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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 8 de agosto de 2023

DÚVIDAS SOBRE RITUALÍSTICA

(republicação)
O Respeitável Irmão Paulo Valduga, Loja Luz Invisível, Oriente de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta as seguintes questões: 
paulovalduga@gmail.com 

1 - Por ocasião da leitura do Balaústre, quando o Venerável Mestre pergunta se algum Irmão tem alguma observação para fazer, este ao se manifestar saúda apenas o Venerável Mestre, ou o Venerável Mestre e Vigilantes, ou todas as autoridades, visitantes e quem mais está presente em Loja? 

2 – Por que o Irmão Tesoureiro se reporta diretamente ao Venerável para informar o resultado do Tronco se ele não está no Oriente? 

3 - Quando o Chanceler cerrar e lacrar (carimbar) o Saco de Proposições e Informações, não seria, neste caso, atribuição exclusiva do Venerável abrir o mesmo; ou o Mestre de Cerimônias pode assim proceder, ou seja, ele abre e despeja seu conteúdo no trono (ou mesa) do Venerável (ritual AM - Rito EAA - GORGS). 

4 - Hoje no GOB, pelo menos na ARLS Cel. Aparício M. da Silva (Loja onde fui iniciado - 01/08/1978 e seu Obreiro até 1996 e que frequento regularmente), quem cerra o Tronco e o Saco de Propostas e Informações é o Cobridor Interno, qual a justificativa? Recordo-me que fiz esta pergunta ao J. Castellani que foi ... à loucura com esta novidade. 

CONSIDERAÇÕES:

Na questão 1 – Penso que é excesso de preciosismo todo esse “bla, bla, bla”. Se o Venerável colocou a palavra nas Colunas para a manifestação, se ela houver, o Obreiro na oportunidade pede a palavra ao Vigilante da sua Coluna, fica à Ordem e basta iniciar a fala na seguinte forma “Luzes, meus Irmãos (...)”. Se estiver no Oriente, pede-a diretamente ao Venerável. 

Na questão 2 – Já que alteraram a conduta para o Tesoureiro conferente, pois o correto seria ao Orador (assim as coisas estariam no seu devido lugar), temos que alterar a ordem dos tratores na construção do viaduto. Quem conferia o Tronco genuinamente do REAA∴ era o Orador que comunicava o produto ao Venerável que por sua vez comunicava a Loja, seguida da complementação de que a apuração ficaria a disposição da tesouraria para crédito do Irmão Hospitaleiro. Todavia algum “iluminado” pensou que em se tratando de numerário a conferência deveria ser feita pelo Tesoureiro, fez a mudança sem pesquisar as tradições e deu no que deu. Como o estrago foi feito, o Tesoureiro apura na sua mesa (não altar como dizem por ai). Assim, no momento da Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular ele pede a mesma ao Primeiro Vigilante e faz a comunicação diretamente ao Venerável que tem como dever de ofício comunicar o produto à Loja. 

Na questão 3 – Geralmente o Mestre de Cerimônias entrega a bolsa ao Venerável que verifica a existência ou não das colunas gravadas sendo assistido pelo Orador e Secretário. Nesse caso, o Mestre de Cerimônias faz a entrega da bolsa e aguarda os acontecimentos à Ordem. Alguns rituais preconizam que o Mestre de Cerimônias auxilie o Venerável. Assim ele abre a bolsa e despeja o conteúdo sobre o Altar ocupado pelo Venerável assistido da mesma forma pelo Orador e Secretário. Penso que as duas situações estão corretas. Cabe aqui agora um comentário sobre a vossa questão. Não sei se entendi bem. Acho que quem vai à loucura agora sou eu. Chanceler lacrar (carimbar) o Saco de Propostas é procedimento que eu nunca tinha visto. Isso é mera invenção. O tradicional e correto é que o Mestre de Cerimônias faça o percurso e por fim se posicione entre Colunas no extremo do Ocidente. Imediatamente ao ato, o Segundo Vigilante comunica ao Primeiro que por sua vez o faz ao Venerável que a bolsa vez o seu giro e está suspenso. Ato seguido o Venerável diretamente ao Mestre de Cerimônias ordena que o Saco seja conduzido ao Altar. Ora, que “estória” é essa, pelo menos foi o que eu entendi, do Hospitaleiro cerrar, lacrar, carimbar o Saco de Propostas antes de chegar ao Venerável. Se isso está acontecendo, tenha a certeza é pura invencionice. 

Na questão 4 – Como dizia o Castellani – “Meeeeu Deeeeeeus!” Estão confundindo tudo e transformando a Sala da Loja em uma verdadeira oficina do professor Pardal, ou seja, uma oficina de invenções. Estão confundindo tudo. O Oficial circulante é apenas e tão somente AUXILIADO pelo Cobridor Interno no final do percurso. Ele não cerra nada! Ora, este auxílio se presta apenas em segurar a bolsa para que o Mestre de Cerimônias ou o Hospitaleiro façam o seu depósito pessoal. Feito isso, o Cobridor devolve a bolsa ao Irmão que executa o ofício e pronto. O Cobridor não cerra, nem encerra, nem lacra, ou outros adjetivos do gênero. Em seguida o Mestre de Cerimônias, ou o Hospitaleiro, conforme o caso se coloca entre Colunas no extremo do Ocidente e aguarda a dialética ritualística entre os Vigilantes e o Venerável na forma de costume. Nem nessa oportunidade existe o ato de cerrar, ou coisas que o valham. O que acontece, vou repetir, é a suspensão do giro por ter sido completado. Se for o Cobridor Interno que auxilia, é porque ele está mais próximo do ponto final do giro, isto é junto à porta pelo lado Sul, o que evita também mais uma circulação desnecessária se no caso, digamos o “auxiliador” estivesse no Norte. A questão é apenas de praticidade e por extensão, de bom senso. No mais, é mesmo melhor ficar por aqui. 

T.F.A. 
PEDRO JUK  - jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 0979, Florianópolis (SC) – quinta-feira, 8 de maio de 2013

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