Introdução: O Silêncio que Grita
VV.'. MM.'. , digníssimos Vigilantes e amados Irmãos.
Vivemos tempos em que a luz parece cada vez mais encoberta pelas nuvens da injustiça, da corrupção, da omissão e do medo. As instituições ruem, a verdade é manipulada, e a liberdade está sob ataque. Em meio a esse cenário, muitos de nós, Maçons, permanecem calados, acreditando que não nos cabe agir no mundo profano, que devemos apenas observar e refletir.
Mas pergunto: de que nos serve a iniciação, se ela não nos conduz à ação reta?
I. O Juramento Esquecido
Juramos ser melhores homens, servos da verdade, defensores da justiça e da liberdade. Juramos com uma mão sobre o Livro da Lei, em sinal de que as palavras que pronunciamos brotavam da alma. Então, por que tantos se calam quando a corrupção reina? Por que tantos se escondem quando os fracos são oprimidos?
Será que esquecemos que o Compasso e o Esquadro nos foram dados como instrumentos de transformação?
II. Aventais Vazios: Quando a Forma Despreza a Essência
Há quem use o avental como disfarce. Há quem veja na Ordem uma escada para vaidades pessoais, uma capa respeitável para esconder a covardia, a omissão ou a corrupção.
Maçom não é o que se veste como tal, mas o que age como tal.
Não basta frequentar templos, é preciso viver a verdade do templo dentro de si. Não basta recitar palavras belas, é preciso ter coragem para pronunciá-las também fora das quatro paredes do rito.
III. A Herança dos Valentes
Somos herdeiros de homens que mudaram o mundo. De maçons que fundaram Repúblicas, aboliram correntes, enfrentaram tiranos. Eles usaram sua sabedoria como espada, seu silêncio como escudo e sua palavra como lança.
A história nos mostra: quando a Maçonaria se ergue, o mundo melhora. Quando ela se cala, o caos avança.
IV. O Compasso do Compromisso
A neutralidade diante da injustiça é cumplicidade. O silêncio diante do sofrimento é conivência. A omissão diante da tirania é traição ao juramento que fizemos.
Por isso, é tempo de nos levantarmos. Não com armas. Mas com coragem. Não com gritos. Mas com ações. Não com slogans. Mas com retidão, exemplo e compromisso.
Conclusão: O Chamado à Luz
Meus Irmãos
A Maçonaria não foi criada para acomodar os fracos, mas para forjar os fortes. Ela não é um esconderijo para os omissos, mas um farol para os justos. Se somos a luz do mundo, não podemos aceitar viver nas trevas da neutralidade.
Que esta Peça não seja um discurso, mas uma centelha.
E se hoje for o dia em que Deus está chamando Seus verdadeiros filhos para se levantar, que sejamos nós os primeiros a dizer:
"Eis-nos aqui, Senhor! Envia-nos!"
Avante, meus Irmãos.
Porque a Maçonaria não pode ser neutra diante do caos.
Avante sempre.
Fonte: Facebook_Átrio do Saber
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