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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

UMA VISÃO PESSOAL SOBRE OS SÍMBOLOS MAÇÔNICOS

UMA VISÃO PESSOAL SOBRE OS SÍMBOLOS MAÇÔNICOS
Autor: Sérgio Quirino Guimarães

Pequena parte dos nossos trabalhos acontecem em um Templo Maçônico e neste ambiente encontramos símbolos que podem ser divididos em: “Símbolos Concretos”, “Símbolos Abstratos” e Símbolos Ocultos”. Logicamente não estou falando sobre a representação material dos ícones dentro do Templo. NADA, MAIS NADA MESMO que se encontra em um Templo Maçônico é decoração, tudo tem o propósito de passar uma instrução; a divisão que propus acima é baseada na capacidade interpretativa do observador, que por sua vez é potencializada por estudos em ramos do conhecimento humano diferentes da Maçonaria.

Talvez através de exemplos eu consiga ser mais claro. Conforme o Rito e a Potência/Obediência encontramos uma escada fixada no teto do Templo (este é um exemplo de “Símbolo Concreto”).

Pergunte a um menino o que é uma escada e para que ela serve e depois diga que esta escada está fixada no céu. Com certeza ele dirá que esta escada é para ver Papai do Céu! E nós assim também a interpretamos, porém o menino compreende como ação física (subir a escada), nós adultos compreendemos como ação moral (elevar-se espiritualmente).

O “Símbolo Abstrato” é aquele ícone que ornamentado de vários detalhes propõe uma reflexão mais filosófica, como por exemplo, a Coluneta Dórica que é a mais rústica das três ordens arquitetônicas gregas. Tem por estrutura ser desprovida de base, capitel despojado, arquitrave lisa, friso com métopas e tríglifos e mútulos sob o frontão; e por que será que é a Coluneta do Primeiro Vigilante? Será porque sua principal característica seja a força para sustentar um grande edifício?

Mas, o que venha a ser então um “Símbolo Oculto”? É algo que está ali a vista de qualquer profano e que muita das vezes os Iniciados simplesmente traduzem como “enfeite”. Observem o “Nosso Céu”, afinal uma Loja Simbólica não tem teto!

Vejam quantos detalhes, mudanças de cores, planetas, estrelas, nuvens, tudo muito bonito! Mas cada um desses desenhos ou peça tem um nome e um motivo/instrução para estarem lá, porém só são acessíveis para os que procuram outras fontes de informação.

Vejamos como exemplo de “Símbolo Oculto” a estrela Regulus: nos é informado que compõe o infinito das Lojas e mais nada, e a maioria dos Irmãos simplesmente olha para cima e mais nada.

Interpreto a presença dessa estrela como fonte emanadora das qualidades de Marte e Júpiter, como a nobreza, a franqueza e a coragem, afinal o nome Regulus significa “pequeno rei” em Latim. Os astrólogos árabes chamavam esta estrela de “maliky” (rei) ou “colb-al-asit” (coração do Leão) já que Regulus é a principal estrela da constelação de Leão.

Os Babilônicos por volta do ano de 3.000 AC dividiam o céu em ciclo de estações, tendo como foco os equinócios e os solstícios e observavam quatro grandes estrelas:

Regulus, Aldebaran da constelação de Touro, Fomalhaut da constelação de Peixe e Antares da constelação de Escorpião. Que também estão representadas nos nossos Templos.

Mas, além do estudo astronômico temos também uma lenda que liga Regulus e o Imperador persa Feridum, que levou prosperidade ao seu povo, logicamente teve inimigos e movido por más influências vingou-se terrivelmente, como reação a essa ação seu destino foi o infortúnio.

“Assim, a interpretação dessa estrela comporta duas possibilidades: se a tentação da vingança ou represália é evitada, Regulus promete sucesso e prosperidade; mas se o governante recorre à guerra, o resultado é ruinoso”.

Fonte: https://opontodentrocirculo.com

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