue, generosamente, as várias correntes Filosóficas e Doutrinárias do Mundo Maçônico, desde o Agnosticismo até o Teísmo. Seria um atentado à História e à Justiça se, em obediência a imposições ilegítimas e alienígenas, criássemos agora obstáculos aos Ritos” (Álvaro Palmeira, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil - 1963/1968).

1 – A Gênese dos Ritos

Conceituamos rito como sendo um cerimonial próprio de um culto ou de uma sociedade, determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão, designa culto, religião ou seita. Maçonicamente é a prática de se conferir a Luz Maçônica a um profano, através de um cerimonial próprio. Em seiscentos anos de Maçonaria documentada, uma imensidade de ritos surgiram. Mas, de 1356 a 1740, existiu um rito apenas, ou melhor, um sistema de cerimônias e práticas, ainda sem o título de Rito, que normatizava as reuniões maçônicas. Somente a partir de 1740 é que uma infinidade de ritos varreu o chão maçônico da Europa.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

AS LUVAS, OS OBSTÁCULOS E AS POSTURAS

AS LUVAS, OS OBSTÁCULOS E AS POSTURAS
(Desconheço o autor)

As Luvas

Quando o neófito cumpriu todos os compromissos da Iniciação e após ter recebido o Avental, o Venerável Mestre diz: “Essas luvas são o símbolo da vossa admissão no Templo da Virtude e indicam, pela sua brancura, que nunca deveis manchá-las, indenes as vossas mãos das águas lodosas de vício.”

Recebe, então, o neófito um par de luvas para si e outro, para entregar à mulher que “mais direito tiver” à sua estima.

A luva deve possuir a sua história, no entanto, esta é desconhecida; sabe- se apenas que as primeiras foram confeccionadas com peles de animais para proteção. Os esquimós, antes de entrarem em contato com a civilização, já tinham em sua indumentária as luvas que usavam para proteção contra o frio.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

HISTÓRIA DO INÍCIO DA MAÇONARIA NO BRASIL

História do Início da Maçonaria no Brasil
Fonte: Ir:. Antonio Rocha Fadista

O espírito maçônico na vida brasileira é bem anterior à implantação da Maçonaria como Instituição em nosso país.

Em 1794, Dom Azeredo Coutinho, nascido em Pernambuco, onde foi Bispo, quando ocupava o cargo de Bispo de Elvas, em Portugal, dizia o seguinte: “Há quase um século principiou uma Seita com a mania de civilizar a África, reformar a Europa, corrigir a Ásia e regenerar a América”.

Este Bispo, escrevo em 1794, dizia que a Maçonaria surgira em 1700, o que não estava muito longe da realidade. Dizia ainda o Bispo: “Há mais de trinta anos esta mesma seita principiou a espalhar a semente das revoluções para separar as Colônias das metrópoles, principalmente as de Portugal e da Espanha, as mais ricas do mundo”. É interessante destacar que o citado Bispo, no século seguinte, filiou-se à “seita” por ele combatida.

A História nos conta que em 1787 já fermentavam os ideais da Revolução Francesa, e que José Joaquim da Maia, nascido no Rio de Janeiro e estudante da Universidade de Montpellier, filho de um “Mestre Pedreiro”, servia de elemento de contato entre os Maçons brasileiros e Thomas Jefferson, então embaixador dos Estados Unidos na França, que tinha substituído a Benjamim Franklin não só no cargo, mas também no trabalho de preparação das Lojas Maçônicas para a Grande Revolução de 1889.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

OS MAÇONS OPERATIVOS - EPÍTOME DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA

OS MAÇONS OOPERATIVOS - EPÍTOME DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA
Ir∴ Carlos Frazão
Resp∴ Loja Ocidente, do Grande Oriente Lusitano – Lisboa

O estudo da Maçonaria deve iniciar-se precisamente pela sua História. Só assim o iniciado pode perceber o porquê de muitas situações que ele irá encontrar ao longo da sua carreira maçónica. 

