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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 30 de novembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

AS TRÊS JANELAS DO PAINEL - REAA

Em 19/03/2024 o Respeitável Irmão Moacir Santos, Loja Aurora de Goiás, 1393, REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

TRÊS JANELAS

Gostaria de uma ajuda se possível. Estou fazendo um trabalho na minha loja sobre as três janelas no painel do grau de Aprendiz. O Ir∴ indica algum livro ou material sobre? Nas minhas pesquisas estou encontrando pouco material.

CONSIDERAÇÕES:

Para se falar das três janelas é preciso antes que se compreenda o misticismo religioso haurido dos cultos solares da antiguidade no contexto da Moderna Maçonaria.

À bem da verdade, as três aberturas (janelas) que aparecem nos painéis das Lojas, marcam a marcha aparente e diária do Sol.

Nesse sentido, os ritos maçônicos de vertente latina, que são oriundos do hemisfério Norte, apresentam estas três aberturas no lado Sul do seu painel da Loja. Aparecem ao Oriente, Meio-Dia e Ocidente para representar as aberturas por onde passa a luz.

Ficam ao Sul porque, sob o ponto de vista do Norte (onde nasceu a Maçonaria), o Sol aparentemente percorre, em boa parte da sua eclíptica, um caminho sobre o hemisfério Sul. É como se o Sol durante seis meses se deslocasse do setentrião para o meridião até alcançar o seu ponto máximo de declinação (trópico de Capricórnio). É por esta razão que o Sul aparenta ser mais iluminado do que o Norte. É por esse caráter figurado de luz plena que o Sul é também chamado de Meio-Dia.

Graças a este deslocamento aparente é que ocorrem os solstícios, neste caso, o de verão ao Sul, simultaneamente ao de inverno no Norte.

Como o Sol é um elemento simbólico assaz importante para o misticismo iniciático da Maçonaria, e em particular dos seus ritos solares, a observação da sua mecânica celeste é feita sempre de quem do Norte vislumbra o Sul. Esta á a razão do porquê de as janelas (aberturas) aparecerem sempre no lado Sul do painel.

Outros comentários a respeito poderão ser encontrados no Blog do Pedro Juk – http://pedro-juk.blogspot.com.br

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

MAÇONS FAMOSOS


JEAN-PAUL MARAT (Boudry, 1743 — Paris, 1793). Médico, filósofo, teorista político e cientista mais conhecido como jornalista radical e político da Revolução Francesa. Em 1789, fundou o jornal “O Amigo do Povo”, em que se revelava defensor das causas populares. Condenado várias vezes, era visto como o porta-voz do partido jacobino, a ala mais radical da revolução.

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 15 de julho de 1774.

Loja: Não identificada (uma Loja em Londres).

Idade que foi Iniciado: 31 anos.

Faleceu aos 50 anos de idade, assassinado com uma facada no peito, por Charlotte Corday, uma simpatizante dos girondinos, com uma punhalada no peito em uma banheira.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

MITRAÍSMO E MAÇONARIA

Por H.L. HAYWOOD
Tradução J. Filardo

Os escritores maçônicos muitas vezes professaram ver muitos pontos de semelhança entre o mitraísmo e a maçonaria. Albert Pike declarou uma vez que a Maçonaria é a herdeira moderna dos Mistérios Antigos. É uma afirmação com o qual nunca fui capaz de concordar. Existem semelhanças entre nossa Fraternidade e os antigos Cultos de Mistério, mas a maioria deles é de caráter superficial e tem a ver com externalidades de rito ou organização, e não com conteúdo interno. Quando Sir Samuel Dill descreveu o mitraísmo como “uma maçonaria sagrada”, ele usou esse nome em um sentido muito vago.

Os cultos de mistério eram religiões esotéricas praticadas na antiguidade, especialmente no mundo greco-romano. Esses cultos ofereciam aos seus iniciados conhecimentos secretos e experiências espirituais profundas, muitas vezes através de rituais e cerimônias que eram mantidos em segredo dos não-iniciados. Alguns dos cultos de mistério mais conhecidos incluem:

1. **Mistérios de Elêusis**: Dedicados a Deméter e Perséfone, esses rituais eram realizados em Elêusis, na Grécia, e prometiam aos iniciados uma vida após a morte mais feliz.

2. **Culto de Mitra**: Popular entre os soldados romanos, este culto envolvia rituais em cavernas e a adoração do deus Mitra.

