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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

segunda-feira, 31 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

MÃOS OCUPADAS E O SINAL

(republicação)
O Respeitável Irmão Carlos Magno Bezerra Cortez, Venerável Mestre da Loja Obreiros de Santos Reis – Rito Brasileiro, e membro da Loja Fraternidade de Ponta Negra, REAA, Grande Oriente Independente do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, apresenta questão relativa ao REAA:
carlos.cortez@dnpm.gov.br

Tenho observado que irmãos que não tem memorizado a fala do seu posto, fica à Ordem com o ritual na mão, o mesmo digo do Venerável com o malhete e do Mestre de Cerimonia com o bastão. Estes devem ou não fazer o Sinal de Ordem, mesmo com a outra mão ocupada?

CONSIDERAÇÕES:

O Sinal do Grau se faz estando à Ordem. Estar à Ordem é estar com o corpo ereto e os pés em esquadria. Dessa posição se compõe o Sinal de acordo com o Grau de trabalho da Loja. Ao desfazê-lo aplica-se o Sinal Penal. O Sinal é feito sempre com a mão, ou mãos conforme o Grau.

Obreiro que estiver segurando um objeto de trabalho não faz com ele o Sinal. Parado empunha o instrumento na forma de costume e mantém o corpo ereto com os pés em esquadria. Um Venerável ou um Vigilante deve deixar o malhete e compor o Sinal com a mão, ou mãos, se for o caso. 

A composição do Sinal deve ser completa. No caso do Sin∴ Cord∴ (Segundo Grau) é equivocado o ato de se empunhar, ou segurar um objeto com a mão direita e com a outra fazer “meio sinal”. Se o Obreiro necessitar de ler um texto, que assim o faça segurando-o com as duas mãos para evitar complicações na execução do Sinal do Grau e o seu posterior complemento pelo Sinal Penal.

Lendo um texto em pé e em Loja aberta (mãos ocupadas) o Obreiro manterá a postura do corpo ereto e os pés em esquadria (à Ordem).

Existe ainda a regra de que ninguém faz Sinal portando (segurando) um objeto de trabalho. Isso significa que não se faz com o objeto o Sinal. Assim essa regra se aplica também àqueles que porventura estejam lendo um texto ou o ritual. Para que se evitem especulações, seguram-se os mesmos com as duas mãos.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
JB News – Informativo nr. 1.220 Rio Branco (AC), sábado, 4 de janeiro de 2014.

CURIOSIDADES


A Maçonaria floreceu em Israel, onde há mais de 50 Lojas Maçônicas. Membros judeus, cristãos, muçulmanos e drusos (grupo etnorreligioso) trabalham em conjunto, e a Tanakh judaica (as Escrituras Hebraicas), a Bíblia King James e o Alcorão muçulmano são comumente abertos lado a lado nos altares.

O selo oficial da Grande Loja de Israel (imagem em destaque) inclui uma Estrela de Davi, uma cruz cristã e um crescente muçulmano, todos sobrepostos ao esquadro e ao compasso maçônico.

Apesar de décadas de violência no Oriente Médio centradas em torno da criação do Estado de Israel em 1948, será difícil encontrar uma imagem melhor de verdadeiro amor fraternal.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

O MAÇOM MOURO

Os maçons do século XVIII orgulhavam-se de seu igualitarismo, e demonstravam no às vezes iniciando pessoas cuja companhia, em outras circunstâncias, teriam evitado.

Um célebre exemplo do espírito aberto dos maçons envolveu um ex-escravo, Angelo Soliman. Nascido na África do Norte no início do século XVIII (1721), Soliman foi vendido como escravo quando criança. Educado na Europa por uma série de donos abastados, acabou tutor em uma casa aristocrata de Viena e tornou- se uma figura popular na corte. Foi alforriado e casou com uma baronesa viúva (06/02/1768 Magdalena).

Em 1781, foi iniciado na Loja Maçônica Harmonia Verdadeira, que abrigava vários membros da elite social vienense.

Soliman tornou-se Venerável de sua Loja e ajudou a mudar seu ritual para incluir a leitura de textos acadêmicos e científicos sérios – prática depois adotada por lojas de toda a Europa, reforçando a fama de rigor intelectual da maçonaria. Ao mesmo tempo, a afiliação de Soliman à ordem tornou-se um exemplo do pensamento progressista dos maçons.

Mas finalmente o ex-escravo teve uma sina peculiar. Ao morrer, em 1796, teve seu corpo requisitado pelo Sacro Imperador Romano, Francisco II (Franz), que mandou empalha-lo. (O imperador tinha o hábito bizarro de colecionar corpos humanos empalhados.) O soberano exibiu a pavorosa peça de taxidermia em seu museu particular, apesar dos apelos da filha de Soliman (Josephine) e dos protestos indignados de seus irmãos maçons. A relíquia macabra ficou na coleção imperial até que, durante a revolução de 1848, uma bomba jogada na biblioteca do palácio destruiu os restos de Angelo Soliman com uma explosão de chamas misericordiosas.

Para conhecer um pouco mais sobre a vida de Angelo Soliman, viste os site: http://www.sadocc.at/angelo-soliman.html http://www.aeiou.at/aeiou.encyclop.s/s639580.htm

Fonte: Livro Mistérios do Desconhecido, Editores de Time-Life Livros e publicado no Brasil pela Abril Livros.

Do site da Loja Luz no Horizonte:

Fonte: JBNews - Informativo nº 266 - 21.05.2011

domingo, 30 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

ARQUÉTIPO

Do grego: "forma primordial", isto é, um modelo vindo do princípio criado; o arquétipo do homem é considerado Adão Kadmon. Jesus é o arquétipo do comportamento humano, simboliza o princípio que se deve observar, porque é perfeito; a Loja maçônica é o arquétipo do Templo de Salomão; o maçom o arquétipo do Iniciado.

Em momento algum o maçom deve esquecer que, em certa época, passou por uma Iniciação. Fincado entre milhões de homens, foi selecionado, admitido e feito maçom.

Esse aspecto permanente o distingue dos "profanos", ou seja, dos que não foram iniciados. Trata-se de uma distinção ímpar que valoriza o homem.

Ser maçom é um orgulho, uma seleção, um princípio esotérico, uma expressão sui generis dentro do concreto das nações.

Esse amor-próprio é um fator de disciplina, pois induz o homem ao bom comportamento e ao excelente viver selecionado.

Nos momentos de incerteza, o maçom deve tratar de valorizar-se, porque na realidade, sem dúvida, é alguém "diferente"; o arquétipo da Natureza.

Essa condição deve ser continuamente propalada entre os Irmãos, que assim reagirão às incertezas e ao infortúnio.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 53.

