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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

OFÍCIO DO MESTRE DE HARMONIA

Em 09/12/2023 o Respeitável Irmão Murilo Augusto Garcia Ruiz, Loja Amor e Liberdade, 2427, REAA, GOB-PR, Oriente de Ivaiporã, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

MESTRE DE HARMONIA

Assumi recentemente o cargo de Mestre de Harmonia. Tenho uma dúvida:

Em todos os momentos em que não houver fala eu devo tocar uma música? Ou existem momentos de absoluto silêncio? Por exemplo, momento em que o M∴de CCer∴ conduz o Orador ao Altar dos JJur∴ para abertura do L∴ da Lei?

Desde já, agradeço pela oportunidade e pelos tantos esclarecimentos através do seu blog.

CONSIDERAÇÕES:

A Coluna da Harmonia é uma tradição especulativa da Ordem Maçônica que muitos ritos adotam durante os seus trabalhos.

A Música é a sexta das Sete Nobres Artes e Ciências Liberais estudadas na Maçonaria. No REAA o Oficial encarregado de atuar no ofício da harmonia é o Mestre de Harmonia.

Além da sonoplastia produzida por sons e ruídos iniciáticos necessários à liturgia, geralmente fica também a cargo do Mestre de Harmonia a missão de fazer soar música apropriada em momentos adequados da liturgia.

De fato, não há propriamente um roteiro de músicas expedido pela Obediência para os trabalhos maçônicos, ficando este mister a critério do titular deste ofício.

Obviamente que a produção sonora musical deve estar de acordo com o ambiente e as circunstâncias dos trabalhos maçônicos.

Para melhor entendimento sobre este tema indico a obra: “Coluna de Harmonia” de autoria do Irmão Zaly Barros de Araújo - Editora Maçônica a Trolha, Londrina. Essa obra sugere roteiros apropriados e isentos de ideologias religiosas. O mercado fonográfico maçônico também oferece roteiros gravados para Iniciações, hinos e outras formalidades musicais do gênero.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


BENJAMIN CONSTANT BOTELHO MAGALHÃES (1836 – 1891). Militar, engenheiro, professor e político brasileiro. Foi uma figura marcante na história do Brasil. Graduado pelo Colégio de São Bento e pela Escola Militar em engenharia, participou ativamente da Guerra do Paraguai como engenheiro civil e militar. Suas críticas à direção da guerra foram publicadas em "Cartas da guerra: Benjamin Constant na Campanha do Paraguai".

Além de sua atuação militar e educacional, Benjamin Constant foi um adepto do Positivismo, difundindo suas ideias entre a jovem oficialidade do Exército brasileiro. Sua influência foi crucial no movimento republicano de 1889, e ele foi nomeado Ministro da Guerra e Ministro da Instrução Pública no governo provisório.
  • INICIAÇÃO MAÇÔNICA: União e Tranquilidade, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Loja: União e Tranquilidade, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Idade que foi iniciado: 29 anos.
  • Faleceu aos 54 anos de idade, vítima de complicações hepáticas.
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

LEI DO SILÊNCIO MAÇÔNICO

LEI DO SILÊNCIO MAÇÔNICO

O silêncio maçônico está indiretamente disciplinado nos LANDMARKS, 11º (necessidade de estar uma loja “a coberto”), 15º (nenhum visitante desconhecido dos irmãos de uma loja, pode ser admitido a visita, sem que, antes de tudo seja examinado, conforme os antigos costumes) e 23º, que prescreve a conservação secreta dos conhecimentos havidos por iniciação, tanto dos métodos de trabalho como das suas lendas e tradições, que só podem ser comunicadas a outros irmãos.

O chamado segredo maçônico é justamente o ponto sobre o que mais tem se especulado e no qual se baseiam os que condenam nossa ORDEM. Não compreendendo sua verdadeira razão ou seja seu caráter iniciático e construtivo deste segredo.

Em realidade a Maçonaria seria mais uma sociedade secreta; se não houvesse o hábito de designa-la pela expressão “SOCIEDADE SECRETA”. Esta expressão engloba não só as sociedades com segredo como as sociedades clandestinas. A Maçonaria vem sofrendo todas as conseqüências que semelhante expressão implica.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

DEPUTADO ESTADUAL E ARQUITETO DA LOJA

Em 08/12/2023 o Respeitável Irmão Jobel Ferreira, Loja Solidariedade e Harmonia, 3081, REAA, GOB/SP, Oriente de Osvaldo Cruz, Estado de São Paulo, apresenta as questões seguintes:

DEPUTADO E ARQUITETO

Quem seria o irmão responsável pela montagem do templo, estou em dúvida entre o Arquiteto e o Mestre de Cerimônias, pode esclarecer?

Na minha loja temos um Deputado Estadual Mestre Instalado, em qual momento ele deve entrar na Loja, digo a ordem de entrada, pode esclarecer?

CONSIDERAÇÕES.

No REAA o oficial encarregado de preparar o Templo para os trabalhos é o Ir∴Arquiteto, contudo, caso esse cargo esteja vago por número insuficiente de IIr∴, o Mestre de Cerimônias faz a vez neste ofício.

Em relação ao Ir∴ Deputado Estadual da Loja e as sessões ordinárias, ele é uma autoridade da Faixa 02, enquanto que como Mestre Instalado é autoridade da Faixa 01.

À vista disso, o mais comum nas sessões ordinárias é que o Deputado da Loja ingresse junto com as demais Autoridades que, com direito ao Protocolo de Recepção, resolvem entrar em família (vide no ritual, Abertura Ritualística, página 43). Se ele quiser entrar apenas como Mestre Instalado, ingressa conforme previsto no ritual, Abertura Ritualística, como Ex-venerável (M∴ I∴). No cortejo de entrada, ingressa logo após os Vigilantes.

