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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

O REI INICIADO

O REI INICIADO
(republicação)

Em 18/11/2016 o Respeitável Irmão Luiz Carlos Goulart, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GLESP, Oriente de Registro, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:

O REI INICIADO

Existe comprovação histórica de que o Rei Jaime I da Inglaterra teria sido iniciado na Maçonaria antes de assumir o trono? Teria depois de coroado incentivado a criação de Lojas na Inglaterra?

Carlos l teria também iniciado na Maçonaria por influência do pai?

Desculpa-me se estou referindo-me as famosas baboseiras, mas é o que encontramos escrito em até por respeitáveis irmãos e isso nos deixa na dúvida; mas se for verdade fica mais fácil compreender certas passagens.

CONSIDERAÇÕES:

Penso que todos esses são boatos exarados pelo ufanismo de alguns e de outros que querem justificar o pouco provável. Muitos confundem e inventam "estórias" que não merecem créditos. O que não se pode negar são possibilidades já que o dinamismo da história está em achar algum documento fidedigno que comprove uma afirmativa. Antes disso, nada mais existe senão as suposições, as especulações e a danosa invenção.

T.F.A.
PEDRO JUK     jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

A MAÇONARIA E A IGREJA CATÓLICA

A MAÇONARIA E A IGREJA CATÓLICA
Ir∴ Cícero José da Silveira (*)

Sempre tive um desejo de escrever uma matéria sobre o relacionamento entre a Igreja Católica e a Maçonaria, mas o tempo vai passando, as obrigações vão se avolumando e o esquecimento fez perecer a nossa intenção.

Mas ao ler os jornais locais desta sexta-feira (14/11/2008), na parte “Opinião”, me deparei com a matéria escrita pelo nosso bispo diocesano Dom Redovino Rizzardo, intitulada “Sou Católico e Maçom: qual é o problema?

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

SUBIR OS DEGRAUS

SUBIR OS DEGRAUS
(republicação)

Em 25/11/2016 o Respeitável Irmão Marcos Almeida, Loja Guardiões do Roncador, 3.719, GOEMT - GOB, REAA, Oriente de Barra do Garças, Estado do Mato Grosso, faz a seguinte pergunta: 

SUBIR OS DEGRAUS

Irmão, tenho duvidas quanto ao momento da saudação por ocasião de entrar no Oriente no REAA, o Mestre e Cerimonias, Diácono, eles devem subir até o piso do Oriente, ou saldar no terceiro piso que antecede a entrada do Oriente, entendo que deve ser no terceiro piso, há controversas quanto ao meu entendimento., se for assim ou de outra maneira ou não faz diferença, queira com a vossa sabedoria orientar-me por favor. Preciso de uma resposta muito breve?

CONSIDERAÇÕES:

A saudação pelo Sinal feita ao Venerável Mestre ao se ingressar e sair do Oriente em Loja aberta é feita tendo a linha da balaustrada como referência. 

Em síntese, o protagonista assim que atingir o nível do piso do quadrante Oriental faz a saudação no ingresso e, ao sair (antes de descer), volta-se para o Venerável e faz a saudação. 

Ingressa-se no Oriente a partir da Coluna do Norte e dele se sai em direção à Coluna do Sul.

T.F.A.
PEDRO JUK    jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONARIA: MITOS DA IGNORÂNCIA

MAÇONARIA: MITOS DA IGNORÂNCIA*
por Ivilisi Soares de Azevedo**

Colaboração do Ir∴  Lauro Lustosa Vieira
ARLS Loja Abrigo do Cedro nº 8
Jurisdicionada a M∴R∴ Grande Loja Maçonica do Distrito Federal

A falta de conhecimento e de disposição para buscar os fundamentos de determinados fatos fazem com que muitas pessoas se deixem influenciar por opiniões completamente deturpadas à cerca desses fatos. É o que acontece em relação à maçonaria. Algumas religiões não aprovam os princípios maçônicos e alegam, inclusive, que a maçonaria é de origem satânica, e que os maçons pertencem ao demônio. Infelizmente muitos cristãos fazem coro com isso, pregando a mesma coisa, distribuindo materiais suspeitos com declarações suspeitas, promovendo com isso a intolerância e a desinformação. Não vou aqui falar sobre os fundamentos da maçonaria, pois qualquer um pode acessar o google e conhecer essa história. Mas tenho ouvido tantos absurdos serem disseminados que resolvi escrever este artigo. Estou ciente de que, como membro de uma igreja evangélica, corro o risco de ser rotulada de seguidora do demo, mas resolvi pagar o ônus pelo que aqui vou expor.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

OCUPAÇÃO DAS CADEIRAS DE HONRA

OCUPAÇÃO DAS CADEIRAS DE HONRA
(republicação)

Em 21/11/2016 o Respeitável Irmão Paulo Fernandes, Loja Sebastião Vasconcelos dos Santos, 3.759, REAA, GOB, Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, solicita esclarecimentos para o que segue: 

OCUPAÇÃO DAS CADEIRAS DE HONRA

Sirvo-me do presente para, com toda deferência, lhe formular a seguinte consulta: Estando presentes o Soberano Grão Mestre Geral e o Sapientíssimo Grão Mestre, bem como o Eminente Grão Mestre Estadual e o Poderoso Grão Mestre adjunto, em sessão Maçônica, quem ocuparia a cadeira esquerda, já que a direito seria ocupada pelo Soberano Grão Mestre, de conformidade com o Decreto nº 1.469 de 12 de fevereiro de 2016?

CONSIDERAÇÕES:

Os Adjuntos, num caso desses, tomam assento no lugar destinado às autoridades no Oriente conforme previsto no ritual, porém abaixo do sólio, já que o Decreto deixa bem claro que existem apenas duas cadeiras de honra - ratifico: apenas duas - e que serão ocupadas de acordo com o que prevê o Decreto 1.469. Assim, não se colocam mais cadeiras em hipótese alguma e segue-se a precedência conforme previsto no referido Decreto.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

O PROCESSO DE ADMISSÃO

O PROCESSO DE ADMISSÃO/INICIAÇÃO NA ORDEM É SIGILOSO? É PÚBLICO?
Ir∴Marcelo Artilheiro

A publicidade dos atos processuais referente a admissão, no caso, iniciação na Ordem é mais do que uma regra, na medida em que permite o controle dos pedidos de iniciação por qualquer irmão integrante da respectiva potência, no caso específico do Grande Oriente do Brasil – GOB.

A publicidade gera a oportunidade não só de conhecimento do pedido, mas, sobretudo, de controle, na forma legal, das iniciações, permitindo a todos os interessados e legitimados a possibilidade de intervir no procedimento com o escopo de impedir dano a Instituição (maçonaria), nos termos que preconizado no Art. 13, do RGF.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL
(republicação)

Em 19/11/2016 o Respeitável Irmão Paulo Roberto Carvalho, Loja Caratinga Livre, 0922, REAA, GOB-MG, Oriente de Caratinga, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL JB NEWS 2.241

Em primeiro lugar informar-lhes que sou leitor/admirador do Irmão Juk, tanto no JB e suas obras. Entendi a pergunta do Irmão Marcelo sobre a formação da Comissão de 13 Membros e da Guarda de Honra. (Dec. 1476 GOB). Não ficou esclarecido se o número de Irmãos na Sessão era do Quadro de Obreiros ou o total de Irmãos Mestres presentes. Desculpe-me pelo questionamento! Estive Orador na administração da minha Loja 2013/2015, o Irmão Mestre de Cerimônias estava com dificuldade para atender o Decreto 1.476, são necessários 17 Irmãos. Pois bem, solicitei que convidasse os Irmãos do Oriente (Autoridades Faixa 1, 2, 3....) para recepcionar a MAIOR AUTORIDADE da Loja. No meu entendimento, existem Irmãos com direito ao assento no Oriente, que entendem não ser obrigado a prestar trabalhos nas Sessões. Se observarmos o Art. 15 do Decreto:

Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação no Boletim do Grande Oriente do Brasil e revogam quaisquer disposições em contrário, inclusive as constantes de rituais.

