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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 31 de outubro de 2017

O BRASIL É UM ESTADO LAICO

BRASIL É UM ESTADO LAICO

Noticiou-se em alguns veículos de imprensa do Brasil, há poucos dias, que o Congresso Nacional deverá deliberar a respeito de acordo firmado entre o Brasil e a Santa Sé relativo ao estatuto jurídico da Igreja Católica no País, prevendo, entre outras iniciativas, a adoção do ensino religioso nas escolas públicas, a destinação de espaço para templos no ordenamento territorial e a proteção, pelo Estado brasileiro de lugares de culto da Igreja Católica. Tal acordo foi assinado pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, quando de sua mais recente visita ao Vaticano.

Sabe-se que vários fatos históricos culminaram com a salutar separação entre a Igreja e o Estado Brasileiro, concretizada pelo Governo Provisório em 1890, elevada a princípio Constitucional nas Cartas Políticas de 1891, 1934, 1937 e 1967, além de reiterada com mais amplitude na Constituição em vigor, que expressamente dispõe, em seu artigo 19: "É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público".

Sem dúvida nenhuma, pois, o Estado brasileiro é laico. Com sabedoria, admite a legalidade de todas as religiões e mesmo a ausência delas ou qualquer culto, respeitado a crença e os sentimentos de cada pessoa, nas lições que se pode extrair dos eminentes constitucionalistas que tratam da matéria, tais como João Barbalho, Pontes de Miranda, Pinto Ferreira, J. Cretella Jr., Celso Bastos, Ives Granda Martins, Manoel Gonçalves Ferreira Filho e Orlando Soares, dentre outros.

Portanto, afigura-se absolutamente contrário à Constituição da República o referido Acordo firmado em novembro de 2008, entre o Brasil e a Santa Sé, notadamente no ponto em que prevê o ensino religioso nas escolas públicas e a destinação de espaços para templos, no ordenamento Territorial, além da proteção, pelo Estado brasileiro, de lugares de culto da Igreja Católica Apostólica Romana.

Inobstante o mais profundo respeito que a Maçonaria Simbólica do Brasil dedica a todas as Confissões, a mesma entende, também, não ser admissível que o Governo do nosso País patrocine a oficialização de quaisquer religiões.

Os brasileiros devem ser livres para professarem os Atos da Fé que mais perto se afinem com suas consciências e seus corações.

O soberano Congresso Brasileiro deve negar a aprovação de tal Acordo, contribuindo para manter prevalescente em nosso País o Estado Democrático de Direito e o Princípio Constitucional vigente segundo o qual todos os brasileiros "são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer forma". 

Ministro Waldemar Zveiter
Sereníssimo Grão-Mestre
Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O PAVIMENTO MOSAICO DO TEMPLO

O PAVIMENTO MOSAICO DO TEMPLO
(Desconheço a autoria)

O peso do noviciado levou-me às primeiras fontes disponíveis: a Constituição do Grande Oriente do Brasil e seu Regulamento Geral e não encontrei ali qualquer referência ao Piso Mosaico. No manual do Rito Escocês Antigo e Aceito, de 1º grau, deparei-me com a Planta do Templo, na página XII. Vemos ali que o Pavimento Mosaico ocupa todo o Ocidente do Templo, em lajes assentadas em linhas diagonais. E nada mais é dito sobre o tema do meu trabalho em todo o Manual.

No entanto, nós, os aprendizes, fomos informados de que não devemos pisá-lo; de que é preciso contorná-lo no sentido horário em nossa circulação em Templo. Mais que isso, o piso domina o centro do Templo e nos enche de respeito à sua simbologia, ainda que, nesses primeiros contactos com a Maçonaria, desconheçamos o seu significado. Era preciso pesquisar mais, encontrar respostas a perguntas simples como: por que o branco e o preto? Por que o piso mosaico do nosso Templo não tem as mesmas dimensões e tipo de assentamento das lajes da planta apresentada no Manual? 

