"AS FERRAMENTAS DO APRENDIZ: Cinzel, Martelo e Régua de 24 polegadas"
Meus irmãos, nesta hora sagrada onde a luz da sabedoria ilumina nosso trabalho, paremos para contemplar essas humildes ferramentas que estão em nossas oficinas no primeiro grau, o Grau de Aprendiz. Estes não são meros instrumentos de metal e madeira, mas símbolos vivos do trabalho interior que todo Maçom deve realizar desde o momento da sua iniciação.
O cinzel, meus irmãos, esse ferrozinho que parece tão insignificante. Nas mãos do leigo nada mais é do que
uma ferramenta para esculpir pedra, ou talvez para destruir. Mas nas mãos certas, nas mãos do iniciado... torna-se o emblema da vontade consciente, daquela força precisa e dirigida que sabe onde e como atacar para eliminar o supérfluo. Cada marca que marca a pedra bruta do nosso caráter é um defeito a menos, uma virtude a mais.
E ao lado dele, o martelo. Pesado na sua simplicidade, forte na sua forma. Representa a força do espírito que deve ser aplicada continuamente, com paciência e moderação, ao trabalho de aperfeiçoamento pessoal. Mas tenham cuidado, irmãos: o martelo sem esse cinzel que é a inteligência, é uma violência cega; O cinzel sem martelo é uma intenção estéril. Só juntos, numa combinação sábia, poderão transformar a pedra disforme num cubo perfeito.
Mas há uma terceira ferramenta, meus irmãos, muitas vezes esquecida pela sua aparente simplicidade mas extremamente importante: a régua de 24 polegadas. Vinte e quatro divisões, como vinte e quatro horas do dia, devemos administrar com sabedoria. Dividindo-o em três partes de 8 horas cada, sendo 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer e 8 horas de estudo e dedicação ao Gr∴ Arq∴ do Un∴
Esta regra nos ensina que o tempo é a medida do nosso progresso, que cada momento é precioso no trabalho de autoconstrução na medida em que aprendemos a administrá-lo.
O aprendiz novato acredita que essas ferramentas são utilizadas para trabalhar a pedra física. O parceiro sente que deve aplicar-se ao seu comportamento externo. Mas o mestre sabe que o verdadeiro trabalho com o cinzel, o martelo e a régua ocorre no silêncio da sua câmara interior de reflexão, onde dia após dia ele deve desbastar as suas paixões, vencer os seus vícios e medir o seu progresso.
Lembrem-se, meus irmãos, que quando Hiram Abif elaborou os planos para o Templo, essas mesmas ferramentas estavam presentes. Os antigos construtores de catedrais os usaram para erguer monumentos À Gl∴ do Gr∴ Arq∴ do Un∴. Nós, maçons que atuamos na arte espiritual, os utilizamos para construir o templo não feito por mãos, aquele edifício eterno que se ergue no leste de nossa consciência.
Que esta meditação sobre as ferramentas do aprendiz nos lembre que cada golpe do martelo, cada incisão
do cinzel, cada medida da régua, são passos necessários em nossa jornada rumo à Luz. Que o Gr∴ Arq∴ do Un∴ os conceda a força para usar essas ferramentas com sabedoria, a perseverança para não abandonar a obra e a humildade para reconhecer que somos ao mesmo tempo arquitetos e materiais de construção neste templo vivo da humanidade.
Assim seja.
TUDO O QUE É PARA VOCÊ, VAI TE CHEGAR.
∴ Léo Gama ∴
Fonte: Facebook_Átrio do Saber
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