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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 18 de novembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

BATERIA NA PORTA - ATRASADO PEDINDO INGRESSO

Em 16.05.2025 o Respeitável Irmão Lucas Mateus de Sousa Pontes, Loja Fraternidade Parnaibana, 0840, GOB-PI, Oriente de Parnaíba, Estado do Piauí, apresenta a seguinte questão:

BATERIA NA PORTA.

Na nossa última reunião nos surgiu uma dúvida sobre a batida na porta dos Irmãos visitantes e retardatários e a respectiva resposta do Cobridor Interno.

A questão foi a seguinte: alguns irmãos afirmaram que o Irmão visitante sempre baterá na porta no grau de Aprendiz, independente do grau que se está trabalhando, caso não se esteja trabalhando no grau de aprendiz, o Cobridor Interno baterá, do lado de dentro, três vezes com a espada e o Irmão visitante “subirá” a batida até o grau que se está trabalhando. Alguns Irmãos afirmaram que esse procedimento aplicado pelo Cobridor Interno não é ritualístico.

Dessa forma, peço-o o encarecidamente que nos tire essa dúvida.

CONSIDERAÇÕES:

Não existe esse tal de aumento de bateria na porta. À vista disso, o atrasado bate sempre como Aprendiz Maçom. Se o momento for propício para o seu ingresso, o Cobridor Interno comunicará à Loja na forma de costume. Feita a verificação de quem bate, e estando o Irmão atrasado apto para ingressar, ser-lhe-á franqueada a entrada ritualística – ritualística porque esta é a única maneira de se ingressar em Loja depois do início os trabalhos.

Cabe ao Cobridor Interno, já que o Externo raramente está presente, verificar se quem pede ingresso tem grau suficiente para participar dos trabalhos.

No caso de não ser propício o momento para o ingresso do retardatário, o Cobridor Interno responde às pancadas, pelo lado de dentro da porta, com a mesma bateria (a de Aprendiz).

Nesse caso, o retardatário deverá aguardar em silêncio, sem dar qualquer outra bateria na porta, até que lhe seja oportunizado o atendimento.

Vale mencionar que não está escrito em lugar nenhum do ritual em vigência que o retardatário deva, ao invés de aguardar, responder ao Cobridor Interno dando outra bateria.

Ademais, recomenda-se ler o Ritual de Aprendiz Maçom do REAA em vigência – título 4.4 - Comportamento Ritualístico, página 210, itens, Irmão Atrasado e Bateria na Porta. O Ritual explica exatamente isto.

Para encerrar, é bom que diga que em respeito à pontualidade dos Irmãos que chegaram no horário, o melhor mesmo é ninguém chegar atrasado. O atraso deve ser tratado como um caso excepcional, nunca corriqueiro.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

RUY BARBOSA

PEDRA BRUTA (2)

