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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 25 de maio de 2021

A EXPRESSÃO ENTRE COLUNAS / TOPO DAS COLUNAS

A EXPRESSÃO ENTRE COLUNAS / TOPO DAS COLUNAS
(republicação)

Questões apresentadas pelo Respeitável Irmão Roberto Broilo Bragaglia, Loja Eduardo Teixeira 2, nº 80, R.´.E.´.A.´.A.´., sem declinar o nome da Obediência, Oriente de Balneário de Camboriú, Estado de Santa Catarina. robertobragaglia@hotmail.com

Gostaria de verificar se pudessem me ajudar, pois tenho duas duvidas, e não encontro lugar para pesquisa, referente aos seguintes temas:

1 - Quando em loja o Irmão esta trabalhando em algum cargo e tendo de apresentar, entre colunas uma peça de arquitetura, ele não tem antes de se encaminhar entre colunas, deixar nacadeira onde ele esta sentado a joia do cargo que ocupa, e apresentar a peça só com o traje maçônico?

2 - As Colunas de Aprendiz e Companheiro, o topo fica onde? Perto do Oriente, ou perto das Colunas? O Aprendiz mais novo senta-se então onde? Mais próximo do Primeiro Vigilante ou mais próximo do Oriente?

APONTAMENTOS:

1 - Não existe qualquer necessidade de que um Obreiro que precise apresentar uma Peça de Arquitetura se desloque para “entre Colunas”, salvo se o Ritual assim exarar. Estar entre Colunas significa se posicionar entre as Colunas do Norte e do Sul, geralmente próximo a porta de entrada da Sala da Loja (Templo).

Caso seja premente o Obreiro fazer a leitura entre Colunas e estiver ele ocupando um cargo, o mesmo simplesmente o faz sem que seja necessário desvestir-se da joia distintiva que lhe fora revestida pelo Mestre de Cerimônias. Nesse caso o Irmão vai ao local determinado usando a joia distintiva. Um Obreiro só deixa a insígnia distintiva de ofício caso ele careça se ausentar definitivamente dos trabalhos. Aí ele é substituído por outro Irmão na forma de costume. Não é em hipótese alguma aconselhável que os Vigilantes deixem os seus lugares em Loja para apresentação de Peças de Arquitetura. Assim também não deve se ausentar do local de ofício o Cobridor Interno.

2 – Coluna do Norte – é todo o espaço compreendido na Loja que se limita na sua base pelo eixo longitudinal do Templo (equador); no seu topo pela parede Norte da Loja que vai do canto com a parede ocidental até a balaustrada do Oriente; na sua lateral direita (daquele que posicionado sobre o eixo olha para o Norte) com a balaustrada e o espaço que compreende a entrada do Oriente; lateral esquerda (daquele que posicionado sobre o eixo olha ainda para o Norte) pela parede ocidental e a metade norte da porta do Templo.

Coluna do Sul - é todo o espaço abrangido na Loja que se limita na sua base pelo eixo longitudinal do Templo (equador); no seu topo pela parede Sul da Loja que vai da balaustrada do Oriente até o canto com a parede ocidental; na sua lateral direita (daquele que posicionado sobre o eixo olha para o Sul) com a parede ocidental e a metade sul da porta do Templo; lateral esquerda (daquele que posicionado sobre o eixo olha ainda para o Sul) pela balaustrada e o espaço que envolve saída do Oriente.

Dadas essas considerações os Aprendizes sentam-se encostados no topo da Coluna do Norte e os Companheiros de maneira análoga, porém encostados no topo da Coluna do Sul.

Em relação ao Aprendiz mais novo obedecendo à alegoria da renovação da Natureza, esse inicia a sua jornada próxima ao Primeiro Vigilante cujo ciclo iniciático está representado pelas primeiras três Colunas Zodiacais (constelações de Áries, Touro e Gêmeos – Primavera no Hemisfério Norte).

Já o Companheiro rompe a sua senda no Sul a partir da balaustrada, cujo ciclo iniciático reporta-se ao Outono no Hemisfério Norte (Colunas Zodiacais de Libra, Escorpião e Sagitário).

A jornada do Maçom no Rito Escocês Antigo e Aceito sugere nos graus iniciáticos à passagem alegórica pelos ciclos naturais relacionados ao hemisfério Norte do Planeta. Toda essa alegoria está intrinsicamente ligada às Colunas Zodiacais, cujas constelações e os respectivos alinhamentos com o Sol denotam as estações do ano. – Primavera, Verão, Outono e Inverno – infância, adolescência, juventude e maturidade.

Em se referindo ao Zodíaco, na Maçonaria a expressão jamais se refere à Astrologia oculta como horóscopo, adivinhações, previsões, destino, etc. Se bem entendida a “Arte” os ciclos da Natureza no
tocante à Sublime Instituição sugerem ao Iniciado o nascimento, a vida e a morte como lição de renovação e aperfeiçoamento.

Daí resulta a máxima filosófica: “A semente que cair no chão e não morrer estará fadada ao esquecimento, porém aquela que morrer, certamente produzirá bons frutos”.

Finalizando. Rituais escoceses que porventura sugiram que o recém-iniciado deva se sentar próximo à grade do Oriente estão equivocados. Esse costume é de outra vertente maçônica (inglesa) que possui um arcabouço doutrinário diferente da vertente francesa (escocesismo).

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 456 Florianópolis (SC) 23 de novembro de 2011.

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