Ir∴ Ademar Valsechi
MI da ARLS Templários da Nova Era, 91 (GLSC) valsechibr@yahoo.com.br
1. Homens e mulheres são iguais ou são diferentes?
O genoma de um homem é praticamente igual ao de uma mulher. A única diferença, entre 46 novelos cheios de DNA chamados Cromossomos, está naqueles que definem o sexo. A mulher apresenta dois cromossomos do tipo X e o homem apenas um X e um outro menor do tipo Y. Tudo começa na fecundação. O óvulo é sempre portador de um cromossomo X e o espermatozóide pode ser portador de um cromossomo X ou de um Y. Se o espermatozóide que penetrou o óvulo tiver o cromossomo X, o embrião terá XX = Feminino. Se tiver cromossomo Y, o embrião será XY = Masculino. A partir deste momento, homens e mulheres serão totalmente diferentes, orgânica e psiquicamente.
2. Como aparecem às diferenças entre homens e mulheres?
Até 6 a 8 semanas de gestação, o embrião já transformado em feto é assexuado. Neste período, os genes existentes nos cromossomos XX ou XY iniciam seu trabalho estimulando a formação de hormônios. Se possuir o cromossomo Y desencadeará a produção de hormônios Androgênios tipo Testosterona, que vai induzir a formação de genitais masculinos e impregnar o cérebro em formação de características psíquicas tipicamente masculinas. Se o feto tiver os cromossomos XX, haverá a inibição da testosterona, sendo liberados hormônios Estrógenos tipo Progesterona, que vai induzir a formação de genitais femininos e impregnar o cérebro com características psíquicas femininas.
3. Como são os casos intermediários
Se o feto XY receber apenas uma dose pequena de testosterona, vai ser suficiente para formar órgãos sexuais masculinos, mas não o bastante para impregnar o cérebro de características masculinas. A progesterona que existe normalmente em pequenas quantidades, vai poder atuar no cérebro dando características femininas com todo o desdobramento mental e psíquico posterior. Formará um indivíduo masculino com alma feminina. Se o feto XX além de progesterona também receber uma dose de testosterona, os órgãos sexuais femininos serão formados, mas o cérebro receberá influências masculinas. Formar-se-á um indivíduo feminino com alma masculina. Deduzimos que a homossexualidade, que existe em todo reino animal, não se trata de escolha pessoal, mas um fato natural.
4. Como homens e mulheres se revelam diferentes?
A testosterona é o hormônio da força física, da virilidade, da audácia. Desde a pré-história foi essencial para a sobrevivência do indivíduo e da espécie, tornando o homem ágil, agressivo e guerreiro. Mais altos mais fortes e mais rudes que as mulheres, desenvolveram a visão espacial em profundidade para atacar e a audição aguçada para se defender. Foram talhados para a caça de alimentos carnívoros e defesa da prole e da tribo.
A progesterona é o hormônio da fecundidade, da delicadeza e da ternura. Mais frágil fisicamente, a mulher foi talhada para a gestação e guarda da prole. Cuidando das crianças, pouco se afastavam das cavernas, apenas o suficiente para apanhar sementes e frutos. Desenvolveram o campo visual mais abrangente e audição treinada para ruídos familiares.
Os seres humanos atuais ainda guardam certas características pré- históricas. Por exemplo, os homens, num restaurante, preferem sentar-se de costas para a parede e os casados gostam de dormir no lado da cama mais perto da porta, pois era assim nas cavernas para melhor defender a entrada de ataques de predadores. As mulheres continuam dominando perfeitamente suas cavernas. Conseguem com a maior facilidade achar um determinado par de meias dentro do guarda roupas ou o pote de margarina na geladeira, o que é muito complicado paras um homem. Será acordada ao menor ruído de uma criança, enquanto o homem continua dormindo. Estes papéis se invertem se o ruído for um de galho quebrando.
As maneiras de pensar e agir são tão diversos, que homens e mulheres parecem vir de planetas diferentes.
5. O papel da mulher na sociedade.
Os agrupamentos humanos foram se tornando gradativamente mais complexos. Foram sendo criadas normas de convivência. Coma a força bruta dominante dos homens, a sociedade foi se tornando patriarcal, o que se acentuou com a posição das religiões que relegaram a mulher a um plano secundário.
A mulher só teve seus direitos definidos e respeitados no século XX, quando se verificou a grande revolução feminina. Como toda revolução, houve exageros iniciais.
Em alguns países, porém, o quadro ainda é semelhante há milênios. Acredito que o século XXI será o período de equilíbrio em que a mulher achará o seu papel com harmonia, sendo mãe e companheira, atuando em praticamente todos os setores e profissões antes exclusivos dos homens.
6. Ritos solares ou solsticiais
São os ritos maçônicos. Possuem grandes influencias das cerimônias pagãs pré-cristãs em que o sol era personificado como elemento fertilizador. A passagem do solstício de inverno era intensamente festejada, marcando vitória da luz sobre as trevas, já que até aquele momento os dias estavam se reduzindo e as noites aumentando. A partir dai os dias ficam maiores e as noites vão encolhendo, aumentando a incidência de luz solar, trazendo em seu bojo mais luz e calor, estimulando a fertilidade entre os seres vivos (animais e vegetais). Os personagens principais sempre eram da "Trindade da Vida": Masculino - elemento ativo, (Pai); Feminino - elemento passivo (Mãe) e filhos (elementos neutralizadores), com a notação sexual nitidamente perceptível. Os ritos maçônicos também foram influenciados pelas antigas sociedades secretas: Hermes Trimegisto, Mitra, Zaratrusta, Platão, Judaísmo e outros mais recentes: Templários, Rosa-Cruz, Iluminista, etc.
