CIRCULAÇÃO EM LOJA
Kennyo Ismail
A Maçonaria possui modelos de circulação que variam conforme o Rito praticado. Há a circulação em esquadria, que respeita a linha entre o Trono da Sabedoria e o Altar e se orienta pelo Pavimento Mosaico recuado; a circulação em sentido anti-horário, chamada de sinistrocêntrica (rara); a circulação em sentido horário no Ocidente e anti-horário no Oriente (mais rara ainda); e a circulação apenas em sentido horário, conhecida como dextrocêntrica, adotada no REAA (muito popular no Brasil).
É claro que cada tipo de circulação maçônica tem seu motivo de existir e sua explicação. Mas, considerando a supremacia do REAA no Brasil e a quantidade de material controverso publicado sobre o assunto, foquemos em sua circulação:
Em primeiro lugar, não percamos tempo com nomenclaturas. Sejamos sinceros, circumambulação e circunvolução são apenas nomes frescos para o que conhecemos por circulação. A intenção dos autores deveria ser de facilitar a compreensão, e não de complicar. Afinal de contas, quando um policial quer que um cidadão se movimente, ele diz “circulando, circulando!” e não “circumambulando, circumambulando!” ou “circunvoluindo, circunvoluindo!”
Já os romanos, adotando o mesmo procedimento, vieram a chamar essa circulação de “dextrovorsum” e relacioná-la ao aparente movimento que o Sol faz diariamente em torno da Terra. Esse aparente movimento do Sol se deve ao fato da Terra girar no sentido anti-horário em torno de seu eixo (Rotação), o que gera a percepção para seus habitantes de que é o Sol que está se movendo no sentido horário.
Vários outros povos em diferentes épocas, tendo sempre o aparente movimento do Sol como referência, também adotavam a circulação em sentido horário, tendo altares, fogueiras, totens ou sacrifícios como eixo. Uma prática de certa forma universal. Interpretando o Templo Maçônico como um microcosmo da Terra, é fácil compreender sua adoção no REAA e em vários outros Ritos.
Fonte: noesquadro.com.br
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