No meu humilde entendimento, pode-se a Loja funcionar com os Sete Mestres que a compõe, terminado o Culto ao Pavilhão Nacional, todos os Irmãos colaboradores retornarão aos seus devidos lugares. PS. No "Oriente" da minha Loja, entre Altar, Dignidades, Autoridades e Oficiais, comporta 40 Irmãos! No "Ocidente" mais 85 Irmãos.

CONSIDERAÇÕES:

Evidentemente se a Loja não possuir no momento Irmãos suficientes em uma Sessão Magna e nela estiverem presentes Irmãos Mestres visitantes, o Mestre de Cerimônias pode solicitar ajuda, inclusive daqueles sem cargo que estiverem ocupando o Oriente (não participam os ocupantes das duas cadeiras de honra) para compor a Comissão e a Guarda de Honra. O que eu ratifico é que todos sejam Mestres Maçons.

Devemos sempre usar o bom senso. Se mesmo com visitantes não houver número suficiente, reduz-se o número de membros da Comissão de Recepção.

Outro aspecto que deve ser avaliado é a questão dos "melindres" quando se tratar de convidar uma "autoridade" para compor uma comissão de recepção. Essa seria uma questão para ser avaliada de momento pela experiência do Venerável e do Mestre de Cerimônias.

Infelizmente, nem todos entendem que um dos escopos da Maçonaria é a humildade.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

AVENTAL DE MESTRE NO REAA: AZUL OU VERMELHO?

AVENTAL DE MESTRE NO REAA: AZUL OU VERMELHO?
Guilherme Cândido

Antes de esbravejar: “Que diferença isso faz?! É só um avental!”, cuidado! Leia tudo e veja o quanto acabamos por aprender ao investigar uma “simples” questão como a cor de um avental!

Enfim, Vermelho! Certamente houveram motivos pelos quais as Grandes Lojas brasileiras e o Grande Oriente do Brasil adotaram aventais azuis com rosetas para o grau de Mestre Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito. Tudo leva a crer que tal manobra objetivava aproximações políticas com a Grande Unida da Inglaterra e com as Grandes Lojas Americanas, que usam aventais azuis. Porém estas Grandes Lojas adotam outros ritos e rituais que não o REAA, e nestes outros é que se usam aventais azuis. O avental de Mestre Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito é originalmente vermelho! E vamos provar!

domingo, 27 de dezembro de 2020

COBERTURA DO TEMPLO

COBERTURA DO TEMPLO
(republicação)

Em 16/11/2016 o Respeitável Irmão Rodrigo S. Peixoto, Loja Acácia Laranjeirense, REAA, GOB-PR, Oriente de Laranjeiras do Sul, Estado do Paraná, formula a seguinte pergunta:

COBERTURA DO TEMPLO

Tenho a seguinte dúvida, que me ocorreu após observar algumas situações em Loja e em outras Oficinas durante visitas.

Quando o 1º Vigilante ordena que o Cobridor Interno verifique se o Templo está coberto, e o mesmo comunica ao Vigilante que o Templo encontra-se coberto, teoricamente não haveria comunicação com o mundo profano, correto?

Bom, desta maneira, tenho observado que alguns Irmãos insistem no uso do telefone celular conectado à internet em alguns momentos da Sessão. Sendo assim, acredito que ao fazerem isto, de certo modo o Templo deixaria de estar totalmente coberto, existindo a presença de "goteiras virtuais", pois há comunicação externa.

Gostaria que o Irmão expusesse a vossa opinião a respeito do tema, o qual em particular, considero extremamente nocivo às nossas leis.

CONSIDERAÇÕES:

A cobertura do Templo genuinamente trata do sigilo maçônico (um dos Landmarks da Ordem), já que nas sessões cobertas, isso é de participação exclusiva de maçons, não se admite a presença de não iniciados, ou mesmo de obreiros que não possuam grau suficiente para participar nos trabalhos da Loja.

A origem da cobertura e o seu processo de telhamento advém da Maçonaria de Ofício e a proteção das técnicas construtivas contra os "cowans" (em tradução livre de um dialeto escocês - aquele que assentava pedras sem argamassa), ou os inabilitados para o trabalho. Também fazia parte da cobertura do recinto (canteiro) o cuidado com os planos da Obra e os seus segredos profissionais.

Com o advento da Moderna Maçonaria (especulativa por excelência) o sigilo das suas práticas se tornaria de caráter iniciático, doutrinário e sociológico. Nesse sentido é que permanece a prática da cobertura nos trabalhos da Loja, não de caráter oculto ou místico, mas de ofício prático pela própria doutrina maçônica.

Infelizmente querem alguns tratadistas sugerir o contato do espiritual com o material entre o recinto do Templo e o seu exterior. Embora de caráter sugestivo, sob o ponto de vista autêntico, nada mais é do que pura especulação. Na verdade a cobertura da Sala da Loja é uma regra tradicional haurida dos Canteiros Medievais - ancestrais da Moderna Maçonaria - como anteriormente mencionado.

Agora, o uso de parafernália eletrônica que já se tornou patológica entre alguns dos nossos Irmãos, é simplesmente desrespeitoso para com os trabalhos da Loja, cujo objetivo principal é buscar o aperfeiçoamento do Homem. Essas atitudes devem ser coibidas para não atrapalhar a ritualística e o desenvolvimento dos trabalhos maçônicos. Em síntese uso de telefones celulares, Internet, etc., durante a sessão não deve ser permitido.

Eu não trataria essa prática como "goteira virtual", senão como desrespeito e até falta de educação para com a assembleia de maçons. Alguns, ao que me parece, não aprenderam ainda a lição do amargo e do doce na alegoria maçônica. Isto é, faltam limites e, essa falta balize, não raras vezes, leva a doçura se tornar em amargor - poluindo o ambiente com ações e atos impróprios para aquele momento específico.

Finalizando, insisto em comentar que não sou contra a evolução da ciência e das artes, aliás, esse é um desiderato maçônico, entretanto sei que as coisas devem ser colocadas nos seus devidos lugares na organização da vida, seja ela de caráter individual ou coletiva.

T.F.A.
PEDRO JUK      jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br 

TEÍSMO - DEÍSMO - ATEÍSMO

TEÍSMO - DEÍSMO - ATEÍSMO 
Ir∴ Luis Genaro Ladereche Figoli (Moshe)
Loj∴ Simb∴ Palmares do Sul nº 213
G∴L∴R∴G∴S∴

CRENÇAS

ATEÍSMO – é a filosofia que professa a
inexistência de um poder Criador; O ateísmo ou ateía (não confundir com atéia, feminino de ateu[1]) em um sentido lato, refere-se à descrença em qualquer Deus, deuses ou entidades divinas. Os ateus podem, contudo, incluir-se em várias modalidades de pensamento, sendo o pensamento ateísta dividido em duas categorias específicas: o ateísmo fraco e o ateísmo forte. Alguns autores defendem um uso mais restrito do termo, reservando-o apenas para determinados grupos. Assim, não poderiam ser englobadas na categoria dos ateus todas as pessoas indecisas quanto a qualquer crença religiosa (agnósticos), o que excluiria do conceito e sua definição aqueles que são designados como ateus fracos. Contudo, é freqüente, em discursos orientados por uma religião e cultura específicas, que se considere como ateu todo aquele que não partilhe as mesmas crenças religiosas. Por exemplo, era freqüente que os antigos romanos acusassem os antigos cristãos de ateísmo, justificando assim a sua perseguição. Os textos cristãos, por seu lado, usavam o mesmo termo para classificar os seus perseguidores. Este tipo de discurso ainda é freqüente atualmente.

sábado, 26 de dezembro de 2020

O LUGAR DAS COLUNAS "J" E "B"

O LUGAR DAS COLUNAS "J" E "B"
(republicação)

O Respeitável Irmão Paulo Roberto Magalhães, Loja Terceiro Milênio, 2.540, Rito Escocês Antigo e Aceito, GOB-PR, Oriente de Maringá, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:
prmag@uol.com.br

1 - Gostaria de saber sua opinião a respeito da colocação das Colunas B e J no átrio das Lojas, surgiu uma polêmica com a afirmação de que estas colunas estão colocadas nesta área, devido serem consideradas “vestibulares” conforme estariam colocadas no templo de Salomão, pois bem em todas as pesquisas que consegui visando à planta de construção do templo de Salomão, em todas elas encontro as colunas colocadas no lado externo do templo, portanto a afirmação de colunas “vestibulares”, não me parece a mais verdadeira.

