Meus Irmãos,
Contemplamos, muitas vezes, os símbolos que adornam nossas Lojas, e em sua sabedoria milenar, encontramos reflexões profundas sobre a condição humana. Entre eles, a ampulheta se destaca, não como um mero adorno, mas como um poderoso lembrete da fugacidade de nossa existência terrena. Ela não marca apenas a passagem das horas, mas a contagem regressiva de "O Tempo Que Nos Resta".
Desde o momento em que recebemos a Luz, somos convidados a uma jornada de aperfeiçoamento. Mas essa jornada não é infinita. Cada grão de areia que desliza na ampulheta é um instante de oportunidade que se esvai, uma chance de edificar, de aprender, de praticar a virtude, de ser um obreiro incansável na construção do Templo Interior e do Grande Templo da Humanidade.
Quantas vezes nos perdemos em discussões estéreis, em vaidades mundanas, em projetos que não engrandecem o espírito nem beneficiam o próximo? Esquecemos que o tempo, esse bem mais precioso e irrecuperável, nos é concedido não para o ócio ou para a acumulação material, mas para o trabalho incessante em prol da Verdade, da Fraternidade e da Justiça.
Que a imagem da ampulheta nos incite a uma reflexão diária: O que estamos fazendo com "O Tempo Que Nos Resta"? Estamos lapidando nossa Pedra Bruta com a diligência devida? Estamos estendendo a mão ao Irmão necessitado? Estamos difundindo a Luz da Razão e da Caridade em um mundo por vezes sombrio?
Lembremo-nos de que a morte é a grande igualadora, a Mestra Inescrutável que a todos visita. Ela não discrimina por títulos, posses ou saberes profanos. Diante dela, somos todos iguais. E ao se esgotar o último grão de areia, o que restará de nossa passagem senão o legado de nossas ações, o exemplo de nossa retidão e a memória dos corações que tocamos?
Portanto, meus Irmãos, que cada alvorecer seja um novo chamado à ação consciente. Que cada dia seja uma oportunidade de cumprir nossos deveres, de viver nossos juramentos e de nos aproximarmos do GADU. Que não permitamos que "O Tempo Que Nos Resta" seja desperdiçado em futilidades, mas sim dedicado à construção de um mundo mais justo, mais fraterno e mais iluminado, digno do legado que aspiramos deixar.
Que assim seja.
Fonte: Facebook_Átrio do Saber
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