Em sessão magna o Deputado Estadual tem o direito de ingressar com formalidades previstas no ritual como autoridade da Faixa 2.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A MOEDA DA GUERRA DOS FARRAPOS

A MOEDA DA GUERRA DOS FARRAPOS ... ... ...
O DINHEIRO USADO PELOS REVOLTOSOS ... ... 

A Revolução Farroupilha foi um marco na História do Brasil, pois foi a guerra mais longa do período imperial.

O que poucos sabem é que tivemos um carimbo sobre moedas que circularam durante aproximadamente 10 anos no Rio Grande do Sul, no tempo do Império.

O carimbo "legalizou" as moedas circulantes no território da República Piratini.

Durante a existência da República Piratini, as moedas que circularam nas regiões ocupadas pelos republicanos, tanto as de prata, quanto as de cobre, receberam o carimbo Piratini. Nelas estavam inclusas as moedas circulantes no Império Brasileiro, os 8 reales Espanhóis e algumas da República Argentina.

Não há certeza, mas reza a lenda que o carimbo foi criado no Uruguai e que se destinava, para autenticar as moedas que serviriam de pagamento aos gaúchos rio-grandinos residentes daquele país.

O brasileiro Kurt Prober publicou em 1940, citando como primeira referência da aparição deste carimbo o autor português João Xavier da Motta. Motta descreve o desenho do carimbo, nas paginas 80 e 81 de seu livro - Moedas do Brasil 1645-1889, representado como "duas mãos segurando uma espada, com a ponta para cima, suspendendo o barrete resplendente, em um pequeno escudo oval, como demonstração de novo regimento da antiga província brasileira”.

A moeda que circulou nos pontos que iam sendo ocupados pelos separatistas, desde 1836, recebia um carimbo, de confecção e fabricação uruguaia. Eram especialmente destinadas ao pagamento dos gaúchos da Banda Oriental, que estavam a serviço dos farroupilhas, cujo carimbo era de forma oval e lembra as Armas dos países hispano-americanos, além de conter em castelhano o nome do mês do início da rebelião.
A prova da moeda farroupilha vem do Jornal O POVO, periódico político, literário e ministerial da República Rio-Grandense. Este jornal publicou no dia 31 de outubro de 1838, o decreto de 8 de julho, onde em seus 34 artigos tratara da legalização da moeda e demais iniciativas. Assinou o decreto o presidente Bento Gonçalves da Silva e o Secretário de Estado dos Negócios de Fazenda Domingos José de Almeida.

Entre as peças monetárias ligadas à República Rio-Grandense, devemos fazer referência às Blastracas, que são pedaços de moedas, geralmente de prata boliviana ou peruana, carimbadas com valores de 100, 200 e 400 réis. São de formatos irregulares; a linha de corte é lisa, dentada ou ondulada, o corte era executado manualmente em metade ou quarto de moedas e raramente com tamanho e peso uniformes.

As moedas farroupilhas perderam seu valor após a pacificação da província com o Império, mas permanecem de grande valor para a história do Rio Grande do Sul.

Fonte: Leonardo Silva

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

LOJA TRABALHANDO EM SESSÃO ORDINÁRIA DE FINANÇAS

Em 06/12/2023 o Respeitável Irmão Paulo Sidney Silveira, Loja Guaiahó, 3666, REAA, GOB-SP, Oriente de São Vicente, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta:

TRABALHOS EM SESSÃO DE FINANÇAS

Minha dúvida sobre sessão de finanças e abertura dos trabalhos. Ela prossegue normal com a leitura da ata da sessão anterior, Saco de Propostas e Informações até chegar à Ordem do Dia, sendo que na hora da Palavra a Bem da Ordem só fala se for sobre finanças? Correto?

COMENTÁRIOS::

Uma sessão de finanças ocorre quando for marcada com antecedência regimental e nela se tratam apenas assuntos financeiros relativos ao(s) motivo(s) da convocação.
 
 No que diz respeito à leitura de Ata em uma sessão de finanças, ela somente ocorrerá se houver Ata para ser lida; quanto ao período da circulação da Bolsa, somente se for para recolher ccol∴ ggrav∴ correspondentes à sessão de finanças; o Expediente somente se houver algo pertinente à convocação para a sessão.

Na sessão de finanças, a Ordem do Dia será aberta apenas para tratar de assunto(s) financeiro(s) que deram origem à convocação; não há Tempo de Estudos e o Tronco de Beneficência circula antes da Palavra, que será franqueada sobre assuntos relativos à sessão.

Dentro destes parâmetros, a abertura e o encerramento da sessão de finanças ocorrerá conforme o ritual de Aprendiz vigente e em sessão ordinária - conforme o Art. 108, § 1º, IV do RGF, a sessão é “ordinária de finanças”.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A RESPONSABILIDADE DO PADRINHO

A responsabilidade do Padrinho Maçom é muito grande.

Desde o início da Maçonaria, já no tempo Operativo ainda, o Padrinho levava o seu afilhado (candidato) até o local da recepção, fechava-se em silêncio com ele em uma sala escura, por uma hora mais ou menos, e, depois, ia com ele até a Porta da Loja, dava ... batidas e o entregava ao 1º vigilante.

Na Inglaterra, ainda hoje, em diversos condados, o Irmão durante a sessão anuncia à Loja que tem um amigo que deseja ser iniciado nos Mistérios Maçônicos.

O Venerável manda que o traga daí a sete ou quinze dias, para a Iniciação.

Depois de iniciado preenche toda a documentação necessária.

Não há muita burocracia. O processo é rápido.

Confia-se plenamente no discernimento do Padrinho. É o Padrinho que é importante e não o candidato.

Se porém antes de atingir o 3º Grau, o Grau de Mestre, o Neófito comete alguma falta considerada grave, são eliminados o Neófito e o Padrinho.

É muito fácil ingressar na Maçonaria inglesa, mas é mais fácil ainda sair.

Daí a grande responsabilidade dos Padrinhos.

