(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão José Roberto Toledo da Silva, Loja Justiça e Lealdade, 1.908, Oriente de Lins,Estado de São Paulo.
jrtstoledo@yahoo.com.br
Meu irmão por que a subida de Graus Filosóficos é permitido somente aos Irmãos que tem mais dinheiro? Por que aos menos afortunados não lhe são dados essa oportunidade? O saber maçônico é algo exclusivo dos que tem mais “dim dim”? Será que o G.´.A.´.D.´.U.´. sabe disso por aqui na Terra?
CONSIDERAÇÕES:
Bem meu Irmão. No tocante ao que “Deus” vê, ou deixa de ver, na minha concepção metafísica e religiosa eu acredito que nosso Pai Celestial está sempre presente. Alias assim se reporta o conceito do “Olho Que Tudo Vê”. Agora, a SUA ação nas coisas terrenas é uma questão de percepção particular de cada ser humano – teísmo, ou deísmo.
Quanto à posição socioeconômica do Irmão não deveria prevalecer, penso eu. Todavia nessa história de Graus Filosóficos merece ser bem perscrutada nas suas origens no Século XVIII em solo de França. Parece-me que as coisas começaram mais na intenção de conceder e (até vender) títulos que mais massageavam os egos do que realmente aperfeiçoavam o Homem. Penso que ainda hoje essa prática, embora não genérica, ainda se faz presente.
A questão de pagar para passar é no mínimo inconcebível, todavia essa prática deve ser questionada junto aos “altos dirigentes” dos corpos filosóficos que porventura assim procedem.
Ter ou não dinheiro para prosseguir carreira nesses graus é outra pergunta que deve ser feita a esses “dirigentes” que assim possam pensar. O certo é que qualquer atitude discriminatória dentro da Maçonaria é assunto fora de questão.
Por outro lado também há que se considerar que vivemos em um mundo capitalista e tudo tem o seu preço. A tese talvez seja se o custo é justo ou injusto (exagerado).
Não vou me aprofundar nesse tema talvez porque esse não seja o meu campo específico na senda maçônica, embora reconheça a legalidade dos graus pertinentes ao aperfeiçoamento dos ritos após o simbolismo.
Indubitavelmente se bem compreendida a “arte”, a mensagem proposta por esses graus possui um imenso ideário de valor moral, ético e político-social que se consolidou ao longo dos tempos.
Por fim se faz também cogente se compreender que “graus superiores” são particularidades de Ritos e não da Maçonaria de forma geral. Assim, ninguém é melhor do que ninguém por estar colado em um grau acima do de Mestre Maçom.
A Maçonaria Universal é composta apenas e tão somente de três graus. Acima disso são particularidades de aperfeiçoamento específico de um sistema dentro da Ordem. É dito e claro que o Maçom que alcançou o Grau de Mestre no simbolismo, adquiriu de fato e de direito a plenitude maçônica.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
DEZ/2011
Fonte: JB News – Informativo nr. 473 Florianópolis (SC) 14 de dezembro de 2011.
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