Hoje, o acesso à documentação maçónica está extraordinariamente simplificado, podendo dizer-se que só não sabe Maçonaria quem não queira perder, ou ganhar, depende do ponto de vista e do interesse individual, algum tempo na investigação e leitura do que sobre esta matéria a internet proporciona. 

Mas, para abordar o tema da História da Maçonaria, para a enquadrar em dez ou quinze minutos de discurso temos de fazer um esforço de simplificação, que terá forçosamente de ser complementado pelo trabalho de busca, nas fontes de informação existentes e que referiremos oportunamente. 

Pois bem, para iniciarmos a nossa conversa sobre a História da Maçonaria comecemos por a dividir em três períodos distintos, ou sejam:

terça-feira, 24 de novembro de 2015

CANDIDATO À ORDEM, A MEDIOCRIDADE É A PIOR DEFICIÊNCIA

CANDIDATO À ORDEM, A MEDIOCRIDADE É A PIOR DEFICIÊNCIA
De toda e qualquer deficiência de um candidato talvez a pior delas seja a mediocridade. O homem medíocre jamais assumirá o seu papel de Maçom no pleno sentido deste termo, pois o medíocre já é por sua própria natureza um acomodado. Do homem medíocre dizia Jesus; "por não ser nem frio nem quente o cuspirei de minha boca". Não se pode contar com ele seriamente para nenhuma atividade que exija um rompimento com a rotina. Ele nada começa e quando o começa nada termina. Nada faz além de suas estritas obrigações. Somente acompanha e critica, ou quando muito dá seu apoio fictício com meros e superficiais aplausos. No seu inconsciente ele se condena a si próprio pela na sua inércia, e toma como uma censura velada tudo o que os outros realizam. Por isso o medíocre é um crítico contumaz.

Na maioria das ocasiões será preferível lidar com inimigos, porque pelo menos esses se definem e pode-se saber onde estão.. O medíocre é um omisso e contagia tudo ao seu redor com sua omissão. Certa vez, sendo eu Venerável de uma Loja, um Irmão se aproximou de mim com críticas por não promovermos com mais freqüência jantares para aproximar os Irmãos e suas famílias. Informou-me que perto de sua residência havia uma senhora que promovia festas e jantares a preços acessíveis e que seria fácil contratá-la. Pedi-lhe então, já que o restaurante estava próximo a sua casa, que organizasse um jantar com as nossas esposas. Não posso, disse-me secamente, não tenho tempo. A indicação do restaurante era simplesmente uma maneira discreta de criticar e dizer que a Administração da Loja era ineficiente em suas atividades sociais.

domingo, 22 de novembro de 2015

SOLIDARIEDADE MAÇÓNICA

SOLIDARIEDADE MAÇÓNICA

Nos tempos que correm, quando o Homem se encontra mais preocupado com seu “umbigo”, existir alguém com a capacidade e a vontade em auxiliar quem necessita é uma das melhores atitudes que poderemos ter para com o nosso semelhante. E quando se auxilia alguém sem se esperar qualquer tipo de retorno por esse facto, atrevo-me até a dizer que é um ato de elevada nobreza por quem assim age. Ajudar-se apenas porque se quer ajudar não está ao nível de qualquer um.

Muitas vezes as nossas ocupações diárias, sejam profissionais ou familiares não nos permitem ter a disponibilidade temporal para o fazermos, outras vezes talvez, serão razões de ordem financeira que impossibilitam quem quer ajudar o fazer. Mas ter a vontade para tal, será sempre o “gatilho” que poderá despoletar o ato em si. Pode não ser hoje, pode não ser já amanhã, mas um dia o será…

E se para alguns terem a vontade de ajudar passa por terem passado por situações na sua vida que se assemelham à vida de quem querem auxiliar e assim mais facilmente poderem identificar quem podem ajudar e a forma de como o poderão fazer, outros será porque sentem que para preencherem a sua vida de forma plena, necessitam de praticar a caridade e ser beneficente com quem precisa. Cada um com a sua razão, cada um com toda a razão.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