2 - Mesmo não sendo o templo Maçônico uma representação do templo de Salomão estas colunas originariamente não teriam nenhum efeito estrutural no prédio, seriam somente ornamentais,
portanto ainda acredito que o mais sensato seria a volta destas colunas para o interior do templo, para tanto solicito sua orientação a este respeito.

CONSIDERAÇÕES:

JOSÉ CASTELLANI

JOSÉ CASTELLANI 
(Homenagem)

Médico, escritor, historiador, é autor de mais de sessenta livros sobre a cultura maçônica. Sendo considerado um fenômeno na literatura da Fraternidade.  Seu primeiro livro foi lançado em 1973, sob o título ´Os Maçons que  fizeram a História do Brasil´. 

Além desta importante obra, José Castellani também é autor dos livros ´Shemá Israel´, ´A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações´, ´A Maçonaria na Década da Abolição e da República´, entre outros. 

Portador de diversas condecorações por sua contribuição à cultura maçônica, destacando-se a Ordre Militaire et Hospitallier de Saint Lazare de Jerusalém (França) e a Ordo Sancti Georgi (Itália). 

Desde então, somou mais de sessenta títulos culturais maçônicos, tendo sempre no ´forno´, novos títulos a serem publicados.

Incansável trabalhador em prol da Educação e Cultura Maçônicas ocupou os mais altos postos da Ordem, nesta área, em São Paulo e no Brasil; criando e reformulando o pensamento e as atitudes de uma época e influenciando toda uma geração com sua forma de agir e pensar.

No dia 21 de novembro de 2004, falecia em São Paulo, Capital, o maior incentivador da cultura e pesquisa maçônica Irmão José Castellani

Seu corpo foi velado no Palácio Maçônico do GOSP/GOB, na Rua São Joaquim, 457 - Liberdade.

Hoje, 21/11/2011, completa 7 anos sem a presença física deste grande escritor e divulgador cultural maçônico.

Que esta mensagem seja recebida por todos como uma singela homenagem à essa figura proeminente na cultura maçônica.

Ir. Anatoli Oleynik

Mais que um Maçom, Castellani, era um Obreiro que nos enchia de orgulho com o seu compromisso com a Maçonaria com o Grande Oriente do Brasil, em particular.

Suas obras, suas idéias, representam um marco do Pensamento Maçônico, transformando-o em um dos Maçons mais importantes do século XX para a Maçonaria Brasileira.

Seu conhecimento e seus livros atestam seu destaque. É impossível debater a Maçonaria sem passar por seus textos e idéias. Intelectual, era ao mesmo tempo, homem de ação e deixou saudade quando da sua atuação como Grande Secretário Geral de Educação e Cultura do Grande Oriente do Brasil, na Administração do Soberano Irmão Francisco Murilo Pinto.

Há exatamente quatro anos, a Maçonaria Brasileira perdeu o seu maior historiador de todos os tempos.

Seus ensinamentos sobre Liturgia e Ritualística também fizeram escola, e hoje, serve de base para todos os que se dedicam, seriamente, ao tema.

Seus mais de setenta Livros Maçônicos serão por muito tempo, parte do mais precioso acervo que a Ordem pode dispor.

Com o Castellani, a nossa Saudade e que o Grande Arquiteto do Universo o ilumine e guarde no Oriente Eterno. 

Fraternalmente

Ir. Lucas Francisco Galeano

Fonte JBNews  -Informativo n. 081 - 20/11/2010

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

ACENDIMENTO DAS VELAS

ACENDIMENTO DAS VELAS
(republicação)

O Respeitável Irmão Sebastião de Oliveira, Mestre Maçom da Loja Estrela de Morretes, Rito Escocês Antigo e Aceito, GOB-PR, Oriente de Morretes, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

Observei comentários e alguns escritos sobre o acendimento das luzes na abertura e encerramento dos trabalhos no ritual do GOB (REAA). Comenta-se que há uma discrepância no acendimento pelo Venerável e os Vigilantes e o Mestre de Cerimônias alegando ser esse último o mensageiro da Luz que conduz para o Ocidente. Não está clara a circulação do Mestre de Cerimônias. A dúvida é porque então no caso de serem velas o Venerável e os Vigilantes não acendem suas próprias velas já que eles, se as luzes forem lâmpadas, não utilizam o Mestre de Cerimônias como elo de ligação. Fala-se também que ele é o condutor de ordens e que alguns ritos são os Diáconos que acendem luzes. Qual a sua opinião sobre esse assunto? Embora eu não esteja de acordo com esses comentários. Achei interessante e gostaria de saber a sua opinião? Existe cerimonial de acendimento de luzes no Rito Escocês Antigo e Aceito?

CONSIDERAÇÕES:

O SIGNIFICADO ESOTÉRICO DO NATAL

O SIGNIFICADO ESOTÉRICO DO NATAL
Thorwald Dethlefsen

Todas as narrativas religiosas, todos os relatos sobre os filhos dos deuses que existem em várias religiões, todos estes relatos religiosos também são mitos. A Teologia se muito se se falasse de mitos em relação aos testamentos ou ao cristianismo por duas razões. Primeiro, porque pretende incutir preconceitos contra os mitos como se estes fossem falsos, irreais, e sem compreender que são a verdadeira realidade, a estrutura mais profunda. Segundo, porque insiste em agarrar-se à opinião segundo a qual a importância do cristianismo reside no papel histórico que desempenho a pessoa chamada Jesus. Tentemos ser mais abertos para ver o cristianismo sob os parâmetros do mito, não para lhe tirar algo, não da , mas para aproximar-lo a nós e para talvez poder sentir o que esta história pode dizer-nos se não a consideramos apenas sob o olhar do Historiador.

Todos os relatos religiosos, incluindo os do cristianismo, podem ser considerados em princípio a partir de três níveis diferentes. O primeiro é o plano histórico, o segundo o mitológico ou psíquico e o terceiro o nível cósmico. Estes três níveis correspondem à divisão original corpo-alma-Espírito. O plano histórico corresponde ao corpo, o mitológico à alma e o cósmico ao espírito. Claro que estes três níveis não se encontram totalmente isolados um do outro, mas estão unidos e interligados por uma analogia ou correspondência vertical..

