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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 7 de dezembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

PORTA-BANDEIRA NA MAÇONARIA

Em 03.06.2025 o Respeitável Irmão Francisco Carlos Tancler, Loja Templários da Paz, 3969, sem mencionar o Rito, GOB-SP. Oriente de Botucatu, Estado de São Paulo, faz a pergunta seguinte:

PORTA-BANDEIRA

Uma dúvida, pelo seu vasto e respeitoso conhecimento: somente quem pode ser o PORTA BANDEIRA?

CONSIDERAÇÕES:

Em Maçonaria, o oficial denominado Porta-Bandeira é o titular que tem por dever de ofício conduzir e guardar a Bandeira Nacional.

Como qualquer cargo em Loja maçônica, o mesmo deve ser ocupado por um Mestre Maçom, o qual é nomeado para o exercício do cargo pelo Venerável Mestre.

O Porta-Bandeira deve ter qualidade, esmero e altivez na condução do Pavilhão, dispensando-lhe toda a dedicação merecida. A Bandeira Nacional é a maior autoridade presente em Loja, e como tal deve ser respeitada por todos, prestando-lhe as devidas formalidades expressas por Decreto expedido pelo Grão-Mestre.

O Porta-Bandeira, titular condutor, veste um colar com a joia distintiva do cargo, que é uma bandeira, a qual pode ser dourada ou prateada, conforme o rito.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

CHAVE

Esse objeto implica a existência de uma "fechadura"; o engenho é da antiga construção, e uma lenda em torno da Arca da Aliança informa que essa era "fechada com uma chave".

A história sagrada, contudo, não faz alusão a respeito.

A chave é o símbolo da inteligência, da prudência, da segurança e das coisas que devem permanecer ocultas.

Na Maçonaria, a chave é um símbolo exclusivo dos graus filosóficos, pois, por ocasião da Iniciação ao Grau de Mestre secreto, é entregue ao Iniciado uma chave de marfim.

O conhecimento é considerado uma chave que abre todas as portas dos mistérios, do desconhecido e do Universo.

O maçom recebe a chave como símbolo de que deve manter em segredo os ensinamentos recebidos e guardá-los em seu coração, que considera o "escaninho" esotérico e inviolável.

A Igreja tem na chave um símbolo religioso que teria sido entregue a São Pedro pelo Cristo, com o significado de "abrir todas as portas do céu". Nas Lojas maçônicas, o símbolo do tesoureiro são duas chaves entrelaçadas; uma para abrir o que está guardado; outra para abrir os valores espirituais.

O maçom deve manter sob "sete chaves" os segredos da Ordem, ser discreto e leal.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 93.

A PROVA DO MESTRE TEMPO E OS HERÓIS ANÔNIMOS DO TEMPLO

Meus amados Irmãos,

Diz-se que o tempo é o senhor da razão…

Na Maçonaria, porém, ele é mais do que senhor, é o Mestre.

É ele quem prova a firmeza das colunas, a força das alianças e a retidão das intenções.

O Mestre Tempo não tem pressa, mas também não perdoa negligências.

Ele observa, silenciosamente, enquanto homens se reúnem em torno do altar para professar ideais.

E então... ele espera.

Espera para ver quem permanece quando o templo esfria, quem trabalha quando os outros descansam, quem levanta a Loja quando todos acham que ela vai cair.

O Mestre Tempo e o templo invisível

Há Lojas que nascem grandes, cheias, vistosas, mas frágeis pois o ego e a vaidade se esconde entre os irmãos.

Há Lojas que nascem pequenas, frágeis, mas firmes pois lá existem buscadores de verdade. (claro que isso não é uma regra mas, é o que mais combatemos)

A tua Loja, meu irmão, como tantas outras espalhadas pelo orbe, se for provada no fogo do esquecimento, não desanime.

E quando muitos pensarem que sua luz se apagará, alguns obreiros silenciosos, heróis anônimos, acenderam de novo a chama.

Esses homens talvez nunca recebam homenagens.

Talvez seus nomes se percam no tempo.

Mas sem eles, o templo com certeza teria ruído.

Esses homens não fizeram discursos, fizeram sacrifícios.

Não buscaram títulos, buscaram servir.

Não desejaram glória, apenas que a Loja não morresse.