As respostas que encontrei demonstram que pesquisar é imprescindível no exercício de ser Maçom. O primeiro tema desta pesquisa foi exatamente:

domingo, 29 de outubro de 2017

sábado, 28 de outubro de 2017

AS OBRIGAÇÕES DOS MAÇONS: II - AUTORIDADE CIVIL


As Obrigações dos Maçons: II - Autoridade civil
Rui Bandeira

Um maçom é um súbdito pacífico do Poder Civil, onde quer que more ou trabalhe, nunca se envolverá em complôs ou conspirações contra a paz ou o bem-estar da nação e nem se comportará irresponsavelmente perante os agentes da autoridade; como a Maçonaria sempre foi prejudicada pelas guerras, derramamentos de sangue e desordens, os antigos Reis e Príncipes sempre se dispuseram a estimular os Homens da Fraternidade, por sua lealdade e índole pacífica; pois sempre responderam adequadamente às conspirações de seus adversários e promoveram a honra dessa Fraternidade, que sempre floresceu em tempos de paz. Se um Irmão se rebelar contra o Estado, não deverá ser incentivado na sua rebelião, antes ser digno de pena por ser um homem infeliz; e, se não tiver sido condenado por qualquer outro crime, a Irmandade precisa, e deve, repudiar a sua rebelião, não deixando margem para qualquer desconfiança política perante o Governo vigente; mas não deve expulsá-lo da Loja, permanecendo inalienável a sua relação com a mesma.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O PADROEIRO DA MAÇONARIA

O PADROEIRO DA MAÇONARIA
Charles Evaldo Boller, Mestr⸫ Maç⸫

A Maçonaria em relação a sua linguagem simbólica não é autêntica, já que a maior parte dela é adaptação de diversas linhas de pensamento e influência. Sua imensa riqueza cultural está alicerçada na ampla flexibilidade e tolerância a pensamentos e crenças diversas, admitindo as mais variadas linhas filosóficas que venham ao encontro da construção de homens morais, éticos e espiritualizados. Cada Maç⸫ é induzido em buscar se auto-conhecer, se auto-construir fundamentado em seus próprios referenciais, respeitar a crença de seus IIrm⸫ e buscar o crescimento espiritual sem intermediação de ninguém.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O PODER DO SILÊNCIO, DA PALAVRA E DO AMOR

O PODER DO SILÊNCIO, DA PALAVRA E DO AMOR
Ir⸫ Cláudio Pandolfo

Hoje, quando observamos o mundo que nos cerca e nosso lugar dentro dele, vemos que a linguagem é mal empregada, de uma forma alarmante, e com isso perdeu sua realidade espiritual. Vivemos numa sociedade muito verbal, mergulhada no ruído.

Quanto mais abusamos das palavras, mais nos distanciamos da verdadeira natureza de nosso ser. As palavras se tornam um meio de evasão "racional" da verdadeira realidade do Eu.

É bom lembrar que somos o que pensamos. Somos o que dizemos.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

AS COLUNAS DO TEMPLO DE SALOMÃO

AS COLUNAS DO TEMPLO DE SALOMÃO
Armando Filippi Cravo | 

Os templos na antigüidade, eram por assim dizer edifícios cronométricos, sendo as Colunas as partes mais importantes de tais edifícios.

Entretanto as Colunas mais notáveis, principalmente para nós maçons, são aquelas que o Rei Salomão mandou construir na entrada do Templo de Jerusalém.

O trabalho foi executado por Hiram Afif, filho de uma viúva da Tribo Neftali, e que a Bíblia chama Hiram, o artífice de Tiro.

O antigo Testamento, em I reis, VII, 15 a 22, trata dessas duas colunas. Para facilidade de entendimento, transcrevemos a seguir o texto desses versículos, tomando como base o texto da “ A Bíblia – Tradução Ecumênica, Ed Loiola, Paris –França 1989.

domingo, 22 de outubro de 2017

CURIOSIDADES

Ficha de iniciação datada de 1920 de Walt Disney na Ordem de Molay
Primeira aparição de Mickey (criado por Walt Disney) como "irmão"
Walt Disney na ativa com seus irmãos






ANO NOVO MAÇÔNICO

ANO NOVO MAÇÔNICO
(Desconheço o autor)

O calendário maçônico é a maneira particular utilizada pelos maçons para numerar os anos e designar os meses.

O ano um do calendário maçônico é o Ano da Verdadeira Luz - Anno Lucis em Latim. Ele marca o início da Era da Verdadeira Luz (VL). Antes que o Anno Lucis aparecesse a partir do século XVIII e nos documentos ingleses, os temos Anno Masonry e depois Anno Latomorum, Anno Lithotomoru ou Anno Laotomiae (Era dos Cortadores de Pedra). A datação do Ano da Verdadeira Luz seria baseada nos cálculos de James Ussher, prelado anglicano nascido em 1580 em Dublin. Ele tinha desenvolvido uma cronologia começando com a criação do mundo segundo o Genesis que ele estimava em 4000 A.C. baseando-se no texto Massorético ao invés da Septuaginta.

