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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

VOTAÇÃO EM LOJA - NOMINAL E SECRETA

Em 29.05.2025 o Respeitável Irmão D’Ângelo Damasceno, Loja Rei Salomão, 2293, sem mencionar o Rito e Oriente, GOB-AM, Estado do Amazonas, apresenta a seguinte questão:

VOTAÇÃO EM LOJA

Está tendo uma divergência sobre o comportamento de IIr∴ Visitantes e IIr∴ do quadro em votações.

Está sendo instruído que em todas as votações os IIr∴ que desejarem se abster, devem ficar de pé e à ordem.

Eu entendi que esse comportamento é obrigatório apenas na Leitura da Ata e se resultar em emendas. Em outras votações é facultativo se abster, uma vez que na página 206 dita sobre o item "Gesto de Aprovação" que diz no finalzinho "Quem quiser se abster de votar deve ficar à Ordem".

Está sendo instruído que em todas as votações os IIr∴ visitantes devem ficar à ordem, da mesma forma os do quadro que desejam se abster.

CONSIDERAÇÕES:

Nas votações nominais existem três possibilidades, a de aprovação (pelo gesto de costume), o de voto contrário (permanece sentado, como está), e o de se abster (no caso do REAA, fica-se à Ordem).

No caso de abstenção, existem ritos que têm um gesto próprio para essa finalidade, como o Rito Adonhiramita, por exemplo.

Ainda sobre votações nominais, o mais apropriado é que IIr∴ visitantes não participem das votações, pois é mais elegante e educado visitantes não se intrometerem nos assuntos da Loja visitada. À vista disso, recomenda-se que nas votações nominais, não apenas na aprovação da Ata, IIr∴ visitantes somente se abstenham.

É bom que se diga que votação nominal é aquela em que o votante, pelo gesto que faz, aprova, não aprova, ou se abstém. Em uma votação nominal, todos os presentes identificam o voto de cada um.

Nas votações nominais o Venerável Mestre não vota, salvo se houver empate, quando então ele terá o voto de qualidade para desempate - conhecido também como voto de minerva.

Já nos escrutínios secretos, onde a votação é secreta, não existe abstenção. Vota-se simplesmente sim ou não. No caso das votações secretas dela apenas participam os IIr∴ regulares do Quadro, inclusive o Venerável Mestre.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

THOMAS JEFFERSON

MÁRIO BEHRING - FUNDADOR DAS GRANDES LOJAS

Ao tentarmos dizer alguma coisa sobre a figura exponencial de MÁRIO BEHRING, fazemos com o maior respeito e admiração.

Entendemos que nunca devemos negar os justos aplausos aos que, conscientes da verdade dos fatos e do direito, dispõem-se a colocar sobre os próprios ombros, o julgamento da história.

Já temos aprendido, sobejamente, que errar é humano; permanecer no erro é obstinação.

Os adversários do nosso Ilustre Irmão MÁRIO BEHRING, costumam apontar-lhe erros e omissões com o fim precípuo de desmerecer o seu caráter ou ofuscar o brilho de suas idéias e o ímpeto de sua coragem.

Certamente, não é fácil lutar contra os "poderosos", mas não é difícil, estamos convencidos, usar o bom senso para bem esclarecer os que na defesa dos próprios interesses ou de grupos, preferem perpetuar-se desfilando, propositadamente, nos caminhos perigosos da incerteza e da insegurança.

MÁRIO MARINHO DE CARVALHO BEHRING, mineiro de nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de 1876, isto é, a pouco mais de um século, no alvorecer de sua maioridade, isto é, aos 22 anos, transpôs o pórtico da Loja Maçônica "UNIÃO COSMOPOLITA", lá mesmo em Minas Gerais, onde, mais tarde, sem muito se demorar, veio a empunhar o Primeiro Malhete de sua Oficina.