E essa é a prova mais nobre do Mestre Tempo:

Ele vê além do protocolo. Ele reconhece quem age com o coração.

A lição para os novos Mestres.

Há quem pense que por ser jovem na Ordem, sua voz não tem peso.

Mas esquece-se que o tempo pode ensinar mais em dois anos de verdadeira busca pela luz do que em vinte de vaidade.

A pedra nova pode ser mais firme que a antiga, se o cinzel for o da sinceridade.

E a tua visão, meu irmão, nos lembra que o tempo não é só aquele que passa, mas também aquele que revela.

Revela quem somos, o que suportamos, o quanto crescemos.

E estejam certos, a Loja que renasce é mais forte que a que nunca caiu.

Se tua Loja quase bateu colunas, e hoje se sustenta com harmonia, esforço e verdade, então ela é uma Loja Vitoriosa.

Pois venceu a maior de todas as batalhas: a contra o esquecimento e o abandono.

Ela aprendeu com os erros.

Ela se levantou com humildade.

Ela busca, mesmo sem perfeição, ser digna da Luz que a Maçonaria oferece.

E isso, meus irmãos, é tudo o que o Mestre Tempo precisa ver para sorrir.

Concluo que:

A Prova do Tempo não é feita em um dia, ela é contínua.

E o que nos sustentará não é a beleza do templo físico, nem o número de irmãos na sessão.

O que nos manterá em pé será a verdade nos corações, a fraternidade nas atitudes e a humildade no caminhar.

Por isso, sejamos gratos ao tempo.

Mas mais que isso: sejamos dignos dele.

Pois ele observa… e quando menos esperarmos, cobrará.
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Avante, sempre meus amados irmãos.

Que as Lojas forjadas na dor, no suor e na perseverança se tornem as colunas invisíveis da verdadeira Maçonaria.

E que os heróis forjados no anonimato jamais sejam esquecidos por nós, mesmo que seus nomes jamais sejam lembrados em voz alta.

T.F.A. 

"Pois o tempo não apenas revela, ele eterniza o que foi feito com o coração."
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Meus amados irmãos eu tenho muito carinho por esta Ordem e se essa humilde peça fizer graças aos olhos de vocês, leiam-a em vossas loja.

E ampliem essa luz.

Fonte: Facebook

sábado, 6 de dezembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

RITUAL DE 2024 - DÚVIDAS - REAA

Em 02.06.2025 o Respeitável Irmão Gustavo Weinmann, Loja Acílio Cândido Ventura, 3569, REAA, GOB-SP, Oriente de Ilha Comprida, Estado de São Paulo, apresenta as questões seguintes:

RITUAL 2024 - DÚVIDAS

Tenho algumas dúvidas acerca de algumas mudanças promovidas pelo ritual de 2024. Aliás, sempre tive algumas dúvidas acerca de ritualística, mas não sabia a quem perguntar e ao pesquisar na internet acabei encontrando seu blog.

Desculpe a quantidade de perguntas, mas são muitas as dúvidas (e não coloquei todas). O irmão é um exemplo a ser seguido, pois seu trabalho nos ajuda muito a entender e praticar melhor nossa ritualística!

Perguntas:

1. Transformação da Loja.

1.a1. Quando a Loja é aberta em determinado grau (1 ou 2), os trabalhos podem ser encerrados em outro grau (2 ou 3)? Pergunto isso, pois nos rituais de 2009, tanto no de Companheiro, quanto no de Mestre, mencionava-se a possibilidade de não retorno dos Aprendizes (no caso de transformação do grau 1 para o 2) e dos Companheiros (no caso de transformação do grau 2 para o 3). Essa possibilidade de não retorno ficava evidente com a expressão "ou definitivamente" (nos rituais de 2009, página 23 no de companheiro e página 43 no de mestre). Atualmente, nos rituais de 2024 foi retirada a expressão "ou definitivamente", restando apenas a expressão "até que sejam chamados de volta ao trabalho" (página 23 do ritual de companheiro e 44 do ritual de mestre). Essa alteração me parece proposital e, por isso, fico com a impressão de que não se pode encerrar os trabalhos em grau diverso daquele em que foram iniciados (a não ser no caso de exceção, através do encerramento pelo malhete do V M).

