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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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quinta-feira, 13 de maio de 2021

CIRCUNVOLUÇÃO / GIRO

CIRCUNVOLUÇÃO / GIRO
(republicação)

O Respeitável Irmão Ivan Luiz Emerim, Loja Duque de Caxias III Milênio e Loja Maçônica de Pesquisas Gênesis, REAA, Grande Oriente do Estado do Rio Grande do Sul, COMAB, Oriente de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta as seguintes questões:
ivan@educarita.org.br
jprimieri@gmail.com
wilsonmano02@hotmail.com

CIRCUNVOLUÇÃO/GIRO

a) No ritual 2004/2007 de Companheiro, consta na página 16, no Título “Circunvolução” que “a cada vez que transpuser o eixo longitudinal do Templo, todos os Irmãos devem saudar o Delta Luminoso com o Sinal de Ordem ou fazer reverência se estiver portando algo nas mãos”;

b) No ritual 2010/2013 de Aprendiz consta na página 81, no Título “Sinal e Saudação”, que o Obreiro tem que fazer o Sinal de Saudação ao Delta Luminoso quando ultrapassar pela primeira vez o equador durante o giro em Loja;

c) No mesmo ritual (2010/2013) na página 54, no título “Circulação em Loja”, só faz menção ao sentido horário, ao deslocamento na mesma Coluna e no Oriente. Não cita nada sobre saudação; Pergunta: Qual o procedimento correto?

d) Ainda sobre o caso acima temos uma dúvida: “circunvolução e giro” é a mesma coisa? Entendemos que circunvolução é o procedimento ritualístico usado pelos Obreiros que entram, saem ou eventualmente precisam se deslocar dentro do Templo; Giro é o trajeto percorrido por um Oficial (Diáconos, Mestre de Cerimônias, Hospitaleiro, Expertos) durante o seu trabalho ritualístico (Palavra, Bolsa, Tronco, Escrutínio, etc.). Pergunta: Ambos devem fazer o Sinal somente na primeira passagem?

CONSIDERAÇÕES:

No tocante ao que exaram os Rituais citados nada tenho a comentar especificamente sobre os mesmos, já que não os possuo, todavia seguem comentários que abordam o Rito Escocês Antigo e Aceito de uma forma geral e tradicional.

Alguns autores preconizavam que ao se cruzar o eixo do Templo se fizesse saudação ao “Delta”, fato que atualmente se encontra em desuso e praticamente abolido por não encontrar guarida em uma justificativa sólida.

Nesse sentido, geralmente se faz saudação às Luzes da Loja (Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes) por ocasião da entrada formal em Loja (execução da Marcha) e durante a entrada e saída do Oriente em Loja aberta.

Cabe aqui uma pequena observação: não há que se confundir a “saudação pelo Sinal” que é o ato de se saudar alguém e a composição e posterior ação de se desfazer o Sinal. Em ambos os casos se procede da mesma forma, entretanto um é um ato dirigido a alguém e o outro é procedimento de costume – quem compõe um Sinal deve desfazê-lo executando a pena simbólica.

Também não se faz Sinal Penal com o instrumento de trabalho, isto é: não se usa o instrumento de trabalho para se executar um Sinal.

O Obreiro que estiver empunhando um objeto de trabalho na ocasião fará apenas uma parada rápida e formal sem maneios de cabeça, inclinação do corpo ou coisas que o valham. Desconheço na tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito o “sinal de reverência” (sic).

Cabe aqui também uma observação aos Veneráveis e Vigilantes quando estiverem nos seus devidos lugares (Altar e mesas). Estes ao ficarem em pé devem deixar os seus respectivos malhetes e compor o Sinal Penal com a mão, ou mãos se for o caso.

Quanto à circulação: Circulação, do latim circulatione, profere o ato de circular, percorrer em torno, de rodear. Em Maçonaria na Sala da Loja, ou Templo em alguns ritos e particularmente no Escocês Antigo e Aceito é a circulação no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul que efetivamente é feita no sentido horário tendo como referência o Painel da Loja que está situado no centro do Ocidente sobre o eixo longitudinal (equador).

Essa circulação obedece ao sentido horário em alusão ao trabalho do Obreiro que começa no romper da aurora e termina ao cair da noite. É também a representação da Marcha da Luz tomada a referência através da marcha diária aparente do Sol.

No Oriente não existe qualquer padronização de circulação, resguardando-se apenas a obrigatoriedade de que a sua entrada é feita pelo lado Nordeste e a sua saída pelo lado Sudeste (incursão e saída o mais próximo da balaustrada possível). Para o Obreiro que transitar no mesmo hemisfério (Colunas do Norte e do Sul), isto é, sem ultrapassar o eixo, não existe circulação.

Circunvolução – do latim da forma hipotética latina circunvolutione – expressa o movimento à volta de um centro comum. Em Maçonaria é o ato de se circular ritualisticamente conforme preceitua o Rito. No Rito em questão é o dextrogiro em torno no Painel da Loja.

Giro – do grego gyros, pelo latim gyru – designa volta, circuito, rotação, revolução. Em se tratando de Maçonaria e em particular ao Rito Escocês Antigo e Aceito é próprio referir-se ao deslocamento dos Oficiais que por dever de ofício careçam se movimentar (andar) em Loja. É por exemplo, o caso do Mestre de Cerimônias na atividade de colher as Propostas e Informações assim como o Hospitaleiro no recolhimento do óbolo.

O porquê da definição prende-se ao fato de que esses Oficiais cumprem um circuito na Loja em atendimentos aos Irmãos de todos os quadrantes da Oficina, cujo início e fim estão previstos em um local entre Colunas próximo à porta de entrada do Templo.

T.F.A. PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 448 Florianópolis (SC) 19 de novembro de 2011.

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