O Pastor Anderson a defendeu em suas Constituições de 1723 para afirmar simbolicamente a universalidade da Maçonaria através da adoção de uma cronologia supostamente independente de particularidades religiosas, pelo menos no contexto britânico da época. A data escolhida para o início da Era maçônica é 4000 antes da Era Comum.

O ano maçônico tem a mesma duração do ano gregoriano, mas começa em 1º de Março como o ano Juliano ainda em vigor na época da redação das Constituições de Anderson. Ela tomou o milésimo do ano gregoriano em andamento e aumentou 4000, os meses são designados apenas por seus números ordinais. 

Exemplos: 29 de Fevereiro de 2004 era o 29º dia do 12º mês do ano 6004 da Verdadeira Luz.

O ano maçônico tem duas festas: São João de Verão (João Batista, comemorado em 24 de junho) e São João de Inverno (João Evangelista, comemorado em 27 de Dezembro), coincidindo simbolicamente com os solstícios.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

DIVAGAÇÕES SOBRE A LENDA DE HIRAM

DIVAGAÇÕES SOBRE A LENDA DE HIRAM
Autor: Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Brasil – Londrina – PR

“Os autores do Ritual do 3º Grau, ainda desconhecidos, apelaram para todos os recursos de sua imaginação e de uma erudição tão vasta quanto incoerente produziram um monstro enigmático, cujas pesquisas, as mais conscienciosas não puderam descobrir sua verdadeira origem” LE FORESTIER.

Não se sabe ao certo quem criou o grau de Mestre. Sabemos a que a Maçonaria Operativa tinha apenas dois graus, ou seja, o de Aprendiz e o de Companheiro. O grau de Mestre é um grau fazendo parte da Maçonaria Especulativa ou Moderna e que foi criado após a fundação da Grande Loja de Londres em 1717. Mas não foi criado logo em seguida.

O sistema de dois graus foi legitimado pela Grande Loja de Londres em 24/06/1721, ou seja, quatro anos após a fundação da mesma. Logo, até esta época não havia sido criado o grau de Mestre.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

VOLTAIRE

VOLTAIRE
Walter Rezende - C⸫I⸫M⸫  233809 - G⸫O⸫B⸫/G⸫O⸫E⸫A⸫M⸫
M⸫M⸫ da Acácia do Amazonas, 2228 - Manaus/AM
François-Marie Arouet, o Voltaire - A iniciação mais emocionante da história universal da Ordem
François-Marie Arouet (21 de novembro de 1694 – 30 de maio de 1778), mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.

Voltaire foi um escrito prolífico, e produziu obras em quase todas as formas literárias, assinando peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas e históricas, mais de 20 mil cartas e mais de 2 mil livros e panfletos.

Ele foi um defensor aberto da reforma social apesar das rígidas leis de censura e severas punições para quem as quebrasse. Um polemista satírico, ele frequentemente usou suas obras para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas do seu tempo.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A ORIGEM E O SIGNIFICADO DO TRIPONTO

A ORIGEM E O SIGNIFICADO DO TRIPONTO
Kennyo Ismail

O triponto está presente nas abreviações contidas em diplomas, pranchas, manuais e rituais do REAA e na assinatura de todo maçom brasileiro que se preze. Mas qual é a origem desse costume e seu real significado?

Muitos se arriscam em chutar seu significado: os três graus simbólicos; o Esquadro e Compasso e o Livro da Lei; as Colunas Jônica, Dórica e Coríntia; o Venerável e seus dois Vigilantes; o triângulo superior da Árvore da Vida; as pirâmides de Quéops, Quefren e Miquerinos; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal; Pai, Filho e Espírito Santo; ou mesmo Prótons, Elétrons e Nêutrons; etc, etc, etc. Daí, em cima do suposto significado, “deduzem” a origem: Grécia Antiga, Cabala, Egito Antigo, alquimistas, Igreja e até na Física.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A PEDRA ANGULAR

A PEDRA ANGULAR
Por Jean Palou 

A tradição cristã, da qual a maçonaria é uma das formas (esotéricas) mais essenciais, adjudica muita importância à pedra angular e a seu simbolismo. O essencial desta tradição repousa na seguinte frase: “A pedra rejeitada por aqueles que construíam se converteu na pedra principal do ângulo”. São Bernardo, falando da construção do templo cristão e da sacralização [construção e sacralização realmente efetuadas pelos maçons construtores de igrejas, detentores do segredo técnico e do segredo iniciático] exclamava: 

