DÚVIDAS RITUALÍSTICAS - CIRCULAÇÃO, ASSINATURAS, ETC

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS - CIRCULAÇÃO, ASSINATURAS, ETC.

(republicação)

O Respeitável Irmão Leonardo Carvalho, Mestre de Cerimônias da Loja Álvaro Mendes, 2.139, GOB-PI, Oriente de Teresina, Estado do Piauí, apresenta a seguinte questão:

leo@xenhenhem.com.br

Sou assinante da Revista Trolha e acompanho suas explanações a que vem clarear cada vez mais nosso conhecimento. Tenho algumas dúvidas, e se puder me auxiliar, de já sou muito grato.

1. Quando da aprovação de um trabalho, em Loja, de um Irmão que vai ser Elevado ou Exaltado; o Venerável pede para que os Irmãos que aprovam o Trabalho o façam pelo sinal de costume. Nesse momento, o Mestre de Cerimônias fala o resultado ou o próprio Venerável?

2. Na abertura dos Trabalhos, quando o Mestre de Cerimônias vai acompanhar o Orador, ele faz o giro ritualístico ou vai direto para o Oriente?

3. Os Irmãos que chegam bem em cima da hora, na hora do cortejo e não assinam o livro de presenças antes de começar; o Mestre de Cerimônias deve levar para cada Irmão que não assinou? Outra, o Mestre de Cerimônias pode se levantar a chamado de qualquer Irmão, ou pra qualquer outro assunto em Loja?

4. A circulação no Ocidente, quando passar de uma coluna para outra, faz a saudação?

Muito obrigado pela atenção.

CONSIDERAÇÕES:

01 – Qualquer resultado de votação é sempre declarado pelo Venerável Mestre e isso é previsto no Regulamento Geral da Federação no tocante aos deveres e obrigações do Venerável. Se o Venerável desejar a contagem de votos ele pode solicitar auxílio do Mestre de Cerimônias que, por sua vez, faz apenas a contagem dos votos (tantos a favor, tantos contra e tantas abstenções, se for o caso) e comunica ao Venerável Mestre. Por sua vez é o Venerável que declara pela contagem do Mestre de Cerimônias se a matéria está ou não aprovada, ou mesmo empatada. Em caso de empate, é do Venerável o direto do voto de minerva para o desempate da questão.

02 – Quanto estive no Piauí passei essa orientação ao Irmão Higino, Secretário Estadual de Orientação Ritualística e posteriormente lhe enviei por escrito. Em atenção a vossa solicitação vou repetir. No início dos trabalhos a Loja está em processo de abertura a partir do momento em que o Venerável diz: “Meus Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja”. Nesse sentido o que somente fica abolido é o Sinal, salvo aquele do reconhecimento dos presentes conforme o Ritual. Assim, procede-se a circulação normalmente. Não existe esse procedimento do Mestre de Cerimônias ingressar no Oriente diretamente do seu lugar, por conseguinte o Oficial cumpre a circulação. Aproveitando o ensejo, o Mestre de Cerimônias conduz, portanto em deslocamento ele conduz alguém e não acompanha.

3 – Bem, o ideal é que Irmãos não cheguem em cima da hora. Isso porque em linhas gerais as Lojas obedecem a um calendário (geralmente aprovado em Loja) e nele também está previsto o horário que se iniciarão os Trabalhos. Obviamente podem acontecer situações de imprevistos que até possam justificar o fato, todavia isso não deve ser um procedimento corriqueiro.

Tomando a questão em si, o Venerável pode tomar providências como seguem: por primeiro a anomalia pode ser solucionada no momento em que todos já em Loja e o Venerável determinar para que se tome assento. Nesse sentido, antes dele solicitar aos Irmãos para ajuda-lo na abertura da Loja ele pede ao Mestre de Cerimônias que conduza o(s) retardatário(s) até a mesa do Chanceler para firmar o “ne varietur”. Isso aconteceria antes dos procedimentos de abertura da Loja. Assinado o livro, retoma-se o lugar devido.

Já em segunda instância os do “em cima da hora”, por opção do Venerável, podem assinar o Livro após o encerramento dos Trabalhos. Nesse caso o Venerável deve observar criteriosamente o número de retardatários para que esses assinem o rol antes do encerramento do Livro, já que quem por último assina o Livro de Presenças da Loja é o Venerável Mestre.

Essa observação é necessária para que o Venerável não assine o Livro na Sala dos Passos Perdidos, pois pode acontecer situação como a acima exposta, ou mesmo um retardatário que pede ingresso em Loja aberta. Assim é corriqueiro e recomendável que o Venerável firme a sua presença no Livro no mesmo instante em que ele assina a Ata.

O Mestre de Cerimônias ao cumprir a sua obrigação na oportunidade, além do livro de atas, leva também o de presenças para a respectiva subscrição. Assim as providências devem ser adequadas conforme a possibilidade.

4 – Esse procedimento não está previsto nos Rituais em vigência. Conforme o que está escrito, saudações (sempre com a mão, ou mãos se for o caso) são feitas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente, ou às Luzes (Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes) ao se ingressar em Loja já aberta.

Cabe aqui uma observação oportuna. Toda saudação é feita pelo Sinal. Uma saudação é sempre feita para alguém da seguinte forma – em pé e parado com os pés em esquadria e o corpo ereto o saudador compõe o Sinal do Grau e imediatamente executa a pena simbólica. Caso este rompa em deslocamento, ele ao desfazer o Sinal, segue o itinerário normalmente sem andar com o Sinal. Deslocamento com o Sinal só está previsto na execução da Marcha do Grau. Caso o saudador na ocasião permaneça parado ele, após a pena simbólica, volta à Ordem.

Não é toda composição de Sinal que signifique saudação. Por exemplo, um Obreiro fazendo uso da palavra o faz à Ordem. Assim ele estará em pé e parado com os pés em esquadria compondo o Sinal. Terminado o pronunciamento, antes de tomar assento ele desfaz o Sinal executando a pena simbólica. Não se desfaz um Sinal diretamente.

Composto o mesmo ele só será desfeito pela execução da pena simbólica. Quem saúda, saúda alguém pelo Sinal (o compõe e o desfaz imediatamente). Quem estiver em pé e parado em Loja aberta compõe o Sinal. Antes de sentar, o desfaz pela pena simbólica. As duas atitudes são iguais, porém uma e retratada à saudação e outra uma regra ritualística.

T.F.A.

PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com

Fonte: JBNews n. 726, 22/08/2012