A Grande Loja de Cuba (GLC) chocou a comunidade maçônica ao expulsar, em 20 de março de 2025, o escritor e ex-preso político Ángel Santiesteban Prats, uma das vozes mais críticas do regime cubano. A decisão, vista como politicamente motivada, gerou revolta entre defensores de direitos humanos e maçons, que acusam a instituição de ceder às pressões do governo. Santiesteban, reconhecido por denunciar abusos do Estado, foi punido após revelar escândalos financeiros e suposta infiltração da polícia política na ordem, levantando dúvidas sobre a independência da maçonaria cubana.
O conflito explodiu quando Santiesteban denunciou, em uma entrevista ao Diario de Cuba, o desvio de US$ 19 mil por um ex-Grão-Mestre da Grande Loja de Cuba, Mario Urquía, e apontou influência da Segurança do Estado nas decisões da Loja. A Corte Maçônica o acusou de "violar dogmas" e "ofender a autoridade", mas defensores afirmam que o julgamento foi uma farsa para silenciar sua dissidência. A situação piorou após o escritor se reunir com um diplomata dos EUA, algo que o regime cubano considera uma traição.
A expulsão reacendeu o debate sobre a liberdade dentro da Maçonaria em Cuba, historicamente um espaço de resistência, mas agora acusada de servir ao governo. Enquanto analistas veem o caso como um alerta sobre a perseguição a críticos, Santiesteban promete continuar sua luta: "Eles me expulsaram da loja, mas não da causa pela liberdade". O episódio mancha a imagem da GLC e levanta uma questão crucial: a Maçonaria cubana ainda defende seus ideais ou virou instrumento de controle político?
Fonte: Faceebook_Curiosidades da Maçonaria
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