1.a2. Se é possível o encerramento da Sessão em grau diverso daquele em que foi iniciada, no caso de transformação para o grau 3, no momento de encerramento da Sessão é necessário os Mestres utilizarem o chapéu? Essa dúvida surgiu, tendo em vista que o novo ritual de Mestre prevê que nos casos de transformação, somente o "V M " utiliza o chapéu. No entanto, se for realizado o encerramento da Sessão no grau 3, a ritualística de encerramento prevê a utilização de chapéu pelos demais Mestres.

1.b. No ritual de 2009, estava explícito que a transformação do grau somente poderia ocorrer na Ordem do Dia (página 22 do ritual de Companheiro e 42 no ritual de Mestre). Porém, no ritual de 2024 não existe mais essa informação de forma explícita. Nesse sentido, é possível a transformação ocorrer em outros momentos da Sessão? Em determinados momentos ou em qualquer momento da Sessão?

2. Tronco de Beneficência.

2.a. O ritual de 2024 prevê que o V M pode dar seguimento aos trabalhos enquanto o Tesoureiro confere o tronco. Caso o Tesoureiro comunique a quantia quando a palavra estiver na coluna do norte durante a "Palavra a Bem da Ordem", o V M deve em seguida anunciar o tronco ou deve aguardar a palavra chegar no Oriente?

2.b. O ritual de 2024 prevê que o óbolo deve ser em espécie, não admitindo outra forma de doação. Nesse sentido, é possível um obreiro doar através de PIX? Além disso, pode um obreiro doar por PIX antes/após a Sessão?

2.c. O óbolo pode ser obrigatório (caso a Loja vote e decida nesse sentido)?

3. ATA.

3.a. O ritual de 2024 prevê que as emendas aprovadas devem ser consignadas na ATA que acabou de ser aprovada. Nesse sentido, como devemos fazer essa consignação? Em nossa Loja utilizamos computadores para redigir a ATA e a levamos impressa nas Sessões. Como devemos proceder essa consignação? Fazendo anotações a mão após a assinatura do V M, Orador e Secretário?

3.b. Quando ocorre transformação da Loja do grau 1 para o 3, é necessário fazer uma ATA específica do grau 2 (em que somente ocorreu a transformação para o grau 3) ou podemos simplesmente colocar essa informação na ATA do grau 1 ou 3?

4. Espada e Sinal de Ordem.

4.a. Experto e Cobridor Interno devem fazer Sinal de Ordem com a espada ombro-arma ou deixa a espada embainhada (ou no suporte) e faz o sinal normalmente? Pergunto em relação aos momentos que não estão previstos o uso da espada no ritual como, por exemplo, no início dos trabalhos quando o 1º Vig está verificando se todos são Maçons. A orientação em Loja tem sido de que o Cobridor deve sempre portar a espada em sua mão quando estiver em pé.

5. Saída do Templo.

5.a. Assim que a Sessão é encerrada, o M CCer dirige a saída dos IIr. O ritual de 2024 diz que a saída deve ser feita em ordem inversa à da entrada e a circulação fica dispensada. Nesse sentido, a saída ocorre da mesma forma que a entrada? Ou seja, os obreiros deixam o Templo em fila dupla saindo na sequência inversa a da entrada?

6. Pedido de Filiação.

6.a. Um Obreiro solicita a filiação dele e apresenta o certificado de sua regularidade em sua Loja, ocorre a votação dentro da nova Loja (a qual ele está pedindo a filiação), a filiação é aprovada, mas antes de ocorrer a cerimônia de filiação o Obreiro solicita seu quite placet em sua Loja. Pergunta: É necessário aguardar a expedição do quite placet e fazer a filiação com base no quite ou pode dar continuidade e fazer a filiação através do certificado de regularidade? Caso seja necessário fazer o processo de filiação através do quite, é necessário realizar outra votação a respeito da filiação (tendo em vista que a primeira votação foi feita com base em um documento que "não existe mais")?

RESPOSTAS:

Seguem os apontamentos.

1.a1 - O encerramento dos trabalhos, não importando se houve ou não transformação, ocorrerá sempre no grau em que a Loja foi inicialmente aberta.

