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PERGUNTAS & RESPOSTAS
O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
PEDIR A PALAVRA E O SILÊNCIO INICIÁTICO - REAA
Em 07.03.2024 o Respeitável Irmão Fernando Sombra Basílio, Loja Fraternidade e Harmonia, 3655, REAA, GOB-AP, Oriente de Macapá, Estado do Amapá, apresenta a dúvida seguinte:
PEDIR A PALAVRA E SILÊNCIO INICIÁTICO
Tenho dúvidas, pois fui questionado em minha loja por 2 obreiros que são MM e MI que eu estou errado, ou não completamente correto em minha fala.
1) Aprendiz e Companheiro podem pedir a palavra em sessão ordinária? Eles podem também se manifestar em grupo do whats da nossa Loja? Já que grupo de whats creio eu que não é nada oficial do GOB.
2) Eu, sendo Orador, qual é o meu papel, minha obrigação em loja? Informar algumas alterações no RGF ou Leis ou algo mais?
Não tenho senha do GOB pra ficar acompanhando, ou quando tiver algo parecido o Secretário vai me informar.
CONSIDERAÇÕES:
Em relação as suas questões, no REAA, Aprendizes e Companheiros podem falar em Loja aberta, desde que obviamente abordem assuntos pertinentes aos seus graus e de interesse da Loja.
Ressalte-se que este silêncio é iniciático, portanto não deve ser generalizado, pois se assim fosse, nem Aprendizes e nem Companheiros poderiam se expressar dentro de Loja. Nem mesmo poderiam apresentar as suas Peças de Arquitetura e nem responder às sabatinas e questionamentos verbais. Aliás, nem mesmo, diante de necessidade fisiológica, poderiam pedir para ir à toilette.
À vista disso, no REAA Aprendizes e Companheiros pedem a palavra ao Vigilante da sua Coluna, obviamente para falar sobre aquilo que os seus graus permitem.
Vale mencionar que há ritos, diferentes do REAA, que adotam, ipisis litteris, o silêncio para Aprendizes e Companheiros, mas esta é uma questão particular de cada rito, o que não é o caso do escocesismo.
Quanto a Aprendizes e Companheiros participarem de grupos de WhatsApp, me reservo a não vou tecer nenhum comentário a respeito, pois este não é assunto inerente à liturgia praticada dentro de Loja.
Quanto às obrigações do Orador, experimente verificar no RGF quais são as atribuições do Guarda da Lei.
Sendo assim, destaco que todo o obreiro regular pertencente ao GOB tem acesso à página oficial do GOB na Internet. Com o GOB CARD e a Pal∴Semestral para acessá-la, nela é possível buscar informações legais, tais como o GOB LEX, o GOB LEGIS, o RGF, a CONSTITUIÇÃO, etc.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
PÍLULAS MAÇÔNICAS
O elemento mitológico “Fênix” e o símbolo esotérico “Ouroboros”
O “mito”, em geral, é uma narração que descreve e retrata em linguagem simbólica a origem dos elementos e postulados básicos de uma cultura. É um fenômeno cultural complexo e que pode ser encarado de vários pontos de vista. Como os mitos se referem a um tempo e lugar extraordinários, bem como a deuses e processos sobrenaturais, têm sido considerados com aspectos de religião.
A Maçonaria, entre outros, refere-se com freqüência, a um mito e a um símbolo, que descreveremos a seguir:
“Fênix” – ave lendária na região da Arábia, era consumida pelo fogo a cada período de tempo, e a mesma Fênix, nova e jovem, surgia de suas próprias cinzas. Deste modo, quando sentia próximo o seu fim, ela juntava em seu ninho, madeira bem seca e palha, que exposto aos raios solares se incendiava e, juntamente com a ave, ardia em chamas. Confiante e a espera da própria ressurreição, pois o fogo que a consumia não lograva matá-la, surgia do resíduo da combustão de seus ossos, uma larva, cujo crescimento ocasionava o aparecimento, novamente, da própria Fênix. Assim, a Fênix é o símbolo da imortalidade de nossa alma e da materialidade de nossos corpos. Fixa a idéia de que o “corpo” se reduz a cinzas, enquanto que a “alma” é eterna.
Há quem vê nesse mito, o caráter cíclico dos acontecimentos, mas existe um símbolo esotérico, mais apropriado para essa interpretação, que é o que descrevo a seguir:
“Esoterismo”, vocábulo arcaico grego, referia-se aos ensinamentos reservados, normalmente obras de grandes filósofos, sobre a origem do mundo, nossa origem e nosso fim, transformando-se em verdadeiros tratados, dados a pessoas preparadas, ou em preparação, com condições de absorve-los, conhecidos como “adeptos” ou “iniciados”. É o oposto de “Exoterismo”, que referia-se ao conhecimento comum, transmitido ao público, em geral.
“Ouroboros” – importantíssimo símbolo esotérico, de origem muito antiga, representada pela serpente que morde a própria cauda, nos dá a entender o caráter cíclico de todas as coisas. Significando que, como afirmava Ir.'. Castellani, “todo começo contém em si o fim e todo fim contém em si o começo”. É o símbolo do tempo e a continuidade da vida.
