MOMENTO DO INGRESSO DE RETARDATÁRIO
(republicação)
Em 15.03.2017 o Respeitável Irmão
Leonardo Parreira Reis de Lima, Loja Justiça e Verdade, 1.459, REAA, GOB-MG,
Oriente de Capinópolis, Estado de Minas Gerais, formula a seguinte questão:
Estava estudando sobre assunto
correlato e li sua matéria INGRESSO DE RETARDATÁRIO, fonte: JB News –
Informativo nº. 1.447 Algarve (Portugal), domingo, 31 de agosto de 2014.
Parabéns. Mas tenho uma dúvida e veja se o mano me consegue responder. O
assunto é também sobre o obreiro retardatário. Mas meu questionamento não é
sobre como ele entrar no templo, mas sim até que momento em uma sessão
ordinária, ele pode ser admitido para participar dos trabalhos. Qual a fonte
legal ou do ritual? GOB, REAA.
CONSIDERAÇÕES:
Não é uma questão de fonte legal
ou do ritual, mas é uma questão que se coadune com a eventual situação. Eu
tenho dito que pontualidade é uma das virtudes do Maçom, embora esporadicamente
possam até existir situações que obriguem o obreiro ao atraso.
O que não pode é a Obediência
(Potência) institucionalizar o atraso, isto é, legaliza-lo ao ponto de que essa
prática pudesse se generalizar amparada pela jurisprudência. Lembro que vivemos
sob a égide da maçonaria latina e, fatos como esses, poderiam facilmente nos
levar ao tão conhecido “jeitinho brasileiro”.
Penso que em nome da aplicação
correta da razão, se um Irmão que por alguma situação considerável acabe por
ter que se atrasar e o retardamento ocorrer dentro de um tempo aceitável, então
que ele se dirija à Loja para os procedimentos de costume. Agora se o atraso
ocorrer em tempo além da metade da sessão, melhor seria mesmo é que o
retardatário faltasse aos trabalhos.
Não sendo uma regra absoluta,
muitas vezes o momento para esse ingresso tem sido logo após a Ordem do Dia
(antes do Tempo de Estudos). É costume também em alguns ritos, como é o caso do
REAA, não se permitir o ingresso de ninguém após a circulação do Tronco de
Beneficência.
Ainda no que diz respeito a esse
momento específico, vai depender muito da ocasião em que for pedido esse
ingresso, isto é, deve prevalecer o bom senso, pois a atenção dada a um
retardatário não deve nunca se sobrepor a harmonia dos trabalhos. Em síntese é
perceber o momento apropriado para o ingresso.
Enfim, a solução para esses
impasses e indagações seria a de que ninguém chegasse atrasado à Loja e, se
isso porventura viesse a ocorrer, caberia ao próprio retardatário avaliar se o
seu pedido de ingresso, naquela oportunidade, seria fundamentalmente
imprescindível e apropriada.
Concluindo, lembro que
originalmente ingresso em Loja por parte de retardatários, se permitidas,
deveriam obedecer à formalidade maçônica (marcha do grau, saudação às Luzes e
telhamento pelo questionário), pois além de ser um artifício saudável para a
liturgia e para a ritualística, essa exigência certamente faria com que muitos
atrasados, por razões óbvias, não se aproximassem tão facilmente da porta do
Templo.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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