Em 27/08/2019 o Respeitável Irmão Augusto Gonçalves Martins, Loja Estrela Rioverdense, REAA, GOB-GO, Oriente de Rio Verde, Estado de Goiás, apresenta a questão abaixo:
TELHAMENTO E O VISITANTE DESCONHECIDO
No seu blog de 23 de maio de 2017 houve a abordagem do tema “ingresso do Irmão atrasado”.
No texto você diz “Não sendo do Quadro e desconhecido o retardatário deverá passar pelo telhamento completo (sinais, toques e palavras) no átrio, o que será executado pelo Segundo Experto, inclusive remetendo seu documento de identificação maçônica ao Orador para a competente verificação”. Ou seja, o Segundo Experto já terá executado o telhamento quando o Irmão atrasado ingressar.
Mas surge a dúvida porque na sequencia o texto diz: “Feitas as devidas averiguações e desde que o que pede ingresso possui grau suficiente para assistir o trabalho, ser-lhe-á então franqueado o ingresso na Loja pela Marcha do Grau e pelo questionário de telhamento tradicional. Nessa oportunidade, por ordem do Venerável, o Mestre de Cerimônias, portando o bastão, conduz o retardatário. Enquanto o protagonista executa a Marcha e se submete ao questionário, o Mestre de Cerimônias aguarda ordem na Coluna do Norte para conduzir o Irmão ao lugar devido.”
Se o Segundo Experto já executou o telhamento, o Irmão atrasado passará novamente pelo referido questionário após a marcha do grau?
Caro Irmão, observe que são dois procedimentos distintos. O primeiro é o da legalidade, ou seja, primeiro ver se o que se apresenta pedindo ingresso é mesmo um Irmão. Assim, o Segundo Experto vai ao lugar apropriado, antes do visitante entrar e o submete ao exame (telhamento).
Sendo o mesmo satisfatório, constata-se então a sua regularidade sob ponto de vista legal, o que ocorre quando o Orador se certifica se a documentação está nos conformes.
Assim, cumprida essa etapa, estando tudo nos conformes e possuindo grau suficiente, o visitante é autorizado a ingressar "formalmente" no templo, ou seja, pela Marcha do Grau, saudação às Luzes da Loja e submissão ao questionário. É pelo questionário que o visitante, perante a assembleia, informa de onde vem, etc., etc., até o momento em que ele pede lugar dentre os demais na Loja. Assim, convencionalmente o Venerável concede o lugar e pede ao Mestre de Cerimônias que o conduza apropriadamente (essas são as praxes da formalidade e não propriamente de um exame completo).
Entenda-se que esse questionário é um artifício da formalidade e não pode ser entendido como um telhamento completo. É sabido, pois, que o exame que autorizou o seu ingresso ocorrera antes da entrada formal.
Em Maçonaria, enquanto algumas ações exprimem ações literais, outras, entretanto, exprimem ações figuradas. A despeito de que ainda existem as esotéricas.
P.S. – Esses são procedimentos para visitantes desconhecidos.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 02/12/2019
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