Em nosso meio, o Padrinho não é tão responsável assim.

Só é apenas admoestado pelo Venerável, quando o afilhado é rejeitado por muitas esferas negras. Mesmo assim, ele é admoestado particularmente, sem que a Loja saiba do que se trata.

Uma coisa, todavia, deve ser levada em consideração – um Padrinho responsável não deve trazer qualquer elemento para a Ordem, somente porque ele é seu amigo.

Às vezes é amigo, mas não possui as qualidades ou perfil necessário para ser um bom Maçom.

E os Padrinhos não devem magoar-se quando um proposto seu é rejeitado.

Nesse ato, a Loja talvez esteja lhe prestando um grande favor e retirando-lhe uma tremenda dor de cabeça.

(Do livro “Instruções para a Loja de Mestre”. Autoria de Francisco de Assis Carvalho e outro. Editora maçônica A TROLHA, Londrina/PR).

terça-feira, 17 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

PAVILHÃO HASTEADO DENTRO DO TEMPLO

Em 05/12/2023 o Respeitável Irmão Everson Pereira Espíndola, Loja Pátria e família, 0579, REAA, GOB-RJ, Oriente de Cordeiro, Estado do Rio de Janeiro, faz a pergunta seguinte:

COM O PAVILHÃO NACIONAL HASTEADO DENTRO DO TEMPLO

Preciso da orientação do Irmão. Se o Pavilhão Nacional estiver dentro do Templo, O Venerável Mestre Coloca os Irmãos de Pé e a Ordem, para entrada de Autoridades? Como proceder?

CONSIDERAÇÕES:

Conforme prevê o Art. 2º do Decreto 1476/2016 que dispõe sobre o cerimonial para com o Pavilhão Nacional no GOB:

"Art. 2º: Não será aplicado o cerimonial de que trata esse Decreto nas sessões ordinárias e extraordinárias (o grifo é meu), sendo que a Bandeira Nacional será colocada em seu suporte antes da abertura dos trabalhos e ninguém será recebido com formalidades (o grifo é meu), nem mesmo o Grão-Mestre Geral".

Assim, o Artigo mencionado é bem claro ao mencionar que ninguém será recebido com formalidades.

No caso do Pavilhão já hasteado, respeita-se somente a ordem de precedência de entrada das autoridades, mas sem nenhuma formalidade.

Consta ainda no Ritual de Aprendiz do REAA em vigência, página 62, primeiro parágrafo e que permanecerá no novo ritual:

“Se o Pavilhão Nacional ainda não estiver no Templo, adotam-se as prescrições previstas neste Ritual para Recepção de IIr∴ que são autoridades maçônicas ou portadores de títulos de recompensas. Porém, estando o Pavilhão Nacional presente no templo, não se forma nenhuma Comissão (o grifo é meu), somente sendo adotadas as prescrições regulares relativas à entrega de malhete, com a Loja de pé e à Ord∴ (o grifo é meu)”.

No caso da entrega de malhete segue-se o que está previsto no ritual, orientação esta que permanecerá no novo ritual. A Loja só ficará à Ordem se houver entrega de malhete.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

 nº 64 - Grade do Oriente

As igrejas católicas foram, sem dúvidas, juntamente com o Parlamento Inglês, os principais arquétipos dos Templos Maçônicos, sendo o primeiro deles erigido na Inglaterra, em 1776.

Esses Templos tem a orientação dirigida do Ocidente para o Oriente, tendo a direita, de quem entra, o Sul, e na esquerda, o Norte.

Normalmente, mas nem sempre é obedecido, o Ocidente é uma vez e meia maior do que o Oriente, no comprimento. Nos Templos onde se praticam alguns Ritos, como o R.'.E.'.A.'.A.'., por exemplo, existe uma grade baixa, conhecida como Balaustrada, ou Gradil, ou Grade do Oriente, com uma passagem no meio dela, separando o Oriente do Ocidente (nos templos onde se praticam os Ritos de York e Schroeder, ela não existe).

Nesses Templos onde existe a Grade do Oriente, ela nada mais é, do que uma separação física, delimitando as duas áreas citadas acima. Nas Igrejas, existe algo semelhante, a qual separa o Presbitério da Nave, e que a Maçonaria, sabiamente copiou.

Assim, o Oriente dos Templos Maçônicos onde ficam o Venerável Mestre, autoridades Maçônicas, Mestres Instalados, etc, assemelha-se ao Presbitério, onde ficam os Sacerdotes. O Ocidente, onde ficam os demais Obreiros, assemelha-se à Nave, onde ficam os fiéis.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

ENTENDENDO O HINO DA MAÇONARIA

Da luz que de si difunde
Sagrada Filosofia
Surgiu no mundo assombrado
A pura Maçonaria

A Idade Média é considerada a “idade das trevas”, os “mil anos de escuridão”, pois a Igreja Católica impedia a evolução da ciência e controlava a educação, promovendo a submissão da razão em nome da fé. Após o fim da Idade Média, tem-se a Idade Moderna, na qual surgiram o Iluminismo e a Maçonaria. A Maçonaria é considerada, junto de outras instituições, a responsável pela difusão do ideal de livre busca da verdade.

Maçons, alerta! ]
Tendes firmeza ] Refrão
Vingais direitos ]
Da natureza ]

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

USO DO BALANDRAU NA MAÇONARIA

Em 04/12/2023 o Respeitável Irmão José Joab Ferreira de Souza, Loja Francisco Maranhão Carvalho, 3504, GOB-MA, REAA, Oriente de Barra do Corda, Estado do Maranhão, apresenta a pergunta seguinte:

USO DO BALANDRAU

Valoroso irmão Pedro Juk, o Aprendiz e o Companheiro Maçom podem usar balandrau nas sessões ou só os Mestres Maçons podem usar o balandrau?