Ponderado em suas palavras, porém desassombrado em suas atitudes MÁRIO BEHRING, conforme a filosofia dos seus tempos, logo iniciou uma luta sem quartel em favor da liberdade de pensamento e contra os radicalismos de todas as espécies, principalmente, o religioso.

No início do século passado, ou seja, em 1901, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, onde pelo seu comprovado gosto pelos estudos sobre os assuntos Maçônicos, veio a ser nomeado Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil, então única Potência Maçônicas existente no Brasil, originário da Loja "Comércio e Artes" que, subdividindo-se em três, isto é , da mesma "Comércio e Artes", "União e Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói", fundou o GOB em 17 de Junho de 1822, conforme consta de seus registros.

É bem de ver que, tão logo MÁRIO BEHRING começou a comparar os resultados dos seus estudos sobre a ORDEM com as estruturas do GOB, passou a querer influenciar na reformulação dos procedimentos do mesmo, principalmente, quando renunciou a sua eleição, em 1903 para Membro efetivo do Gr:. Capítulo do Rito Francês ou Moderno, numa irrecusável demonstração aos menos avisados de que, embora combatesse, febrilmente, o sectarismo e intolerância religiosas, cultivava a sua crença no G.A.D.U. e na imortalidade da alma, postulados não aceitos pelo referido Rito, apesar de nele haver inicialmente orientado os seus primeiros passos.

Continuou MÁRIO BEHRING Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial desde 1902 até 1905, tendo sido eleito em 1906, Grande Secretário Adjunto, quando, mais uma vez, usando de seus conhecimentos, elaborou, em 1907, o projeto da Constituição do GOB que pela conotação liberalista emprestado aos seus dispositivos, tenderia, fatalmente, à regularidade, não somente de suas origens, mas, sobretudo, dos seus trabalhos, não fosse o desvirtuamento que lhe deu uma Comissão de 18 Membros encarregados de sua redação final, para proteger os interesses contrariados pelo trabalho de MÁRIO BEHRING.

Apesar de toda sua luta e influência, MÁRIO BEHRING não conseguiu ver vitoriosos os seus pontos de vista que, em última análise, era uma tomada de posição em consonância com o desenvolvimento da Maçonaria Universal.

Mais esclarecido na investigação da verdade e desejando prosseguir, sob os eflúvios do G.A.D.U., no seu empreendimento, MÁRIO BEHRING aceitou a sua eleição, em 1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil de onde poderia melhor combater os desmandos a que era submetida a nossa Ordem no Brasil, pelos excessos de poder e apaixonada vaidade dos que se aproveitavam da Ordem ao seu bel- prazer, ainda que esse comportamento pudesse redundar em prejuízo para os verdadeiros objetivos de nossa Instituição.

Sem dúvida, entre os que se opuseram às idéias de MÁRIO BEHRING encontravam-se homens que, apenas por erro de observação ou possível desconhecimento da universal regularidade então buscada, permaneceram na arraigada defesa das suas posições.

Todavia, pelo entusiasmo de suas palavras e pela seriedade de seus propósitos, MÁRIO BEHRING começava a encontrar apoio dos que viam nele um líder eficiente e capaz de tomar uma posição em favor da regularidade da nossa ORDEM no Brasil, ainda que isso lhe custasse, presumivelmente, muito suor e muitas lágrimas.

A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20 e de 25/12/20 e 22/04/21, valeu-lhe a experiência da efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a 13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes, por nossa regularidade, inclusive junta ao Congresso Internacional de Lausanne, em 1921, reconhecia, com maior força de argumentos, a necessidade de não confundir as administrações do Simbolismo com o Filosofismo.

Terminado o seu mandato de Grão-Mestre, MÁRIO BEHRING, passou o Malhete ao seu sucessor Venâncio Neiva, o qual, procurando coonestar o movimento encabeçado por MÁRIO BEHRING, elaborou um Tratado a ser firmado entre os Graus Simbólicos e os Graus Filosóficos. Infelizmente, por ter, se passado para o Oriente Eterno aquele irmão não pode firmá- lo, cabendo ao seu sucessor Fonseca Hermes, a responsabilidade de fazê-lo.

