Ao contrário do que muitos pensam, o pentagrama possui uma história rica e antiga como símbolo cristão. Os primeiros cristãos o associavam aos cinco estigmas de Cristo, à Santíssima Trindade e às suas duas naturezas (divina e humana). Um dos exemplos mais significativos foi seu uso pelo imperador Constantino, que incorporou o pentagrama em seu selo pessoal, atribuindo seu sucesso à sua conversão ao Cristianismo. Na Idade Média, o símbolo era conhecido como a "Estrela da Epifania", representando a revelação de Jesus aos Reis Magos, e chegou a ser usado por cristãos gregos no lugar da cruz em inscrições.
Apesar dessas associações positivas, é importante notar que representações artísticas do pentagrama especificamente equiparado a Jesus são relativamente raras na arte cristã desde o início da Idade Média até o Renascimento.
A prova física dessa herança cristã pode ser encontrada esculpida em inúmeros edifícios religiosos por toda a Europa. Exemplos notáveis incluem lápides de templários no Convento de Tomar, em Portugal, a grandiosa rosácea com uma estrela invertida na Catedral de Amiens, na França, e os detalhes na Catedral de Chartres, onde pentagramas invertidos circundam uma estátua de Maria com o Menino Jesus. Sua presença na arquitetura sacra, de igrejas inglesas a manuscritos alemães, atesta que o pentagrama foi, por muito tempo, um símbolo de fé e devoção.
É absolutamente crucial entender que a associação do pentagrama invertido ao satanismo é uma invenção moderna, popularizada no século XIX pelo ocultista Éliphas Lévi e posteriormente adaptada por figuras como Crowley e Manly P. Hall. Contudo, foi apenas com a fundação da "Igreja de Satã " em 1966 nos Estados Unidos que o símbolo se consolidou globalmente como ícone satânico, após a organização adotar o "Sigilo de Baphomet", uma imagem derivada de obras ocultistas francesas do século XIX. Essa apropriação demonstra como um símbolo pode ter seu significado radicalmente transformado, já que nenhuma associação histórica com Satanás existia antes do século XIX.
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
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