"É necessário que se cumpram em nós em forma espiritual os ritos de que materialmente tem sido objeto essas muralhas. O que os bispos têm feito neste edifício visível, é o que Jesus Cristo, o pontífice dos bens futuros, realiza cada dia em nós de maneira invisível... Nós entraremos na morada que a mão do homem não construiu, na eterna morada dos céus. Ela se constrói com pedras vivas, que são os anjos e os homens... As pedras deste edifício estão aderidas e unidas por um duplo cimento, o conhecimento perfeito e o amor perfeito”. 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

AS COISAS NÃO MUDAM. NÓS MUDAMOS

As coisas não mudam. Nós mudamos."
A frase acima é de Henry David Thoreau.
O texto, abaixo, de Aldo Novak.

Talvez o mundo mude amanhã. Mas isso não é provável. As mudanças no mundo são lentas, apesar de toda a corrida que alguns de nós enfrentamos todos os dias. 

Ainda assim, seu mundo pode mudar de modo impressionante, nas próximas 24 horas. Na verdade, pode mudar na próxima hora. Porque tudo o que você está vendo, sentindo e tudo ao que você está reagindo, o faz porque existe um mundo real e um mundo "filtrado". 

A forma como vemos o mundo é chamada de "paradigma", palavra grega que foi "reapresentada" ao mundo científico por Thomas Kuhn em seu livro "A Estrutura das Revoluções Científicas", que mostrou que todas as grandes revoluções aconteceram devido a mudanças na forma de ver o mundo, na ruptura com o modo como estávamos olhando para o universo. A ciência não mudou, depois de Kuhn, nós mudamos.

Essa é a parte curiosa. Todos nós filtramos o universo de acordo com nossas próprias expectativas, crenças e princípios de vida. Por isso, uma mesma cena pode comover uma pessoa e não causar absolutamente nada em outra, cada uma delas teve uma diferente reação àquilo que viu com um filtro mental diferente.

Stephen R. Covey, conta uma história que viveu no metrô de Nova York. Veja o que quero dizer:

domingo, 15 de outubro de 2017

CHARGES


LIVRE E DE BONS COSTUMES

O que é “ser livre e de bons costumes” na concepção maçônica?

Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem escravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade. O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.

sábado, 14 de outubro de 2017

À SOMBRA DA ACÁCIA

À SOMBRA DA ACÁCIA
Pereira de Assunção - M⸫M⸫

Eu já parei. Aqui nesta sombra amiga,
Meus anos findarei, em paz, tranqüilamente.
Se a Acácia me abrigou, eu não quero que siga
a minha alma, outro rumo, em desespero ingente!...

Eu não tenho ilusões. Não quero outros fascínios,
que a ambição muitas vezes nos leva a conquistar...
onde a Acácia jamais possa confortar...

Eu estou bem aqui. Para que maior glória?
Contemplarei daqui o céu todo estrelado.
E ouvirei, com fervor, o toque da vitória
a fitar, sorridente, o Delta, iluminado.

Outros podem seguir, querendo, novos mundos
buscando  a sensação de novos horizontes...
Não empolga ao prazer de sonhos mais profundos,
com  a Acácia eu vencerei das ilusões, os montes...

Eu já conheço a Acácia! Ò grande maravilha!
Vivo dela a sentir o perfume abundante...
E seu vulto imortal me levará à trilha
que sempre há de trazer, alegre, o meu semblante.

Os anos já se vão. Meus cabelos já nevam...
A vida já se esvai... A jornada se finda,
nas esperanças vão outros seres se elevam
e a minha alma deslumbra uma visão mais linda!

Os caminhoneiros vão... E passam as caravanas...
Mas o toque final não muito longe ecoa...
E eu vou ficando aqui, sem ambições profanas,
à sombra salutar desta àrvore tão boa!...

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

AS COLUNAS DO TEMPLO

AS COLUNAS DO TEMPLO

Podemos definir coluna como um elemento arquitetônico destinado a receber as cargas verticais de uma edificação. Em maçonaria a palavra coluna possui derivações variadas, sendo as principais:

COLUNA JÔNICA – simboliza a coluna da sabedoria personificada pelo Venerável. Fica localizada no oriente sobre a prancheta do venerável.

COLUNA DÓRICA - simboliza a coluna da força e personifica o 1° vigilante. É a coluna que representa os Aprendizes maçom. Fica localizada sobre a mesa do 1° vigilante.

COLUNA CORINTIA – simboliza a beleza e personifica o 2° vigilante. É a coluna que representa os Companheiros maçom. Fica localizada sobre a mesa do 2° vigilante.