CONSIDERAÇÕES:

No REAA, nas sessões ordinárias, conforme previsto no ritual em vigência, é permitido o uso do Balandrau para os Aprendizes, Companheiros e Mestres. Já nas sessões magnas, o balandrau é vedado para todos.

O balandrau não é traje exclusivo para Mestres Maçons, portanto, onde ele for admitido todos podem usá-lo (Aprendizes, Companheiros e Mestres).

Sob o aspecto histórico, talvez o uso do balandrau na Maçonaria seja muito mais antigo do que os trajes formais que mais tarde seriam adotados no período especulativo (dos Aceitos) e da Moderna Maçonaria.

Em que pese muitos Irmãos detestarem o uso do balandrau, vale a pena lembrar que a origem desta tradicional vestimenta de ofício remonta os canteiros de obras operativos e as suas organizações de construtores, ancestrais da Maçonaria propriamente dita.

Para ilustrar, deixo aqui um breve comentário sobre a natureza do balandrau. Os Collegiati, membros dos Collegia Fabrorum, eram operários das organizações de construtores criados em Roma no século VI a.C. pelo lendário Imperador Numa Pompílio com a finalidade de reconstruir o que a atividade bélica ia destruindo durante as conquistas do Império – durariam aproximadamente até o século VII.

Estas corporações de ofício, formadas por pedreiros construtores (canteiros), seguiam as legiões por todas as regiões que iam sendo conquistadas. Para que esses operários visualmente se diferenciassem dos legionários, eles se vestiam com uma espécie de túnica negra que ia ajustada ao corpo. Segundo o irretocável e autêntico autor Robert F. Gould, esta teria sido a origem do balandrau no contexto das atividades profissionais dos cortadores e assentadores de pedras daquela época.

Assim, é inegável que os Collegiati foram os membros da primeira corporação de ofício organizada até então conhecida, cujas mesmas antecederam às Associações Monásticas e as Confrarias Leigas, e posteriormente as Guildas de Construtores do século XII, todas estas organizações ancestrais da Franco-maçonaria, uma corporação profissional de pedreiros surgida nos séculos XIII e XIV na Europa para atender à demanda de mão de obra requerida pela expansão territorial da Igreja a partir do século XI, com construções de igrejas, catedrais, mosteiros e abadias.

Esta é a relação histórica do balandrau com Maçonaria.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

AS LOROTAS QUE OS MESTRES CONTAM

Autor - Laurindo Roberto Gutierrez*

Os Mestres de uma Loja Maçônica são os detentores do conhecimento, que deve ser passado aos aprendizes e companheiros.

Desde que foi implantado em 1.738, o grau de Mestre, é assim. Tendo adquirido maturidade e sabedoria, são os Mestres que levarão os mais novos ao topo da escada, grau por grau, até que estes se tornem Mestres também.

Porém, alguns às vezes lançam idéias que se perpetuam e nem sempre se mostram úteis ao aprendizado.

Vejamos algumas coisas ditas que para nada servem.

Vamos à primeira que me veio à mente; Tenha paciência, você chegará lá. Não sabendo responder a pergunta do aprendiz, o Mestre sai com essa. Ás vezes até admoesta o aprendiz chamando-o de apressado e curioso.

Todos nós passamos por isso pelo menos uma vez, e não tínhamos como saber a verdade.

Perguntar era arriscado naquele tempo.

Agora com a facilidade da rede mundial, todos podem dirimir suas dúvidas sem “tomar um pito”.

Porém sempre recomendo aos aprendizes que me procuram, para que tudo que ler, pesquisar ou copiar, deve submeter à um Mestre, que poderá avaliar melhor o valor e a veracidade daquilo.

Outra: Aprendiz não fala. Essa recomendação, embora pareça verdadeira, não espelha a realidade.

domingo, 15 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

TRAJE MAÇÔNICO E SESSÃO MAGNA NO RITO SCHRÖDER

Em 04/12/2023 o Respeitável Irmão José Roberto Messias, Loja Schröder de Londrina, Rito Schröder, GOP (COMAB), Oriente de Londrina, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

TRAJE MAÇÔNICO E SESSÃO MAGNA

Entrei em uma contenda em minha Loja. Não sei se o irmão vai se lembrar de mim uma vez quando esteve em Londrina, tomamos um café ao lado do hotel onde você estava, hotel Cristal, onde começa o calçadão em Londrina.

Vamos lá. Em minha Loja estão falando que todas as nossas sessões são magnas (Rito Schröder) e eu discordei, alegando que o traje do Rito, que compõe ternos e gravatas em todas as sessões que não tem nada a ver com magnas.

Gostaria que o irmão desse o seu parecer pra que eu apresente a Loja, pode ser que eu também esteja errado em meu parecer.

CONSIDERAÇÕES:

No meu entendimento, uma coisa nada tem a ver com a outra. Não é o traje que determina se a sessão é magna, mas o regulamento da Obediência que indica os tipos de sessões – magnas ou econômicas.

Comumente as Obediências determinam que para as sessões magnas, independente do rito praticado, o traje deva ser formal (terno, gravata, camisa branca, etc.).

Ocorre, entretanto, que há ritos maçônicos que não admitem outro traje, senão o formal, não importando se a sessão for econômica ou magna - é o caso, por exemplo, do Rito Schröder e do York que originalmente não admitem o uso do balandrau.

Assim, o modo de trajar formal característico de um determinado rito não é condição para se afirmar que nele todas as sessões sejam magnas.

No caso do Rito Schröder, naturalmente que existem sessões econômicas e magnas, mesmo que nele somente se admita o traje formal acompanhado de cobertura (cartola).

À vista disso, não vamos confundir "o bife à milanesa" com "o bife ali na mesa".