COMENTÁRIOS SOBRE OS GRAUS PRIMITIVOS DA MAÇONARIA


COMENTÁRIOS SOBRE OS GRAUS PRIMITIVOS DA MAÇONARIA
Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
Londrina PR

Datado de 02.02.1356 existe um documento na Prefeitura de Londres emitido por um mestre de obras de nome Henry Yevelle solicitando autorização para que ele e mais onze companheiros (freemasons e freestones) pudessem realizar suas reuniões em recinto fechado. No mínimo podemos deduzir que seriam reuniões de Aprendizes, isto numa época em que ainda não havia comprovação de que já existisse o grau de Companheiro e nem catecismos ou guias ou qualquer norma de como eram realizadas essas reuniões. No documento a palavra companheiro não se referia a um grau da Maçonaria, mas sim de maçons livres, companheiros de trabalho. É claro que neste tempo a Ordem era Operativa e católica.

No manuscrito de Harleian n.º 2054 do ano de 1650 já continha uma forma de juramento ou compromisso e ainda cita algumas palavras e sinais dos Pedreiros Livres, já indicando algum segredo. O manuscrito não dá maiores detalhes.

Entretanto nestes sinais de reconhecimento já se previa a possibilidade de se criar mais um grau, o que parece ter ocorrido vinte anos após em 1670 em função da necessidade de distinguir os Aprendizes Júniores dos Aprendizes Sêniores, já que (os) últimos tinham alguns privilégios a mais que os Aprendizes recém recebidos o que caracterizava de certa forma, um outro grau dentro do mesmo. Os Aprendizes Júniores tomavam assento na Coluna do Norte (onde simbolicamente não entra Luz) e os Aprendizes Sêniores se assentavam na Coluna do Sul, além de terem funções diferentes no grêmio. Era natural que, com o tempo se criasse um novo grau, porem esta transformação foi muito lenta.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ONDE ESTÃO OS TAMBORINS?

Ir.'. Antônio do Carmo Ferreira
Grão-Mestre do GOIPE - Grande Oriente Independente de Pernambuco -Recife

A maçonaria que veio para o Brasil não foi a maçonaria da Inglaterra. Os maçons que trouxeram os ideais e os objetivos da Ordem pra cá foram os iniciados na França. Quando em 1796 foi instalado o Areópago de Itambé, o seu presidente – Manoel Arruda da Câmara - vinha de Montpelier, no sul da França. Trazia consigo os ideais do iluminismo e a “bandeira” da Revolução Francesa de “liberdade, igualdade e fraternidade”.

O portal de Itambé se abria para, por seu intermédio, favorecer o nascimento de uma escola em que o povo ia ser doutrinado para a construção de uma pátria para os brasileiros. A maçonaria inglesa proibia, através da Constituição de Anderson, o trato com a política e com a religião no interior de suas Lojas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

ORIGENS E PRIMÓRDIOS DO REAA

Origens e primórdios do REAA
Ir.´. Rui Bandeira

Origem e primórdios do Rito Escocês Antigo e Aceito
O Discurso do Chevalier Ramsay

Andrew Michael Ramsay (1686-1743), também conhecido por Chevalier Ramsay, foi um teólogo e
escritor escocês que viveu a maior parte da sua vida adulta em França, como jacobita exilado.

Estudou teologia nas Universidades de Glasgow e Edimburgo, tendo-se graduado em 1707. Em 1708, foi viver para Londres, tendo-se relacionado com Isaac Newton, Jean (ou John) Desaguliers e David Hume.

Em 1710, estudou sob a orientação do filósofo místico François Fénelon, tendo-se, por influência deste, convertido ao catolicismo. Após a morte de Fénelon, em 1715, foi viver para Paris, onde se tornou amigo do Príncipe Regente de França, Philippe dOrléans, que o fez, em 1723, Cavaleiro da Ordem de S.Lázaro de Jerusalém - o que motivou a sua futura designação por Chevalier Ramsay.