Páginas
PERGUNTAS & RESPOSTAS
sábado, 13 de setembro de 2025
CAMINHAR JUNTOS
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
SESSÃO ELEITORAL E OUTRAS QUESTÕES
SESSÃO ELEITORAL E OUTROS
Irei assumir como 1º Vig∴ na próxima Gestão - 2025/2027
2º Dúvida: A Palavra Sagrada do Aprendiz, foi alterada?
3º Dúvida: No novo Ritual de Aprendiz, não consta mais na decoração do Templo, a Carta Constitutiva. Não é mais necessária ela no Templo? Durante a Sessão?
RESPOSTAS:
1) Não me cabe discutir resoluções eleitorais hauridas dos seus diplomas legais. O que eu sei como Secretário Geral de Orientação Ritualística é que consta no Ritual de Mestre Maçom do REAA vigente no GOB, dele a sua página 166 (e seguintes), parte IV, o título Sessão Extraordinária, na qual, em sua Ordem do Dia são mencionas as seguintes sessões: Eleitoral, de Conselho de Família e de Expedição de Placet Ex-Officio. À vista disso, entendo que uma Sessão eleitoral deveria ser aberta na Ordem do Dia de uma Sessão Extraordinária. Logo, a Sessão Extraordinária deve ser aberta ritualisticamente conforme o ritual com todos devidamente paramentados. Agora, se neste mister também existem resoluções do Tribunal Eleitoral Maçônico, é preciso que o mesmo seja consultado.
2) Continua a mesma palavra. O que há de fato é uma discussão se ela e escrita com vogais dobradas, ou não (B...Z, ou B...Z). Devido a uma corruptela haurida de tradução, as versões bíblicas da Septuaginta (Dos Setenta) e Vulgata (Latina) trazem esta palavra com escrita diferenciada. Como no GOB existe pluralidade de ritos, os quais usam as duas versões bíblicas, ambas as palavras são aceitas.
3) Nem no ritual de Aprendiz REAA de 2009 constava, e assim também não consta no ritual de 2024 vigente. Já existe o Estandarte que identifica a Loja. A Carta Constitutiva não é um documento que impreterivelmente precise estar exposto. Fica a critério da Loja mantê-la exposta dentro do templo ou guardada, ou ainda exposta em outra dependência do edifício. O que de fato está prevista na Planta do Templo, sobre o 3º degrau que leva ao sólio, encostada na frente do Altar do Venerável Mestre, é a Prancheta (Mestre), uma das Joias Fixas da Loja.
T.F.A.PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
CHAPÉU NEGRO SOBRE O ALTAR
O SIMBOLISMO DA PÁSCOA NA MAÇONARIA
Luiz Sergio Castro
A Páscoa, tradicionalmente celebrada como a ressurreição de Cristo no Cristianismo, possui um profundo simbolismo que ressoa com os ensinamentos e rituais da Maçonaria. Embora a Instituição não seja uma religião, sua estrutura simbólica e alegórica se inspira em temas universais, como a morte, renascimento, luz e regeneração — todos presentes nas comemorações pascais.
1. A Páscoa como Símbolo de Renascimento
Na Maçonaria, o conceito de renascimento é central. O Aprendiz é "nascido das trevas para a luz", o Companheiro percorre o caminho da transformação e o Mestre Maçom passa pela representação simbólica da morte e da ressurreição — um eco direto dos mistérios antigos, onde o iniciado morria simbolicamente para o mundo profano e renascia para uma nova vida espiritual.
A Páscoa representa, portanto, o triunfo da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas, do espírito sobre a matéria. Essa ideia está intimamente ligada ao Terceiro Grau, onde a Palavra Perdida é buscada após a queda do Mestre Hiram Abiff — símbolo do eu interior que deve ser reencontrado para a regeneração do ser.
2. O Cordeiro Pascal e o Sacrifício
O cordeiro, símbolo central da Páscoa judaico-cristã, representa o sacrifício que redime e purifica. No simbolismo maçônico, o sacrifício voluntário de Hiram Abiff pela integridade dos segredos da Maestria representa a fidelidade à Verdade e aos princípios elevados, mesmo diante da morte. A Maçonaria convida seus membros a seguirem esse exemplo ético e iniciático de pureza e coragem moral.
3. A Páscoa e o Ciclo Solar
A Páscoa, assim como muitos festivais antigos, está associada ao equinócio da primavera no hemisfério norte — momento em que a luz começa a prevalecer sobre a escuridão. Esse simbolismo solar está presente na Maçonaria por meio da constante busca pela luz, que representa sabedoria, conhecimento e elevação espiritual.
Assim como o Sol renasce e dá início a um novo ciclo de fertilidade e vida, o maçom é convidado a renascer internamente, deixando para trás seus vícios e ignorância.
4. O Sepulcro Vazio e o Templo Interior
O sepulcro vazio da narrativa pascal pode ser interpretado maçonicamente como a superação da prisão do ego e a abertura do Templo Interior para a verdadeira Luz. Ao vencer a morte simbólica, o Mestre Maçom revela o segredo da imortalidade espiritual — não como uma promessa religiosa, mas como uma realidade iniciática e filosófica: o homem desperto é eterno em sua consciência.
5. Páscoa e Fraternidade
A Páscoa é também tempo de renovação de laços e de comunhão. Na Maçonaria, a Fraternidade é um dos pilares essenciais. As celebrações pascais, quando realizadas por lojas maçônicas, são oportunidades para reforçar a solidariedade, a caridade, o amor fraterno e a esperança em dias melhores — valores universais partilhados tanto pela tradição religiosa quanto pela iniciática.
A Páscoa, enquanto símbolo espiritual e cultural, transcende as fronteiras religiosas e encontra eco na simbologia maçônica como expressão de transformação, esperança e transcendência. O maçom que compreende o verdadeiro espírito da Páscoa se reconhece como um eterno aprendiz na jornada da luz, onde a morte é apenas um portal para a renovação e a sabedoria interior.
Fonte: Revista O Malhete