LUZES LITÚRGICAS NOS GRAUS SIMBÓLICOS - REAA

(republicação)
Em 04/07/2018 o Respeitável Irmão Hélio Brandão Senra, Loja União, Força e Liberdade, GLMG, REAA, Oriente de Além Paraíba, Estado de Minas Gerais, solicita esclarecimentos para a seguinte questão:

LUZES LITÚRGICAS

Poderoso Irmão: li seu artigo sobre luzes litúrgicas e tenho noção sobre o uso de velas ou eletricidade. Sabemos que sobre os altares do Venerável Mestre e dos Vigilantes há, além dos malhetes e colunetas, um candelabro de 3 luzes. A minha dúvida é quantas luzes são acesas no grau de Aprendiz, quantas no grau de Companheiro e quantas no grau de Mestre Maçom.

Um tríplice e fraternal abraço.

CONSIDERAÇÕES:

No caso do REAA, em consonância com a sua doutrina iniciática, essas Luzes são acesas conforme o grau simbólico de trabalho da Loja. 

Dispostas em três candelabros de três braços que suportam três luzes, elas totalizam nove luzes que vão distribuídas sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre (um candelabro com três luzes) e mesas ocupadas pelos Vigilantes (cada mesa com um candelabro de três luzes respectivamente). 

Essas Luzes podem ser velas ou pequenas lâmpadas elétricas adaptadas. Para se acender e apagar essas Luzes não há nenhuma ritualística especial, sobretudo em se tratando do REAA∴. Na oportunidade elas são acesas e apagadas normalmente, obedecendo apenas à hierarquia dos titulares – na ordem crescente para a abertura e decrescente no encerramento.

Vale a pena comentar que no Brasil, infelizmente muitos rituais enxertados prevêem práticas contraditórias para essa ocasião, portanto entenda-se que os meus comentários aqui se prendem à originalidade do REAA∴ e não o que diz esse ou aquele ritual. Nesse sentido, então que cada um siga o seu ritual. Aliás, a questão aqui não é a de discutir: “na minha Obediência é assim”.

Retomando, figuradamente cada candelabro que acomoda as Luzes Litúrgicas representa uma das Luzes da Loja, também conhecidas como as Luzes Menores (Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes). Destaque-se que as Luzes Maiores compreendem o conjunto composto pelo Livro da Lei, Esquadro e Compasso. É bom que se diga que é elementar que o maçom saiba distinguir, Luzes Litúrgicas, Luzes Maiores ou Luzes Emblemáticas e Luzes Menores.
De modo iniciático (esotérico) as Luzes Litúrgicas simbolizam o esclarecimento do obreiro, ou o seu aperfeiçoamento na senda iniciática. 

Assim, das nove Luzes somadas e dispostas em grupos de três em três nos candelabros, as mesmas vão acesas individualmente e em número de acordo com o grau de trabalho da Loja – Aprendiz, Companheiro e Mestre.

Quanto a sua questão, a quantidade de Luzes acesas será sempre de acordo com o grau de abertura da Loja, enquanto que como elas acesas, vão dispostas nos candelabros, por óbvio basta que se consulte o respectivo ritual. Se me permite, penso ser inadmissível que um Irmão, conforme o grau que esteja colado, não saiba quantas Luzes Litúrgicas são acesas e como elas vão distribuídas nos trabalhos da Loja.

Concluindo, lembro que essas Luzes Litúrgicas são acesas no REAA∴ em número igual àquele correspondente à bateria simbólica do grau - ou a do Aprendiz, ou a do Companheiro, ou a do Mestre.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

A HISTÓRIA DO BODE NA MAÇONARIA

(Desconheço o autor)

E não me chamem de bode, pois eu prezo por um bom banho

Dentro da Maçonaria, muitos desconhecem o nosso apelido de bode.

Muitos dos maçons desconhecem totalmente sobre “O Bode”, pelo contrário, quando ingressam na Maçonaria, descobre que não há bode nenhum. Daí, muitos não se interessam em saber a origem dessa crendice.

Então de onde vem está história de bode?
Os maçons por brincadeira alimentam essa fantasia, ou por diversão, ou para manter longes pessoas indesejadas e muitas vezes até mesmo para testar se o candidato a Maçonaria se deixa levar por essas brincadeiras.

Também é comum, entre os próprios maçons, se referem a outros maçons como bode. Exemplo:

– “Essa festa está cheirando a bode!” – quer dizer – “Essa festa está cheia de maçons”
– “Fui ao hospital, e o médico era bode.” – quer dizer – “Fui ao hospital, e o médico era maçon.”

Outra brincadeira comum é uma expressão dita ao candidato que está prestes a ingressar na ordem.

-”Estás preparado para sentar no bode?”

Realmente, parece assustador de primeira mão. Mas essa expressão é usada para testar se o candidato se deixa levar pelas crendices.

Na verdade quer dizer:
“Estas preparado para ingressar na Maçonaria?”

Assim como em palavras o bode virou mania entre os maçons. Adesivos de carro, chaveiros, camisas, bonés, bonecos e até estatuetas são vistas entre o meio maçônico. Hoje, o bode, virou uma brincadeira.

Sendo que, o povo ainda acredita nessa tolice. Então se não fores maçom pensa bem no que acabara de ler, e não deixe que fundamentalistas fanáticos induzam a sua visão contra a Maçonaria.

Então de onde vem está história de bode?

Alguns dizem que os maçons são também conhecido como bode devido aos ternos que os mesmo usam e como a tempos atrás não existia o “ar condicionado” eles voltavam para sua casas com um cheiro ruim devido ao suor que acumulavam em sua vestes, logo amigos e familiares, brincando diziam:

“Que cheiro de bode que você está hein !!!”

Outros ja dizem que o termo “Bode” se deu devido a visitas de irmãos ingleses as Lojas no Brasil e por se dirigirem a os irmãos como “Broher” o brasileiro acabou “Aportuguesando” a palavra surgindo então o famoso “Bode”.

Porem a história mais aceita foi descrita pelo nosso mais célebre e saudoso escritor Maçônico Brasileiro Ir∴ José Castellani (In Memoriam) que escreveu:

A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monólogo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação àquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado, de que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo contar a alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas; ficaria mais aliviado junto à sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.

Mas por que bode? – Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente. Como o bode não fala o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor – nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja; o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio. O povo passou a contar as suas faltas.

Voltemos a 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumário, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governou a Igreja.

A Maçonaria, que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país.
Neste período, vários maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições.

Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior:

– “Senhor este pessoal (Maçons) parece “BODE”, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”.

Assim, a partir desta frase, todos os maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” – aquele que não fala, o que sabe guardar..

Fonte: Facebook_Maçonaria

sábado, 29 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

ENTRADA NO ALTAR

(republicação)
O Respeitável Irmão Edson Durães, Loja Estrela Mística, 3.929, GOB-SC, REAA, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina. 
edsonduraes01@gmail.com

Participei neste final de semana de uma Sessão Comentada de Ritualista do GOB-SC (REAA) e persiste em mim uma dúvida que gostaria de ter vossa opinião: Quanto à entrada Ritualística foi nos passada a seguinte instrução: 

1) A cadeira à direita do Venerável Mestre será ocupada somente pelo Soberano Grão-Mestre. Caso ele não estiver presente, esta cadeira deve ficar vazia (na maioria das Sessões em Lojas por todo o país, isto vai acontecer, por motivos óbvios).

