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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 22 de julho de 2018

ORIENTAÇÃO DE BATERIA

 ORIENTAÇÃO DE BATERIA
(republicação)

Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Heronides Eufrásio Filho, membro da Loja Jeremias Pinheiro Moreira, 2.099, GOB, Oriente de Brasília, Distrito Federal solicita a orientação através do Irmão Ari de Souza Lima, Secretário Geral Adjunto para o Rito Schröeder – GOB. 
heronidesfilho@gmail.com 
sousa.ari@gmail.com

Onde posso encontrar matéria sobre as batidas na Porta do Templo, de respostas, do Cobridor Interno quando um Irmão chega atrasado. Nos três Graus. 

CONSIDERAÇÕES:

Não existe matéria oficial sobre esse procedimento. Ocorre que nenhum ritual prevê atraso de Irmãos. Isso se acontecesse seria institucionalizar na Maçonaria o atraso. O que verdadeiramente existe são opiniões desse procedimento, já que embora ele não seja previsto, o mesmo indubitavelmente existe. Nesse caso existem algumas situações que merecem ponderações: 

Retirado do Projeto do Manual de Procedimentos Ritualísticos do GOB – Pedro Juk, Secretário Geral de Orientação Ritualística para o REAA – Poder Central. 

1 – Irmão do Quadro atrasado

a) Independente do Grau em que a Loja estiver trabalhando e não estando presente o Cobridor Externo ele dá na porta a bateria universal maçônica – a de Aprendiz; 

b) Se o momento for propício, o Cobridor Interno informa no modo de costume que batem maçonicamente na porta do Templo; 

c) Atendendo a solicitação do Venerável para verificar quem assim bate o Cobridor Interno entreabre a porta, verifica, fecha a porta novamente e faz a comunicação ao Venerável; 

d) Tendo grau suficiente para ingresso, o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias e acompanhe o Irmão atrasado, franqueando-lhe o ingresso; 

e) O Cobridor abre a porta e à passagem do Mestre de Cerimônias, fecha-a novamente e aguarda. 

f) O Irmão atrasado acompanhando o Mestre de Cerimônias dá agora na porta do Templo a Bateria do Grau de trabalho da Loja; 

g) Ato seguido o Cobridor abre a porta. O Mestre de Cerimônias se posiciona no Norte, o retardatário ingressa e para compondo do Sinal do Grau enquanto que o Cobridor fecha a porta imediatamente. 

h) Ação contínua o retardatário executa a Marcha do Grau e ao final saúda as Luzes da Loja; 

i) Em seguida o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que acompanhe o Irmão até o Chanceler para assinar o livro e posteriormente seja conduzido ao seu lugar em Loja. 

2 – Irmão visitante atrasado e conhecido do Quadro. 

a) Procedimentos análogos ao item 1 até o subitem “g”; 

b) Ação contínua o retardatário executa a Marcha do Grau e saúda as Luzes da Loja; 

c) O Venerável procede então ao telhamento (De onde vindes...); 

d) Concluído o telhamento, o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que acompanhe o Irmão até o Chanceler para assinar o livro e posteriormente seja conduzido ao seu lugar em Loja. 

3 – Irmão visitante atrasado e desconhecido do Quadro 

a) Procedimentos análogos ao item 1 até o subitem “b”;

b) Atendendo a solicitação do Venerável para verificar quem assim bate o Cobridor Interno entreabre a porta, verifica pelo avental, fecha a porta novamente e comunica se tratar de um Irmão desconhecido lhe informando o grau simbólico; 

c) Tendo grau suficiente o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que acompanhado do Irmão Experto se dirijam até o Átrio para a competente verificação do Irmão desconhecido; 

d) O Cobridor Interno abre a porta e após a passagem do Mestre de Cerimônias e do Experto, fecha-a novamente; 

e) O Experto procede detalhadamente ao telhamento inclusive conduzindo a documentação até o Orador para a competente verificação; 

f) Estando tudo nos conformes o Experto retorna ao seu lugar, enquanto que o Mestre de Cerimônias na mesma oportunidade comunica a legalidade do visitante atrasado. Essa comunicação é feita dentro do Templo com a porta fechada; 

g) O Venerável então manda o Mestre de Cerimônias franquear ingresso do Irmão visitante. Este se retira para o átrio para acompanhar o retardatário e o Cobridor fecha a porta; 

