Em 04/12/2020, através do Blog do Pedro Juk, o Respeitável Irmão Wilson Bonifácio, Loja Templários Celestes, sem mencionar o nome do Rito e Obediência, Oriente de Rio Claro, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta relacionada à matéria publicada no meu Blog.
ESPADAS APONTADAS NO MOMENTO DO FIAT LUX
Boa Noite Ir∴ Pedro! Obrigado por estas explicações. Em minha Loja, por conta de usos e costumes, fazemos um semicírculo bem em frente ao cand∴ na hora do "Fiat Lux" de modo que o mesmo, ao ser retirada a v∴, veja este conjunto de irmãos que lhe apontam as espadas. Realmente, isto até assusta. A minha pergunta é: sendo o objetivo do momento "Fiat Lux" revelar ao candidato as Luzes da Maçonaria (tal qual consta na segunda Instrução) qual seja, o L∴ da L∴ , o Esq∴ e o Comp∴, não seria mais próprio que o mesmo ficasse mais próximo do Alt∴ dos JJur∴ onde poderia estrategicamente ter uma luz focando. Obrigado desde já se puder me esclarecer.
CONSIDERAÇÕES:
Embora a sua questão não mencione o rito praticado e a Obediência, em linhas gerais para o REAA o correto é que não se faça nenhum semicírculo à frente do candidato no momento do Faça-se a Luz. Essa prática pertence a outro rito.
As espadas apontadas devem ser empunhadas por Irmãos que ocupam a primeira fileira de cadeiras das Colunas do Norte e do Sul (fileiras da frente).
Em síntese, nesse momento emblemático do REAA, os Irmãos Mestres apontam as espadas do seu lugar. Isso se dá principalmente para que não haja nenhum obstáculo que atrapalhe a visão do neófito em direção ao Oriente.
Obviamente que essa é uma visão figurada, pois naquele momento o neófito ainda não compreende o que são as LL∴ EEmbl∴.
De tudo, o mais importante é se compreender que o processo iniciático daquele momento se inicia em direção a Luz a partir do extremo do Ocidente em direção ao Oriente. É essa é a razão pela qual a Marcha do Aprendiz se inicia no ponto mais distante possível do Oriente, isto é, próximo a porta e sobre o eixo do Templo. Em síntese o ponto de partida é o mesmo em que o iniciado recebeu a Luz.
Por essas colocações é que não se deve deturpar um procedimento em detrimento de outro. Nada existe por acaso na liturgia maçônica.
Vale a pena mencionar que a visão primária do Neófito relacionada ao momento do “Faça-se a Luz” e às LL∴ EEmbl∴ foi retirada da ritualística anglo-saxônica onde, no Craft percebe-se que o neófito recebe a Luz junto ao pedestal do Venerável Mestre, o que não ocorre com REAA que é de origem francesa, onde o candidato recebe por primeiro a Luz no extremo do Ocidente para só depois se aproximar do Oriente para obter a consagração de Aprendiz Maçom. É bom que se diga que as liturgias se diferenciam entre os ritos e as suas respectivas vertentes maçônicas.
De fato, o que precisava era, em linhas gerais, melhorar o texto instrucional no ritual do REAA, aprimorando a afirmativa em que o neófito menciona ter visto por primeiro o L∴ da L∴, o Esq∴ e o Comp∴. Nesse caso ele afirmaria que, do Ocidente viu por primeiro, no Oriente, o L∴ da L∴, o Esq∴ e o Comp∴.
Melhor seria essa inclusão do que construir adequações impróprias para o entendimento da liturgia do Rito.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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