3. **Mistérios Órficos**: Baseados nos ensinamentos do poeta Orfeu, esses rituais enfatizavam a purificação da alma e a reencarnação.

4. **Culto de Ísis**: Originário do Egito, este culto se espalhou pelo Império Romano e envolvia rituais dedicados à deusa Ísis, prometendo proteção e vida eterna aos seus seguidores.

Esses cultos ofereciam uma alternativa às religiões oficiais e muitas vezes atraíam aqueles que buscavam uma conexão espiritual mais pessoal e direta.!

No entanto, as semelhanças são muitas vezes surpreendentes:

Apenas homens eram admitidos como membros do culto. “Entre as centenas de inscrições que chegaram até nós, nenhuma menciona uma sacerdotisa, uma mulher iniciada ou mesmo uma patrona.” Nisso o mithrea diferia dos collegia, vez que estes, embora quase nunca admitissem mulheres como membros, nunca hesitaram em aceitar ajuda ou dinheiro delas.

Os **collegia romanorum** eram associações na Roma Antiga, conhecidas como colégios. Esses colégios eram instituições não governamentais que muitas vezes tinham caráter de direito público devido às suas atribuições. Eles podiam ser associações profissionais, religiosas, funerárias, ou de funcionários públicos. Por exemplo, havia os **collegia opificum** (associações de artesãos) e os **collegia mercatorum** (associações de comerciantes). Também existiam associações religiosas chamadas **sodalitates** ou **socii cultores**, e sociedades funerárias conhecidas como **collegia funeraticia**.

A adesão ao mitraísmo era tão democrática quanto à dos maçons, talvez até mais, pois escravos eram admitidos livremente e muitas vezes ocupavam cargos de confiança, assim como libertos dos quais havia multidões nos últimos séculos do império.

Os membros eram geralmente enquadrados em sete graus.

O mitraísmo, uma religião de mistérios praticada no Império Romano, tinha um sistema de iniciação composto por sete graus. Cada grau estava associado a um planeta e representava uma etapa na jornada espiritual do iniciado. Os sete graus de iniciação no mitraísmo eram:

1. **Corax (Corvo)** – Associado a Mercúrio.

2. **Nymphus (Noivo)** – Associado a Vênus.

3. **Miles (Soldado)** – Associado a Marte.

4. **Leo (Leão)** – Associado a Júpiter.

5. **Perses (Persa)** – Associado à Lua.

6. **Heliodromus (Mensageiro do Sol)** – Associado ao Sol.

7. **Pater (Pai)** – Associado a Saturno.

Esses graus refletiam a progressão espiritual e o desenvolvimento pessoal dos adeptos, que passavam por rituais e provas específicas para avançar de um grau para o outro, cada um dos quais tinha suas próprias cerimônias simbólicas apropriadas. A iniciação era a experiência culminante de todo adorador. Ele era vestido simbolicamente, fazia votos, passava por muitos batismos e, nos graus mais altos, participava de banquetes sagrados com seus companheiros. O grande evento das experiências do iniciado era o taurobólio. Era considerado muito eficaz e deveria unir o adorador ao próprio Mitra.

O **taurobólio** era um ritual religioso da Roma Antiga, realizado em honra à deusa Magna Mater, também conhecida como Cibele. Esse ritual envolvia o sacrifício de um touro, cujo sangue era derramado sobre uma pedra perfurada. Abaixo dessa pedra, ficava o indivíduo que buscava purificação ou conversão ao culto da deusa, recebendo a ablução do sangue do animal.!


Uma representação dramática de uma morte e uma ressurreição estava à frente de todas essas cerimônias. Um painel mostrando em baixo-relevo Mitra matando um touro ficava no fundo de cada mithraeum.

Um **mitreu** (ou **mithraeum** em latim) era um templo dedicado ao culto de Mitra, uma divindade da religião de mistério conhecida como mitraísmo, que era popular no Império Romano. Muitos mitreus foram encontrados em todo o território do antigo Império Romano, especialmente onde as legiões romanas estavam estacionadas.

Este, mithreum, como era chamado o local de encontro, ou alojamento, geralmente tinha a forma de uma caverna, para representar a caverna em que o deus lutava.