Dava-se ao Tratado a significação de vida não dependente, porém, harmônica entre as duas administrações.

Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço anteriormente feito e a legislação Maçônica Internacional, passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito para este último cargo.

Com essa atitude o Grão-Mestre Octavio Kelly proclamando- se, também, Soberano Grande Comendador, rompeu o Tratado assinado em outubro de 1926 e deu lugar a que MÁRIO BEHRING, em 20/06/27, vendo-se espoliado na legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior, uma vez que somente avocando o DEC, de 01/06/21, que dava ao Supremo Conselho do Brasil, personalidade jurídica distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne e confiando nos que haviam de defender, a qualquer custo, os postulados que ensejaram o reconhecimento da Maçonaria Brasileira entre seus Irmãos do Universo, retirou-se do Grande Oriente do Brasil e estimulou a fundação das Grandes Lojas Brasileiras.

MÁRIO BEHRING era um engenheiro e não um advogado como muitos pensam ter sido, pelo ardor de sua luta e pela firmeza dos seus argumentos diante dos mais renomados jurisconsultos seus opositores. O seu desmedido interesse pela leitura dos assuntos maçônicos e o desejo de projetar a nossa ORDEM no concerto Universal, impulsionaram-no a fundar as Grandes Lojas Brasileiras há 80 anos passados.

Sem embargo, podemos afirmar com SALVADOR MOSCOSO, em seu trabalho publicado na Revista "ASTRÉA" de dezembro de 1966; "o homem maçom que volver os OLHOS para a história e a experiência de Mário Behring, não escreveria um livro, mas faria um exame de consciência".

Mário Behring, quis legar os vindouros, através de páginas expressivas na história Maçônica Brasileira, algo da própria respiração, fazendo dele documento animado de personalidade. Foi tão fiel o retrato de suas ações que o oferecem aos seus Irmãos como valioso presente, narração dos movimentos avulsos da sua sensibilidade nas várias emergências da vida.

Nunca se observou o cansaço, havendo, em todos os excertos, a corajosa decisão de quem se propôs inventariar como Maçom e por isso com serenidade, os passos das transatas caminhadas.

O futuro há de saborear, avidamente, a sua história porque nela se guarda o Maçom insigne que a escreveu. Nela ficará, fielmente o retrato, e para todo o sempre, Mário Behring com aquela emoção, educada e sutil, de quem sempre desprezou as falsas pompas.

Aí estão, em rápidas pinceladas sem retoques, alguns traços da marcante e exemplar personalidade do Paladino da Regularidade Maçônica Brasileira que, ao seu tempo, soube honrar os juramentos feitos e os compromissos assumidos perante o G.A.D.U., e a sua consciência. MÁRIO BEHRING soube respeitar a dignidade dos seus semelhantes, sem ostentação ou falsa modéstia.

Em 14 de Junho de 1933 quando viajou para o Oriente Eterno, deixou-nos, tal qual um vigoroso cometa, um rastro de intensa claridade a nos guiar pelos caminhos do equilíbrio, da moral e da razão.

(*) Transcrito de Nós e a X Conferência da CMI.

Fonte: JBNews - Informativo nº 290 - 14.06.2011

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

FRASES ILUSTRADAS

SEMICÍRCULO E ILUMINAÇÃO ESPECIAL

Em 28.05.2025 o Respeitável Irmão Paulo Fernando Leuckert, Loja Venâncio Aires II, e Honra e Virtude, 3834, REAA, GOB-RS, Oriente de Venâncio Aires, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta o que segue:

SEMICÍRCULO NA INICIAÇÃO

Segue uma pergunta feita mais por curiosidade:

Na última Iniciação ocorrida, mesmo com o novo Ritual 2024, os Irmãos estavam fazendo o semicírculo em frente ao Irmão que veria a LUZ, tive que discretamente, chamar a atenção de que não se fazia mais isto. Que o correto eram as duas fileiras, pois, ao cair a venda, o novo Irmão deveria ver o maior emblema da Maçonaria (meu ponto de vista): o Altar dos Juramentos onde estão o Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro.