Os “ciclos” se completam, e conforme os ocultistas, os retornos promovem a renovação perpétua. Deste modo, como nos dizia o Ir.'. Varoli Filho “É possível que tudo o que existe já tenha existido”. O “Eclesiastes” já proclamou que não há nada de novo sob o sol. Escavações arqueológicas, descobertas de áreas semelhantes a campos de aviação, mapas antigos como os do almirante turco Piri Reis, revelando verdades surpreendentes, nos faz crer, que um ciclo semelhante ao nosso tempo atual, nos precedeu. O Universo está em expansão. Tudo nos leva a crer (não existe confirmação, só hipótese) que após ela, o Universo irá se contrair. E depois? Provavelmente, novo “Big Bang” e nova expansão!
GRANDE LOJA "ILEGAL" OU "ILEGÍTIMA"?
Por J. Filardo M⸫ I ⸫
“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”
(Joseph Goebbels)
Meu Grão-Mestre “in pectore”, o Ir⸫ Lauro Fabiano, puxou minha orelha e disse que “castellanei” em meu último post, quando chamei a Grande Loja de Londres de 1717 uma “Grande Loja ilegal”. Fora que tenho que considerar sua autoridade adicional como historiador que é, além de toda a sua vivência de Maçonaria.
Ele chamou minha atenção para a distinção entre “ilegal” e “ilegítimo”, o que foi um belo puxão de orelhas, vez que sou advogado. Shame on me!
Por isso, sinto-me obrigado a explicar minha posição.
Acabo de traduzir a obra publicada em 1872, ANTIGAS GRANDES LOJAS DE YORK E DE LONDRES – UMA REVISÃO DA MAÇONARIA NA INGLATERRA 1567 A 1813, do Ir⸫ Leon Hyneman, uma defesa apaixonada da “antiga Loja da cidade de York” a autoridade maçônica legítima em 1717, em que ele expõe minuciosamente os fatos ocorridos durante o século XVIII na Inglaterra, conhecido popularmente como a “polêmica entre maçons Antigos e Modernos”.
A meu ver, diante da narrativa de Hyneman, existe fundamento para se considerar que a Grande Loja de Londres e Westminster de 1717 era uma Grande Loja ilegítima (para não melindrar os puristas) vez que lhe falta origem em um corpo maçônico mais antigo que a tivesse “patrocinado” ou, na terminologia moderna “reconhecido” no universo maçônico.
Essa grande loja até pode ser considerada “legal” vez que foi autorizada pelo rei da Inglaterra, interessado em controlar as lojas maçônicas do reino, naquele momento fortemente infiltrada por jacobitas partidários do retorno do legítimo rei, James III ao trono que lhe fora usurpado por ocasião da Revolução Gloriosa em 1698.
Mas, mesmo sendo “legal”, ela era “ilegítima” porque usurpava a autoridade maçônica da “antiga Loja da cidade de York” que era a autoridade maçônica da época (não existia a figura da Grande Loja), inventando uma grande loja que se arrogava o direito de “fazer” maçons no sul da Inglaterra enquanto, ao mesmo tempo, alterava “landmarks” importantes entre os maçons. Essa ilegitimidade gerou as condições para a fundação da Grand Lodge of the Most Ancient and Honourable Fraternity of Free and Accepted Masons em 1751. Somente em 1813 a GL de Londres de 1717 recuperaria sua legitimidade (deixaria de ser “espúria”), ao se unir à Grande Loja dos Antigos para constituir a atual UGLE – United Grande Lodge of England que nos próximos 200 anos repetiria a sua versão dos fatos e divulgaria uma “história oficial” em que aparece como inventora da maçonaria especulativa (outra mentira).
A GL de Londres renuncia então ao conceito revolucionário que a informava em 1717, contido no Artigo Primeiro das Constituições de Anderson de 1723 para adotar os princípios defendidos pelos Maçons Antigos, quais sejam a presença obrigatória do Livro da Lei em loja e a crença obrigatória em deus.
Essa capitulação da Grande loja de 1717 diante da Grande Loja dos Antigos teve como consequência, por exemplo, a proscrição do Grande Oriente de França que defendia e preservava o conceito revolucionário dos Modernos de 1717, no quadro atual de “reconhecimentos” entre potências maçônicas.
Seus comentários, meu Grão Mestre…
Fonte: https://bibliot3ca.com
terça-feira, 19 de novembro de 2024
A BANDEIRA DO BRASIL
A BANDEIRA DO BRASIL
Um pouco da história da nossa Bandeira
Quando surgiu:
A Bandeira do Brasil foi adotada pelo decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889. Este decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do Governo Provisório.
Quem foram os responsáveis pela sua criação:
A idéia da nova Bandeira do Brasil deve-se ao professor Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil. Com ele colaboraram o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares.
