TRÂNSITO DO M.'. CCER.'. FORA DO TEMPLO
(republicação)
Em 29/03/2017 o Respeitável Irmão
Tristão Antônio Borborema de Carvalho, Loja Obreiros de Abatiá, REAA, GOP
(COMAB). Oriente de Abatiá, Estado do Paraná, solicita o seguinte
esclarecimento:
Minha dúvida: o mestre de cerimônias
poderá circular fora do templo e, descobri-lo, saindo e retornando assim que
por algum motivo necessitar? Ou sempre depende da abertura e fechamento da
entrada do templo pelo irmão guarda do templo? Neste caso, toda vez que tiver
que sair do templo, terá que bater maçônicamente à porta do templo, ao
retornar, e aguardar o guarda do templo abri-lo?
CONSIDERAÇÕES:
Consuetudinariamente o Mestre de
Cerimônias no REAA é oficial que, por dever de ofício, pode transitar
livremente na Loja durante os trabalhos sem que para isso precise obter
autorização. É elementar, entretanto, que essa prática somente se dá pela
necessidade do seu ofício e nunca se a situação não exigir. Comento isso porque
num passado não muito distante, havia o hábito equivocado de que o Mestre de
Cerimônias podia se deslocar de uma para outra Coluna, ou para o Oriente, para
fazer o uso da Palavra. Na verdade isso não é e nunca foi prática ritualística
correta, pois se existe liberdade para esse oficial, ela é aplicada apenas à
precisão do seu ofício.
No que diz respeito ao seu
trânsito livre além dos limites do Templo (Loja), ele somente o tem se houver
mesmo real necessidade - ou por uma situação inesperada ou para atender a
liturgia.
No caso do Mestre de Cerimônia se
deslocar para fora da sala da Loja, não sendo para conduzir entradas formais ou
alguma outra determinação ritualística específica, então ele mesmo abre a porta
para se retirar, tomando o cuidado de à sua passagem fechar a porta para manter
a cobertura do recinto. Ao seu retorno, ele ingressa sem formalidade abrindo e
fechando a porta à sua passagem. Num caso desses não há necessidade do Cobridor
ficar a abrir e a fechar a porta para ele.
Em síntese Mano, podem surgir
inúmeras situações momentâneas e que dependem do bom senso no caso de quem abre
e fecha a porta nessa oportunidade, o que pode, dependendo do caso, necessitar
ou não do auxílio do Cobridor.
Assim, saída e entrada formal do
Mestre de Cerimônias somente se a situação a exigir devido ao cerimonial. Em
circunstâncias informais ele entra e sai livremente desde que isso não se
repita exageradamente para atender motivos fúteis.
Recomenda-se ainda que o Mestre
de Cerimônias só porte (empunhe) o bastão quando estiver conduzindo alguém
(indo à frente) ou se o ritual assim determinar. Em outras situações,
preferível é que ele esteja com ambas às mãos livres, inclusive para
confortavelmente poder abrir a porta - se esse for o caso.
Concluindo, a ritualística
depende do equilíbrio e desenvoltura por parte de quem a executa e comanda; daí
não é a toa que cargos em Loja só são preenchidos por Mestres, observados ainda
as suas comprovadas competências para o cargo.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com.br
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