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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

O PREPARO E A QUALIFICAÇÃO DO MAÇOM

VV.'.MM.'., Digníssimos Vigilantes, amados Irmãos que ornai esta Coluna com vossas presenças, Paz, Força e Perseverança.

Reflitamos juntos, hoje, sobre uma pergunta de aparência simples, mas de profundidade abissal:

"Como deve ser feito o preparo e a qualificação de um Maçom?"

Muitos, ao ouvirem essa indagação, poderiam recorrer de imediato aos rituais, às instruções litúrgicas, ao tempo de Loja ou aos títulos adquiridos com o passar dos anos. No entanto, como bem sabemos, e como a Verdade exige, ser Maçom vai muito além do cerimonial.

I. Preparo: o chamado ao Despertar
O verdadeiro preparo de um Maçom não começa no dia da Iniciação, mas no instante em que a inquietude invade sua alma e ele, olhando para o mundo ao seu redor, começa a buscar algo que não encontrou fora: o sentido, a verdade, a luz.

Preparo é ter coragem de olhar para a própria ignorância e dizer: "Sou pedra bruta. Quero ser lapidado."

Preparo é o silêncio da vaidade, a renúncia da arrogância, a morte do ego diante da Verdade.

É compreender que a Maçonaria não está na veste ou no avental, mas na alma que se desnuda diante do Sagrado.

II. Qualificação: a lapidação cotidiana
Qualificar-se como Maçom é fazer da vida um ritual constante.

É acordar a cada dia decidido a ser melhor do que foi ontem, mesmo que o mundo à sua volta permaneça mergulhado no caos.

É viver segundo a máxima: "O que fazes no escuro define quem és na Luz."

O Maçom qualificado:

Não fala o que não vive.

Não impõe o que não compreende.

Não julga o que ainda não lapidou em si.

O tempo de Loja, os graus ou os títulos, se não forem acompanhados de transformação interior verdadeira, tornam-se meros ornamentos vazios.

A qualificação do Maçom está no domínio de si mesmo, na retificação dos próprios erros, na capacidade de ouvir mais do que falar, e no cultivo da virtude em silêncio.

III. Pedra sobre Pedra: o Templo Interior
A cada ato ético, a cada escolha justa, a cada renúncia feita em nome da verdade, uma nova pedra é assentada no Templo Interior.

E esse Templo só se ergue com os instrumentos simbólicos do trabalho:

Com o malhete, que disciplina a vontade.

Com o cinzel, que lapida os excessos do caráter.

Com o compasso e o esquadro, que alinham nossas ações à Lei Maior.

E com a Luz, que é buscada por quem reconhece a própria escuridão.

IV. A Maçonaria como Caminho, não como medalha
Ser Maçom não é uma conquista que se pendura no peito.

É uma caminhada que nunca termina.

A qualificação maçônica não está nos olhos dos outros, mas na consciência reta diante do G.A.D.U.

É possível enganar os homens. Mas ninguém engana a pedra que se é.

Conclusão
O preparo e a qualificação de um Maçom devem nascer da fome de luz, da sede de justiça, da entrega silenciosa ao ideal de aperfeiçoamento.

O mundo carece de heróis.

Mas a Maçonaria não busca heróis.

Ela forja homens justos, retos, fraternos e discretos, que viram heróis .

Porque é deles que o mundo precisa.

"Não te conformes com este mundo. Transforma-te pela renovação do teu entendimento."

E é nesse espírito que devemos nos preparar e qualificar:

não para sermos admirados, mas para sermos úteis.

Que cada irmão aqui presente continue sua obra com mãos firmes, olhos abertos e coração limpo.

Que assim seja.

T∴F∴A∴

AndrosBaruc

Fonte: Facebook_Átrio do Saber

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