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O SILÊNCIO DO APRENDIZ

Autor: Ir∴ Cleber Basso – bassoadv@bol.com.br
A∴ R∴ L∴ S∴ 2 DE JULHO Nº 586 – OR∴ DE DRACENA/SP Av. Expedicionários, nº 364 – Vila Barros Dracena – SP

O que é o silêncio? Nossos dicionários são fartos em descrever o silêncio como sendo a atitude mística diante da infalibilidade do Ser supremo, o calar-se diante de determinada situação, estar mudo ou somente pensando. Para filosofia, o silencio não se confunde com ausência de ruído, pois nada mais é do que a abolição da palavra ou da linguagem. Independentemente da interpretação que se tem do silêncio no mundo profano, aqui neste trabalho temos o silêncio como instrumento de transformação e aprendizado.

Simbolicamente, o Apr∴ não sabe falar, não podendo, portanto, fazer uso da palavra. Esse impedimento, todavia, é apenas simbólico, pois o Ap∴ tem direito de falar em loja, desde que não aborde assuntos ainda incompatíveis com seu Grau. Esse impedimento simbólico tem raízes históricas e místicas. Sendo, a mística maçônica, muito influenciada pelos costumes das antigas civilizações. Esse simbolismo pode ser visto em duas instituições da antiguidade: o Mitraísmo persa e o Pitagorismo. Embora não se possa procurar profundas semelhanças entre graus simbólicos da Maçonaria e os Graus do Mitraísmo, existem pontos em comum entre Apr∴ Maçônico e o Corvo Mitráico, pois ambos não podem, simbolicamente, criar ideias próprias, limitando-se a ouvir, sem falar. O mesmo ocorre em relação aos Ouvintes, do Pitagorismo, os quais, durante o seu aprendizado, se limitavam a ouvir e aprender, numa situação muito similar à do Apr∴, que, simbolicamente, é uma criança, que não sabe falar e que se limita, também, a ouvir e aprender.

sábado, 14 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

EM FAMÍLIA - LOJA EM FAMÍLIA E ENTRADA EM FAMÍLIA

Em 04/12/2023 o Respeitável Irmão Emanoel Luizgino Barros de Lima, Loja 21 de Abril, 03, REAA, Grande Oriente da Paraíba (COMAB), Oriente de João Pessoa, Estado da Paraíba, apresenta a dúvida seguinte:

EM FAMÍLIA

Meu preclaro Irmão Pedro Juk, me ajude, por favor, a elucidar uma questão:

O que é "entrar em família" ou ainda "em família"?

Li o termo várias vezes em seu Blog, ora compreendo, ora não. Depende do contexto.

Desde já, muito obrigado.

CONSIDERAÇÕES:

A expressão "em família" quando se trata de ingressar no Templo, significa que autoridades e visitantes com direito a protocolo de recepção, dispensam-no e ingressam no Templo junto com o préstito, ou seja, antes da abertura junto com os Irmãos do quadro.

Já "Loja em Família" significa, em ritos que adotam esse costume, que a Loja, por ordem do Venerável Mestre, pode trabalhar momentaneamente dispensando a ritualística, ou seja, ordeiramente, sem alterar o Livro da Lei, um assunto poderá será debatido sem os preceitos ritualísticos do giro da palavra, de falar à Ordem, etc. Todavia, vale salientar, que esta é uma prática esporádica, se houver de fato necessidade, não devendo o Venerável fazer disto um fato corriqueiro. Loja em Família não é alterar a ordem dos trabalhos nem dispensar o uso do ritual.

O REAA não adota o costume de "Loja em Família", portanto nele os debates são sempre formais. A exceção é, se o ritual previr, que no Tempo de Estudos, com a possibilidade de existirem argumentações e perguntas, o Venerável Mestre, apenas naquele período, pode, com bastante critério, dispensar o giro da palavra em favor da fluidez e objetividade dos trabalhos. Reitera-se, em se tratando do REAA isto somente pode ocorrer no Tempo de Estudos.

Ainda nesse sentido, existem ritos que colocam a Loja em descanso, porém este não é procedimento adequado para o REAA. O que lhe é comum mesmo é a “entrada em família”, se prevista no seu ritual.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

CRIAÇÃO DA PALAVRA SEMESTRAL

A palavra semestral só é usada na corrente latina da Maçonaria. Foi criada em 03 de julho de 1777 pelo Grande Oriente de França, por decreto do Grão-Mestre, atendendo a uma solicitação do Conselho da Ordem, assim concebida: “Convencidos por uma longa experiência da insuficiência dos meios empregados até hoje para afastar falsos maçons, cremos não haver melhor meio do que pedir ao Grão-Mestre, que dê, de seis em seis meses, uma Palavra, que não será comunicada senão aos Maçons regulares e mediante a qual eles se farão reconhecer nas Lojas que visitarem”. O Grande Oriente do Brasil, desde sua reinstalação em 1831, adotou a Palavra Semestral.

Fonte: Boletim GOB nº 23/24 de 1985.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

BASTÕES NA LITURGIA MAÇÔNICA

Em 02/12/2023 um Respeitável Irmão de uma Loja que pratica o REAA no Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

BASTÕES NA LITURGIA MAÇÔNICA

Achei muito interessante sua postagem de janeiro de 2018 referente a origem e o uso dos bastões na maçonaria. Queria tirar uma dúvida, em função do que consta no livro “Ritualística Maçônica”, de autoria do Ir∴ Rizzardo da Camino. Na página 108, segundo parágrafo ele cita que os bastões dos Diáconos são brancos e o do Mestre de Cerimônias é negro. Tem fundamento essa citação? Eu nunca vi nas lojas que frequentei essa questão de cores diferente.

CONSIDERAÇÕES:

Em que pese no verdadeiro REAA os Diáconos não usarem bastão, e muito menos para com eles se formar um pálio, que também é inexiste no rito em questão, mesmo assim ainda nos deparamos com bibliografias que trazem pérolas como esta, ou seja, dando a cor específica dos bastões - algo sem nenhuma veracidade histórica.

