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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 11 de maio de 2021

SIGNIFICADO DA VIAGEM NA EXALTAÇÃO - REAA

VIAGEM NA EXALTAÇÃO
(republicação)

Em 22/03/2017 o Respeitável Irmão Clemente Escobar, Loja Gonçalves Ledo, 3.079, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, através formula a seguinte questão através do meu blog – http://pedro-juk.blogspot.com.br

Gostaria de saber o que representa a viagem do Mestre na Exaltação.

CONSIDERAÇÕES:

Essa única viagem significa simbolicamente o último ano de aprimoramento do Companheiro que aspira ingressar na C.'. do M.'. Em síntese, o aspirante necessita antes se desvencilhar, no trajeto pelos quadrantes do Templo, de qualquer nódoa profana que ainda possa porventura lhe ferir a consciência antes de obter autorização para ingressar definitivamente no Oriente – a moradia do Mestre.

A passagem por essa porta simbólica é o caminho estreito (porta solsticial) por onde ele passará em direção ao lugar do juramento, antes que ele seja o protagonista principal na representação da Lenda Hirâmica.

A despeito de que o ritual seja bastante omisso em termos de orientação nessa passagem (como na maioria das outras também), alguns pormenores precisam ser observados na intenção de se compreender melhor a liturgia, em especial a inerente a esse trecho teatral iniciático.

Assim, durante essa viagem simbólica, o aspirante, ao peregrinar pelas CCol.'. até chegar ao Oriente, deve demonstrar primeiro confiança no seu guia, que é o detentor da Pal.'. de Pas.'., cuja qual será a senha necessária para se ingressar na C.'. do M.'. (vide procedimento de pedido de passagem entre o aspirante, seu guia e o Resp.'. Mestre).

Outro aspecto relativo à viagem é que o aspirante mantém a amarra (corda em torno da cintura) que representa ainda o elo com o mundo profano – as três voltas na corda simbolizam o orgulho, a inveja e a ambição (os três maus CComp.'.). O que reforça essa tese litúrgica é que o aspirante, mesmo sendo conduzido pela mão amiga do seu guia, o Ter.'. ainda o mantém seguro pela corda e vigiado agora de perto por dois acompanhantes armados. É só no final do trajeto, antes de pedir passagem, que o Ter.'. e os acompanhantes armados deixam o aspirante que permanece apenas com seu condutor (M.'. CCer.'.).

Dada a autorização da passagem obtida pela demonstração de confiança na Pal.'. de Pas.'., o aspirante é então devidamente conduzido para prestar a sua obrigação. Note que antes do aspirante à Exaltação se posicionar na forma de costume diante do A.'. dos JJ.'. o seu guia (M.'. CCer.'.) lhe retira a corda que o envolvia pela cintura (o ritual é falho pois não explica esse procedimento, todavia eu o descrevi no Manual de Procedimentos do GOB-PR).

Dados esses breves comentários, eis o significado da última viagem: Como o último ano de aprendizado do Companheiro, esse trajeto menciona que ele se despiu de qualquer nódoa profana que porventura ele ainda pudesse trazer consigo antes de ingressar definitivamente na morada da Luz. A propósito, essa alegoria já se houvera apresentado durante a terceira viagem por ocasião da cerimônia de Iniciação e a purificação por um dos elementos. Não foi em vão que aquela terceira viagem se deu silenciosamente representando a maturidade da vida e, na Exaltação, ela é novamente revivida teatralmente como a última etapa da vida terrena - eis que agora diante da terceira porta vos é dito: “procurai e encontrareis”, pois procurando acharás a Palavra perdida.

Por fim, como lição moral, a viagem e a confiança no guia são: “Como um forjador de metais, isto é, como um verdadeiro Tub.'., estou disposto a prosseguir no meu ofício de adornar e embelezar a Obra, pois mesmo que eu tenha perdido o Mestre em tão horroroso assassinato, confiante no meu guia, eu segui em frente; estive no túmulo; venci a morte e revivi para a Luz! A A.'. M.'. É C.'.”.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

Um comentário:

  1. Excelente!
    Obrigado Q.I. Pedro por compartir seu conhecimento, sem egoísmos.
    Cada Rito tem sua peculiaridade. O Schroder é totalmente diferente, mas é um rito maçom, portanto todos nos levam ao mesmo caminho, ainda com suas diferenças.
    Parabéns.
    dlsotolepe
    MRGLMERGS.

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