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domingo, 13 de agosto de 2023

SIMBOLISMO, LINGUAGEM UNIVERSAL

Os ensinamentos da Maçonaria – A visão da Arte Real

Todo o Simbolismo autêntico reside na verdadeira natureza das coisas e é a concreta realidade fundada em reais analogias. Efectivamente, o Simbolismo tem o seu fundamento na natureza dos seres e das coisas, estando em conformidade com as leis dessa natureza; e como as leis da Natureza são a expressão e interiorização da Vontade divina, podemos deste modo, dizer que o Simbolismo é de carácter não humano e o seu princípio remonta a mais longe e mais alto do que a humanidade.

Ou seja, o verdadeiro Simbolismo não é inventado pelo homem: encontra-se na própria Natureza, que é ela também símbolo de realidades transcendentes. A Natureza é realmente símbolo da realidade sobrenatural e esta correspondência constitui o verdadeiro fundamento do Simbolismo — toda a coisa manifestada é símbolo em relação a uma realidade superior.

Por esse motivo, podemos dizer igualmente que os fenómenos naturais derivam de princípios superiores e são os seus símbolos, tirando deles a sua realidade.

Essencialmente, o Simbolismo, a linguagem metafísica por excelência, é a utilização de formas ou de imagens constituídas como signos de ideias ou de coisas super-sensíveis. Nesse sentido, um símbolo é um suporte de meditação necessário porque aquilo que é imperceptível ao olhar ou ao ouvido só pode ser tomado, não em si próprio mas através de relações de semelhança. Linguagem universal e universalmente inteligível, na qual as mais altas verdades foram sempre exprimidas, o Simbolismo pode ser definido como a representação de uma realidade num certo nível de referência por outra realidade correspondente num outro nível de referência.

O Simbolismo é uma ciência exacta e faz parte da Ciência Sagrada. A meditação dos símbolos assume carácter de autêntico ritual. E enquanto elementos dos próprios ritos, os símbolos, por causa do seu carácter não humano, são suportes de uma influência espiritual — aliás, transportam em si mesmos influências cuja acção é susceptível de despertar directamente a faculdade intuitiva naqueles que neles meditam segundo o modo adequado. Na realidade, todo o Simbolismo produz (e é esse o seu fim), naquele que medita com as aptidões e disposições requeridas, efeitos rigorosamente comparáveis com os dos ritos, desde que haja transmissão iniciática regular.

É por isso que o símbolo, como figuração gráfica, é uma fixação do gesto ritual e o seu traçado deve efectuar-se regularmente, em relação com a ciência do gesto, o que lhe confere todas as características do ritual.

Cada símbolo tem uma pluralidade de sentidos que se harmonizam e se completam. Desse modo, o facto de se encararem dois aspectos contrários num símbolo é absolutamente legítimo — a consideração de um desses aspectos não exclui o outro, visto que cada um deles é igualmente verdadeiro de acordo com certa relação. O que mostra bem que os dois aspectos não se excluem e são susceptíveis de serem encarados simultaneamente é o facto de eles poderem encontrar-se reunidos numa mesma figuração simbólica complexa. Assim, o Simbolismo tradicional não se presta a qualquer sistematização porque deve responder a numerosos pontos de vista, abrindo possibilidades ilimitadas de concepção.

Podemos ainda acrescentar que a origem do Simbolismo se confunde com a origem dos tempos, se é que não mesmo além dos tempos, visto que estes só compreendem um modo especial de manifestação. E a Tradição incorpora-se nos símbolos que se transmitiram de idade em idade, sem que se lhes possa atribuir qualquer origem histórica.

A.C.T

Fonte: Facebook_Pedreiros Livres

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