Ir∴Marco Antonio Perottoni - M∴I∴ Loja Cônego Antonio das Mercês e Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Gorgs – Porto Alegre - RS
Inicialmente cabe colocar que temos normas e condições estabelecidas pelas nossas Potências que condicionam a indicação de um profano para ser iniciado em nossa Ordem, que se encontram descritas, de forma de Regulamentos e legislação marginal, que etabelecem entre outras, de que o candidato esteja em pleno gozo de sua capacidade civil, do sexo masculino, que não professe ideologias que se oponham aos princípios gerais da Instituição, reputação ilibada, ter profissão e meio de vida lícitos e que serão admitidos mediante deliberação da Loja em que todos os presentes tomem parte.
Ao mesmo tempo impõe algumas condições restritivas das quais se sobressai a que define as pessoas que estejam impedidas de manifestarem livremente sua vontade.
Em estatística, recentemente divulgado pelo nosso Ir∴ Quint, em que, no GORGS, de um total de 22.121 iniciados temos 15.185 IIr∴ inativos (68,7%) e tão somente 6.936 IIr∴ ativos ( 31,3%), perguntamo-nos: as condições determinadas pelas nossas normas são suficientes?
Sem duvida temos que parar e repensar o assunto. A culpa é da norma que parece ser liberal em demasia ou é dos IIr∴ indicantes e das Lojas que aprovam um candidato, mais pelo seu QI (quem indica) do que por suas qualidades e atuações no mundo profano.
Entendo que as normas estão bem definidas, fixando as condições, mínimas, a serem preenchidas pelo profano, mas como indicantes e, principalmente, como sindicantes devemos ser mais exigentes na análise e checagem das informações fornecidas e obtidas sobre o candidato.
Outro ponto a ser revisado são nossa sindicâncias, que, na forma como está elaborada,a meu juízo, não esclarecem muito sobre o condidato, mas ao contrário do que pensam àqueles que não dão o devido valor, a enorme importância e responsabilidade dessa missão, do Sindicante, ou não estão dispostos a consumir um tempo em benefício do progresso de sua Loja, fornecendo uma informação consistente e exata, é preferível que não aceitem tão honroso encargo, devendo, delicada e honestamente, rejeitar essa missão, porque uma boa “SINDICÂNCIA” deve ser isenta de qualquer resquício de obrigatoriedade, protecionismo, sem nenhum indício de optatividade e traçada com o intuito de iluminar os IIr∴. que irão tomar parte da decisão que dela, a “SINDICÂNCIA”, advir.
Pela estatística acima comentada fica evidente que não estamos enfrentando uma boa fase. O que fazer?
Primeiramente precisamos ser muito mais rigorosos ao indicarmos ou ao analisarmos as qualidades individuais do Candidato, que, a meu juízo deve ter o seguinte perfil, entre outras características individuais:
- conduta ética, moral e social ilibada;
- demonstrar espírito de liderança e de equipe;
- gosto pela leitura e pelo estudo;
- questionador e batalhador contra as injustiças;
- tolerância, sociabilidada e criatividade;
Por fim, voltando ao assuhto, o que entendo ser uma a principal peça neste processo, a Comissão de Sindicância, que vai verificar e informar para a Loja se o candidato está em condições de fazer parte de nossa Ordem. A Sindicância é um trabalho especial, e até diria, extraordinário, em cujo desempenho o maçon há de movimentar-se, tanto no interior do Templo e especialmente fora dele.
É, como dissemos, um trabalho especial que muito honra e dignifica o Ir∴ encarregado do seu desempenho, uma vez que tem excepcional importância para a construção das bases de progresso de uma Loja. É uma incumbência de grande vulto e estrita consideração para o e com o Ir∴ escolhido pelo V∴ Mestre.
É importante que nos conscientizemos da relevância das informações e da honra que nos é deferida no momento que passamos a fazer parte de uma Comissão de Sindicância, pois de nosso desempenho depende, em muito, o progresso de nossa Loja. É o que penso.
Fonte: JBNews - Informativo nº 284 - 08.06.2011
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