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

PALAVRA SAGRADA

PALAVRA SAGRADA
(republicação)

Em 14/11/2016 o Respeitável Irmão Anselmo Westphal Neto, Loja Fraternidade Castrense, REAA, GOB-PR, Oriente de Castro, Estado do Paraná, solicita esclarecimentos para o seguinte: 

PALAVRA SAGRADA

Com a sua participação no ERAC deste ano realizado aqui em Castro me surgiu a ideia de lhe escrever este e-mail para esclarecer uma dúvida que há muito tempo persiste em nossa Loja. Alguns irmãos da nossa Loja entendem que a palavra sagrada do Grau de Aprendiz, que nos nossos rituais é somente tratada pela inicial "B", se soletra com a letra "O" dobrada, tendo sua principal justificativa que esta é a forma como lhes foram passada. Outros irmãos, incluindo eu, convencidos por diversos trabalhos publicados por irmãos, e em particular em contato com um teólogo calvinista que é pastor da Igreja Evangélica Reformada, onde me explicou a origem da palavra e sua tradução fiel, entendem que a grafia correta é BOAZ. Visto o esforço do GOB esclarecendo o nosso ritual para uma forma mais padronizada da sua execução, gostaria de saber seu ponto de vista e suas justificativas para a forma correta que considera.

CONSIDERAÇÕES:

CHARGES


 

A MÚSICA DE MAIOR SUCESSO

A MÚSICA DE MAIOR SUCESSO DO MUNDO, ESCRITA POR UM MAÇOM?
Postado por Luiz Sergio Castro

Irving Berlin iniciou como maçom na Munn Lodge Nº190 na cidade de Nova York

Não apenas o poema mais famoso (alemão) vem de um maçom - também a música de maior sucesso de todos os tempos. E também combina perfeitamente com a temporada. Vamos deixar isso empolgante: a música em questão - e muitas outras composições do Maçom em questão - não apenas trouxe "um bom dinheiro" para o próprio irmão. Ele também pensou nas pessoas que tiveram menos sorte na vida do que ele, de acordo com a “virtude mestra” maçônica da “misericórdia”. O irmão em questão decretou que a renda dos direitos de muitas de suas obras deveria ir para uma fundação para jovens de meios socialmente desfavorecidos. E se você quiser saber mais sobre este compositor e sua canção mundialmente famosa, incluirei agora a seguinte contribuição de Thomas Bierling (Pianista de jazz, compositor e produtor musical, "Leopold zur Treue" Lodge em Karlsruhe) ao meu coração:

Você tem ideia de qual música faz o maior sucesso de todos os tempos? Talvez "Yesterday" dos Beatles? Ou alguma música do "Rei do Rock'n'Roll" Elvis Presley? Nem mesmo perto! Também não é uma música dos últimos 20 ou 30 anos. Não, é provavelmente a canção de natal mais famosa "White Christmas", que foi cantada pela primeira vez por Bing Crosby.

O clássico foi composto pelo compositor americano Irving Berlin (ver foto), que nasceu como Israel Baline na Rússia em 1888 e emigrou para os EUA com seus pais em 1891. Berlin aprendeu sozinho a tocar piano quando adolescente, mas nunca aprendeu a ler música - ele tocava suas composições para arranjadores profissionais, que então faziam a notação e orquestração. Ele só conseguia tocar as teclas pretas do piano, tinha um piano especial construído especialmente para esse fim, com o qual podia mover todo o teclado para tocar em outras teclas. Tanto mais surpreendente que sob essas condições difíceis e às vezes bizarras ele se tornou um dos compositores de maior sucesso de seu tempo. Seu primeiro grande sucesso foi "Alexander Ragtime Band", inúmeras outras canções, shows da Broadway e musicais de filmes viriam a seguir.

Em 1940, sem recato, ele apresentou sua nova composição “White Christmas” para sua secretária e depois para o cantor Bing Crosby, dizendo que este título era “não apenas a melhor música que já escrevi, mas é a melhor música que alguém já escreveu «. Irving Berlin provou estar certo, pelo menos em termos de vendas. O single de 1947 com Bing Crosby é considerado o single mais vendido de todos os tempos, com uma estimativa de 50 milhões de cópias vendidas. Ao longo das décadas, a canção foi cantada por incontáveis​​outros artistas, então os números exatos são difíceis de determinar, mas agora estima-se que bem mais de 100 milhões de discos vendidos contendo "White Christmas". A música é, portanto, considerada o direito autoral de música mais valioso em todo o mundo.

E, ao contrário de muitos de seus colegas, Irving Berlin também teve permissão para experimentar esse sucesso, porque ele só morreu em 1989 com a idade bíblica de 101 anos.

Obrigado, Thomas, por apontar isso. E desejo a todos um Feliz Natal.

Fonte: www.freimaurer.online 
http://omalhete.blogspot.com

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

PORTADOR DE DEFICIÊNCIA

PORTADOR DE DEFICIÊNCIA

Em 21/12/2016 o Respeitável Irmão Rogério Freire Kochmanscky, Loja União e Luz, 3.379, REAA, GOB-PR, Oriente de Londrina, Estado do Paraná, pede esclarecimento para o seguinte caso:  

PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.
Tive a enorme honra de conviver com o Irmão, quando de minha passagem pela gerencia administrativa do GOB-PR nos anos em que nosso Grão-Mestre Dalmo estava a frente de nossa Ordem.

Levantei a questão no whatsApp da OAM Paraná e trago aqui para elucidação: Caso um Irmão sofra um acidente e perca o seu braço direito, como poderá o Irmão executar os sinais de Ordem? Ocorreu que nosso Venerável Mestre, Irmão Fabio quebrou a clavícula direita e necessitou imobilizar o braço, ai surgiu à questão. Como resolver isso?

CONSIDERAÇÕES:

MINUTO MAÇÔNICO

OFICINA

1º - Nome genérico designativo das Lojas Maçônicas, tanto simbólicas como de Altos Graus, e que, segundo Jules Boucher, foram assim denominadas como lembrança das associações dos primitivos Maçons operativos.

2º - As Oficinas tomam várias denominações, de acordo com os graus que conferem aos seus membros. Assim, por exemplo, no REAA, que  é o mais difundido no Brasil:

3º - As Lojas Simbólicas conferem os graus 1 a 3. As Lojas de Perfeição conferem os graus 4 a 14

4º - Os Capítulos conferem os graus 15 a 18. Os Conselhos de Kadosch conferem os graus 19 a 30

5º - Os Consistórios conferem os graus 31 e 32. Os Supremos Conselhos conferem o grau 33

Fonte: http://www.cavaleirosdaluz18.com.br

BEM-VINDOS À MAÇONARIA - 2ª PARTE

BEM-VINDOS À MAÇONARIA - 2ª PARTE
Ir∴ Valdemar Sansão

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina)

a) O QUADRO DO APRENDIZ

01 – Três Degraus (Corpo, Alma e Espírito)
02 – Porta do Templo
03 – Delta Radiante com o OLHO SIMBÓLICO no meio
04 – Coluna J e Coluna B
05 – Romãs (a multiplicação e a União)
06 – Esquadro e Compasso (Justiça e Retidão) – O Compasso abre-se para o Céu
07 – Prumo ou Perpendicular
08 – Nível
09 – Pedra Bruta
10 – Pedra Cúbica
11 – Prancha de Traçar
12 – Malhete e Cinzel
13 – Sol (ativo)
14 – Lua (passiva)
15 – Janela de Grades fixas
16 – Corda de 7 Nós (Artes ou Ciências Liberais)
17 – Borlas
18 – Orla Denteada (ou corda de 81 Nós)
19 – As 4 Borlas (Prudência, Temperança, Justiça e Coragem) ou (Terra, Água, Fogo e Ar)

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

DÚVIDAS SOBRE O NÚMERO DOIS

DÚVIDAS SOBRE O NÚMERO DOIS
(republicação)

Em 09/11/2016 o Respeitável Irmão Carlos Eduardo Flores dos Santos, Loja Ovídio de Morais Leal, 2.420, sem mencionar o nome do Rito, GOB-RS, Oriente de Rio Pardo, Estado do Rio Grande do Sul, solicita considerações para o seguinte: 

DÚVIDAS SOBRE O NÚMERO DOIS.
Primeiramente gostaria de parabeniza-lo pelo belíssimo trabalho desenvolvido no Informativo (JB News) nos brindando com o seu conhecimento maçônico minimizando as dúvidas (que são muitas) de Irmão de todo o Brasil.