2) Foi também nos passado a hierarquia das autoridades presentes e o local de assento designado para cada um e seus substitutos e representantes no Oriente, inclusive no Altar ao lado do Venerável Mestre. Vou simplificar a questão para expor minha dúvida:

Está entrando com formalidade o Grão-Mestre Geral que foi recebido de acordo com o protocolo e está adentrando no Oriente:

- A entrada no Oriente, de ambos, é sempre pelo Norte?

- Uma vez no Oriente, onde "não há circulação", o Grão-Mestre entra também no Altar para ocupar seu lugar também pelo Norte. Está incorreto se neste momento, já no Oriente, o Venerável Mestre passar em frente ao Altar e entrar para o trono pelo Sul, ou obrigatoriamente ambos entram também pelo Norte? Se pelo Norte, por uma questão de praticidade o Grão-Mestre deve esperar nos degraus o Venerável Mestre passar ou o Venerável Mestre passa na sua frente?

CONSIDERAÇÕES:

Obviamente não se trata de circulação no Oriente, pois esta não existe no quadrante. A questão é apenas de organizar os procedimentos no intuito de padronizar estes.

- Ingressando os dois Grão-Mestres a ordem de ingresso pelo norte do Altar é a seguinte: sobe os três degraus primeiro o Grão-Mestre Estadual para tomar assento à esquerda do Venerável. Em seguida o Venerável e posteriormente o Grão-Mestre Geral que ocupará a cadeira da direita.

- Ingressando apenas o Grão-Mestre Estadual: sobe primeiro o Grão-Mestre Estadual e ocupa o lugar à esquerda do Venerável. Ato seguido o Venerável.

- Ingressando apenas o Grão-Mestre Geral: sobe o Venerável e em seguida o Soberano para ocupar a cadeira de honra da direita a ele destinada.

A questão aqui não é a de esperar, senão apenas padronizar o ato, já que está previsto que um Grão -Mestre recebe o malhete do Venerável conforme o protocolo e, chegando ao Altar o devolve-o para a condução dos trabalhos.

Enfim: entra-se pelo norte do Altar porque o acesso está mais próximo da entrada do Oriente. Dele se sai pelo sul devido estar mais próximo da saída do Oriente.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.218 Rio Branco (AC), quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

MAÇONS FAMOSOS


JOHANN GOTTFRIED VON HERDER (Mohrungen, Prússia Oriental, 1744 – Weimar, 1803). Filósofo e escritor alemão. Estudou Teologia, Filosofia e Medicina em Königsberg, onde seguiu as aulas de Immanuel Kant e se tornou amigo de Hamann. Nomeado pastor, ensinou em Riga e se destacou por seu pensamento influenciado pela Linguística, Poesia e Mitologia. Herder defendeu a criatividade de uma literatura nacional autêntica e atacou a estética clássica. Suas ideias exerceram grande influência no romantismo alemão. Considerava a história regida por um princípio imanente de bondade inteligente e estudou diversos povos em suas obras.

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 1775.

Loja: Zum Schwert, Riga, Letônia

Idade que foi iniciado: 32 anos.

Faleceu aos 59 anos de idade, vítima de uma complicação pulmonar.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

AS OLD CHARGES

I. O que são as Old Charges

Acabo de ler um artigo em um dos mais obscuros periódicos maçônicos onde um irmão desconhecido se sai com esta observação muito familiar:

“Quanto a mim, não estou interessado nos documentos antigos mofados do passado. Quero saber o que está acontecendo hoje.” 

O contexto deixa claro que ele tinha em mente as Antigas Obrigações. Uma resposta suficiente a este ignorante é que as Antigas Obrigações estão entre as coisas que estão “acontecendo hoje.” Elimine-­as da Maçonaria, como ela funciona hoje e nenhuma loja subordinada, ou Grande Loja, ou qualquer outro corpo maçônico regular poderia absolutamente operar; elas são o que a Constituição deste país é para o Governo dos Estados Unidos, e que seus estatutos são para cada estado da União. Todas as nossas constituições, estatutos, leis, normas, leis e regulamentos, de uma forma ou de outra se referem às Antigas Obrigações, e sem elas a jurisprudência maçônica, ou os métodos de governo e regulação dos assuntos jurídicos da Maçonaria, estariam pendurado, suspensos no ar. Na medida em que líderes maçônicos, Grãos-Mestres, Veneráveis e Comissões de Jurisprudência ignoram ou esquecem, ou não compreendem estes estatutos maçônicos, eles cometem loucuras, e levam a Maçonaria a todos os tipos de empreendimentos selvagens e não maçônicos. Se algum mago pudesse conceber um método pelo qual uma concepção clara das Antigas Obrigações e o que elas representam pudesse ser instalada na cabeça de cada maçom ativo na terra, ele salvaria todos nós de momentos de constrangimento e livraria as Grandes Lojas e outros organismos dos Altos corpos das despesas desnecessárias de centenas de milhares de dólares a cada ano. Se existe uma necessidade prática, uma necessidade básica na Maçonaria hoje, é uma compreensão geral lúcida das Antigas Constituições landmarks de nossa Ordem.

Entende-­se por Antigas Obrigações (Old Charges) os documentos antigos que chegaram até nós a partir do século XIV e, posteriormente, nos quais são incorporadas à história tradicional, as lendas e as regras e regulamentos da Maçonaria. Eles são chamados de diversas formas “Antigos Manuscritos”, “Antigas Constituições”, “Lendas da Ordem”, “Manuscritos Góticos”, “Antigos Registros”, etc., etc. Na composição física destes documentos são encontrados, às vezes, em forma de papel manuscrito ou rolos de pergaminho, cujas unidades são costuradas ou coladas, folhas escritas costuradas em forma de livro, e na forma impressa familiar de um livro moderno. Às vezes, elas se encontram incorporadas ao livro de atas de uma loja. Eles variam em data estimada, de 1390 até o primeiro quarto do século XVIII, e alguns deles são exemplares em bonita escrita gótica. O maior número deles está sob a guarda do Museu Britânico; a biblioteca maçônica de West Yorkshire, Inglaterra, tem em custódia o segundo maior número.

Como já foi dito, essas Antigas Obrigações (Old Charges – como é o nome mais familiar) formam a base das constituições maçônicas modernas e, portanto, da jurisprudência. Elas estabelecem a continuidade da instituição maçônica por um período de mais de cinco séculos e, ao mesmo tempo, em sinal de sua importância, prova a grande antiguidade da Maçonaria por documentos escritos, que é uma coisa que nenhuma outra ordem existente atualmente pode fazer. Esses manuscritos são tradicionais e lendários na sua essência e, portanto, não devem ser lidos como são as histórias, no entanto, um estudo cuidadoso e crítico deles baseado em provas internas, lança mais luz sobre os primeiros tempos da Maçonaria do que qualquer outra fonte.

