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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 8 de setembro de 2020

SINAL DE SOCORRO

SINAL DE SOCORRO
(republicação)

Em 19/02/2015 o Irmão Companheiro Bruno Sousa, Loja Renascença Pedreirense, REAA, GOB-MA, Oriente de Pedreiras, Estado do Maranhão apresenta a dúvida seguinte. wiclaf@hotmail.com

Meu respeitável, Irmão trago-lhe um questionamento que embora já tenha feito a vários irmãos nenhum elucidou concretamente a questão. Por que o Sinal de Socorro não pode (se é que não pode) ser passado a Aprendiz e Companheiro. A resposta que me pareceu mais convincente dentre as colhidas por mim, foi que simplesmente por não constar no ritual nem de Aprendiz nem de Companheiro. Peço ao Irmão esclarecimentos mais concisos, haja vista que até nossas cunhadas têm uma maneira de solicitar auxilio em situações especiais.

CONSIDERAÇÕES:

Tradicionalmente assim tem sido tratado pela Moderna Maçonaria nos costumes que adotam esse Sinal apelativo. À bem da verdade, oficialmente desde o aparecimento do Grau especulativo de Mestre (1.724) houve-se por bem paulatinamente destinar ao Terceiro Grau à plenitude maçônica.

Até então era o Grau de Companheiro que reinava como o tradicional. Daí em diante muitas práticas passariam a ser exclusividade do Grau de Mestre - veja, por exemplo, os CC∴PP∴PP∴ do C∴M∴ que eram até então denominados como os do Companheirismo, porém em seguida, seria exclusividade do Terceiro Grau (CC∴PP∴PP∴ da M∴).

Nesse conceito idealizado como a “plenitude” ou “perfeição” o Sinal de Socorro passaria a ser prática restrita do Mestre, até mesmo como uma questão de cobertura e segurança que o gesto reserva àqueles que meritoriamente chegaram ao ápice da escalada iniciática – a pura Maçonaria universal possui apenas e tão somente três Graus.

Em razão disso é que os rituais maçônicos passariam a partir desse evento a tratar o Sinal de Socorro apenas como parte integrante do “Cobridor do Mestre”, ficando os dois outros Graus no ideário iniciático como dependentes do Terceiro Grau.

Isso se explica na tradição e na história da Ordem porque a franquia dada pelo Estado (Igreja-Estado) à época dos Canteiros Medievais era somente auferida aos construtores que fossem detentores da totalidade do conhecimento e dos segredos da Arte, fato que os fazia literalmente livres, não só em oposição ao que era servil, mas para se deslocar pelos rincões do Velho Continente em busca do objetivo profissional. Em síntese, os Maçons à época eram protegidos e livres para se deslocarem por conta própria. Nesse particular eles se acercavam de seus Sinais, Toques e Palavras o que lhes garantia o reconhecimento, ou mesmo em situação adversa pudessem ser conduzidos a porto de salvamento.

Foi desse modo que a característica desse direito pela plenitude veio a ser firmar feito aos poucos como um costume até os tempos especulativos da nossa atual Moderna Maçonaria.

Infelizmente, muitos inventores andaram criando por aí “sinais de socorro” para as nossas cunhadas a exemplo de um sinal com as luvas, que na verdade só mesmo as expõem ao ridículo. Ora, não que elas não mereçam a nossa proteção, todavia daí as mesmas possuírem um sinal maçônico é mesmo um severo caso de invencionice. Não existe esse tipo de apelo, pois de modo racional e tradicional, somente os Mestres podem conhecer um Sinal particular para pedir ajuda. Assim nem Aprendizes e Companheiros têm dele conhecimento, o que no mínimo implica em dizer que muito menos pode existir um “sinal de socorro para as cunhadas”.

Fonte: JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016

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