COLUNA B (“Booz”) – é uma das colunas que guarnecia a entrada do Templo de Salomão. Na expressão hebraica “Booz”, significa força. Simbolicamente é o local onde os Aprendizes recebem seu salário, ou seja, é sob o abrigo desta coluna que os Aprendizes recebem as instruções para desbastar a pedra bruta. Em loja a coluna fica localizada no ocidente ao norte. A coluna é dirigida pelo 1° vigilante.

COLUNA J (“Jaquim”) – é a outra coluna que guarnecia a entrada do Templo. Faz referencia a “Jaquim”, que significa segundo texto bíblico: “Jeová se estabelecerá”. Simbolicamente é o lugar onde os companheiros recebem seu salário, ou seja, é a coluna onde tem acentos os Companheiros e o local onde recebem as instruções. Em Loja fica localizado no ocidente ao sul. Esta coluna é dirigida pelo 2° vigilante.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

AS OBRIGAÇÕES DOS MAÇONS

AS OBRIGAÇÕES DOS MAÇONS: I - DEUS E RELIGIÃO
Rui Bandeira

Um Maçom é obrigado a obedecer à Lei Moral; e se compreender corretamente a Arte, nunca será um estúpido ateu nem um libertino irreligioso. Muito embora em termos antigos os Maçons fossem obrigados, em cada País, a adotar a religião desse País ou Nação, qualquer que ela fosse, hoje é mais acertado que adote a religião com a qual todos os homens concordem, guardando as suas opiniões pessoais para si próprios: Ou seja, devem ser homens bons e leais, ou homens de honra e probidade, qualquer que seja a denominação ou convicção que os possam distinguir; Assim a Maçonaria será um centro da união e um meio de concretizar uma verdadeira amizade entre pessoas que de outra forma permaneceriam separadas.

A primeira Obrigação dos maçons da Constituição de Anderson de 1723 resume o essencial do que é a Maçonaria e do que são e devem ser os maçons.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

AS LUZES DA LOJA

AS LUZES DA LOJA

“O poder de iluminar seus obreiros, conseguido e mantido pelas luzes da loja, estas chamas vivas que incansavelmente deverão erguer-se do Oriente para iluminar com saber os obreiros indicando-lhes os caminhos a serem seguidos até o Ocidente. Desta iluminação abundante e profusa é que se fundamenta a loja, que é a célula viva do grande corpo chamado Maçonaria.”

As luzes da loja estão divididas em dois “grupos”, que são eles. As três luzes da oficina e as três luzes emblemáticas da maçonaria, que passam a ser descritas.

As três luzes do templo

São respectivamente o V⸫M⸫, o 1º Vig⸫ e o 2º Vig⸫, sendo nesta ordem as maiores autoridades na direção dos trabalhos. Cada um com suas atribuições, formando um todo harmônico. No que tange a hierarquia, um precede o outro, cada qual possui sua simbologia, suas jóias e responsabilidades.

domingo, 8 de outubro de 2017

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

PANORAMA DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA

PANORAMA DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA
Ir⸫ Ricardo Mário Gonçalves
ARBLS “Quintino Bocaiúva” Nº 10 –
Or⸫de São Paulo – 2004

Feliz entre os homens da terra quem possui a visão desses mistérios!
Hino Homérico a Deméter

O que as viagens atualmente nos mostram em primeiro lugar são os nossos excrementos lançados à face da humanidade.
Claude Lévi-Strauss – Tristes Trópicos

1. Considerações Gerais:
Ao tratar da História Maçônica, quero inicialmente fazer uma distinção entre o “espírito maçônico” e a Instituição Maçônica. O chamado “espírito maçônico” está presente na História da Humanidade em todos os lugares e em todas as épocas, desde que o homem começou a construir, usando madeira e pedra, e se pôs a refletir sobre as implicações morais e espirituais da Arte da Construção. Assim, o conceito de Construtor(es) Cósmico(s) está presente na Antiga China (divindades primordiais ostentando o Esquadro e o Compasso), no Egito Faraônico (Ptah, o Deus construtor venerado em Mênfis), no Popul-Vuh, o livro sagrado dos Maias, na Filosofia Grega (o Demiurgo descrito por Platão no Timeu), etc. A Instituição Maçônica, porém, se restringe à Modernidade Ocidental: a Maçonaria que praticamos, dita Especulativa ou dos Aceitos, se constituiu lentamente na Inglaterra e na Escócia durante o século XVII, para atingir sua forma definitiva e completa em 1717, com a fundação da Grande Loja da Inglaterra, em Londres. Apresenta-se ela com duas faces, uma voltada para o passado e outra norteada para o presente e o futuro. Como instituição preocupada com o momento presente e com o futuro, esteve, desde sua fundação, numa posição de vanguarda, atuando como um dos principais canais de transmissão da Filosofia Iluminista e dos ideais democráticos e liberais. Como instituição enraizada no passado, recolhe e transmite toda uma herança de práticas e idéias de natureza esotérica e iniciática que remontam à mais remota Antiguidade.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A LIBERDADE NOS DISTANCIA DA IGUALDADE

