(republicação)
Em 03/04/2018 o Respeitável Irmão Gilberto S. Oliveira Filho, Loja União e Lealdade, 547, Grande Loja do Estado de São Paulo, REAA, Oriente de Osasco, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão:
A PONTA LIVRE DO COMPASSO
Eu sempre recebia a revista eletrônica JB News, enviada pelo Ir. Jerônimo Borges.
Bom, em uma destas edições, há uma resposta dada através de um de seus artigos, referente a uma indagação feita por um irmão, com a seguinte pergunta; "No 2º Grau, há obrigatoriedade da Ponta do Compasso ficar "descoberta" para a Coluna dos Companheiros?" Eu gostaria de consultá-lo, sobre este tema. Eu não encontrei nenhum artigo, exceto este referido. Eu seria muito grato em receber uma resposta direta, neste e-mail, ou indicar-me o nº da edição JB News, para uma pesquisa.
CONSIDERAÇÕES:
Já dei inúmeras respostas a respeito, das quais muitas foram publicadas no nosso sempre lembrado JB News, revista eletrônica que encerrou as suas atividades no primeiro quartel do ano de 2017. A despeito disso vamos então relembrar esse tema que faz parte do grau mais genuíno da Maçonaria - o Grau de Companheiro Maçom.

Não importa qual, pois a sua interpretação esotérica menciona que o Companheiro Maçom, mais evoluído, é agora senhor de todos os caminhos no Ocidente, tanto para o Norte, lugar por onde ele passou quando era ainda Aprendiz, bem como agora no Sul onde ele exerce o ofício de elevar a Obra ao Meio-Dia.
Isso pode ser comprovado pela Marcha do Segundo Grau, onde a maioria dos autores autênticos, a exemplo de Theobaldo Varolli Filho, menciona que a variação do passo tanto pode ser para a direita ou para a esquerda, a despeito de que em alguns casos é preferível que seja para a esquerda em respeito à circulação obrigatória que se dá em alguns ritos quando se passa de uma para outra Coluna (circulação horária).
Já em termos de ritualística, do ponto de vista daquele que abre e lê o Livro da Lei, quem determina qual ponta da haste dessa Luz Emblemática (Compasso) deva ficar livre é o ritual em vigência na Obediência.
Assim, alguns rituais não mencionam o lado, enquanto que outros mencionam.
Geralmente os rituais que especificam o lado da ponta livre do Compasso o fazem indicando que o mesmo deve coincidir com a Coluna onde os Companheiros ocupam lugar na Loja, ou seja, com o lado Sul. Nesse caso, sob o ponto de vista de quem abre o Livro da Lei, a ponta direita.
A despeito de que essa até seja uma justificativa sugestiva, ela não pode servir de regra por não possuir amparo iniciático, pois como dito, o Companheiro é livre para circular por todo o Ocidente.
Nesse sentido, o melhor mesmo é seguir o que menciona o ritual, porém compreendendo que essa ponta livre, não importando o lado indicado no ritual, demonstra que houve evolução na vida do operário especulativo. Demonstra que no seu aprimoramento espiritual ele consegue agora equilibrar suas ações e pensamentos em relação à materialidade humana.

Dados esses apontamentos, por fim cabe mencionar que de tudo o que a liturgia maçônica nos ensina, o importante é vivenciar essa evolução, pois a ponta liberta do Compasso não é uma ação meramente contemplativa. O importante nesse caso não é o lado, mas sim viver esse emblema altamente significativo para vida do maçom, sobretudo quando já tiver ultrapassado a porta para conhecer a Árvore da Vida.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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