A Pedra Bruta à primeira vista, é apenas um pedaço de pedra tosca e imperfeita, um bocado de rocha com arestas vincadas e ásperas, sem forma definida.
Tal se assemelha ao Aprendiz Maçon quando entra em Loja pela primeira vez. Ele próprio é essa pedra grosseira. Ela representa o seu estado e o longo caminho que ele tem ainda a percorrer…
O trabalho do Aprendiz consiste no desbastar dessa pedra bruta; no seu aprimoramento pessoal e moral.
O Aprendiz com o auxílio do malho e do cinzel, com sua vontade própria e o desejo de melhorar, deve desbastar essa pedra bruta (ele) e dar-lhe forma, torna-la perfeita, com as suas faces bem polidas e transformar essa pedra, numa pedra cúbica.
E essa transformação, passa por numa fase primária, burilar as pontas, as arestas que a pedra tem. Tentar ele próprio, vencer os seus medos e receios, “acalmar” as suas ansiedades, adquirir a concentração e disciplina necessárias à tarefa a que se propõe. Só dominando os seus pensamentos poderá ele então dominar as suas atitudes. Pensando com a clareza e discernimento necessário para que nada diga ou nada faça que não tenha a certeza de o fazer.
 E só depois desse “pequeno/grande trabalho”, no qual, também expos o interior da pedra à vista de todos, o seu Interior(Alma), é que poderá então tornar a pedra mais harmoniosa, alisando e polindo a sua face, através da sua persistência em se tornar melhor pessoa, sendo mais solidário, mais tolerante e mais fraterno com o seu próximo. 
Só assim, a pedra começará a ganhar a forma desejada, e se poderá concluir então, se o trabalho efetuado, se encontra no caminho certo.
E só pesando os prós e os contras, o antes e o depois, se conseguirá analisar o que se tem conquistado com este labutar. Que será sempre mais do que o que se perdeu ou gastou em tempo e energia para se poder dedicar a essa árdua tarefa. Certamente durante esse processo aumentou o seu conhecimento sobre várias matérias, mas acima de tudo, melhorou o seu auto-conhecimento (o mais importante deste processo). 
Como proporcionalmente, se perderam vícios e comodismos que nada trazem de melhor à sua vida, e que só o “atrasam” na percepção do mundo em que vive.
E é nesse mundo profano, em que o Aprendiz vive, que deve ele usar os seus conhecimentos e a experiência adquirida no polir a sua pedra, que ele deverá exercer a sua influência. Sendo um exemplo de boa conduta para os demais, sempre cumpridor dos deveres e regras tal como qualquer outro cidadão seja obrigado a cumprir e a respeitar. Nunca estando acima da Lei, mas ao seu nível.
E apesar do trabalho de se desbastar a pedra bruta, ser um trabalho e caminho (evolução) pessoal, ele não se faz solitariamente. Existe sempre alguém pronto para o ajudar nesse percurso, nunca o facilitando, mas servindo apenas de apoio e guia. E esse acompanhamento, esse “guia”, ele pode encontrar na sua Respeitável Loja, refletido nos seus Irmãos.
E na sua Respeitável Loja, através da partilha mútua de conhecimentos e experiências em Loja com os seus Irmãos, fazendo uso do seu tempo disponível (às vezes sacrificando inclusive a sua família), se envolvendo mais nas atividades da Loja, estudando o catecismo, tomando atenção ao que lhe dizem e cumprindo de forma laboriosa o ritual, que o aprendizado do Aprendiz se faz (o próprio desbastar a pedra bruta, é um processo de aprendizagem e ensino). 
Ele aprende porque usufrui da informação e experiências que os seus Irmãos lhe podem oferecer. Mas também deve ele ensinar os seu Irmãos, partilhando o que sabe e auxiliá-los no que eles mais precisem. Porque um dos seus próprios deveres, é também auxiliar os seus Irmão no desbastar das suas pedras… Pois também ele os “transforma”, com a sua forma de estar, exemplo de conduta e conhecimento.
Somente partilhando o que se tem, é que se pode obter mais, nunca num sentido material, mas antes, num sentido espiritual. Só doando parte dele próprio, poderá conquistar mais Conhecimento, ser Respeitado e ter a Amizade dos seus IrmãosÀs vezes pensa-se que partir pedra e polir a mesma, é um trabalho fácil.
Mas desengane-se quem assim pensa. Se fosse assim tão fácil, eu não seria Maçon!
Disse.        

Fonte: https://pedra-de-buril.blogspot.com

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

RAZÃO 3 POR 4 - GEOMETRIA INICIÁTICA

Em 14.05.2025 o Respeitável Irmão Eduardo de Lelis Prenazzi, Loja Cavaleiros da Inconfidência, 3080, Rito Brasileiro, GOB MINAS, Oriente de Barbacena, Estado de Mina Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

RAZÃO 3 POR 4

Nas instruções do grau 2 - Ferramentas e Símbolos do grau, na página 226 tem uma pergunta sobre o que significa o Esquadro e a resposta do 1º Vig é: "É o controle das ações, o símbolo da retidão, na razão 3 por 4. É o emblema da sabedoria"

O Irmão poderia nos esclarecer o significado da razão 3 por 4?

CONSIDERAÇÕES:

Entendo que onde está acima escrito: "É o controle das ações, o símbolo da retidão, na razão 3 por 4. É o emblema da sabedoria", melhor seria se estivesse escrito da seguinte maneira: "É o controle das ações. Símbolo da retidão, na razão 3 por 4 é um dos emblemas da Sabedoria".

Nesse caso, a razão 3 por 4 se trata da quinta das Sete Ciências e Artes Liberais da Antiguidade, a Geometria. 

Como emblema da Sabedoria, a Geometria (G) revela o conhecimento e o domínio da 47ª Proposição de Euclides (Teorema de Pitágoras). A razão 3 por 4 refere-se aos catetos que formam um triângulo retângulo. Pelo teorema, a soma do quadrado dos seus quadrados desvenda o comprimento ideal da hipotenusa.

Pelas propriedades de um triângulo retângulo é que se encontra o "canto preciso", a “esquadria”, “a esquina”, ou o “ângulo 90 graus” – o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. 

No contexto da expressão matemática (c² = a² + b²), a soma de 3², mais 4², é igual a 25. Extraindo-se a raiz quadrada de 25 encontra-se o número 5, medida exata da hipotenusa para a construção de um ângulo de 90 graus.

Vale ressaltar que na Maçonaria primitiva nossos ancestrais eram literalmente construtores de igrejas, catedrais, mosteiros e abadias. Vem daí oconhecimento fundamental sobre as propriedades de um triângulo retângulo, utilizado para o esquadrejamento das pedras e na elevação dos cantos aprumados da obra. 

Os números 3 e 4 referem-se às divisões de partes iguais de cada um dos catetos de um triângulo retângulo. Os pedreiros da Idade Média utilizavam para esse mister um cordel com 12 nós equidistantes, com o qual apuravam a esquadria.

Sob o aspecto especulativo, a Geometria é uma alegoria do conhecimento iniciático, a qual dá ordem, equilíbrio e harmonia ao Universo.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

LOJAS FEMININAS