Acredita-se que as Antigas Obrigações eram utilizadas na iniciação de um maçom nos tempos operativos; que elas serviram como constituições de lojas em muitos casos, e às vezes funcionavam como o que hoje chamamos de carta constitutiva.

O estudo sistemático desses manuscritos começou em meados do século passado, altura em que a existência de apenas alguns entre eles era conhecida. Em 1872, William James Hughan listava 32. Em grande parte devido aos seus esforços, muitos outros foram descobertos, de modo que, em 1889, Gould pode listar 62, e o próprio Hughan em 1895, tabulou 66 cópias manuscritas, 9 versões impressas e 11 versões perdidas. Esse número foi tanto cresceu nos últimos anos que em “Ars Quatuor Coronatorum”, Volume XXXI, página 40 (1918), o irmão Roderick H. Baxter, hoje Venerável Mestre da Loja Quatuor Coronati, listava 98, número que incluía tanto as versões dadas como perdidas. A lista do Irmão Baxter é peculiarmente valiosa na medida em que ela oferece dados a respeito de quando e onde esses manuscritos foram reproduzidos.

Por uma questão de ser mais capaz de comparar uma cópia à outra, o Dr. W. Begemann classificava todas as versões em quatro “famílias” gerais: A Família Grande Loja, a Família Sloane, a Família Roberts, e a Família Spencer. Estes grupos de famílias, ele subdividia em ramos, e acreditava que a Família Spencer era um desdobramento da Família Grande Loja e a Família Roberts um ramo da Família Sloane. Desta forma geral de agrupamento, o médico erudito foi seguido por Hughan, Gould e seus colegas, e sua classificação ainda se mantém em geral; tentativas têm sido feitas nos últimos anos para alterá-la, mas sem muito sucesso. Um dos melhores gráficos, com base em Begemann, é aquele feito pelo irmão Lionel Vibert, uma cópia do qual será publicada numa edição futura do The Builder.

A primeira referência impressa conhecida dessas Antigas Obrigações foi feita pelo Dr. Robert Plot, em sua História Natural de Staffordshire publicada em 1868. O Dr. A.F.A. Woodford e William James Hughan foram os primeiros a realizar um estudo científico. As Antigas Obrigações de Hughan é até hoje o trabalho padrão em inglês. O capítulo de Gould em sua História da Maçonariaprovavelmente seria classificado em segundo lugar em valor, enquanto que os volumosos escritos do Dr. Begemann, com que ele contribuiu para o Zirkelcorrespondez, órgão oficial da Grande Loja Nacional da Alemanha, se eles tivessem sido traduzidos para inglês, nos dariam o tratamento mais exaustivo do assunto jamais escrito.

As Antigas Obrigações são peculiarmente inglesas. Nenhum desses documentos jamais foi encontrado na Irlanda. Sabe-se que os manuscritos escoceses têm origem inglesa. Findel e outros escritores alemães sustentaram certa vez que a versão em inglês, em última análise, derivava-se de fontes alemãs, mas isso foi desmentido. O único ponto conhecido de semelhança entre as Antigas Obrigações e tais documentos alemães, como as Portarias Torgau e as Constituições de Colônia é a Lenda dos Quatro Mártires Coroados, e essa lenda é encontrada entre as versões em inglês apenas no Manuscrito Regius. Como bem diz Gould, o MSS britânico “não têm antecessores, nem rivais”; eles são as coisas mais ricas e raras em todo o campo de escritos maçônicos.

Quando as Antigas Obrigações são colocadas lado a lado, vê-­se imediatamente que na sua narração da história tradicional da Ordem, elas variam em grande número de detalhes, no entanto, elas parecem ter derivado de alguma origem comum, e em geral elas contam a mesma história, que é tão interessante como a história de fadas dos irmãos Grimm. Será que o original da narração tradicional veio de algum indivíduo ou nasceu de uma tradição flutuante, como os contos folclóricos dos povos antigos? As autoridades divergem muito neste ponto. Begemann não só declarou que a primeira versão da história origina­-se de um indivíduo, mas até mesmo definiu o que ele considera serem as fontes literárias utilizadas por esse Grande Desconhecido. Os argumentos do doutor são poderosos. Por outro lado, outros afirmam que a história começou como uma vaga tradição oral geral, e que com o passar do tempo foi reduzida a texto escrito. Em todo caso, por que a história foi escrita? Com toda certeza, uma resposta a essa pergunta nunca será direta, mas W. Harry Rylands e outros eram de opinião que as primeiras versões escritas foram feitas em resposta a um Writ for Return emitido em 1388. As palavras de Rylands podem ser citadas:

“Parece-me não de todo improvável que muito, se não tudo da lendária história foi composto em resposta à Writ for Return emitida para as corporações em todo o país, no ano duodécimo de Ricardo II, 1388 d.C.” (A.Q.C. XVL página 1).

II. Os dois manuscritos mais antigos

Em 1757, o Rei George II apresentou ao Museu Britânico, uma coleção de cerca de 12.000 volumes, o núcleo da qual tinha sido organizado pelo rei Henrique VII e que veio a ser conhecida como a Biblioteca Real. Entre esses livros estava um manuscrito raramente belo escrito à mão em 64 páginas de pergaminho, com cerca de quatro por cinco polegadas, que um catalogador, David Casley, registrou como n º 17 A­1, sob o título: “Um poema de Deveres Morais: aqui intitulado Constitutiones Artis Geometrie Secundem”.

Somente após o Sr. J.O. Halliwell, F.R.S. (depois Halliwell-­Phillipps), um não maçom, “descobri-lo”, é que o manuscrito passou a ser conhecido como um documento maçônico. O Sr. Phillipps leu um artigo sobre o manuscrito diante da Sociedade de Antiquários, em 1839, e no ano seguinte publicou um volume intitulado História Antiga da Maçonaria na Inglaterra (ampliada e revisada em 1844), em que ele incorporava uma transcrição do documento, juntamente com algumas páginas em fac-símile.

Este importante trabalho pode ser encontrado incorporado à conhecida Biblioteca Maçônica Universal, nas rústicas encadernações em pele de carneiro enferrujadas que chamam a atenção em quase todas as prateleiras de livros maçônicos. Este manuscrito ficou conhecido como “O Halliwell”, ou como “Halliwell-Phillipps” até cerca de cinquenta anos atrás, até que Gould o rebatizasse, em honra à Biblioteca Real, em que se encontra, como “Regius”, e desde então este tem sido o apelido mais familiar.

