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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

SIMBOLISMO E FILOSOFISMO

Sergio Antonio Machado Emilião

É comum pairar entre os Mestres Maçons a dúvida sobre as diferenças existentes entre os Graus Simbólicos e os Graus Filosóficos e seus objetivos, ou mesmo, se elas existem.

Muitos autores Maçônicos, e igual número de Maçons, defendem que os Graus Filosóficos, e, sobretudo a Loja de Perfeição, são uma extensão dos Graus Simbólicos, notadamente do Grau de Mestre Maçom. Mas será que é apenas isso?

As denominações dos Graus Maçônicos não se deram por bel prazer, e o significado destes termos: "Simbólico" e "Filosófico" deveria ser suficiente para nosso correto entendimento. Porém, algumas vezes isso não ocorre. É por essa razão que julgamos conveniente abordar este tema.

Nos Graus Simbólicos, e particularmente nos Graus de Aprendiz e Companheiro, já que como Mestres Maçons já possuímos este conhecimento sedimentado, aprendemos a identificar e interpretar a linguagem mais ancestral da humanidade: os símbolos.

Os símbolos, que variam desde a simplicidade de um ideograma, uma figura geométrica, ou um algarismo, e atingem a complexidade de intrigantes ilustrações (obviamente formadas pela associação de dois ou mais destes elementos), transcendem as barreiras das línguas, transmitindo aos Iniciados de todos os cantos do globo terrestre a mesma mensagem.

Este aprendizado, por essência, é lento e progressivo, bastando lembrarmo-nos que no Grau de Aprendiz aprendemos a "soletrar". Ou seja, somos apresentados a cada símbolo individualmente, para que nos Graus subsequentes sejamos capazes de compreender sua associação com outros elementos sem maior embaraço.

Embora haja um notável esoterismo nos Graus Simbólicos, os princípios éticos e morais acabam prevalecendo sobre a interpretação filosófica de cada um destes símbolos. Afinal, o que se pretende de um Mestre Maçom do Grau 3 é que ele seja capaz de identificar e decifrar estes símbolos nas viagens que empreende "por toda a superfície da Terra".

Note-se, porém, e voltamos a salientar que apesar de existir uma substancial carga esotérica e filosófica contida nos Graus Simbólicos, que sua atenção está preferencialmente voltada para os princípios exotéricos, ou, se preferirmos, à Doutrina Externa de nossa Sublime Ordem. Assim sendo, deixamos a análise mais profunda, esotérica, oculta e filosófica para uma etapa posterior, que é exatamente a dos Graus Filosóficos.

Todos os símbolos dos três primeiros Graus Maçônicos ganham nova dimensão nos Graus Filosóficos. Se utilizássemos a linguagem pitagórica diríamos que passamos das figuras planas e bidirecionais, as figuras geométricas, para as figuras volumétricas e tridimensionais: os sólidos geométricos.

Não há como se tornar um "Mestre Perfeito" sem ingressar numa Loja de Perfeição. Não há como atingir a plenitude Maçônica sem caminhar na Senda dos Graus Filosóficos, onde Loja de Perfeição se caracteriza como a "porta de entrada", ou, se preferirmos, seu "primeiro degrau".

Nos Graus Simbólicos formamos Maçons; nos Graus Filosóficos formamos Mestres Maçons.

Se você já trilhou este caminho com toda certeza sabe do que estamos falando. Se ainda não se aventurou, junte-se a nós. Há um universo novo e apaixonante à sua espera nos Graus de Perfeição.

Fraternalmente

Fonte: JBNews - Informativo nº 199 - 14/03/2011

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