Só existe um bastão na liturgia do verdadeiro REAA e é utilizado apenas pelo Mestre de Cerimônias quando conduzir alguém em Loja. Este instrumento de trabalho é um bastão cilíndrico ou sextavado de madeira, de cor natural, com 1,80 metros de altura, encimado pela joia do cargo (uma pequena régua graduada dourada). Não há obrigatoriedade para que este bastão possua cor negra.

Quanto a cor branca para bastões utilizados pelos Diáconos, não dá nem para comentar uma tolice desta envergadura, sobretudo escrita nos tempos em que a literatura maçônica caminhava a passos lentos no Brasil. Período fértil para os frutos de imaginação, já que em terra de cego, quem tinha um olho era rei.

Infelizmente, sandices como estas ainda povoam as estantes e prateleiras de muitas Lojas, ali permanecendo como verdadeiras “carcaças de dinossauro” - não tão difícil de matar, mas muito difícil de consumir.

Ora, se nem bastão existe para os Diáconos na liturgia tradicional do REAA, então como determinar que a cor de ambos deve ser branca?

Há quem diga que se só existe no Brasil e não é jabuticaba, ou é besteira ou é privilégio de alguns.

Para melhores esclarecimentos, veja uma Peça de Arquitetura de minha lauda publicada no Blog do Pedro Juk http://pedro-juk.blogspot.com.br em janeiro de 2018 denominada: Bastões, Varas e Hastes – Instrumentos de Trabalho na Liturgia Maçônica.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

RITOS MAÇÔNICOS

Ir:. Lucas Francisco Galdeano*

(A Pluralidade de Ritos Maçônicos no Brasil e no Grande Oriente do Brasil)

“De fato, é um laurel da Maçonaria Brasileira a Pluralidade de Ritos, porque o exercício de Ritos Regulares faz com que a nossa Obediência abrigue, generosamente, as várias correntes Filosóficas e Doutrinárias do Mundo Maçônico, desde o Agnosticismo até o Teísmo. Seria um atentado à História e à Justiça se, em obediência a imposições ilegítimas e alienígenas, criássemos agora obstáculos aos Ritos” (Álvaro Palmeira, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil - 1963/1968).

1 – A Gênese dos Ritos

Conceituamos rito como sendo um cerimonial próprio de um culto ou de uma sociedade, determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão, designa culto, religião ou seita. Maçonicamente é a prática de se conferir a Luz Maçônica a um profano, através de um cerimonial próprio. Em seiscentos anos de Maçonaria documentada, uma imensidade de ritos surgiram. Mas, de 1356 a 1740, existiu um rito apenas, ou melhor, um sistema de cerimônias e práticas, ainda sem o título de Rito, que normatizava as reuniões maçônicas. Somente a partir de 1740 é que uma infinidade de ritos varreu o chão maçônico da Europa.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

PERÍODO APROPRIADO PARA AS INSTRUÇÕES

Em 01.12.2023 o Respeitável Irmão Igor Gomes, Loja Cavaleiros da Cruz, 0267, REAA, GOB-PE, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco, apresenta a dúvida seguinte:

PERÍODO PRÓPRIO PARA INSTRUÇÃO

Gostaria de saber qual o momento correto de se dar as primeiras e segundas instruções dos Graus, elas devem ser dadas na Ordem do Dia ou no Tempo de estudos? Já vi várias vezes serem realizadas nos dois momentos e muitos dizem coisas diferente, portanto, gostaria da sua visão sobre qual o momento correto, pois no meu entendimento deve ser dado no tempo de estudo, tendo em vista que é uma instrução a ser dada e passado um aprendizado aos demais Irmãos.

CONSIDERAÇÕES:

As instruções do grau são dadas no Tempo de Estudo. Afinal, esta é a finalidade deste período.

Conforme menciona o RGF, depois de ter a Comissão de Admissão e Graus da Loja apreciado e aprovado o trabalho para aumento de salário do candidato, solicitado pelo Vigilante, o Venerável Mestre marcará para a Ordem do Dia e com antecedência, a data da sabatina pelo questionário elaborado pela Loja.

A sabatina ocorre na Ordem do Dia porque após ter sido a mesma concluída, o Templo deverá ser coberto ao candidato e a Loja transformada em grau imediatamente acima para discussão e votação – se sim ou não pela aprovação.

Melhores esclarecimentos a respeito deste desenvolvimento, vide RGF, Artigos 35 e 36, que tratam das colações de grau.

Ao concluir, reafirma-se que as instruções do grau que constam no ritual ou outras que o Vigilante julgar necessárias, serão ministradas no Tempo de Estudos.

T.F.A.
PEDRO JUK -SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

AS LUVAS, OS OBSTÁCULOS E AS POSTURAS

As Luvas

Quando o neófito cumpriu todos os compromissos da Iniciação e após ter recebido o Avental, o Venerável Mestre diz: “Essas luvas são o símbolo da vossa admissão no Templo da Virtude e indicam, pela sua brancura, que nunca deveis manchá-las, indenes as vossas mãos das águas lodosas de vício.”

Recebe, então, o neófito um par de luvas para si e outro, para entregar à mulher que “mais direito tiver” à sua estima.

A luva deve possuir a sua história, no entanto, esta é desconhecida; sabe- se apenas que as primeiras foram confeccionadas com peles de animais para proteção. Os esquimós, antes de entrarem em contato com a civilização, já tinham em sua indumentária as luvas que usavam para proteção contra o frio.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

SAUDAÇÃO AO VENERÁVEL - RITO BRASILEIRO

Em 29.11.2023 o Respeitável Irmão Artur Rodrigues Butignol, Loja União e Prosperidade, 3316, GOB-SC, sem mencionar o Oriente, Estado de Santa Catarina, apresenta a dúvida seguinte:

SAUDAÇÃO AO VENERÁVEL MESTRE

Sempre fui muito atencioso quanto à questão da ritualística nas sessões. Contudo, um assunto que volta e meia torna a ser questionado (e sempre vi discordâncias e acalorados debates a respeito nos meus 7 anos de Maçonaria) é a questão de onde se saudar o Ven∴ Mestre quando se chega ao Oriente. Se no "nível" do "piso" do Oriente ou no "degrau" um "nível" abaixo.

Ocorreu sábado 25/11 o seminário do Rito Brasileiro do GOB-SC, e novamente o assunto voltou à tona, havendo discordância entre vários Irmãos sobre em que "nível" realizar a saudação, não se chegando a consenso algum.

O Ritual não é claro, e a correção do GOB Ritualística menos ainda. Houve a alteração de "Para entrar no Or∴ após subir os degraus que levam a linha divisória do Or∴ e do Oc∴ para "Para entrar no Or∴ após subir o último degrau antes da linha divisória do Or∴ e do Oc∴".

Acredito que o grande problema é citar e definir, de uma vez por todas: que linha divisória é esta? A que está se referindo? Porque é muito subjetivo, e as correções em nada esclarecem. "após subir os degraus que levam a linha divisória do Or∴"? O que significa isto? Já tivemos até Irmãos arquitetos de ofício profano se manifestando, afirmando que o piso do Oriente também é um degrau e, portanto, deve ser considerado (saudando, portanto, já no nível do Oriente). E "após subir o último degrau antes da linha divisória do Or.·. e do Oc.·", antes da linha divisória? Onde se passa esta imaginária linha divisória? Se eu estou no piso do Oriente, então já ultrapassei tal linha?

Peço a orientação do Ir∴, inclusive se a orientação for a respeito do R.E.A.A. (que acredito ser o rito e especialidade do Ir∴), fonte esta do qual o Rito Brasileiro busca muita inspiração.

CONSIDERAÇÕES:

O lugar em que se faz a saudação ao Venerável Mestre tem como referência o limite entre o Oriente e o Ocidente, na mesma linha da balaustrada. Assim, o protagonista, ao atingir o piso do Oriente, tendo como referência a balaustrada à sua esquerda, presta saudação pelo sin∴ ao Venerável Mestre.

Não há outro lugar, nem abaixo do Oriente antes de acessá-lo, ou sobre qualquer um dos degraus. A saudação se dá em pé sobre o piso oriental.

Na sua questão, me parece que a expressão antes "antes da linha divisória" é que está causando dúvida. Vou recomendar aos meus Adjuntos para o Rito Brasileiro que revejam esse termo "antes" para "na linha da balaustrada". Sem excessos de preciosismo, em linhas gerais, a baliza para a linha divisória entre o Oriente e o Ocidente é a balaustrada.

Aproveitando o ensejo, quando da saída do Oriente, presta-se a saudação ao Venerável Mestre andes de descer, isto é, em pé, ainda sobre o piso oriental.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

CANDIDATO À ORDEM, A MEDIOCRIDADE É A PIOR DEFICIÊNCIA

Ir Ambrósio Peters.  * 12.05.1927  + 08.07.2003

De toda e qualquer deficiência de um candidato talvez a pior delas seja a mediocridade. O homem medíocre jamais assumirá o seu papel de Maçom no pleno sentido deste termo, pois o medíocre já é por sua própria natureza um acomodado. Do homem medíocre dizia Jesus; "por não ser nem frio nem quente o cuspirei de minha boca". Não se pode contar com ele seriamente para nenhuma atividade que exija um rompimento com a rotina. Ele nada começa e quando o começa nada termina. Nada faz além de suas estritas obrigações. Somente acompanha e critica, ou quando muito dá seu apoio fictício com meros e superficiais aplausos. No seu inconsciente ele se condena a si próprio pela na sua inércia, e toma como uma censura velada tudo o que os outros realizam. Por isso o medíocre é um crítico contumaz.

Na maioria das ocasiões será preferível lidar com inimigos, porque pelo menos esses se definem e pode-se saber onde estão.. O medíocre é um omisso e contagia tudo ao seu redor com sua omissão. Certa vez, sendo eu Venerável de uma Loja, um Irmão se aproximou de mim com críticas por não promovermos com mais freqüência jantares para aproximar os Irmãos e suas famílias. Informou-me que perto de sua residência havia uma senhora que promovia festas e jantares a preços acessíveis e que seria fácil contratá-la. Pedi-lhe então, já que o restaurante estava próximo a sua casa, que organizasse um jantar com as nossas esposas. Não posso, disse-me secamente, não tenho tempo. A indicação do restaurante era simplesmente uma maneira discreta de criticar e dizer que a Administração da Loja era ineficiente em suas atividades sociais.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

LOJA DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS

Em 29/11/2023 o Respeitável Irmão Joséllio Carvalho, Loja Libertas Quae Sera Tamen, 1180, REAA, GOB MINAS, Oriente de Ipanema, Estado de Minas Gerais, formula na pergunta seguinte:

LOJA DE ESTUDOS E PESQUISAS

Tenho uma dúvida, qua talvez possa ser a de outros irmãos, por isso recorro a ti.

Vi nas redes sociais uma Loja do GOB que se intitula "Augusta e Respeitável Loja de Estudos e Pesquisas". Achei muito interessante e gostei da proposta desse tipo de Loja, mas não encontrei nada específico nos regulamentos do GOB.

Gostaria de saber:

1) Quais os requisitos para se fundar uma Loja dessa espécie? Qual a diferença Ritualística/Administrativa/Financeira delas em relação às ARLS tradicionais do GOB?

2) As reuniões presenciais podem ser bimestrais, trimestrais ou semestrais e as demais serem virtuais? Haveria amparo legal para isso?

CONSIDERAÇÕES:

Desconheço qualquer particularidade legal para se criar uma Loja de Pesquisas, senão o de seguir um ritual vigente do rito que ela pratica e ter como objetivo principal a realização de sessões ordinárias de instrução.