Bem, sentado ao lado de um Irmão um pouco mais jovem do que eu, que tenho 72 de idade, disse, naquele momento de escuridão, que lindo seria que houvesse, no momento da queda da venda, uma iluminação direta sobre o ARA (de cima para baixo). Pensamos até em pedir a um Irmão nosso, eletricista, que nos desse uma opinião sobre como isto poderia ser feito. Até na possibilidade de ser uma luminária portátil somente para a ocasião e que fosse removida após a sessão...

Entretanto, sabemos que isto não consta na Planta do Templo...

Pergunto então: estaríamos procedendo de uma maneira ilegal caso fizéssemos esta iluminação?

CONSIDERAÇÕES:

Vamos partir do seguinte princípio: o que não estiver previsto no ritual não deve ser praticado. Ritual em vigência, aprovado por Decreto do Grão-Mestre Geral, é para ser cumprido na íntegra.

Assim, no caso desse semicírculo composto por IIr voltados para o candidato na cerimônia de Iniciação é procedimento totalmente irregular quando se tratar do REAA.

Vale ressaltar que o próprio ritual alerta para inserções indevidas, as quais serão tratadas como delito maçônico. 

No caso do apontar espadas para o Candidato, está bem claro no ritual que os Mestres Maçons que ocupam as fileiras frontais de assentos nas Colunas, o fazem dos seus lugares, sem nenhuma formação de semicírculo.

No tocante à iluminação especial direcionada para o Alt dos JJur é a mesma coisa. Não está na descrição dos elementos que decoram o Templo do REAA, simplesmente não existe.

Vale ressaltar que as Três Grande Luzes Emblemáticas da Maçonaria não carecem de iluminação especial sobre o Altar para melhor percepção do iniciado. Certamente ele compreenderá o seu alto significado quando receber as devidas instruções em Loja. 

Não obstante a tudo isso, é prudente não se confundir percepção iniciática com percepção religiosa.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 123 - Rosa – Cruz e a Maçonaria

O pessoal mais antigo da Maçonaria é frequentemente questionado pelos maçons mais jovens, sobre a ligação entre a Maçonaria e o Rosacrucianismo.

A pergunta mais freqüente é se a Rosa-Cruz nasceu na Maçonaria, ou vice versa. Se têm muita coisa em comum, etc.

Na verdade elas são instituições totalmente diferentes, com origens diferentes.

É difícil dizer que não tem nada em comum, pois a Maçonaria tem uma parte “mística”, apesar da Maçonaria Especulativa, atual, ser uma construtora social, atuando no terreno político-social. Por sua vez, a Rosa-Cruz é uma instituição muito “mística”, num sincretismo de diversas correntes filosófico-religiosas: desde alquimia, gnosticismo cristão, cabalismo judaico até o hermetismo egípcio (Castellani).

Sobre a origem da Maçonaria já foi falado em diversas Pílulas anteriores.

Quanto a origem do Rosa-Cruz, apesar de alguns escritores ufanistas, dizerem que essa Instituição nasceu no Egito antigo, escritores sérios, com documentos concretos, como Frederico Guilherme Costa, demonstram que, na verdade, ela nasceu na Idade Média.

No livro “Maçonaria Dissecada” o escritor citado, nos diz que a primeira menção histórica da Rosa-Cruz, data de 1614, quando apareceu o documento “Fama Fraternitatis”, relatando as fantásticas viagens pela Arábia, Egito, Marrocos feitas pelo germânico Christian Rosen Kreuz.

Nesses países, adquiriu seus conhecimentos místicos e que foram, posteriormente, espalhados pelos quatro cantos do mundo, através de seus seguidores.

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com