Já li em vários livros que o número dois, é um número que traz má sorte, azar, etc., e através do artigo do Irmão Aquilino Leal apresentado no JB News nº 2222 http://www.jbnews33.com.br/informativos/JB_News-Informativo_nr_2222.pdf, contrapõe essa teoria, gostaria de apresentar uma Peça de Arquitetura defendendo que o número dois não é um número de má sorte, gostaria de saber se o Irmão tem alguma referência bibliográfica e/ou qual sua posição sobre esse tema.

CONSIDERAÇÕES:

PRINCE HALL

PRINCE HALL
Retrato de Prince Hall
O Dia da Consciência Negra  é celebrado neste dia 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Em homenagem a este dia é que o JB News enfoca um pouco da mais famosa Maçonaria Negra, “Prince Hall”.
Prince Hall, (c.1735 – 4 de dezembro de 1807) é considerado o fundador do Maçonaria Negra nos Estados Unidos, hoje conhecido como Maçonaria Prince Hall.

A data e local de nascimento de Prince Hall, estão sujeitos a conjectura. Ele pode ter nascido ou em Inglaterra, Massachusetts ou Barbados, e seu ano de nascimento, é geralmente registrados, qualquer coisa como 1735 ou 1738.[2] Histórias narrativas de nascimento e juventude de Prince Hall são infundadas e parece terem sido inventadas por seus autores (em particular, William H. Grimshaw em 1903).

Documentos em Massachusetts, mostram que, o escravocrata, William Hall libertou um homem chamado Prince Hall, em 9 de abril de 1765, não pode ser conclusivamente ligado a qualquer pessoa, uma vez que não existe registro de nada menos que 21 homens chamado Prince Hall, e vários outros homens, chamado Prince Hall, que estava vivendo em Boston na época. Também não se sabe se ele foi uma pessoa que nasceu livre ou liberto.

Prince Hall foi um proprietário e um eleitor registrado em Boston. Ele trabalhou como um abolicionista e activista dos direitos civis, lutou por leis para proteger os negros livres em Massachusetts de raptos pelos traficantes de escravos, fez campanha para as escolas para crianças negras, e próprietário de uma escola em sua própria casa.

Em 6 de março de 1775, Prince Hall e outros catorze negros livres, foram iniciados, passaram na prova e foram destacados na Military Lodge Nº 441, e foram integrados no Exército britânico e, em seguida, estacionados em Boston.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

ENTRADA E SAÍDA DO ORIENTE

ENTRADA E SAÍDA DO ORIENTE
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Aristides Prado, Mestre Maçom, Loja Dario Veloso, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná.

A minha dúvida é sobre se a entrada, ao Oriente, mais próximo à Balaustrada (mais ao canto Nordeste), e a saída pelo canto Sudeste?

Resposta: O acesso ao Oriente em Loja aberta se faz entre a porção que divide o eixo do Templo e o canto esquerdo (de quem entra). Nesse sentido o recomendável é que se entre no quadrante oriental pelo Nordeste, evitando-se o deslize de se ultrapassar o eixo e acessar o lado contrário. Da mesma forma é também recomendável que o obreiro em deslocamento ao sair do Oriente o faça pelo canto Sudeste para ter acesso à Coluna do Sul.

A entrada e saída pelo eixo não estaria completamente errada, todavia existe a possibilidade do obreiro errar no cálculo e entrar ou sair pelo lado contrário. Daí ratificamos a recomendação que se entre pelo lado esquerdo, de frente e mais próximo à balaustrada, assim como em retirada, de frente para o Sul, o mais próximo da abertura pela balaustrada – entrada pelo Nordeste, retirada pelo Sudeste. O obreiro em circulação no Oriente não obedece à padronização de circulação, obedecendo apenas à regra de entrada e saída do mesmo conforme especificação acima.

No Ocidente - Aproveitamos o ensejo para orientar que a entrada em Loja aberta se faz pelo eixo da porta de entrada e o batente Norte, assim como a sua saída pelo eixo ou batente Sul. Em resumo: entra-se pelo Norte e se sai pelo Sul. Esse procedimento se reporta ao modo de circular em sentido horário no Ocidente da Loja.

T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com - Setembro de 2011
Fonte: JB News – Informativo nr. 383 Florianópolis (SC) – 18 de setembro de 2011.

ÁGAPE "CEIA MÍSTICA"

ÁGAPE "CEIA MÍSTICA"
Vladimir Duarte Dias

O Ágape(1) maçônico é a designação, geralmente aceita, para identificar uma cerimônia em que os maçons se reúnem para dividir e comer pão ázimo e beber vinho. Esses dois ingredientes possuem simbolismo próprio. A conjugação de dois símbolos, num ritual, aumenta o significado da mensagem central, que está velada na cerimônia. Em época não identificada foram adicionados, no ágape, para estarem em cima da mesa e serem ingeridos, junto com o pão e o vinho, mais dois elementos com forte simbolismo e mensagens ligadas a maçonaria: o “sal” e o “azeite”.

O ato de repartir – dividir – o pão e o vinho remonta, com base em dados históricos à época dos patriarcas bíblicos, cerca de 2.000 a.C (4.000 anos da data atual) onde consta o encontro de Melquisedeque (na realidade “Melki -Tsedek = Rei e Sacerdote, na linguagem hebraica). A expressão que utilizo de dados históricos significa entender que foram registrados através da escrita. O simbolismo do pão e do vinho é anterior a invenção da escrita. Desde povos e culturas primitivas, ou contida nos mitos grego-romanos como, também, em cerimônias do Egito e da Pérsia.

domingo, 20 de dezembro de 2020

FOTO MAÇÔNICA DE DOMINGO

Por Géplu

Foi Henri quem nos enviou esta linda foto:

Sou um irmão de GLDF e moro com Père Lachaise em Paris. Conheço muito bem este cemitério e suas várias riquezas. 

Conheço várias tumbas maçônicas e gostaria de lhe oferecer uma das mais belas (Divisão N ° 66). 

É sobre Charles Voisin, mas não conheço sua história.

Seu túmulo perto dos túmulos de Jules Vallès e Gustave Measurer.

Se também estiver perto de casa ou em viagem e notar um edifício, um objeto ou decoração maçônica ou uma decoração tipo alvenaria, envie-nos fotos com algumas explicações.

Esses "depoimentos" são muito populares entre os leitores do Blog. (tradução livre)

Fonte: Blog hiram.be

LEIS E REGULAMENTOS VERSUS USOS E COSTUMES

LEIS E REGULAMENTOS VERSUS USOS E COSTUMES
(republicação)

O Respeitável Irmão Luiz André Barra Couri, sem declinar o nome da Loja, COMAB, Rito Escocês Antigo e Aceito, Oriente de Santos Dumont, Estado das Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:
Contato: luiz.couri@yahoo.com.br

Careço de uma gentileza sua. Preciso, em verdade, dos seus conhecimentos maçônicos e de sua experiência adquirida ao longo dos anos de estudo.

QUESTÃO: Se temos um Regulamento que disciplina nossas ações em Loja, é lícito valer-me dos "usos e costumes" como meio para ab-rogar ou derrogar alguma disposição EXPRESSA prevista em nossos textos legais? Por não poucas vezes tenho ouvido que tal ou qual prática, a despeito da previsão em regulamento, reforço aqui esse ponto, deva se realizar com base na tradição dos "usos e
costumes". No mais das vezes, um mero pretexto para a aprovação de alguma questão particular.

