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PERGUNTAS & RESPOSTAS
O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
CHAPÉU E O CANTO DO HINO NACIONAL
Em 23.05.2025 o Respeitável Irmão Flávio Augusto Batistela, Loja Solidariedade e Firmeza, 3052, REAA, GOB-SP, Oriente de Dracena, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:
COBERTURA DA CABEÇA
Mais uma vez recorro ao seu vasto conhecimento para dirimir uma dúvida: Essa semana participei de uma exaltação, já utilizando o novo ritual. No momento da entrada do Pavilhão Nacional, a comissão de recepção está com as espadas e as estrelas nas mãos, e no momento em que o hino nacional é tocado, devemos nos descobrir. Nesse caso da comissão de recepção fica complicado retirar o chapéu com as mãos ocupadas. Qual seria o procedimento, a comissão de recepção retira o chapéu antes?
CONSIDERAÇÕES:
Nessas ocasiões cabe ao M∴ de CCer∴ orientar os integrantes da comissão de recepção que deixem as suas coberturas sobre o assento. Esta orientação também serve aos demais membros do dispositivo, como o Porta-Bandeira e a Guarda de Honra.
Esses são procedimentos que, pela obviedade da situação, não precisam estar escritos no ritual, merecendo apenas o uso do bom senso.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
MUSEU DA MAÇONARIA EM LONDRES
O Museu da Maçonaria em Londres recebeu recentemente uma doação rara e valiosa: um novo manuscrito das Antigas Obrigações, agora batizado de "Manuscrito Barret-Hallam". Datado de 20 de julho de 1718, ele surge exatamente no período em que a Maçonaria deixava de ser operativa e assumia sua forma especulativa moderna.
Escrito por Joseph Hallam, escrivão paroquial de Mansfield, para um certo William Barret, o documento segue o formato clássico das Antigas Obrigações: oração inicial, lenda das sete artes liberais, história mítica da maçonaria e regras para lojas e aprendizes. O mais curioso? Hallam deixou seu nome e uma carta pessoal dentro do pergaminho!
Com quase 3,6 metros de comprimento, o rolo passou por um minucioso processo de restauração financiado pelo National Manuscripts Conservation Trust. O trabalho revelou inclusive o tipo de papel usado — com marca d’água holandesa — e vestígios de intervenções mal feitas ao longo dos séculos.
Agora restaurado, o manuscrito está disponível para consulta na Biblioteca do Museu. Pesquisadores o consideram uma peça-chave para entender o nascimento da Maçonaria moderna e suas ligações com as antigas tradições operativas. Uma nova publicação acadêmica sobre ele já está a caminho.
Créditos: @portalmasonica
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
SILÊNCIO
Ir∴Ricardo Jorge, MM GOB
Platão disse uma vez aos seus discípulos: “Os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”.
Na etimologia da palavra, silêncio vem de silentium, de silens (silere) que significa estar em repouso, tranqüilidade, descanso.
O pensamento do filósofo Iniciado oferece-nos uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão. Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos. Por serem expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana. No mundo profano a palavra - falada ou escrita - é usada indiscriminada e abusivamente. O Homem Utiliza a palavra por vezes como uma lança.
As palavras ofendem , humilham, magoam e denigrem a honra do próximo. Infelizmente por vezes “abusa-se” do uso das palavras, não só no mundo profano como também no Mundo Maçônico. Tal situação é inconcebível em um Irmão Maçom, pois no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano. Não é por acaso que a Ordem Maçônica reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com uma tradição Messiânica e mais recentemente Pitagórica.
A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. O neófito no grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz, era proibido de falar; era só ouvinte e cumpria um período de observação de três anos, durante o qual a regra era calar e meditar (pensar) no que ouvia. No grau de Purificação, equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio prolongava-se por mais dois anos, adquirindo este Irmão o direito de ouvir as palestras do Mestre. Assim, para atingir o grau de Perfeição, equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos. Nas reuniões maçônicas, sem dúvida, constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o silêncio. Chílon, um sábio da Grécia Antiga, quando questionado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”. No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente.
Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre doseada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno do orador. Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada com ponderação e cautela empregada com um sentido de ensinamento e orientada apenas aquele que a consegue escutar. O silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Assim, a voz do Irmão que se mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas próprias conclusões e aprimora o seu caráter. Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real...
O silêncio absoluto já não está conectado ao tempo; está para além dele.
A música nasce do silêncio e retorna ao mesmo. Existe um silêncio antes e depois, como o nascimento e a morte. O silêncio inicial é uma promessa ou ameaça. O silêncio terminal designa talvez o nada ao qual a vida retorna. O silêncio é ele mesmo Iniciação .
O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da Pedra Bruta e no aperfeiçoamento do seu Templo Interior. Ao Bater três vezes á porta do Templo , trazendo consigo a liberdade total de expressão, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus impulsos, pela prática Messiânica do silêncio. Assim ele aprimora o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária.
Para os egípcios o poder do silêncio vai mais longe, personificando este em um Deus – Harpocrates, tornando assim a omissão da “palavra” num acto Poderoso de veneração poder e respeito.
Harpocrates è retratado sendo amamentado por Ísis ou por Hátor. Ambas amamentaram-no e criaram-no justamente para que pudesse vingar-se de seu tio Seth, o rei mau do Alto Egito que matara seu pai Osíris.
Também podia ser identificado com o deus-Sol que renascia a cada manhã, dissipando as trevas, sendo, então, mostrado a emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas celestiais. Ele simbolizava o incessante renovar da vida, a eterna juventude, tudo aquilo que perpetuamente renasce devido às alternâncias da vida e da morte.