Poema Regius

David Casley, um estudioso especializado em velhos manuscritos, datou o “Regius” como originário do século XIV. E.A. Bond, outro perito, o datou como de meados do século XV. O Dr. Kloss, especialista alemão, colocou-­o entre 1427 e 1445. Mas, a maioria concordou com 1390 como a data mais provável. “É impossível chegar a uma certeza absoluta quanto a este ponto”, diz Hughan, cujas Antigas Obrigações deveriam ser consultadas, exceto que ele provavelmente não é mais velho do que 1390, mas pode ser de uns vinte anos ou mais tarde. O Dr. W. Begemann realizou um estudo do documento que nunca foi igualado quanto ao rigor, e chegou a uma conclusão que pode ser expressa em suas próprias palavras: ele foi escrito “por volta do final do século XIV, ou pelo menos no início do século XV (não em Gloucester em si, por ser muito ao sul) no norte de Gloucestershire, ou vizinhos ao norte de Herefordshire, ou possivelmente até mesmo ao sul de Worcestershire”. (A.Q.C. VII, página 35).

Em 1889, um fac-símile exato deste famoso manuscrito foi publicado no Volume I do Antigrapha produzido pela Loja de Pesquisa Quatuor Coronati, e foi editado pelo então secretário daquela loja, George William Speth, ele próprio uma autoridade brilhante, que forneceu um glossário indispensável para o estudante amador. Com ele foi publicado um comentário de R.F. Gould, um dos mais importantes entre todos os seus trabalhos maçônicos, embora seja irritante por suas divagações e falta geral de conclusividade.

O Manuscrito Regius é a única entre todas as versões a ser escrita em métrica, e pode ter sido composto por um padre, a julgar por algumas evidências internas, embora a questão seja controversa. Há cerca de 800 linhas do poema, a parte estritamente maçônica chegando ao final na linha 576, depois da qual começa o que Hughan chama de um “sermão” sobre deveres morais, no qual existe uma grande veia católica romana, com referências aos “sete pecados”, “a doce senhora” (referindo-se à Virgem) e à água benta. Não há tal Mariolatria específica em qualquer outra versão das Antigas Obrigações, embora a grande maioria delas expresse lealdade à “Santa Igreja” e todos eles, até mesmo a versão familiar de Anderson, sejam especificamente cristãos, até onde a religião esteja em causa.

O autor fornece uma lista de quinze “pontos” e quinze “artigos”, que são instruções bastante específicas sobre o comportamento de um artesão: esta parte é considerada por muitos como tendo sido as obrigações de um iniciado, utilizada no tempo do autor e, por isso, considerada a característica mais importante do livro como nos fornecendo um retrato da regulamentação da Ordem nessa época remota. A Ordem é descrita como tendo surgido como uma fraternidade organizada na “época do Rei Adelstoune”, mas nisso o autor se contradiz, pois ele se refere às coisas “escritas em livros antigos” (modernizei a ortografia das citações) e tem por certo a antiguidade da Maçonaria, que, como em todas as Antigas Obrigações, é sinônimo de Geometria, naqueles dias uma coisa muito diferente da ciência abstrata sobre a qual trabalhamos em nossos dias de escola.

O Poema Regius é, evidentemente, um livro sobre a Maçonaria, ao invés de um documento da Maçonaria, e pode muito bem ter sido escrito por um não maçom, embora não exista uma maneira em que possamos verificar essas teorias, especialmente vendo que nada sabemos sobre o documento, exceto que ele tem a nos dizer sobre si mesmo, que é muito pouco.

Em seu comentário sobre o Manuscrito Regius, R.F. Gould produziu um parágrafo que desde então tem servido como o pivô de um grande debate. Ele diz o seguinte e se refere ao “sermão”, a parte que trata de “deveres morais”:

Essas regras de decoro são lidas de maneira muito curiosa na época atual, mas a sua inaplicabilidade ao caso dos Maçons trabalhadores do século XIV ou XV é imediatamente evidente. Eles se destinavam aos senhores daquela época, e as instruções de comportamento na presença de um senhor – à mesa e em companhia de senhoras – que estava igualmente fora de lugar em um código de boas maneiras elaboradas para o uso de uma Guilda ou Ordem de Artesãos”.

O ponto principal disso é que deve ter existido entre os artesãos da época certo número de homens que não estavam envolvidos com o trabalho e, portanto, eram, como agora os descreveríamos, “especulativos”. Isso seria de imensa importância, se Gould tivesse defendido seu argumento, o que ele não foi capaz de fazê-­lo. As maiores mentes do período em questão dedicavam-se à arquitetura, e não há nenhuma razão para não se acreditar que entre os artesãos existissem membros de boas famílias. Além disso, a Ordem estava em contato com o clero todo o tempo e, portanto, muitos de seus membros podem muito bem ter precisado de regras para a preservação do decoro em grandes casas e entre os membros das classes superiores. Desde Woodford até o presente momento, a grande maioria dos estudiosos maçons acreditou que as Antigas Obrigações foram utilizadas por uma ordem estritamente operativa, e é evidente que eles vão continuar a fazê-lo até que evidências mais conclusivas em contrário sejam mais diretas do que supunha Gould.

Depois do Regius, o manuscrito mais antigo é aquele conhecido como Cooke.

Ele foi publicado por R. Spencer, em Londres, em 1861 e foi editado por Mr. Matthew Cooke, daí o seu nome. No catálogo do Museu Britânico ele é listado como “Manuscrito adicional 23,198”, e foi datado por Hughan em 1450 ou por aí, uma estimativa com a qual a maioria dos especialistas concordou. O Dr. Begemann acreditava que o documento tivesse sido “compilado e escrito na parte sudeste da região das Midlands Ocidentais, por exemplo, em Gloucestershire e Oxfordshire, possivelmente, também no sudeste de Worcestershire e Warwickshire. O ‘Livro de Obrigações’, que constitui a segunda parte do documento é, certamente, do século XIV; a parte histórica, ou primeira parte, muito provavelmente do início do século XV.” (A.Q.C. IX, página 18).

O Manuscrito Cooke esteve certamente nas mãos do Sr. George Payne, quando de seu segundo mandato como Grão-­Mestre, em 1720, ele compilou os “Regulamentos Gerais”, os quais Anderson incluiu em sua própria versão das “Constituições” publicada em 1723. O próprio Anderson, evidentemente, utilizou as linhas 901­960 do Manuscrito.

A Loja Quatuor Coronati republicou o Cooke em fac-símile no vol. II da sua Antigraphaem 1890, e incluiu um ali um comentário de George William Speth que é, em minha humilde opinião, uma peça ainda mais brilhante que o Comentário de Gould sobre o Regius. Algumas das conclusões de Speth são de valor permanente.

O Manuscrito é uma transcrição de um documento ainda mais antigo e foi escrito por um maçom. Havia diversas versões das Obrigações de um maçom em circulação na época. O Manuscrito está em duas partes; a primeira delas é uma tentativa de se fazer história da Arte, a último é uma versão das Obrigações. Desta parte, Speth escreve que é “de longe a versão mais antiga e mais pura das ‘Antigas Obrigações’ que possuímos.” O Manuscrito menciona nove “artigos”, e estes, evidentemente, eram obrigação legal na época, e nove pontos não eram provavelmente juridicamente vinculantes, mas o eram moralmente. Congregações de maçons foram realizadas aqui e ali, mas nenhuma “Assembleia Geral” (ou “Grande Loja”); Grão-Mestres existiam de fato, mas não com esse nome e somente presidiam uma reunião de uma congregação. “Muitos de nossos costumes atuais podem ser rastreados em sua forma original até este artigo.”

III. As Constituições de Anderson e outras versões impressas

Uma das mais importantes de todas as versões das Antigas Obrigações não é, absolutamente, um original antigo, mas uma edição impressa emitida em 1722, e conhecida como Roberts, embora se acredite ser uma cópia de um documento antigo. Sobre ela, escreve WJ Hughan:

“A única cópia conhecida foi comprado por mim na venda de obras maçônicas pelo Irmão Spencer, etc. (Londres, 1875), por £8 10s, em nome do falecido irmão R.F. Bower, e está agora na magnífica biblioteca da Grande Loja de Iowa, nos EUA.” 

Este pequeno volume é, sem dúvida, a mais valiosa propriedade literária maçônica na América, e foi publicada como fac-símile exato pela Sociedade Maçônica Nacional de Pesquisa, com uma introdução eloquente pelo Dr. Joseph Fort Newton, em 1916. O reverendo Edmund Coxe editou uma famosa reimpressão em 1871. Ela é uma versão que merece estudo mais cuidadoso por parte do estudante maçom, porque ela teve uma influência decisiva sobre a literatura e a jurisprudência da Ordem, após a sua aparição inicial. Ela apareceu em um dos períodos mais interessantes e importantes da Maçonaria especulativa moderna, ou seja, nos anos entre a organização da primeira Grande Loja em 1717 e o surgimento da Constituição de Anderson em 1723. É a primeira versão impressa das Antigas Obrigações a existir.

Outra versão impressa conhecida é a que foi publicada em 1724 e conhecida como Briscoe.

Esta foi a segunda publicação do gênero. A terceira versão impressa foi publicada em 1728-9 por Benjamin Cole, e conhecida como a Edição Cole. Esta versão é considerada uma joia literária em que o corpo principal do texto é todo gravado no mais belo estilo. Uma edição especial deste livro foi feita em Leeds, em 1897, cujo valor foi realçado por uma das famosas apresentações de W.J. Hughan. Para nossos propósitos modernos e práticos, a mais importante de todas as versões jamais feitas foi aquela compilada pelo Dr. James Anderson em 1723 e conhecida em todos os lugares familiarmente como “Constituição de Anderson.” A segunda edição apareceu, muito alterada e ampliada em 1738; uma terceira por John Entick em 1756, e assim por diante algumas vezes; até 1888, vinte e duas edições tinham sido publicadas. O Reverendo A.F.A. Woodford, colaborador de Hughan editou uma edição de O Livro Constituição de 1723 como Volume I da Biblioteca Arqueológica Maçônica de Kenning, com data de 1878. Esta é uma reprodução correta e detalhada do livro exatamente como Anderson a publicou pela primeira vez, e é importante nesse sentido.

A Página-título de Anderson é uma leitura interessante:

“A CONSTITUIÇÃO, História, Leis, Obrigações, Ordens, Regulamentos e Usos da Venerável e Direita FRATERNIDADE de MAÇONS LIVRES E ACEITOS; coletados a partir de seus REGISTROS gerais, e as suas fiéis TRADIÇÕES de muitas Eras. Para ser lida na Admissão de um NOVO IRMÃO, quando o Mestre ou Vigilante iniciará, ou pedirá a algum outro Irmão que leia o seguinte, etc. “

Após a palavra “seguinte” a própria versão de Anderson da história maçônica começa com esta afirmação surpreendente:

“Adão, nosso primeiro Pai, criado à imagem de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, deve ter tido as Ciências Liberais, particularmente a Geometria, inscritas em seu Coração, etc.”.

Assim fez o Dr. Anderson ao lançar sua narrativa agora três vezes familiar da história da Maçonaria, uma narrativa que, salvo nas mãos do mais experiente antiquário maçônico, produz qualquer fato histórico confiável, mas que, devido ao prestígio de seu autor, veio a ser aceita por gerações como uma história de boa-fé da Ordem. Muitos anos ainda passarão até que os maçons em geral aprendam que a “história” do Dr. Anderson pertence ao reino da fantasia em sua maior parte, e nunca foi aceita como qualquer outra coisa por quem tem algum conhecimento.

Os fatos apurados sobre a própria história particular do Dr. Anderson incluem um registro quase tão breve quanto os breves e simples anais dos pobres. O Irmão J.T. Thorp, um dos mais destacados veteranos entre os estudiosos ingleses maçônicos vivos deu-nos um excelente resumo:

“Sobre este distinto Irmão sabemos muito pouco. Acredita-se que ele tenha nascido, educado e iniciado na Escócia, posteriormente estabelecendo-se em Londres como ministro presbiteriano. Ele é mencionado pela primeira vez nos Procedimentos da Grande Loja de Inglaterra em 29 de setembro de 1721, quando foi nomeado para revisar as antigas Constituições Góticas – esta revisão foi aprovada pela Grande Loja de Inglaterra em 29 de setembro de 1723, ano em que Anderson era Segundo Grande Vigilante sob o Duque de Wharton – ele publicou uma segunda edição do Livro das Constituições em 1738, e morreu em 1739. Isto é tudo o que se sabe dele”. (A.Q.C. VII, página 9)

Em sua edição de 1738, Anderson tornou tão ilegível a sua narração da fundação da Grande Loja, e contradisse sua própria história anterior de tal forma, que R.F. Gould estava inclinado a crer que ele tinha se tornado descontente e cheio de melancolia, ou então suas faculdades mentais estavam deterioradas. Seja o que for, as páginas históricas Anderson devem ser lidas com extrema cautela. Sua própria Constituição, ou a parte que trata dos princípios e regulamentos da Ordem é, certamente, uma compilação feita de extratos de outras versões das Antigas Obrigações bastante misturadas com suas próprias ideias sobre as premissas, e de tal forma em desacordo com os costumes anteriores, que sua adoção oficial teria causado muita discórdia entre as lojas, e pode ter tido algo a ver com a ruptura que, finalmente, levou à formação da Grande Loja dos “Antigos” de 1751 ou por volta desta época.

O “Anderson” deste último corpo, que com o tempo tornou-se poderoso, foi Laurence Dermott, um irlandês genial, que, como Grande Secretário era o líder das “Antigas” forças por muitos anos, e que escreveu para o corpo a sua própria Constituição, chamada Ahiman Rezon, título enigmático que se acreditava por alguns significar “Digno Irmão Secretário”. A primeira edição desta versão importante foi preparada em 1756, uma segunda em 1764, e assim por diante até 1813, quando uma oitava foi publicada. Uma coleção completa de todas as edições está na Biblioteca Maçônica na Filadélfia. Algumas de nossas Grandes Lojas, Pensilvânia entre elas, continuam a chamar seu Livro das Constituições, de Ahiman Rezon.

O próprio Anderson ainda está na prateleira da crítica. Irmãos cultos estão verificando suas afirmações (ver artigo do Irmão Vibert no The Builder de agosto), peneirando suas páginas e não deixando pedra sobre pedra, a fim de avaliar corretamente suas contribuições para a história maçônica. Mas não há tanta discórdia sobre a Constituição. Naquele documento, que não satisfez muitos quando de sua aparição, Anderson, como bem disse o irmão Lionel Vibert, “construiu o melhor que pode”, porque ele produziu um documento que até hoje serve como base de quase todas as Constituições de Grandes Lojas com jurisdição sobre a Maçonaria Simbólica, e de uma vez por todas para toda a Maçonaria Especulativa em uma base separada, e sem caráter sectário, tanto da religião quanto da política. Por todos os seus defeitos como historiador (e estas falhas eram tanto provocadas pela sua idade quanto por suas próprias deficiências), Anderson é uma grande figura em nossos anais, e merece um estudo cuidadoso e reverente na mão de cada estudante.

IV. Conclusão

Ao concluir este esboço muito breve e inconclusivo de um grande assunto, volto à minha primeira afirmação. Em todo o círculo de estudos maçônicos não há, para nós, americanos, de qualquer modo, qualquer assunto de tamanha importância quanto este das Antigas Obrigações, especialmente na medida em que elas têm a ver com nossas Constituições e Regulamentos, e isso realmente vale muito. Muitas falsas concepções da Maçonaria podem ser diretamente relacionadas com uma má interpretação inculta ou intencional das Antigas Obrigações, o que elas são, o que significam para nós, e qual é sua autoridade. Neste país, a jurisprudência é um problema de suprema importância, e de certa forma não muito bem compreendida por nossos irmãos em outras partes, que muitas vezes eu me pergunto por que deveríamos ser tão obcecados com ela. Temos quarenta e nove Grandes Lojas, cada uma das quais é soberana em seu próprio estado, e todas devem manter relações fraternas com dezenas de Grandes Corpos estrangeiros, assim como umas com as outras. Estas Grandes Lojas se reúnem a cada ano para legislar sobre a Ordem e, portanto, na verdadeira natureza das coisas, a organização e governo da Ordem é para nós americanos uma coisa muito mais complicada e importante do que ela pode ser em outros países. Saber o que são as Antigas Obrigações, e entender a lei e a prática constitucional Maçônica é para os nossos líderes e legisladores uma necessidade primordial.

Autor: H.L. Haywood
Tradução: José Filardo

LIVROS CONSULTADOS NA PREPARAÇÃO DESTE ARTIGO

Gould’s History of Freemasonry, Vol. 1, começando na página 56; A.Q.C., I, 127; A.Q.C., I, 147; A.Q.C., I, 152; A.Q.C., IV, 73; A.Q.C., IV, 83; A.Q.C., IV, 171; A.Q.C., V, 37; A.Q.C., IV, 201; A.Q.C, IV, 36,198; A.Q.C., VII, 119; A.Q.C., VIII, 224; Hughan, Old Charges; A.Q.C., IX, 18; A.Q.C., IX, 85; A.Q.C., XI, 205; A.Q.C., XIV, 153; A.Q.C., XVI, 4; A.Q.C., XVIII, 16; A.Q.C., XX, 249; A.Q.C., XXI, 161, 211; A.Q.C., XXVIII, 189; Gould’s Concise History, capítulo V; Gould, Collected Essays, 3; Stillson, History of Freemasonry and Concordant Orders, 157; A.Q.C., XXXIII, 5; The Masonic Review, Vol. XIII, 297; Edward Conder, Records of the Hole Craft and Fellowship of Masons; Vibert, Story of the Craft; Vibert, Freemasonry Before the Era of Grand Lodge; Findel, History of Freemasonry; Hughan, Cole’s Constitutions; Fort, Early History and Antiquities of Freemasonry; Pierson, Traditions, Origin and Early History of Freemasonry; Hughan, Ancient Masonic Rolls: Waite, New Encyclopedia of Freemasonry; Clegg, Mackey’s Revised History; Ward, Freemasonry and the Ancient Gods: A.Q.C., Antigapha, todos os volumes.

REFERÊNCIAS SUPLEMENTARES

Mackey’s Encyclopedia (Revised Edition): Ahiman Rezon, 37; Antients, 55; Ars Quatuor Coronatorum, 80; Arts, 80; Benjamin Cole, 157; Charges of 1722, 143; Congregations, 174; Cooke’s Manuscript, 178; Dr. James Anderson, 57; Dr.Robert Plot, 570; Four Crowned Martyrs, 272; George B.F. Kloss, 383; Gothic Constitutions, 304; Halliwel l Manuscript, 316; John Entick, 246; Laurence Dermott, 206; Legend, 433; Legend of the Craft, 434; Old Charges, 143; Old Manuscripts, 464; Old Records, 612; Old Regulations, 527; Operative Masonry, 532; Parts, 544; Plot Manuscript, 569; Points, 572; Regius Manuscript, 616; Roberts’ Manuscript, 627; Speculative Masonry, 704.

Fonte: https://opontodentrocirculo.com

sexta-feira, 28 de março de 2025

FRASES ILUSTRADAS

O COLAR DO MESTRE INSTALADO

(republicação)
Em 06/07/2018 o Respeitável Irmão Willian Gonçalves de Castro, Loja Célula Mater da Nacionalidade, 2.791, Rito Adonhiramita, sem mencionar a Obediência, Oriente de São Vicente, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:

COLAR DO MESTRE INSTALADO

Estou procurando estudos que esclareça o uso do colar para mestres instalados e estou com dificuldades. O Irmão tem alguma indicação literária ou texto que justifique ou não o uso do colar pelo Mestre Instalado?

COMENTÁRIOS:

Nunca é demais lembrar que Instalação é ato litúrgico original da Maçonaria britânica, ou seja, de trabalhos e rituais oriundos da Maçonaria anglo-saxônica. 

Em se tratando de originalidade, Ritos de vertente francesa não possuem - ou pelo menos não deveriam possuir - essa cerimônia, sobretudo quando copiada da Maçonaria Inglesa. De modo geral, na França, Instalação simplesmente significa posse.

No Brasil o costume generalizado (para todos os ritos) de se instalar nos moldes ingleses adveio desde a cisão que ocorrera em 1927 no Supremo Conselho do GOB e que, por extensão fatalmente atingiu o simbolismo, dando por conta dessa dissidência origem a uma nova Obediência brasileira composta por Grandes Lojas Estaduais.