INDAGO: Numa situação assim, como proceder? EXIGIR o cumprimento do Regulamento ou agradar a um ou outro Irmão?

Aguardarei pela resposta que porventura se disponha a me ofertar. 

Considerações do Ir. Pedro Juk:

Evocar “tradições, usos e costumes” para burlar a lei é qualquer coisa que assume as raias do absurdo. Diplomas legais em vigor que emanam procedimentos maçônicos de uma Obediência somente existem para serem rigorosamente cumpridos. Se porventura esses regulamentos, constituições, etc., possam estar em desacordo com as tradições da Maçonaria, eles devem e podem ser revistos na forma da Lei, para posteriormente serem alterados, aprovados e revogadas as disposições em contrário.

Essa “estória” de cumprir tradições, usos e costumes não raras vezes servem para satisfazer os “achismos” de uns e contentar as“vaidades” de outros.

Se falar em tradições, usos e costumes da Maçonaria não é o mesmo que se ficar desenterrando defuntos de rituais rançosos e repletos de erros que fazem e fizeram dos ritos maçônicos verdadeiras colchas de retalhos.

Devo salientar que nossos costumes e tradições se enveredam pelos quase oitocentos anos de história documentada da Sublime Instituição e, para tal, aqueles que se enveredam por essa senda, precisam conhecer profundamente a nossa história, pois essas “tradições” se reportam desde os Canteiros Medievais do operativo até o Século XVIII. Um assaz conhecimento dos Landmarks e das Antigas Obrigações é elemento primário para se discutir essas tradições, levando-se em conta principalmente a sua espontaneidade, sua universalidade de aceitação e o seu caráter imemoriável.  Da mesma forma há que se considerar o costume de acordo com a cultura local e a época em que ele apareceu. Isso é só para começar. Indubitavelmente as nossas tradições, usos e costumes são elementos basilares da Ordem, todavia há um critério para assim considera-las sem que se venha confundir com opiniões ufanistas, ou mesmo contraditórias daqueles que “pensam e acham que”.

Não em raras oportunidades vemos certos Irmãos invocar os costumes da Loja, fato que é um verdadeiro contrassenso, já que na Moderna Maçonaria não mais existe o “Maçom Livre na Loja Livre”, porém uma Oficina subordinada a uma Obediência que possui evidentemente às suas Leis regidas por uma Constituição, Regulamento, Estatuto, etc. Ora, que tradição seria essa que estaria acima do rigor da lei. Para evocar nossas tradições, usos e costumes, primeiro se faz cogente que os “feitores” da lei também conheçam a nossa História para que não sejam arquitetados diplomas legais contraditórios.

Já esses casos restritos de Loja e certas “invocações” de caráter evocativo de tradições em descumprimento à Lei é completamente ilegal, até mesmo se o regulamento estiver desacordado com a tradição e costume. Assim, primeiro é necessário alterar o regulamento na forma da Lei para satisfazer os anseios, sejam eles contraditórios ou não. Agora, descumprir a Lei em vigência é ilícito maçônico e cabe ao representante do Ministério Público Maçônico – o Orador – fazer cumprir a Lei, ou em caráter de desobediência da mesma, representar contra aquele que descumpre a Lei.

Finalizando, o Maçom deve “exigir” o cumprimento da Lei, pois se ela ali está é exatamente para ser cumprida e nunca o contraditório para massagear o ego de alguns, posto que em Maçonaria todos, simplesmente todos, deveriam compreender que nela estamos para sermos “cosmo vivido” e nunca “egus vivendi”.

T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 382 Florianópolis (SC) – 17 de setembro de 2011

PÍLULAS MAÇÔNICAS

O BALANDRAU E O TERNO PRETO
M∴I∴ Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

O Balandrau é uma vestimenta com tecido na cor preta, com mangas, fechada até o pescoço e é talar, ou seja, cobre até o nível do tornozelo (calcanhar). É muito semelhante à “batina” dos eclesiásticos da Igreja Católica Romana.

A origem é muito antiga, pois há evidencias de uso pelos membros do “Collegia Fabrorum” que era um grupo de pessoas que acompanhavam as guarnições romanas, no século VI a.C. e que reparava e reconstruía o que era destruído e danificado nas conquistas.

Posteriormente, foi usada pelos membros das “Associações Monásticas”, possivelmente herdeira de muitos ensinamentos do “Collegia Fabrorum”.

Segundo Mestre Nicola Aslan, nos parece que o uso do Balandrau é uma peculiaridade da Maçonaria brasileira, pois nenhum autor, fora do Brasil, se refere a ele como indumentária maçônica. Tudo indica que o uso do Balandrau remonta à ultima metade do século XIX, tendo sido introduzido na Maçonaria pelos Irmãos que faziam parte, ao mesmo tempo, de Lojas maçônicas e de Irmandades Católicas, Irmãos estes que foram o pivô da famigerada “Questão Religiosa”, suscitada no Brasil em 1872.

Aparentemente, essa vestimenta foi adotada pelos maçons brasileiros como substituto barato e mais confortável do traje a rigor preto, sem objeção por parte das altas autoridades maçônicas. Assim, o uso do balandrau não foi aprovado nem desaprovado, foi simplesmente tolerado, não constituindo, portanto, um traje litúrgico (N. Aslan).

Entretanto, não podemos esquecer que, no REAA, o “Ir. Terrível” usa um Balandrau com um capuz, também preto, a fim de não ser reconhecido pelos Neófitos.

Referente ao Terno preto, camisa branca e gravata preta (REAA) vamos buscar as informações nos livros do Mestre Castellani: “na verdade é usado um “parelho” indumentária composta de duas peças (paletó e calças) e, não de um “terno” composta de três peças (paletó, calças e colete)”.

Segundo ele, o uso dessa indumentária é devido, no Brasil, a majoritária formação católica dos maçons brasileiros, que não se desligaram, pelo menos até agora, do “traje de missa”, transformando as reuniões em verdadeiras convenções de agentes funerários.

Lembra ele que, o traje Maçônico é o AVENTAL. Em outras partes do mundo, principalmente em regiões quentes, os maçons vão às sessões até em mangas de camisa, mas portando, evidentemente, o Avental. E trabalham muito bem, pois a consciência do maçom não está no seu traje. Como diz a velha sabedoria popular: “o hábito não faz o monge”.

Discutir tipo de traje a ser usado (com exceção do Avental) é algo que não leva a nada, pois o traje masculino sofre variações através dos tempos e, inclusive, varia, de povo para povo, na mesma época.

A própria Igreja, que é bastante conservadora, já abandonou certas exigências. A Maçonaria, por ser evolutiva e progressista deveria ir pelo mesmo caminho. O balandrau, como roupa decente, poderia, se quisessem, uniformizar o traje, o que é, também, uma maneira de mostrar a igualdade maçônica (J. Castellani).

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

BEM-VINDOS À MAÇONARIA - 1ª PARTE

BEM-VINDOS À MAÇONARIA - 1ª PARTE
Ir∴ Valdemar Sansão

Ninguém ama aquilo que não conhece bem e nem se esquece daquilo que ama. Ninguém dá o que não tem.

a) SIMBOLISMO MAÇÔNICO

O símbolo é imagem, é pensamento... Ele nos faz captar, entre o mundo e nós, algumas dessas afinidades secretas e dessas leis obscuras que podem muito bem ir além do alcance da ciência, mas que nem por isso são menos certas. Todo símbolo é, nesse sentido, uma espécie de revelação.

Na Maçonaria, o símbolo é constante e latente em todas as suas partes. É preciso, portanto, penetrar pacientemente seu significado.