Num período mais tardio (c. 712 a 332 a.C.), essa divindade tornou-se bastante popular e aparecia representada como uma criança nua em pé sobre um crocodilo, tendo nas mãos cobras e escorpiões. Ficou, então, conhecido como um deus com poder de curar as pessoas que tivessem sido mordidas por cobras ou picadas por escorpiões. Ainda podia personificar segundo alguns autores, os germens que começam a brotar, já que seu pai era uma divindade agrária, ou o Sol debilitado do inverno.
Entretanto, Plutarco afirma: "Não se deve imaginar que Harpócrates seja um deus imperfeito em estado de infância, nem grão que germina. Assenta melhor considerá-lo como o que retifica e corrige as opiniões irreflexivas, imperfeitas e truncadas no concernente aos deuses, e tão difundidas entre os homens. Por isso, e como símbolo de discrição e silêncio, esse deus aplica o dedo sobre os lábios."
Se usares da palavra, faz com o coração, em silêncio...
Desaprendemos o valor do silêncio e fazemos de tudo para preenchê-lo – nem que seja com discursos vazios. Ter discernimento ao falar e aprender a calar são,mais que uma meta, um caminho para a paz interior. -- Lao Tzu
Fonte: JBNews - Informativo nº 290 - 14.06.2011
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
PEDIDO DE QUITTE-PLACET EM SESSÃO MAGNA
Em 22.05.2025 o Respeitável Irmão Jeferson Balzan, Loja Pedro Michael Struthos, 2065, REAA, GOB-RO, Oriente de Guajará-mirim, Estado de Rondônia, apresenta a seguinte questão:
PEDIDO DE QUITTE-PLACET
Bom dia meu irmão Pedro Juk, preciso tirar uma dúvida, já li o RGF a Constituição Maçônica, o Quite placet pode ser solicitado verbalmente pelo irmão em qualquer Sessão Maçônica, seja ela de Elevação ou Exaltação?
Vou apresentar um trabalho sobre o tema Quite Placet e não estou encontrando a informação, este tema já foi debate em loja e ficou a dúvida.
CONSIDERAÇÕES:
Conforme menciona o Art. 69, § 2º, do RGF, o Quitte-Placet pode ser solicitado por um Irmão regular, por escrito ou verbalmente.
O RGF não menciona o tipo de sessão (ordinária ou magna), todavia é preciso se levar em consideração que nas sessões magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação não existe circulação da bolsa de Propostas e Informações, o que significa que por escrito não será possível algum Irmão fazer essa solicitação naquela oportunidade.
Nesse caso, um pedido verbal também não me parece ser possível, pois palavra será concedida apenas para manifestações sobre o ato que acaba de ser realizado, isto é, sobre a cerimônia em que se deu a Iniciação, ou a Elevação, ou ainda a Exaltação, conforme o caso. Não caberia nessa oportunidade alguém pedir o seu Quitte-Placet.
À vista disso, entendo que o Irmão que quiser pedir o seu Quitte-Placet, por escrito ou verbalmente, deverá fazê-lo em uma sessão Ordinária normal.
Além disso, é preciso se usar de bom-senso, pois não seria apropriado, e nem mesmo elegante, alguém querer tratar desse tipo de assunto em uma sessão magna.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
PÍLULAS MAÇÔNICAS
Por definição, segundo o dicionário Aurélio, “Delta” é a quarta letra do alfabeto grego, correspondente ao nosso D, e que tem a forma de um triangulo isósceles (os três lados iguais). É também, por semelhança, a foz, caracterizada pela presença de ilhas de aluvião, geralmente de configuração triangular, assentadas à embocadura de um rio, e que forma canais até o mar.
Na Maçonaria, no Oriente de uma Loja, por cima do Trono do Venerável Mestre, brilha o Delta Sagrado, normalmente, com o “Olho Divino” no centro. É o símbolo do Poder Supremo e também do primeiro princípio – ONISCIÊNCIA - que é a suprema realidade, em seus três lados, ou qualidades primordiais que o definem. De ambos os lados do Delta, que representa a Verdadeira Luz, a Luz da Realidade Transcendente, aparecem o Sol e a Lua, os dois luminares visíveis e reflexos dessa luz invisível, que ilumina a Terra, e que, simbolicamente, representam as luzes: intelectual e a moral (Nicola Aslan).
O Delta é um dos mais importantes símbolos maçônicos. No Templo Maçônico, como dito acima, ele fica atrás do trono do Venerável Mestre e deverá ficar numa altura tal que sua visão não seja obstruída pelo Venerável quando este estiver de pé.
Ele é tão importante que quando um maçom cruza a Linha do Equador num Templo Maçônico, ele faz uma leve saudação ao Delta (muitos pensam, erradamente, que a saudação é feita ao Venerável Mestre – ver Pílula Maçônica nº 121).
Muitas vezes é colocado, em menor tamanho, na parte frontal externa do Dossel.
Nos Ritos teistas (Adoniramita, Escocês, etc) o Delta representa a presença da Divindade e, normalmente, no seu interior são colocados símbolos representativos, tais como a letra hebraica “iod”, ou mesmo, o tetragrama.
Nos Ritos agnósticos, o Delta representa a sabedoria, o conhecimento. No seu interior, normalmente é colocado o “Olho que Tudo Vê” (vide Pílula Maçônica nº 95).
Por todos os motivos mencionados, é que, a visão do Delta não pode ser obstruída por nada e por ninguém.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017
Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com
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