Entendo que ela desenvolve os seus trabalhos como qualquer outra Loja simbólica, porém tem como seu objetivo principal, relatado em seu Regimento Interno, as pesquisas e estudos maçônicos.

Quanto à sua pergunta nº 1, creio que já está respondido nos dois parágrafos imediatamente anteriores a este.

Quanto ao número das sessões, como qualquer outra Loja, segue o determinado no Art. 108 do RGF, no seu Estatuto e no Regimento Interno.

Creio que melhores informações poderão ser solicitadas à sua Secretaria Estadual da Guarda dos Selos.

Finalizando, destaco que os membros de uma Loja de Estudos e Pesquisas devem ser elementos de fato preparados para o ofício acadêmico dos estudos maçônicos. O RGF do GOB não prevê a existência de Lojas Maçônicas virtuais.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PAVIMENTO MOSAICO

Rui Bandeira

Em todas as Lojas maçónicas regulares está presente, em todo ou em parte do solo da sala onde ocorrem as sessões de Loja, um pavimento mosaico, constituído por um conjunto de quadrados brancos e negros, colocados alternadamente entre si.

O símbolo remete claramente para a dualidade - mas também para a harmonia entre os opostos. Cada quadrado de uma das cores está rodeado de quadrados da outra cor. É assim frequente referir-se ao recém-iniciado que o pavimento mosaico representa a sucessão entre os dias e as noites, o bem e o mal, o sono e a vigília, o prazer e a dor, a luz e a obscuridade, a virtude e o vício, o êxito e o fracasso, etc.. Mas também a matéria e o espírito como componentes do Homem. Ou, simplesmente, recordar que, como resulta da lapidar equação de Einstein, a matéria é composta por massa, mas também por energia.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

EM PÉ OU SENTADO - VII

Em 29.11.2023 o Respeitável Irmão James Alberto Servelatti, Loja 8 de Setembro, REAA, GOB-SP, Oriente de Bilac, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:

EM PÉ OU SENTADO?

Irmão Pedro Juk, recorro aos seus conhecimentos para esclarecer algumas dúvidas: Na apresentação de peças de arquitetura em Loja (matéria de quarto de hora de estudos), é facultado ao Orador realizar sua apresentação sentado?

CONSIDERAÇÕES:

No REAA, salvo quando o ritual determinar o contrário, todos os Irmãos que ocupam o Oriente se quiserem podem falar sentados. No entanto, a imensa maioria dos Irmãos, por deferência, geralmente fala em pé, portanto, à Ordem.

No caso do Orador e a leitura da Peça de Arquitetura, ele pode apresenta-la sentado, no entanto, também lhe é permitido que a apresente à Ordem.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

AS LOJAS MORREM

(Desconheço o autor)

As Lojas e os Corpos Maçônicos morrem por algumas ações, atitudes, observância e ou inobservância seguinte:

Pela falta de energia do Venerável;
Pela falta de atividade do Secretário;
Pela falta de empenho do Tesoureiro;
Pelo alheiamento do Chanceler;
Por não se querer aceitar cargos;
Por não se frequentar os trabalhos;
Por esquivar-se no desempenho do seu trabalho;
Por não chegar nunca na hora do início dos trabalhos;
Por estar sempre disposto a criticar e nunca a fazer;
Por procurar encontrar sempre defeitos nos trabalhos da Oficina;
Por desgostar-se em não ser indicado para integrar algum cargo ou Comissão;
Por não se emitir opinião franca e leal sobre os assuntos consultados e criticar, depois, a alternativa seguida;
Por ser intempestivo, arrogante, vaidoso e com ego hipertrofiado, ao ponto de não reconhecer seus próprios erros;
Por fazer uso da palavra para agredir e tratar de assuntos políticos e religiosos, flagrantemente proibidos em Loja;
Por falta de disciplina;
Por acreditar ser perfeito, infalível e superior aos demais;
Por não praticar na vida profana a conduta que devemos ter com os Irmãos;
Por não respeitar as opiniões nem os direitos maçônicos e profanos, civis, econômicos e sociais, de todos os Irmãos;
Por aspirar-se a todos os direitos e não cumprir com os mais elementares deveres;
Por acreditar que o nosso Irmão tem obrigações e nós somente direitos;
Porque as ideias boas são, só as minhas;
Por semearem ressentimentos entre os membros;
Por pensar e exteriorizar opinião que desabonam oficiais, dignidades e irmãos;
Por exaltar a vaidade de um Irmão em detrimento de outro;
Por discutir sem ilustrar;
Por trabalhar sempre para si próprio;
Por tornar monótonas nossas reuniões;
Por negar sistematicamente todo esforço em prol da Oficina;
Por converter a Loja, numa sala de conversa após abertos os trabalhos;
Por fazermos eco de aversões contra um irmão em vez de defendê-lo;
Por converter em sementeira de rivalidades e ódios o que deveria ser um sulco compacto de fraternidade e de perene harmonia;
Por dizer, hipocritamente, em Loja “O Respeitável Irmão fulano de tal” e dizer, maldosamente no meio profano “o sem vergonha fulano de tal”;
Por ser intransigente em tudo, até mesmo para pagar suas mensalidades;
Por desejar ser sempre Venerável ou quando menos Vigilantes e nunca Secretário, Tesoureiro ou Guarda Externo;
Por apatia e falta de lealdade aos juramentos;
Por falta de apoio das Potências às suas Lojas filiadas;
Por que Irmãos e Potências incentivam a “afundar (sic) novas Lojas”;
Pelo Profano de Avental. Supremo galardão da vaidade e do ego hipertrofiado. O Verdadeiro Pavão;
Pelo fanatismo de Irmãos em detrimento da Fraternidade, na Simbologia e Ritualística (que tentam mudar constantemente ao seu livre talante)
(autor desconhecido)