A Liberdade nos distancia da Igualdade. E a Fraternidade se contra-põe.
Leo Cinezi

Esta tríade já deu muito o que falar. Vamos “pular” o contexto histórico, que todos bem conhecemos, para tentarmos dar um passo diferente neste aspecto.

Ontem mesmo, participei da palestra que ostentava o tema LIBERDADE | IGUALDADE | FRATERNIDADE. Isso me motivou a transcrever estas breves palavras.

Entendo que a Liberdade é o que nos torna indivíduos, únicos e distintos. Ademais, a Liberdade, com suas diversas interpretações de épocas e situações sociais, preza por um núcleo-base comum: desgarrar de algo.

No nosso caso especificamente, necessariamente se faz importante uma ressalva aqui: liberdade está intimamente ligada à independência.

Mas que tipo de independência?

Àquela que diverge da submissão, em qualquer tom, que o homem poderia estar imerso.

É esta independência que traz à tona a espontaneidade do ser. Alguns designam ser a autonomia de um racional. Contrário a isso, defendo ser a essência que tanto buscamos (V.I.T.R.I.O.L.) dentro de nós mesmo.

Mas, se somos LIVRES, ou pelo menos pensamos ser, automaticamente não somos também, DIFERENTES?

Diferente no agir, pensar, julgar, subjugar, respeitar, conversar, revelar, impor. Opa! Impor?

terça-feira, 3 de outubro de 2017

PASSAGEM, ELEVAÇÃO...

Passagem, Elevação, Receção ou Colação? Elevação, Exaltação, Colação ou Receção?

Por vezes, a mesma situação ou ação é designada, entre os maçons, por termos diferentes, sem que muitos deles se apercebam da origem ou da razão de ser das diferentes designações.

Por exemplo, alguns maçons costumam designar o acesso ao grau de Companheiro e a respetiva cerimónia como a Passagem a Companheiro; outros designam essa mesma ocorrência de Elevação a Companheiro, outros referem tratar-se de uma Receção e outros ainda falam de uma Colação. Mas também é comum haver quem utilize a expressão Elevação para referir o acesso ao grau de Mestre Maçom e respetiva cerimónia. Mas, neste caso, também há quem utiliza e expressão Exaltação, quem use a palavra Receção e quem se sirva do termo Colação. Não é incomum, numa conversa entre maçons, por vezes até da mesma Loja, verificarmos a utilização em simultâneo de todas estas palavras, para referir estas duas ocorrências.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

PORQUE BODE?

PORQUE BODE?
(Desconheço a autoria)

Dentro de nossa ordem, muitos desconhecem o nosso apelido de "bode". A origem desta denominação data de 1808. Porém, para saber o seu significado, temos de voltar no tempo. Por volta do ano 30, vários apóstolos saíram para o mundo para divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina e, lá, notaram que era comum ver um judeu falando baixinho ao ouvido de um bode, animal muito abundante naquela região.

domingo, 1 de outubro de 2017

SALMO 133


NÃO SABEMOS O QUE SE PASSA...

Refletindo sobre a frase "Não sabemos o que se passa e precisamente é isso o que se passa" de Ortega Y Gasset...

Nesta simples frase proferida pelo filósofo espanhol José Ortega Y Gasset(09/05/1883-18/10/1955) e que se encontra na sua obra “ A Revolta das Massas”escrita em 1930, encontro um paralelismo com a postura que o mundo profano tem em relação à Maçonaria.

O atrás designado mundo profano, a sociedade em geral, pouco conhece ou entende dos segredos e mistérios maçónicos, podendo apenas especular sobre o que farão os maçons nas suas reuniões e sessões de loja bem como qual a sua ação na sociedade civil. E, uma vez que os profanos pouco ou nada conhecem, muitos porque nem sequer se dão ao trabalho de tentar conhecer, especulam e especulam mal!