Páginas

PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 7 de junho de 2011

BURROCRACIA MAÇÔNICA

Ir∴ Sérgio Quirino Guimarães

Uma coisa que me entristece é a BURROCRACIA MAÇÔNICA

Em quase todos os artigos sempre cometo algum erro gramatical ou lingüístico. Simplesmente porque escrevo como se estivesse falando com um Irmão (está aí a explicação para tantas vírgulas). Vou digitando as letras, formando as palavras e criando as frases, quando acredito que já completei o trabalho, simplesmente envio. Não leio o que escrevi, não há um revisor. Se eu for ler, acabarei em dúvida se devo ou não enviar; mudarei tantas palavras que penso que o texto perderá a função de “semente”. Em verdade não tenho a condição de oferecer “frutos” aos Irmãos; quero apenas motivar o ato de “lavrar a terra”. Então paciência com a falta dos acentos, tempos de verbos incorretos, palavras faltando letras; mas no caso de hoje não exagerei, é com dois “R” mesmo! Quem não nunca presenciou discussões em Loja que nada agrega aos projetos? Percebam que quando chega um pedido de Tronco de Solidariedade enviado por outra Loja para um Obreiro doente, sempre tem algum Irmão que pede a palavra, para questionar se devemos ou não enviar e vem com o discurso que podemos ter em Loja algum Irmão que necessite do Tronco e aí lá vamos nós para mil manifestações de prós e contras. Pura buRRocracia! Primeiro; o pedido foi enviado como um CLAMOR DE IRMÃO? Segundo; qual é A DESTINAÇÃO do Tronco? Terceiro; algum Irmão do Quadro PEDIU o Tronco? Quarto; o fato de um Irmão ter sido iniciado em sua Loja o torna MAIS IRMÃO do que outro iniciado em outra Loja? Não percam tempo, lembrem-se dos juramentos, da iniciação quando o Hospitaleiro chega perto do candidato e................ O pior mesmo é quando um abnegado Irmão propõem uma campanha fraternal, aí baixa o espírito profissional nos Irmãos. Os operadores do direito apresentam as implicações da Lei; os economistas desenvolvem planilhas; os contabilistas sugerem a criação de uma conta especial, emissão de recibo com cópia; os consultores pensam na auditoria final e aí aparecessem as terríveis sugestões e as Comissões sem autonomia. A Comissão de Solidariedade está submetida à Comissão de Família que depende da Comissão de Finanças que só se manifestará conforme as diretrizes das Luzes que por sua vez só darão à palavra final após se reunir com o Conselho de Past-Veneráveis. E o abnegado Irmão simplesmente sugeriu à Loja que cada Irmão desse uma contribuição para a compra de cobertores que seriam encaminhados aos necessitados. Mas a buRRocracia é tanta que o projeto “nasce morto”. O mais incrível é que se este mesmo grupo estivesse em um “buteco” e alguém falasse: - O Tonhão, nosso colega de mesa não veio porque esta precisando economizar, pois tem que comprar um remédio de “200 pau”. Na mesma hora aparece a idéia de “fazer uma vaquinha”, o dinheiro vai caindo sobre a mesa, um recolhe, vai a farmácia, compra o remédio, leva para o necessitado e na volta ainda trás o Tonhão para a saideira. E como está a situação da Loja? Estagnada, afinal a “BuRRocracia Maçônica” emperra qualquer mecanismo. Maçonaria é calçada no estudo individual e no trabalho coletivo. NÃO HÁ MAÇONARIA SEM AÇÃO! Se um Irmão está desenvolvendo uma atividade salutar aos nossos princípios, temos a obrigação moral e fraternal de colaborar. Se alguém pensou que devemos avaliar quem é o Irmão que está à frente do projeto, vou ser “curto e grosso”, não existe isto não! Se pesa contra algum Obreiro da Loja um questionamento quanto a sua idoneidade, o erro é da Loja, pois não podemos permitir em nosso meio, Irmãos que não sejam honestos. Se há, ele já deveria ter sido expulso da Ordem. A intenção deste pequeno artigo é motivar as Lojas a atuarem maçônica na sociedade, além do exemplo ético e moral que cada Maçom deve ser junto ao meio que está inserido, as Lojas devem desenvolver ações concretas dos nossos princípios. Quanto as manifestações em Lojas, todos têm o direito de falar o que quiserem, mas antes do direito vem o dever. E todos nós devemos desenvolver o senso crítico se o que eu ACHO é agregador ou apenas um discurso de minha pessoa. Deixemos a burocracia do lado de fora do Templo, as ações maçônicas devem ser adocráticas.

(“Adhocracia é um termo criado por Warren Bennis. Segundo Alvin Toffler, a adhocracia ou "adocracia" é um sistema temporário variável e adaptativo, organizado em torno de problemas a serem resolvidos por grupo de pessoas. Constitui-se em uma opção à tradicional Departamentalização. O termo teve origem nas “forças-tarefas” (task-forces) militares para enfrentar situações de forma rápida. Toffler estabeleceu que no futuro a sociedade será extremamente dinâmica e mutável e que as organizações que quiserem sobreviver terão que ser inovadoras, temporárias, orgânicas e anti-burocráticas. Outras referências definem o termo como a organização baseada em projetos, A característica central da adhocracia são os grupos e equipes cooperativos que resolvem problemas e desempenham o trabalho. As posições e as tarefas não são permanentes e as formas organizacionais são livres.”)

Fonte: JBNews - Informativo nº 283 - 07.06.2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário