Excelente dia aos VV∴MM∴, Digníssimos Vigilantes e amados irmãos.
Imagino que quando cruzamos as Colunas e adentramos o Templo, é esperado de cada um de nós que sejamos mais que meros espectadores: somos obreiros da Luz, construtores da própria alma e guardiões da harmonia.
Ali, não se pagam salários com prata, ouro ou títulos.
O salário regiamente pago é paz interior, crescimento espiritual, lapidação da virtude e honra perante o Grande Arquiteto do Universo.
> O salário bem pago se reflete na serenidade de quem honra o Templo.
Na disciplina daquele que sabe que, dentro deste espaço sagrado, cada gesto, cada palavra e cada silêncio é um tijolo na construção da própria alma.
*No respeito ao rito*, ao silêncio, à harmonia e, principalmente, à dignidade daquilo que se realiza lá dentro.
Porém, infelizmente, há momentos em que somos surpreendidos pela decepção.
> Ontem, ao participar da instalação de um amado irmão que subia à dignidade de Venerável Mestre, presenciei algo que não posso silenciar em minha consciência.
Alguns Mestres Instalados, homens que deveriam ser pilares da Ordem, ignoraram completamente o Templo que os acolhia.
> Falaram alto, contaram piadas, proferiram palavrões, mexeram em seus celulares, riram, e com isso, profanaram o rito, o momento e o espaço sagrado, sem falar no desrespeito ao irmão que conduzia os trabalhos.
Fizeram tanto barulho que, por muitas vezes, eu mal ouvia a condução dos trabalhos.
Ontem eu cometi um erro, calei-me, mas não por covardia, por respeito ao Templo que eu tentava, de algum modo, ainda honrar e que me acolhia.
Mas carrego comigo essa amarga reflexão:
> Ser Mestre não é possuir um título, nem ocupar um cargo.
Ser Mestre é, antes de tudo, saber se portar como tal, especialmente no Templo e, principalmente, diante do Sagrado, diante de aprendizes e companheiros e de mestres recém exaltados.
Então por meu entendimento digo que:
O salário bem pago se manifesta no respeito ao rito, no silêncio que honra, na disciplina que eleva e nos bons exemplo aos irmãos.
O salário não é pago àqueles que buscam o Templo como mero palco social, nem aos que trocam o sagrado pela leviandade.
Quando há desrespeito, quando há vaidade, quando há desatenção e profanação, há dívida, não há salário.Não podemos esquecer que o Templo é um reflexo do Cosmos, não é sala de reunião, não é clube, não é auditório.
Não basta apenas vestir-se com avental e insígnias, devemos ter disciplina consciente, respeito e reverência ao que nos é sagrado.
E se erramos, ter a humildade de reconhecer nossos erros, como eu reconheço o meu aqui agora, por não ter repreendido aqueles "*IIr.'.*", mas também a grandeza de, a partir de hoje, nunca mais consentir com tal profanação, seja vinda de quem for, seja qual for o grau ou cargo.
Seja você Aprendiz, Companheiro ou Mestre…
Ao entrar no Templo, honre este espaço. Honre o rito. Honre o Irmão que conduz os trabalhos. Honre o GADU que vela sobre todos nós.
Assim fazendo, estará recebendo, sim, o seu salário regiamente pago e esse salário não se perde, não se rouba, não se corrompe, porque é luz acumulada na eternidade da própria alma.
Bom, assim penso eu.
Ass.: Andros
Fonte: Facebook_Átrio do Saber
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