VENERÁVEL
Sacramentada essa Obediência, Mário Marinho Béhring, o seu criador, buscou para ela reconhecimento na Maçonaria norte-americana, mais especificamente na Grande Loja de Nova York que, de certo modo praticava (e ainda pratica) uma maçonaria com fortes ligações anglo-saxônicas oriundas da Grande Loja dos Antigos de 1751 da Inglaterra. Assim o costume de Instalação à moda inglesa acabou aportando também nas Grandes Lojas Estaduais brasileiras.

Mais tarde, já no ano de 1968, através de Álvaro Palmeira e, posteriormente Moacir Arbex Dinamarco, também o Grande Oriente do Brasil passaria a praticar Instalação à moda das Grandes Lojas brasileiras adotando para tal um único ritual que fora criado e adaptado para todos os ritos da sua constelação. 

EX-VENERÁVEL
Esse ritual, criado para o GOB, é de autoria do Irmão Nicola Aslan, obreiro esse egresso na época das Grandes Lojas brasileiras. Como ritual único, sua liturgia acabou trazendo inúmeras contradições nas práticas ritualísticas, pois é amplamente conhecido que cada Rito possui particularidades inseparáveis da sua doutrina iniciática - esse ritual prevaleceu no GOB até aproximadamente 2009 quando surgiu outro em seu lugar com o objetivo de separar a liturgia da Instalação por rito, mas que, por se conservar num único volume, acabou trazendo ainda mais conflito e dificuldade operacional.

Dito isso, desde 1927 com o aparecimento da Instalação generalizada no Brasil, inúmeras adequações apareceriam para se ajustar aos ritos por aqui praticados. É o caso, por exemplo, das diferenças comuns entre as alfaias maçônicas - aventais, punhos, colares e joias. Provavelmente, é devido a isso que poucas explicações sobre os adereços do Mestre Instalado são encontradas.

Nesse sentido vou deixar aqui alguns aspectos que podem auxiliar nas pesquisas sobre o assunto.

Sobre isso, constata-se que o Venerável Mestre é um Mestre Maçom que foi instalado na cadeira da Loja para exercer, pelo tempo regimental, o veneralato da Loja. Cumprido o seu tempo ele é então o Ex-Venerável Mestre, também por aqui conhecido como um Mestre Instalado. Podendo ser o Mestre Instalado “mais recente” quando se tratar daquele que acabou de deixar o cargo de Venerável. 
EX-VENERÁVEL

Por influência dos costumes britânicos, donde é oriunda a Instalação, algumas Obediências brasileiras tratam o seu Ex-Venerável mais recente por “Past Master” – título não comum à Maçonaria latina.

Na realidade, na Inglaterra o “Past Master” é simplesmente aquele que já exerceu o veneralato, enquanto que o mais recente é conhecido como “Immediate Past Master”. 

No trato de alfaias e adereços, especificamente no que diz respeito à joia distintiva do Venerável Mestre, ela é um Esquadro de ramos desiguais, não importando pertença ela à vertente inglesa ou francesa de Maçonaria. O que pode nesse particular se diferenciar entre as vertentes e os seus respectivos ritos e rituais é apenas o tamanho, e às vezes também a cor da joia, já o seu significado é o mesmo – o Esquadro, dentre outros, é um emblema operativo que se adequa ao significado simbólico daquele que é o dirigente do canteiro de obras. Destaque-se que na vertente inglesa a joia do Venerável Mestre é sempre prateada e um pouco maior do que aquela utilizada pela vertente francesa. Por sua vez, essa joia nos ritos originários da França é de tamanho um pouco menor, podendo ser, conforme o rito, de matiz prateada ou dourada.

Já em se tratando da joia dos Ex-Veneráveis, sejam eles imediatos ou não, existem nelas diferenças conforme as duas vertentes maçônicas. 

Em geral na Inglaterra, o “Past Master” traz consigo a joia distintiva na cor prata composta por um Esquadro que traz presa na sua parte interna (entre os ramos do Esquadro) a representação pictográfica da 47ª Proposição de Euclides, igualmente conhecida por Teorema de Pitágoras. 

Já na vertente francesa, geralmente o Ex-Venerável traz uma joia representada pelo conjunto de um Esquadro e Compasso sobrepostos, tendo ao centro a figura de um Sol, ou às vezes o Olho Onividente. O Compasso é demonstrado nesse conjunto com suas pontas dispostas sobre um arco graduado de 1/8 de círculo, o que lhe dá a abertura de 45º já que o círculo tem 360º. Quanto à cor da joia, conforme o rito ela pode se prateada ou dourada. Quanto ao significado simbólico, igualmente à joia do Venerável, a dos Ex-Veneráveis, também possui elo direto com o período operativo medieval e o ofício dos construtores da pedra. 

Especulativamente as joias trazem também alegorias esotéricas plausíveis às interpretações doutrinárias dos ritos e vertentes que tanto podem ser no conjunto completo, ou distintamente a cada um dos símbolos que compõe o emblema.

No tocante ao colar, ele serve propriamente como um aparelho utilizado para suportar pendurada a joia distintiva. O mesmo é adornado geralmente com motivos maçônicos, sendo nele muito comuns emblemas relacionados à Acácia assim como ao Delta Radiante, esse último mais comum à Maçonaria francesa.

AVENTAIS, COLARES E JOIAS
Quanto ao matiz do colar, ele pode variar de acordo com o rito, podendo ser azul celeste ou escuro, ou ainda encarnado. Os adornos que vão nele bordados são de cor prateada ou dourada.

Outros aspectos pertinentes à simbologia dos colares dos Mestres Instalados da Maçonaria brasileira devem ser amiúde pesquisados em fontes que estejam de acordo com o rito praticado. 

Resumindo, um Mestre Instalado, enquanto Venerável usa colar e joia pertinente ao seu cargo. Deixando o veneralato ele continua ser um Mestre Instalado, portanto permanece usando o colar, porém com a joia pertinente ao Ex-Venerável.

Sugiro para começar os estudos a obra intitulada Manual do Mestre Instalado, José Castellani, Editora Maçônica A Trolha, Londrina, 1999.

Por fim, devo alertar que não se podem tomar procedimentos maçônicos como iguais na universalidade na Sublime Instituição. Ao longo dos anos, houve inserções e enxertos, sobretudo ao gosto latino. Nesse sentido, é bom que se diga que inúmeras acomodações e “jeitinhos” acabaram por se tornar consuetudinárias. Assim, no tocante à veracidade dos fatos, tudo isso deve ser levado em consideração. Nada está pronto, tudo depende da perspicácia do pesquisador ao garimpar as fontes primárias. Quem pesquisa para a história, simplesmente relata os fatos como eles primariamente se apresentam. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br