O bode, o esquadro e o compasso: problemas decorrentes do humor na iniciação maçónica, Origem e desenvolvimento do bode nas fraternidades iniciáticas, Historicamente o aparecimento do bode se dá na idade média onde era visto como um símbolo do diabo. Histórias comuns à época mencionavam a sua relação com as bruxas, que montadas em bodes iam até a cidade para realizar cultos satânicos e participar de orgias (HODAPP, 2013).
A ideia vulgar de que “montar no bode” faz parte das cerimónias de iniciação numa Loja Maçónica tem a sua origem real na superstição da antiguidade. Os antigos gregos e romanos retratavam o seu deus místico Pã com chifres, cascos e pele felpuda, e o chamavam de “pés de bode”. Quando a demonologia dos clássicos foi adoptada e modificada pelos primeiros cristãos, Pã deu lugar a Satanás, que naturalmente herdou os seus atributos; de modo que, para a mente comum, o Diabo era representado por um bode, e as suas marcas mais conhecidas eram os chifres, a barba e os cascos fendidos. Depois vieram as histórias de bruxas da Idade Média e a crença nas orgias de bruxas, onde, dizia-se, que o Diabo aparecia montado num bode. Estas orgias das bruxas, onde, em meio a cerimónias terrivelmente blasfemas, praticavam a iniciação nos seus ritos satânicos, tornaram-se, para o vulgo e o iletrado, o tipo dos mistérios maçónicos; pois, como diz o Dr. Oliver, era uma crença comum na Inglaterra que os maçons estavam acostumados nas suas Lojas “a adorar o Diabo”. Assim, a “montagem no bode”, que se acreditava ser praticada pelas bruxas, foi transferida para os maçons; e o ditado permanece até hoje, embora a crença tenha desaparecido há muito tempo. (MACKEY, 2007
Fonte: Pedreiros Livres
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