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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

QUESTÕES SOBRE RITUALÍSTICA

QUESTÕES SOBRE RITUALÍSTICA
(republicação)

Em 17.03.2015 o Respeitável Irmão Alessandro Vendrami, Loja A Luz Nos Conduz, 3.298, REAA, GOSP – GOB, Oriente de São Miguel, Estado de São Paulo, formula as questões seguintes: 
albtu@uol.com.br 

Estivemos conversando em meados de novembro, mais precisamente dia 13 e o Irmão se pôs a disposição para tirar dúvidas referentes à Ritualística: 

Segue abaixo as dúvidas: 

1 - O Mestre de Harmonia pode permanecer sentado durante toda a Sessão e sem fazer os sinais de cada grau? 

2 - No tempo de Estudos há necessidade do Irmão apresentar sua Peça de Arquitetura entre colunas ou pode ser do seu lugar? 

3 - Existe uma obrigatoriedade de estar trajando calça preta e camisa branca por baixo do Balandrau? 

4 - Qual a correta postura dos Irmãos no Átrio? 

5 - O sinal de Aprendiz, Companheiro e Mestre, como é feito? Exemplo, um Irmão (Aprendiz) pede pra falar no Quadro a Bem e a Ordem, ele se levanta faz o sinal gutural corta e volta com o sinal ou faz o sinal e diz Venerável Mestre...? 

6 - Na Ordem do Dia, os assuntos colocados em discussão; como é feita a circulação da Palavra? A Palavra pode voltar? 

7 - Na Bolsa de Propostas e Informações, o Irmão que desejar colocar um assunto polêmico ou qualquer assunto, ele tem que se identificar e assinar? 

8 - Quando o Mestre de Harmonia acende a Estrela Flamígera ou Flamejante?

Considerações: 

01 – Salvo se o ritual previr o contrário ou atendendo ao comando do Venerável, ele permanece geralmente sentado. Em Loja aberta (em qualquer Grau) todo o Obreiro em pé e parado estará inquestionavelmente à Ordem. Obviamente que essa regra é para todos, daí ela se aplica também ao Mestre de Harmonia.

02 – O Obreiro pode perfeitamente apresenta-la do seu lugar. Nessa oportunidade o Venerável pode dispensá-lo de compor o Sinal durante a leitura para que ele possa ter as mãos livres para segurar o escrito. 

03 – O ritual prevê o uso da calça preta e da camisa branca nessa situação. Entendo que isso seja um excesso de preciosismo, já que o balandrau negro é talar (até os talões), com mangas compridas e deve ser fechado até o pescoço. Ora, a calça preta ainda se justifica para ocasiões em que possa vir aparecer à barra da calça, entretanto a camisa branca... Ela não aparece, pois estará literalmente escondida pelo balandrau negro hermeticamente abotoado desde baixo até a região gutural. Agora, como vivemos nessa matriz peripatética de Maçonaria latina onde vale apenas o que está escrito, então...

04 – Não existe uma regra para tal, desde que todos se posicionem respeitosamente e com o máximo silêncio possível. Todos, trajados e revestidos de suas insígnias, obedecem à organização do cortejo formando filas duplas compostas pelo Mestre de Cerimônias conforme previsto no Ritual em vigência. É oportuno salientar que no REAA não existem preces, orações ou outras manifestações relativas no Átrio.

05 – Os Sinais Penais (Gut∴, Cord∴ e Ventr∴) são feitos em Loja nos momentos propícios e para tal o seu modo de executar consta dos Cobridores dos Graus nos respectivos Rituais. Quando da sua execução pelo Obreiro que faz uso da Palavra é o seguinte. Conforme o Grau de trabalho da Loja o protagonista autorizado a falar fica primeiro à Ordem (em pé, corpo ereto, pés unidos pelos calcanhares formando uma esquadria) compondo o Sinal do Grau. Ato seguido, sem desfazer o Sinal ele menciona pelo modo protocolar de costume se referindo primeiro às Luzes da Loja mencionando: Venerável Mestre, Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, autoridades presentes (se elas houverem), meus Irmãos... Em seguida, ainda à Ordem faz o uso da palavra e, ao final, antes de tomar assento novamente, desfaz o Sinal (pela pena simbólica) no modo costumeiro. Esse procedimento não deve ser confundido com a Saudação pelo Sinal simplesmente porque ele é regra para todo aquele que em Loja aberta estiver em pé e parado - estará sempre à Ordem. Também o costume de mencionar os cargos protocolarmente antes de falar não significa saudação maçônica. Ainda: sentado ninguém compõe o Sinal. Do mesmo modo, em deslocamento, salvo quando se estiver executando a Marcha do Grau. 

06 – A Palavra segue sempre o giro partindo da Coluna do Sul, do Norte e Oriente. Se porventura o Venerável autorizar a volta da Palavra o ato deve obrigatoriamente seguir o giro a partir do Sul, não importando aonde se encontra o Obreiro que pede o seu retorno. Não há também como esquecer o preceito de que nas Colunas os Irmãos pedem a palavra aos Vigilantes e no Oriente ao Venerável. Destaque-se que a ninguém é dado o direito de passar de uma para outra Coluna nem ingressar no Oriente para repetir o uso da palavra. Num caso desses, o suplicante pede a palavra novamente na forma de costume e o retorno da mesma dependerá sempre de autorização do Venerável. Sugere-se que assuntos polêmicos que demandem de votação, devam - na medida do possível - ser apresentados e debatidos com antecedência em uma ou mais Sessões Administrativas previamente marcadas. Conhecida, tratada e esmiuçada a matéria, ela seguirá para votação na outra Sessão Ordinária (Econômica) – nela somente devem votar os que participaram dos debates nas Sessões Administrativas.

07 – Esse não é ofício do Mestre de Harmonia. Aliás, como de nenhum Oficial, posto que esse procedimento não conste do Ritual do Segundo Grau em vigência e nem é autêntico no REAA. Caso a Loja possua esse recurso decorativo de iluminar a Estrela Flamejante, que, diga-se de passagem, não é obrigatória, então a cálida iluminação poderá estar acesa antes do início dos trabalhos, sendo desligada após a retirada dos Obreiros sem nenhum procedimento ritualístico para tal. É oportuno salientar que simbolicamente a Estrela Flamejante como Ornamento da Loja de Companheiro pendente do teto sobre o lugar do Segundo Vigilante ao Meio-Dia constitui-se numa “luz intermediária” por ser a Estrela Hominal situada no meridiano entre o Sol do Oriente e a Lua do Ocidente. É daí que surgiu o conceito de luz intermediária. Assim essa luminosidade é apenas simbólica sem a necessidade de uma literal iluminação da Estrela. Infelizmente, esse conceito fez com que alguns ritualistas, dourando a pílula, mencionassem a necessidade dessa equivocada iluminação para Estrela Flamejante, quando na verdade basta apenas e tão somente a sua presença com a letra “G” de Geometria no centro e com uma das pontas do pentagrama apontada para cima – a sua iluminação é perfeitamente dispensável por não ser luz litúrgica. O importante não é a iluminação, mas o símbolo da Estrela Flamejante que faz parte de uma alegoria que tem sido objeto de estudo do Grau de Companheiro - E∴V∴ A E∴F∴.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.732– Melbourne – sábado, 27 de junho de 2015

Um comentário:

  1. Se no Ritual diz, expressamente, que usa-se somente camisa branca, não há que se fazer elucubrações.

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