Somente pelo estudo dos símbolos é que se pode chegar ao esoterismo. (Esoterismo opõe-se a Exoterismo; podemos traduzir livremente esses dois termos por ensino secreto e ensino público. Hoje, aliás de forma abusiva, a tendência é fazer da palavra esoterismo sinônimo de ocultismo.

sábado, 19 de dezembro de 2020

A MULHER NA MAÇONARIA

A MULHER NA MAÇONARIA
(republicado)

Questão apresentada pelo respeitável Irmão Thiers Antônio P. Ribeiro, Loja Maçônica “Deus e Liberdade”, n° 62, Oriente de Montes Claros (MG) – COMAB
Contato: t.penalva@uol.com.br

Prezado Irmão Pedro Juk,
Um irmão, também pertencente ao nosso quadro, quer por quer, que a nossa Loja admita mulheres. Já disse a ele que, esse assunto fere aos landmarques, portanto é inadmissível para uma Loja Regular. Para que o fato acontecesse, ficaríamos irregulares perante nossa Obediência, o Grande Oriente de Minas Gerais e de todas as lojas regulares do Universo. Indiquei a ele Loja Mista, pertencente ao Direito Humano, filiado ao Grande Oriente de França. Não houve acordo. Acredita ele, que temos que começar um movimento para que o mesmo seja vitorioso e as mulheres, frequentarem a nossa Loja e consequentemente, todas as Lojas do Universo, que evidentemente com a concordância das mesmas, elas também, se tornarão Lojas Mistas. Solicito seu pronunciamento de maneira detalhada, para que possa apresentar essa polêmica aos irmãos.
Loja Mista
Fraternalmente
Thiers Antonio P. Ribeiro

CONSIDERAÇÕES:

PAINÉIS E TAPETES

 

DO COMPASSO E DO ESQUADRO

DO COMPASSO E DO ESQUADRO NO GRAU DE  APRENDIZ-MAÇOM – (MAÇONARIA ADONHIRAMITA)
Aug∴ e Resp∴ Loj∴ Simb∴ Templo de David II nº 1918  - Maçonaria Adonhiramita
Repasse do Ir∴ Adelar Rosa (Rio Branco AC)

MUITOS SEGREDOS são guardados pela nossa Subl∴ Ord∴ Ela não os revela ao vulgo, mas guarda-os para os verdadeiros iniciados que, quando com eles se deparam, reconhecem encerrada toda a Ciência e toda a Sabedoria dos antigos.

Isto é uma realidade. Todos os símbolos maçônicos ligam-se, de alguma forma, ao que os antigos já tinham como segredo em tempos imemoriais.

Hermes, chamado de três vezes grande pelos egípcios, de Mercúrio pelos gregos, e de Enoque pelos hebreus, foi o fundador da grande cadeia mágica e hermética, que com ele iniciou-se, e que terminará junto com o céu e a Terra. Tinha esse grande sábio, como postulado, que "assim como é acima, está embaixo". Essa frase, incompreensível para o profano, risível para o pseudo-sábio, encerra toda a Verdade, que brilha clara como um puríssimo diamante, para aquele a quem a grande Ísis levantou o véu.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

POR QUE A PALAVRA VAI DAS COLUNAS AO ORIENTE E NÃO RETORNA?

POR QUE A PALAVRA VAI DAS COLUNAS AO ORIENTE E NÃO RETORNA?
(republicação)

O Irmão Sérgio Luciano Ávila, Companheiro Maçom da Loja Templários da Nova Era, 91, Rito Escocês Antigo e Aceito, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão: slavila@gmail.com

“Uma duvida (que imagino que possas me responder, senão aguardarei o tempo) - Por que a Palavra vai da Coluna do Sul para a Coluna do Norte e após ao Oriente, sem a possibilidade de retorno? Isto não limita o debate? Isto não é tolher a discussão?”

CONSIDERAÇÕES:

Alguns ritos, como é o caso do Rito Escocês Antigo e Aceito (origem francesa) que possuem sua estrutura doutrinária, cujas lições de moral e ética estão associadas à Marcha da Luz, isto é, a relação mística da transformação cíclica da Natureza, levando em consideração o Homem como elemento integrante desse sistema, obedece em muito na sua liturgia e ritualística o movimento dos ponteiros do relógio, daí o formato de se andar em Loja Aberta no sentido horário no Ocidente. Isso ocorre, por exemplo, com o giro da palavra que partindo do Sul, passando pelo Norte e tendo destino final o Oriente, sugere esse movimento (dextrogiro).

A palavra quanto ao seu retorno - Essa questão não é laudatória, pois é consuetudinário em Maçonaria que, se por um justo (motivo) algum Irmão necessite realmente de usar novamente a palavra após ter ela cumprido o seu giro, este pode solicitar o uso novamente ao Vigilante da sua Coluna, cabendo ao Venerável à decisão de dar ou não novamente oportunidade do Obreiro fazer uso desta. Todavia, existe regra para tal, pois se o Venerável autorizar novamente o pronunciamento solicitado o giro deverá ser completo, isso é, a palavra retorna para o Sul e cumpre novamente o seu ciclo.

Quanto o limitar do debate ou tolher a discussão, devo salientar que a Maçonaria prima pela organização, daí assuntos que merecem discussões amplas e muitas vezes polêmicas, salutarmente deveriam ocorrer em sessões administrativas (na Sala dos Passos Perdidos, por exemplo) previamente agendadas pelo Venerável. Assim, em torno da mesa o assunto pode ser tratado com mais descontração, sem o cumprimento específico da ritualística determinada pelo ritual. Todavia essa altercação deve ser no mínimo ordeira sem bate-boca e demonstrações de falta de educação. O assunto amplamente debatido e esmiuçado poderá então entrar na Ordem do Dia da sessão ritualística (econômica ou ordinária, dependendo da Obediência) seguinte quando, na forma de costume, será aprovado ou não o assunto, entretanto já bem mais orientado e organizado. Dessa forma, evitam-se os parlatórios rançosos e muitas vezes alheios ao próprio assunto que por ventura possam acontecer. É sempre bom lembrar que assuntos que merecem debate e votação em Loja ocupam a Ordem do Dia da Sessão e para tanto, também carecem de análise legal do Orador na verificação de se ele está realmente de acordo com as leis maçônicas.

Assuntos que não fizerem parte desse diploma devem ser coibidos pelo Guarda da Lei.

Por outro lado se faz imperioso compreender que uma Sessão Ritualística maçônica cumpre os planos da Obra, daí ser útil primeiro executar o projeto para depois coloca-lo em prática. Afinal desde tempos dos canteiros medievais operativos (nossos predecessores) se tem conhecimento acadêmico que, primeiro se aprovavam os planos da construção para em segundo lugar elevar o edifício - antes de assentar a pedra, era preciso primeira transformá-la em Pedra Cúbica. 

Finalizando, remeto ao Irmão a uma consulta nos regulamentos e ritual de vossa Respeitável Obediência, pois se deles exararem a concepção de que a palavra, por exemplo, não pode voltar; primeiro – Lei é Lei e deve indistintamente ser cumprida, daí cumpre-se o que está escrito. Segundo, se assim estiver exarado, cabe então perguntar a quem ela escreveu, e aos que ela aprovaram.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 374 Florianópolis (SC) 06 de setembro de 2011

A COBERTURA DA CABEÇA

A COBERTURA DA CABEÇA 
Ir∴ José Castellani

Para os ortodoxos do judaísmo, o homem deve estar sempre com a cabeça coberta, desde a brit-milá (circuncisão), que é realizada no oitavo dia de vida e que simboliza a aliança abraâmica com Deus.
Na prática, todavia, essa cobertura, que é feita com chapéu negro, ou com o kipá --- que é o solidéu, do latim soli Deo = só a Deus --- é obrigatória durante todas as cerimônias litúrgicas.

