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quinta-feira, 31 de maio de 2018

RESPONSABILIDADES DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO

RESPONSABILIDADES DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO
Por Rogério Vaz de Oliveira 

Conhecer a fundo a instituição que integramos, a Maçonaria, é um tema tão importante que deve ser incluído nos discursos de recepção aos nossos neófitos, e constantemente relembrado nas Sessões Ritualísticas.

Por diversas vezes ouvimos que a Instituição carece de objetivos, de ações concretas, de uma atuação mais incisiva na sociedade. Esta percepção é um claro diagnóstico de que pouco ou nada conhecemos a sua história, inclusive estendendo nossos olhares para sua atuação em outros países, pois poderemos aprender com os erros históricos cometidos e também os acertos e sucessos de projetos capitaneados pela Maçonaria.

As lojas são ambientes ideais e dedicados a formação do maçom, entre os inúmeros assuntos e temas que devem ser ministrados, deixar de ensinar a história da Potência que integra é falta grave da oficina. Infelizmente são poucas as Lojas que dispõe de um calendário pedagógico, onde são elencados as matérias que serão abordadas para atingir os objetivos de formar uma Maçom que conheça a História, a Filosofia e a Liturgia.

Na prática não é o que ocorre, há uma preocupação maior com atividades administrativas e sociais, destinando pouca atenção as instruções, realizando somente a leitura de dos rituais oficiais, sem maior aprofundamento, e desta forma esvaziando o ensino maçônico, salvo se algum Irmão mais “intelectualizado” avocar a tarefa de instruir.

Outra saída, para esta inércia, que por comodidade é a mais aceita e incentivada é que cada maçom deveria buscar por si, o conhecimento, as informações que lhe aprouvesse no tocante a cultura, portanto seriam buscadores perdidos a esmo e mal direcionados, e até mesmo fazendo um desserviço à maçonaria, repetindo erros e divulgando visões distorcidas de temas já pacificados. Além é claro, da falta de uma rigorosa metodologia acadêmica na abordagem dos assuntos, conduzindo a trabalhos com contribuições medianas, não proporcionado reflexões instigadoras e aprofundamentos dos temas.

Porém estamos cientes que ao ingressarmos na Maçonaria, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no GADU, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso país. E mais, aos nossos dirigentes maçônicos, que pela posição que ocupam tem a obrigação de pensar os problemas que a Instituição apresenta, entres eles, o que estamos abordando – A Responsabilidade do Maçom.

Retomando a questão da responsabilidade maçônica dentro e fora dos Templos, é imperioso saber que não pode ser tratada de modo simplista e sem base no fundamento filosófico. A Maçonaria sempre foi o fórum ideal para se discutir a problemática da sociedade em que vivemos, como bem atestam as contribuições da Ordem à história universal. Temos consciência que a Ética é você ser responsável por você, por seu próximo e por onde você vive. Nós, os Maçons, temos condições de gerar atitudes e condições de responsabilidade social, acrescentando que a nossa ação é reflexo da nossa responsabilidade; a nossa responsabilidade é reflexo da nossa consciência, por isso é que os Maçons devem gerar ações que integrem a maior lisura, uma lisura que ninguém mais tem no mesmo nível.

O comportamento responsável de um Maçom deve pautar-se pela ética, tolerância, sabedoria, caridade, justiça e perseverança.

Os atributos a pouco citados estão presentes em nossos rituais e nas diversas peças de arquitetura que assistimos em nossos templos. Desejo destacar o último, a perseverança, não que seja a mais importante, mas a que maior contribuição terá se a executarmos.

A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditando no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo.

A perseverança é uma qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro.

Precisamos interagir com os indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior satisfação individual e em equipe.

Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa).

Fonte: https://blogdojovemaprendiz.wordpress.com

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