As cores:
As cores verde e amarelo estão associadas à casa real de Bragança, da qual fazia parte o imperador D. Pedro I, e à casa real dos Habsburg, à qual pertencia a imperatriz D. Leopoldina
Círculo interno azul:
Corresponde a uma imagem da esfera celeste, inclinada segundo a latitude da cidade do Rio de Janeiro às 12 horas siderais (8 horas e 30 minutos) do dia 15 de novembro de 1889.
As estrelas:
Cada estrela representa um estado da federação.
Todas as estrelas têm 5 pontas.
As estrelas não têm o mesmo tamanho; elas aparecem em 5 (cinco) dimensões: de primeira, segunda, terceira, quarta e quinta grandezas. Estas dimensões não correspondem diretamente às magnitudes astronômicas mas estão relacionadas com elas. Quanto maior a magnitude da estrela maior é o seu tamanho na Bandeira.
A faixa branca:
Embora alguns digam que esta faixa representa a eclíptica, ou o equador celeste ou o zodíaco, na verdade a faixa branca da nossa bandeira é apenas um lugar para a inscrição do lema "Ordem e Progresso". Ela não tem qualquer relação com definições astronômicas.
O lema "Ordem e Progresso":
É atribuído ao filósofo positivista francês Augusto Comte, que tinha vários seguidores no Brasil, entre eles o professor Teixeira Mendes.
Quando foi modificada:
Foi modificada pela Lei no 5443 (Anexo no 1) de 28 de maio de 1968
Foi modificada pela Lei no 5700 de 1 de setembro de 1971
Foi modificada pela Lei no 8421 de 11 de maio de 1992
DECORAIS E ABRILHANTAIS
(republicação)
Respeitável Irmão Alan Zydowicz, Loja União em 33, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná apresenta a seguinte questão:
alanzy@terra.com.br
Parabenizo as suas considerações no Consultório da Revista Trolha bem como os trabalhos como Grande Secretário de Orientação Ritualística. A minha dúvida é a correlação, significado ou simbolismo contida na frase no Ritual do R.E.E.A.: “(...) Irmãos que abrilhantais (ou decorais) a coluna do Norte (Sul), eu vos anuncio, da parte do Venerável Mestre (...)".
CONSIDERAÇÕES:
No caso do Primeiro Vigilante e a locução “(...) decorais a Coluna do Norte” existem dois aspectos para serem considerados: Primeiro, DECORAR, como verbo transitivo direto que menciona o ato de guarnecer com adorno, ornamentar, realçar, avivar, etc.
Nesse sentido o significado está diretamente ligado à Meia-Noite que em linhas gerais representa de forma figurada a maturidade e a aproximação do fim da vida.
A Obra, nessa definição, é o elemento construído ao longo da vida que, se bem aplicada e bem produzida decora a passagem do Homem pela efêmera vida terrena. Em síntese é a moldura do quadro da vida.
No segundo aspecto e de caráter exteriorizado seria do verbo “decorar” com transitivo direto e indireto que exprime dentre outros o caráter de “honrar, enobrecer”. Assim o significado está diretamente ligado àqueles que se posicionam na Coluna do Norte, cujo intuito é também o de honrar e enobrecer aquele espaço de trabalho, ou seja: os que horam e enobrecem Setentrião.
No caso do Segundo Vigilante e a locução “(...) abrilhantais a Coluna do Sul”, ABRILHANTAR concerne ao Meio-Dia e a ação da Luz que abrilhanta a elevação da Obra.
Nesse sentido o Meio-Dia, ou Sul está representado pelo quadrante por onde a Luz se desloca, ou a passagem do Sol (ponto de vista do Hemisfério Norte).
No próprio Painel da Loja, há que se notar a existência de três janelas – uma no Oriente, uma no Sul e a outra no Ocidente. Isso implica a marcha da Luz. Daí, nessa relação não existir janela na banda Norte.
Por assim ser o verbo “abrilhantar” tido como verbo transitivo direto menciona dar brilho, ou luz viva para alguma coisa. Também tornar brilhante, luzente e reluzente. Isso implica que o Obreiro da Luz ao trabalho, tornando-o brilhante, reluzente.
Esse trabalho é a obra elevada, ou a Obra da Vida. ABRILHANTAR, ainda como verbo transitivo direto, implica em dar brilho, realçar, etc. Também completa a explicação se tomado como verbo pronominal que exara a tornar-se brilhante, reluzente, adquirir maior brilho, maior realce; realçar-se.
Assim o verbo “abrilhantar” sugere uma ligação direta, em termos de Maçonaria, com os ocupantes da Coluna do Sul, donde o Segundo Vigilante observa a passagem no Sol no meridiano do Meio-Dia, tendo sobre si, no caso do Rito Escocês Antigo e Aceito a Estrela Flamejante, apresentada como a Estrela Hominal (objeto de estudo do Companheiro) que recebe a luz e abrilhanta, posto que ela, a Estrela, representa o Homem e a sua Obra (letra G=geometria) na fase intermediária da vida – entre a infância e a maturidade.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.192 – Florianópolis(SC) – sábado, 07 de dezembro de 2013
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