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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 7 de outubro de 2023

SAUDAÇÃO EM LOJA

(republicação)
O Respeitável Irmão Wesley Robert, Oriente de Telêmaco Borba, Estado do Paraná, sem declinar o nome da Loja e Obediência, apresenta a seguinte questão: 
wroberting@yahoo.com.br 

Gostaria por gentileza de algumas orientações. Desde iniciado (2010) me deparei com a situação, onde na circulação dos Diáconos durante o encerramento da Sessão, os mesmos fazem a saudação aos Vigilantes no momento de receber e passar a palavra. Sempre achei isso muito bonito, agora gostaria de saber se essa saudação realmente se faz necessária? Bem como a que obreiro faz antes de sentar-se e etc... Em todas as Lojas as quais visitei, todos procedem dessa maneira, repito, acho muito bonito isso, apenas levantei essa questão, pois em nossa loja talvez estejamos exagerando um pouco nas saudações. 

CONSIDERAÇÕES:

A questão aqui não é saudação propriamente dita, porém um procedimento ritualístico. 

Durante a transmissão da palavra no encerramento dos trabalhos o Oficial (Diácono) que aborda as Luzes (o Venerável e os Vigilantes) cumprindo a regra de que quem estiver de pé em Loja aberta manter-se-á à Ordem, este, ao parar diante da respectiva Luz, compõe o Sinal. Por sua vez o Venerável ou o Vigilante, se for o caso, também estará compondo o Sinal. 

Assim para o ato da transmissão, ambos o desfazem na forma de costume, pois não é próprio, além de incômodo e deselegante, se transmitir a Palavra compondo o Sinal. Terminado o ato da transmissão, ambos, parados e em pé, compõem novamente o Sinal e o desfazem em seguida - O Diácono para romper o percurso (não se anda com o Sinal, salvo na Marcha), enquanto que o outro protagonista (Venerável ou Vigilante) para tomar posição no seu lugar. Nesse caso as Luzes voltarão a ficar à Ordem, pois a Loja está aberta. 

É oportuno salientar que os Diáconos abordam as Luzes pela direita das mesmas, assim o Venerável ou o Vigilante deve sair do lugar, porém sem descer, e se virar de frente para o Diácono. 

É oportuno salientar que em algumas oportunidades há controvérsia de interpretação do termo “de frente para” normalmente inserido nos rituais. De forma equivocada, em algumas Lojas os Diáconos ao interpretarem o termo, acabam se posicionando na frente do Altar, no caso do Venerável, para a transmissão, o que é errado, além de completamente incômodo. 

Assim a Luz da Loja abordada é que deverá se virar “de frente para” o Diácono que a abordará corretamente pela sua direita. 

No tocante a transmissão da palavra para a abertura da Loja não existe o Sinal, pois a Oficina ainda está em processo de abertura, isto é: Ainda não está aberta. 

Em relação ao procedimento fora da transmissão da palavra. Em Loja aberta o Irmão que for fazer o uso da palavra, depois de autorizado, fica em pé (com o corpo ereto e os pés em esquadria), compõe o Sinal e, sem desfazê-lo, pronuncia-se. Terminada a sua fala, esse desfaz o Sinal na forma de costume e retoma o seu assento – isso não é saudação, porém é a regra daquele que estiver em pé e parado em Loja aberta ficará à Ordem. 

Um Obreiro com a necessidade de deslocamento e devidamente autorizado, ao levantar-se, antes de romper o trajeto compõe o Sinal e em seguida o desfaz. Ato seguido e sem Sinal segue o percurso. De retorno ao seu lugar, antes de sentar, compõe novamente o Sinal desfazendo-o em seguida na forma de costume e toma o seu assento. 

Nenhum desses casos o procedimento pode ser confundido com saudação, todavia um ato que cumpre uma regra consuetudinária. 

É também salutar que não faz sinal aquele que estiver empunhando (segurando) um objeto de trabalho. 

Finalizando: Essas considerações são inerentes àqueles rituais que apregoam a tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito, onde antes da Loja estar completamente aberta (após a abertura do Livro da Lei) não se faz Sinal, salvo aquele inerente do reconhecimento na dialética da abertura entre as Luzes da Loja. 

Assim também como a inexistência de bastões ou espadas como instrumento de trabalho dos Diáconos. 

Essas considerações não têm qualquer intuito de criticar, se insurgir ou desrespeitar qualquer ritual em vigência nas três Obediências brasileiras. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr.1009, Florianópolis (SC) – sábado, 08 de junho de 2013

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