h) No átrio, instruído pelo Mestre de Cerimônias o Irmão visitante dá na porta do Templo a bateria do grau em que a Loja estiver trabalhando; 

i) O Cobridor sem qualquer comunicação abre a porta. O Mestre de Cerimônias ingressa pelo eixo e para no Norte próximo a porta. Em seguida também o Irmão visitante se posicionando à Ordem sobre o eixo do Templo. O Cobridor fecha a porta imediatamente; 

j) Ato seguido o Visitante executa a Marcha do Grau, saúda as Luzes e aguarda; 

k) O Venerável procede com o telhamento dialogado (De onde vindes?...); 

l) Concluído o ato o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que conduza o Visitante até o Chanceler para firmar o seu “ne varietur” e posteriormente tomar o seu lugar na Loja. 

4 – Existem situações em que o Irmão atrasado deve aguardar. Isso acontece para não interromper procedimentos em andamento. Exemplo: durante a abertura dos Trabalhos, durante a circulação da bolsa de Propostas e Informações, durante aprovações, em meio a discussões, etc. Nesse caso seguem as ponderações. Se o momento não for propício para a entrada: 

a) Independente do Grau em que a Loja estiver trabalhando e não estando presente o Cobridor Externo ele dá na porta a bateria universal maçônica – a de Aprendiz; 

b) Não sendo propício o momento para o seu ingresso, o Cobridor Interno sem qualquer comunicação dá na porta pelo dado de dentro a mesma bateria (universal maçônica – a de Aprendiz); 

c) O que pede ingresso simplesmente aguarda. Nunca deve replicar a bateria nem aumenta-la para outro grau subsequente. A resposta do Cobridor Interno sinaliza que o que pede ingresso deve aguardar; 

d) No momento oportuno, o Cobridor Interno informa que alguém pede ingresso na forma de costume; 

e) Seguem-se então os procedimentos conforme os casos já explicitados nos itens 1, 2 e 3. 

OBSERVAÇÕES: 

a) O retardatário deve compreender que a resposta do Cobridor Interno é para que ele aguarde; 

b) O Cobridor Interno solicitando aguardo dá sempre a bateria universal (Aprendiz). É inexistente a prática de bateria única (profana); 

c) O que aguarda não sobe as baterias de outros graus achando que o Cobridor assim está solicitando. Em linhas gerais nesse momento não existe o tal “replicar de baterias” crendo que a Loja está trabalhando em outro Grau. 

d) A identificação e comunicação do grau de trabalho da Loja serão informadas conforme os procedimentos anteriormente descritos; 

e) Somente após a autorização de ingresso é que, dependendo do grau, o retardatário assim identificado e acompanhado do Mestre de Cerimônias dará na porta a bateria do grau em que a Loja estiver trabalhando para a sua entrada formal; 

f) Nunca é demais lembrar que todo ingresso em Loja aberta é formal; 

g) A maneira de como se ingressar em Loja aberta está explicitada no Ritual de Aprendiz em vigência, primeira instrução, página 166 e seguinte. A mesma regra se aplica para o Grau de Companheiro e Mestre observados os métodos distintos; 

h) Após a circulação do Tronco de Beneficência (Solidariedade) é vedado o ingresso no Templo. 

Essas são as práticas racionalmente aplicadas a despeito de não estar oficializada a prática do atraso. O que os Veneráveis devem pelo menos observar é a prática formal maçônica evitando os modos da mera informalidade. 

Também se faz cogente que os Irmãos cumpram o horário marcado para o início dos trabalhos, o que faria evitar a perda de tempo desnecessária que não raras vezes empana o brilho da ritualística. 

Nunca é demais lembrar que esses apontamentos estão relacionados àquele que atrasado, consegue chegar ao átrio da Loja. Nem sempre isso acontece, pois geralmente as portas já estarão fechadas. 

Também é bastante comum o cargo de Cobridor Externo não estar preenchido, ou mesmo ele pode já estar participando dos trabalhos dentro da Sala da Loja. 

Finalizando, ratificamos que se o atraso não pode ser abolido, pelo menos que ele não seja rotineiro. Nessas situações que haja sempre a prevalência do bom senso. Que se evitem o repique de baterias desnecessárias e inventadas, assim como o péssimo costume de se abolirem as formalidades. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.108 - Florianópolis (SC) – sábado, 14 de setembro de 2013

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