Em Maçonaria, a cobertura da cabeça --- que, geralmente, é feita com um chapéu negro desabado --- é preconizada para todos os Mestres Maçons, nas sessões de Câmara do Meio, existindo, todavia, ritos, nos quais essa cobertura é obrigatória para todos os obreiros, em qualquer sessão. Fora da sessão do grau de Mestre, ou seja, em sessões dos graus de Aprendiz e Companheiro Maçom, a cobertura da cabeça é obrigatória para o Venerável Mestre (o presidente da Loja).

Parte desse costume remonta às cortes européias: o rei, quando em cerimônia realizada com a presença de inferiores hierárquicos, cobria a cabeça, como sinal de sua superioridade na hierarquia da corte (como o Venerável Mestre, em reuniões do 1o e do 2o grau), enquanto que, nas reuniões com seus pares, todos mantinham a cabeça coberta (como no 3o grau).

Todavia há, também, nesse caso, uma nítida influência hebraica, do ponto de vista místico, pois, em Maçonaria, geralmente, assim como no judaísmo, a cobertura da cabeça, além de mostrar que, acima da cabeça do Homem, existe algo transcendental, onisciente, onividente e onipresente, que é Deus, o Grande Arquiteto do Universo, evidencia a pequenez humana e a prostração do Homem perante Deus, pois, sendo, a cabeça, a sede da mente e do conhecimento, estando, ela, coberta, mostra a incapacidade humana de entender a divindade, o que é, praticamente, uma afirmação agnóstica. Em última análise é a prova da submissão do Homem a Deus.

Fonte: JB News nº 080 - 19/11/2010

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

FRASES ILUSTRADAS


 

PERGUNTAS & RESPOSTAS

PERGUNTAS & RESPOSTAS
(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Otávio Foss Neto, Mestre Maçom da Loja Estrela de Morretes, 3.159, Rito Escocês Antigo e Aceito – GOB/PR, Oriente de Morretes, Estado do Paraná. 

1 – Qual procedimento adotado por um Irmão atrasado para entrar em Loja? 

2 – Como deve um Irmão pedir a palavra e Loja? 

3 – Qual a serventia do Altar dos Perfumes? 

CONSIDERAÇÕES: 

Antes das questões propriamente ditas eu diria que o primeiro procedimento é não chegar atrasado para os Trabalhos. Agora, como a boca entorta conforme o hábito do cachimbo, vamos lá: 

1 – Estando a Loja aberta no Rito em questão e não sendo visitante que aguarda o momento propício para entrada conforme exara a Ritual este, se chegar atrasado e tiver acesso ao Átrio e ainda, não estiver presente o Guarda Externo, então ele dá na porta da Sala da Loja (Templo) a bateria maçônica universal que é a de Aprendiz. Se no momento ele não puder ser atendido por um processo em andamento, por exemplo, o Cobridor Interno, sem qualquer anúncio (para também não atrapalhar o procedimento em andamento) responde pelo lado de dentro com bateria universal maçônica. O que estiver pedindo ingresso então aguarda o momento propício sem repetir bateria, ou pior, proceder à bateria de outro Grau. Em sendo possível dar o andamento para o processo de entrada do Obreiro que aguarda, o Cobridor, na forma de costume anuncia ao 1° Vigilante que por sua vez comunica o Venerável. Este então fala diretamente para o Cobridor fazer a verificação de quem bate, salientando que se for um Irmão do Quadro que lhe seja dada a entrada na forma de costume. Obviamente o que pede entrada já estará devidamente paramentado e sendo conhecido o próprio Cobridor observa se ele tem qualidade suficiente para participar dos Trabalhos caso a Loja esteja trabalhando em outro Grau. Se ele por ventura não possuir a qualidade necessária, o Cobridor comunica ao Venerável que toma providência para que seja informado àquele que pede ingresso. Normalmente quem vai ao Átrio para fazer tal comunicação é o Segundo Experto, já que o Cobridor deve sempre permanecer no seu lugar (guardando a porta).

No caso de ser um Irmão desconhecido, o ato carece do telhamento na forma de costume (Sinal, Toque e Palavra). Esse procedimento é realizado no Átrio, normalmente pelo Segundo Experto que inclusive após o reconhecimento da qualidade maçônica, solicita se necessário documentos para análise que serão direcionados ao Orador para verificar a autenticidade e os exames de praxe. Estando tudo nos conformes, o Venerável autoriza o ingresso do visitante que executará a Marcha do Grau de acordo com os trabalhos abertos e ainda se submete ao telhamento a que se referem às questões emanadas do Venerável (De onde vindes? Etc.).

O que não é permitido é que quando o visitante ouve a resposta do Cobridor pela bateria universal para aguardar, imediatamente retruca com a bateria do Grau subsequente. Isso é um procedimento equivocado de interpretação, pois a resposta do Cobridor é para que o solicitante aguarde e não informando que a Oficina está trabalhando em Grau acima do de Aprendiz. An passant, isso normalmente não está formalizado nos rituais para que se evite e não se institucionalize o atraso. Enfim, pedido de ingresso em Loja aberta, não importando o Grau que ela esteja trabalhando, só se faz pela bateria universal – a de Aprendiz. Da mesma forma, responde o Cobridor. Além dessa bateria, para esse momento, não existem quaisquer outras. As baterias dos outros dois Graus somente serão executadas na porta de entrada do Templo quando o ritual assim determinar. E ainda, a única bateria profana dada na porta é aquela que está presente na cerimônia de Iniciação quando o Candidato (profano) pede ingresso nos augustos mistérios da Maçonaria. 

2 – No Ocidente o obreiro pede a palavra ao Vigilante da sua Coluna. No Oriente, os presentes pedem a palavra ao Venerável. Já os Vigilantes pedem a palavra diretamente ao Venerável Mestre. Um obreiro nas Colunas que desejar fazer uso da palavra dá com a palma da sua mão direita uma pancada sobre o dorso da sua mão esquerda e estende levemente o braço e mão direita espalmada para frente num ato de chamar atenção e aguarda a autorização. Da mesma forma procedem aqueles que ocupam o Oriente. Já os Vigilantes pedem a palavra com um golpe de malhete que assim é entendido pelo Venerável. Estes também só falam após a autorização do Venerável. 

3 – Boa pergunta. O Altar dos Perfumes, no Rito em questão não serve mesmo para nada e, no meu modo de entender está ali só para confundir e induzir certos Irmãos a queimar incenso ou acender uma vela que eles chamam de “chama votiva”. Esses procedimentos não existem no Rito Escocês Antigo e Aceito. Ao bem da verdade, o Altar dos Perfumes e remanescente dos chamados “Rituais de Sagração de Templo” que é produto distinto de algumas Obediências que costumam sagrar (conferir dignidade) ao espaço da Sala da Loja (Templo). Esse costume não é original do Rito, todavia, por força desses rituais ele acaba por adquirir amparo legal. Outro aspecto é também da miscelânea que ocorre com nossos rituais, principalmente no Brasil onde o Rito Escocês é às vezes uma “colcha de retalhos” com costumes ritualísticos de outros ritos. Nesse caso em particular, penso que esse Altar pegou carona na ritualística Adonhiramita que possui a cerimônia de insensação do Templo e acabou ficando como um objeto e elemento decorativo que não serve mesmo para nada no escocesismo simbólico. Observação – Não quero contestar e nem induzir Irmãos a desrespeitarem os seus rituais em vigor, sejam eles a qual Obediência venha a pertencer. As respostas aqui exaradas são embasadas nas tradições, usos e costumes da Maçonaria. Os conceitos emitidos apenas induzem os leitores à reflexão e nunca ao desrespeito às Leis. Cumpra-se sempre o Ritual. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 373 Florianópolis (SC) – 05 de setembro de 2011.