“Em uma iniciação maçônica neófito „nasce” na maçonaria concebido por intermédio de uma loja, que será sempre sua "Loja Mãe" (Elemento feminino), indicado (fecundado) por um mestre (Elemento Masculino), cuja sessão de iniciação é conduzida por elemento fertilizador (Sol) apresentado pelo Venerável Mestre.
Na sessão de exaltação, o mestre (masculino) é morto deixando viúva a Loja (feminino). Por isso os irmãos de terceiro grau são chamados "Filhos da Viúva".
Os aprendizes e companheiros, tais como na infância e na adolescência, não estão sexualmente amadurecidos para fecundar a loja. Por isso não podem indicar novos candidatos.
No renascimento do Mestre, os candidatos ao grau 3 amadurecem e a partir daí podem indicar novos candidatos. Deduz-se que mestres que não indicam candidatos são "inférteis".
7. Ritos lunares
Ao contrario de ritos solares, não estão vinculados aos solstícios e a sexualidade, colocanda à mulher no seu devido lugar como elemento feminino. Reverenciam a figura materna: A Divina Mãe, A Mãe Universal, a Mãe Natureza, a Mãe Terra, O Sagrado Feminino. Existem belíssimos exemplos nas profetizas da antiga Grécia e nas sacerdotisas pré-cristãs de Avalon. As Deusas da Lua e da Terra no mundo antigo tinham muitas vezes a tez escura para representar o principio feminino em contraposição ao masculino (solar) - dualismo comum nas antigas civilizações do Mediterrâneo. Muitas deusas eram negras: Inanna, Isis, Cibele, Ártemis, etc.
O sagrado feminino difere do pressuposto presente na maioria das religiões, de primazia das deidades masculinas em que deus é representado por imagem masculina. Deus esta além dos gêneros. Deus não é homem nem mulher. Os maçons o definem como "Principio Criador".
A Divina mãe é caracterizada como "Sabedoria", também chamada "Sofia", que foi durante séculos a deusa dos filósofos pagãos. O termo "filosófico", usado originalmente por Pitágoras, significa "amante de Sofia", isto é, amante da sabedoria. Para os antigos, o principio masculino era a consciência indivisível. O principio feminino era a multiplicidade dos fenômenos, das experiências. Essa dualidade é essencial à vida. Sem isso, nada existe. A sabedoria é o estado da alma (principio feminino) quando ela é pura o bastante para reconhecer sua verdadeira natureza, para ser "A consciência” em tudo.
Os ritos lunares são enriquecidos pela narrativa de "Helena de Tróia", a visão da psique como entidade feminina de Platão e nos mistérios de Eleusis (com o mito de Demetér e Perséfone), no mito de Afrodite e na deusa pagã perdida das centúrias.
Paises do Oriente Próximo ao mediterrâneo Oriental associavam a mulher com justiça (Direito) e a medicina (poderes curativos). A deusa egípcia Isis era aparentemente vinculada a tais atributos. A escrita datada de 3200 a.C. na Suméria parece ter raízes mais antigas e possivelmente femininas. A deusa Nidaba é retratada como escriba do céu Sumério e inventora tanto das tábuas de argila quanto a arte escrita. Em Cnossos, o palácio mióico de Creta, os afrescos em calcário mostram ainda hoje, a história da deusa, de suas sacerdotisas e de seus rituais místicos.
8. As mulheres podem se tornar maçons?
Vimos anteriormente que os ritos maçônicos são do tipo solar em que o maçom se torna o elemento fecundador masculino. Mesmo sendo de forma simbólica, ficaria muito estranho, até uma aberração, a mulher assumir o papel do homem. Não aconselho, mesmo simbolicamente, androgenizar nossas queridas companheiras.
Os aprendizes maçons trabalham a pedra bruta de sua personalidade embrutecida pela rudez de milênios de lutas e guerras. Ele devera ser polido para se tornar um pouco mais tolerante, refinado e terno.
Portanto, contra-indicamos a admissão de mulheres na maçonaria dos ritos solares.
Mas, lembramos que a maçonaria abriu seus templos a jovens do sexo masculino (De Moley) e do sexo feminino (Filhas de Jó), com rituais próprios para suas faixas etárias e características sexuais, despertando nesses jovens o interesse para o estudo das sociedades secretas e estimulando a pesquisa de assuntos esotéricos. Os rapazes, mais tarde, podem se tornar maçons, mas como ficam as garotas?
A meu ver, as comissões de ritualística poderiam pesquisar rituais do tipo lunar, para que as senhoras possam exercitar seus estudos místicos, sob os auspícios de uma potencia maçônica reconhecida, evitando, assim, o inevitável e desagradável aparecimento de Lojas irregulares.
Bibliografia:
- Gomes, Valdir - Mulher e Maçonaria, Porto Alegre, 2002.
- Gray, John - Homens são de Marte, mulheres são de Vênus - Rio de Janeiro; Rocco, 1995.
- Pease, Allan - Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? Rio de Janeiro; Sextante, 2000.
- Burstein, Dan - Os segredos do código, Rio de Janeiro, Sextante, 2004.
Fonte: JBNews - Informativo nº 301 - 25 de Junho de 2011
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