INGRESSO E PRONUNCIAMENTO
(republicação)
O Respeitável Irmão Emílio Nóbile Franco, Chanceler da Loja Sigilo, 14, REAA, Grande Loja do Rio Grande do Sul, Oriente de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a dúvida seguinte:
emiliogeronimo@yahoo.com.br
Tenho algumas consultas a fazer ao Sr. já que temos tentado discutir o assunto entre alguns Irmãos e não chegamos a um consenso, até porque não achamos nada escrito para dirimir nossas dúvidas.
1ª Questão: quando o cortejo entra ao Templo, Aprendizes e Companheiros devem ir diretamente para seus lugares nas respetivas colunas, certo? A dúvida é: estes (Aprendizes e Companheiros) podem entrar por dentro, ou seja, passar no meio das Colunas J e B para se dirigir a seus respetivos lugres? Ou após entrar ao Templo devem se dirigir aos seus lugares, "por fora" sem passar por dentro das colunas J-B, ou seja, entram ao Templo e seguem por traz das mesmas; por elas estarem alinhadas com os lugares do 1° Vigilante, 2° Diácono etc. Estar no centro, entre as Colunas, é prerrogativa só dos Mestres? Em que Ritual ou livro podemos encontrar tal resposta?
2ª. Questão: diz o nosso Ritual: "Da palavra à bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular": esta concedida a todos aqueles que dela queiram fazer uso, a partir da coluna do sul: neste caso cada Irmão se manifesta por si próprio e não pelo cargo; exceto o Guarda da Lei, na suas conclusões. A Questão: os Irmãos Chanceler e Hospitaleiro, quando devem se manifestar pelo Cargo e por si mesmos? Na hora da "Palavra..." diz o Ritual que devem se manifestar por si mesmos. Então se manifestam pelo cargo: na "Ordem do Dia ou no Expediente?".
Genuinamente no Rito Escocês uma Loja só existe após os trabalhos serem ritualisticamente abertos. Assim, ingressam diretamente na ordem hierárquica – Aprendizes, Companheiros, Mestres sem cargo, Oficiais, Dignidades e por último, conduzido pelo Mestre de Cerimônias o Venerável Mestre.
Na questão propriamente dita os Aprendizes entram diretamente pelo lado norte (sem passar por trás de nenhuma coluna) e tomam assento no topo da Coluna do Norte. Assim também os Companheiros pelo Sul para ocupar o topo da Coluna do Sul. Em seguida os demais na forma de costume conforme o seu lugar em Loja. Como o procedimento é apenas o de ingresso na Loja ainda não existe circulação.
Essa questão das Colunas B e J não fazem sentido, pois originalmente elas são vestibulares (de vestíbulo) e deveriam ocupar o Átrio ladeando a porta de entrada. Mesmo para rituais que ainda interiorizam as citadas Colunas, não procede nenhum costume de se estar passando por trás das mesmas sob qualquer alegação.
Todos passam entre as mesmas para ingressar e se retirar do Templo. Rituais e textos que possam apontar o procedimento correto merecem pesquisas acadêmicas para averiguação da sua autenticidade, normalmente hauridos da França a partir do início do Século XIX.
2 – A única Dignidade que se manifesta exclusivamente pelo cargo é o Orador no momento das suas conclusões finais como Guarda da Lei. Como Obreiro ele se manifesta na Palavra a Bem da Ordem solicitando para tal autorização do Venerável.
As demais Dignidades e Oficiais ao se manifestarem no período podem falar pelo cargo de ofício ou como Obreiro. O Chanceler e o Hospitaleiro fazem parte desse rol. Nas Colunas qualquer Obreiro para se manifestar pede a palavra ao respectivo Vigilante. No Oriente pede-se a mesma ao Venerável Mestre.
Na Ordem do Dia qualquer Obreiro, desde que autorizado, pode se manifestar de acordo com o assunto em pauta. Nas Colunas pedindo ao Vigilante e no Oriente ao Venerável Mestre. A Ordem do Dia é um período para apresentação de propostas e discussões que mereçam votação, sendo que cada assunto antes de ser votado deve ter parecer do Orador pela sua legalidade.
O Expediente é geralmente ocupado pelo Secretário para apresentar e comunicar assuntos relativos ao próprio título do período relacionado à Loja. Nesse período a palavra não é colocada nas Colunas, ou no Oriente para nenhuma discussão. O Expediente expõe as correspondências e afins recebidos e expedidos pela Loja, daí ser esse o ofício do Secretário.
Finalizando essas considerações, reputo-as ao conceito tradicional do Rito Escocês Antigo e Aceito sem a intenção de qualquer afronta a rituais, mesmo equivocados, estejam legalmente aprovados.
T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.237 Florianópolis (SC), terça-feira 21 de janeiro de 2014.
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