1.a2 - Salvo o Venerável Mestre, se a Loja for transformada de 2 para 3, é dispensável o uso chapéu, a despeito de que é temporário e a Loja deve retornar ao grau inicial de abertura, e assim será encerrada.

1.b - A Loja pode ser transformada no Tempo de Estudos para ministrar instrução ou apresentação de Peça de Arquitetura, por exemplo.

2.a. - Ao receber a comunicação do Tesoureiro, o Venerável Mestre deve aguardar o momento em que ele mesmo fará seus comentários finais, quanto então comunicará à Loja o resultado auferido - fica mais lógico.

2.b. – O ritual menciona a não utilização de PIX na coleta do Tronco, todavia, por força do Decreto 2.221 de 10/11/2025 do Grão-Mestre Geral, este procedimento foi alterado, podendo, as Lojas que assim desejarem, usar a plataforma TRONCODIGITAL.COM.BR em complemento à coleta ritualística normal do Tronco de Beneficência. O giro ritualístico previsto no ritual continua exatamente o mesmo. Aqueles que se utilizarem do PIX deverão introduzir, na forma de costume, a m d dentro da bolsa. Irremediavelmente o Tronco será conferido na mesma sessão. Para melhores esclarecimentos, consultar o Decreto 2.221/2025.

2.c. - É absolutamente ilegal obrigar qualquer Irmão fazer doação no Tronco. A regra básica da solidariedade maçônica prevê que ninguém pode saber quem doou, o quanto doou, ou se nada pode doar. Esta é a razão pela qual se coloca a mão fechada no recipiente oferecido. É ilegal votar qualquer proposta que obrigue Irmãos a fazerem doação através do Tronco, muito menos estipular quantia mínima. Essa é uma questão de consciência de cada um. Ninguém pode intervir.

3.a. - As emendas, se houverem, devem ser consignadas, aprovadas e assinadas na sessão. No tocante às atas digitalizadas e emendas consignadas, cabe ao Secretário resolver já que este é um dos seus deveres de ofício. Não há como estabelecer regras e modelos para esse tipo de situação.

3.b. - É recomendável que sim, porém com um texto sucinto. Se possível aprovar na sessão antes de retornar ao grau anterior.

4.a. O titular que usa espada somente deve empunhá-la por dever de ofício. Assim, estando a espada embainhada no dispositivo da faixa ou presa ao aparelho fixado atrás do espaldar da cadeira, o titular fica à Ordem normalmente (compõe o Sin. com a mão). É errada a determinação de que o titular deva sempre ter a espada empunhada quando estiver em pé. Há situações em que o titular não precisa trazê-la empunhada. É o caso da verificação pelo 1º Vigilante, oportunidade em que o Cobridor, sem se utilizar da espada, fica naturalmente à Ordem, como os demais.

5.a. - Não precisa fazer fila dupla em formação de préstito. Basta que todos se retirem ordeiramente na ordem inversa, começando pelo Venerável Mestre. A Loja já está fechada e não carece desses excessos de preciosismo.

6 - Esse não é assunto da Orientação Ritualística. Sugiro que a informação seja solicitada à Guarda dos Selos do seu Oriente Estadual.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

JOHANN GOTTFRIED VON HERDER


Johann Gottfried von Herder (Mohrungen, Alemanha, 25 de agosto de 1744 - 18 de dezembro de 1803, Weimar, Alemanha) foi um filósofo, teólogo, poeta e escritor alemão.

Estudou teologia, filosofia e medicina. Seguiu as aulas de Immanuel Kant, um dos principais pensadores do Iluminismo, cujas ideias vieram influenciar seu pensamento. Em 1764, já Pastor Luterano, foi para Riga lecionar. Após diversas obras sobre arte e linguagem, publicou suas duas principais obras: "Outra Filosofia da História Para a Educação da humanidade, em 1774 e Ideias Sobre a Filosofia da História da Humanidade - 1784. Otimista em relação ao futuro da humanidade, revela horror ao despotismo, chegando a afirmar a impossibilidade da sobrevivência da arte sob condições de tirania.

Foi iniciado na Maçonaria em junho de 1766 na Freimaurerloge "Zum Schwert" de Riga, Alemanha.

Fonte: https://www.instagram.com/maconariaeartes/