Em outra esfera de atenção, o Ir. Sérgio Cavalcanti (2) observa que a maioria dos maçons pouco lê ou estuda sobre a Ordem, sua história, sua ritualística, seu simbolismo, sua filosofia, suas leis e regulamentos. Ainda no entendimento desse Ir., muitos de nós recebemos “aumento de salário” sem entender o significado disso, sem saber o “porque”, sem nos preocuparmos em estudar e conhecer o grau alcançado”.
No meu entendimento, as duas abordagens gravitam em torno de uma premissa: a necessidade de aquisição de conhecimento para impulsionar o nosso progresso.
No entanto, sabemos das dificuldades para criar condições para dedicar aos estudos, porque temos também as tarefas rotineiras em um mundo cada vez mais acelerado.
Em primeiro lugar, penso ser necessário reconhecer a escassez do tempo livre nas sessões para garantir o espaço dedicado ao QHE. Como reconhecer também a necessidade de atender as expectativas dos IIr. presentes às reuniões, concernentes à aquisição de conhecimento e ao desejo de experimentar algo novo. A partir do reconhecimento dessas realidades, fica mais fácil instituir rotineiramente a prática do QHE em Loja.
Quem partilha o conteúdo, o faz, ou pelo menos deveria fazer, sem traços de mentoria e somente após laboriosa pesquisa e reflexão. Por regra, estará sujeito ao salutar escrutínio e eventuais discordâncias dos seus pares. Portanto, há o tempo da fala e o tempo da escuta, habilidades cada dia mais necessárias.
Dispensa-se o conhecimento formal, chancelado por diplomas ou títulos, que autorizem o Ir. a abordar o assunto que deseja.
A eventual inquietação gerada pelo conteúdo exposto pelo orador, pode ser uma boa fonte de motivação e instigar o debate ou a aplicação do conhecimento adquirido, seja no âmbito pessoal ou social.
A meu ver, além do contato com o conteúdo em si, alguns benefícios advindos da elaboração e da apresentação de trabalho para o QHE podem ser:
Nesse contexto, quando a imanência dos trabalhos em uma Loja justa e perfeita, delicadamente dissolve os ruídos e barreiras da comunicação, a audição de uma única frase pode mudar o curso de uma vida. E sermos surpreendidos por esses graciosos momentos é uma das mais positivas e indeléveis experiências que podemos experimentar.
Para tanto, nos colocarmos na condição de aprendizes pode nutrir em nós a semente da curiosidade, ocasionalmente submersa pelas turbulências da vida. Porém, passível de ser plenamente resgatada quando mantemos o rumo em direção ao que nos é bom.
Podemos assim concluir, caso prestemos atenção, que o QHE abarca rico conjunto de sutilezas naturais ao ser humano, que irão se desvelando gradualmente, à medida que reaprendemos a perceber.
*Mauro é Mestre da Loja Maçônica Novos Tempos Nº 288 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte
Referências
- Colaborar com o Quarto de Hora de Estudo, Ir. Sérgio Quirino Guimarães
- O Quarto de Hora de Estudos ou Instrução, Ir. Sérgio Roberto Cavalcanti. ARLS Cavaleiros do Sol nº 42 – GLMEPB
- Pílula Maçônica nº 181, Ir. Alfério Di Giaimo Neto
- A Importância do Tempo de Estudos, Ir. Ivair Ximenes – Revista Arte Real n° 22 – Jan-Fev/16 – Ano VIII
Fonte: https://opontodentrocirculo.com
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