Havia bancos ou prateleiras ao longo dos lados, e nessas linhas laterais os membros se reclinavam durante o banquete ritualístico. Cada mithreum tinha seus próprios oficiais, seu presidente, curadores, comitês permanentes, tesoureiro e assim por diante, e havia graus mais altos que concediam privilégios especiais a poucos.

Caridade e socorro eram praticados universalmente e um mitraísta saudava outro como “irmão”. A “loja” mitraica era mantida pequena, e novas lojas eram criadas como resultado de “enxameamento” quando o número de membros crescia demais.

Fonte: https://bibliot3ca.com

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

PEDRA, CEDRO DO LÍBANO E OURO - CÍRCULO ENTRE PARALELAS TANGENCIAIS - DECORAÇÃO DO TEMPLO

Em 19.03.2023 o Respeitável Irmão Tiago Schenkel, sem mencionar o nome da Loja, Rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação, apresenta a dúvida seguinte:

DECORAÇÃO DO TEMPLO

Estava lendo uma peça vossa sobre a decoração do Templo e surgiu uma dúvida, a qual nunca houvera escutado sobre ou visto.

Na verdade, duas dúvidas:

A primeira é sobre "pedra, cedro do Líbano e ouro". Onde ficam e como apresentá-las de forma correta? (um pedaço, qual o formato da pedra, qual o objeto em ouro para expor).

A segunda se refere ao Altar dos Juramentos - "Convém..., na qual figurem o Círculo entre Paralelas Tangenciais e Verticais". teria alguma representação para que possamos adequar em nossa Loja?

Desde já, agradeço pelo retorno.

CONSIDERAÇÕES:

No caso do REAA, a Pedra, o Cedro do Líbano e o Ouro, são elementos simbólicos representativos da estabilidade (a pedra), da vitalidade (a madeira – cedro do Líbano) e a espiritualidade (o ouro).

Não existe nenhum um artifício emblemático específico para representa-los na Loja. Genericamente eles são elementos constitutivos que se encontram distribuídos na decoração dos Templos.

Tal como adereços, a Pedra encontra-se representada pelas Joias Fixas da Loja (a Pedra Bruta e a Cúbica); o Cedro do Líbano é representado pelo mobiliário em madeira distribuído pela Loja; o Ouro é representado pelos matizes dourados dos galões e debruns que adornam o dossel, as cortinas, os estofos e toalhas, além da cor dourada das joias distintivas dos cargos apensas dos colares. É assim que estes elementos podem ser encontrados nos Templos do REAA.

Em relação ao Círculo entre as Paralelas Tangenciais, é possível dizer que este é um dos elementos mais antigos e importantes que constituem o relicário simbólico da Maçonaria em geral.

Quanto à sua exegese, o Círculo (totalidade cósmica) representa o Sol, enquanto que e as Paralelas Verticais Tangenciais representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Veladamente este conjunto revela os períodos solsticiais e os ciclos da naturais do verão e do inverno.

Temperados pela Igreja, os solstícios de verão e inverno ao Norte acabariam associados aos personagens religiosos de João, o Batista (Trópico de Câncer) e João, o Evangelista (Trópico de Capricórnio).

Vale lembrar que historicamente os ciclos da Natureza muito interessaram às Corporações de Ofício da Idade Média, ancestrais da Moderna Maçonaria. Nas guildas de construtores, as estações do ano eram fatores determinantes para o progresso e o bom andamento do trabalho. As vicissitudes do inverno não eram bem-vindas porque tornavam insalubres as atividades laborais nos canteiros. Ao contrário do inverno, com seus dias curtos e noites longas e frias, o verão, mais iluminado, com dias longos e aquecidos, propiciava condições próprias para o progresso do trabalho.

Com a paulatina transformação da Maçonaria Operativa (de ofício) para a Especulativa, o símbolo formado pelo Círculo e as Paralelas Tangenciais, também adquiriu uma nova roupagem interpretativa. Sob um conceito filosófico esta alegoria lembra ao maçom que na mecânica da Natureza, o Sol nunca ultrapassa os trópicos. Em última análise, isto quer dizer que a sabedoria e o discernimento humano são limitados perante a plenitude das Leis da Criação.

Geograficamente, as paralelas tangencias correspondem à passagem, pelo Templo, dos trópicos de Câncer e Capricórnio. Essa referência, visível e palpável, é representada pelas Colunas Solsticiais B∴ e J∴.

No misticismo religioso e a Maçonaria, o Círculo entre as Paralelas Tangenciais também possui elo com a denominação de “Lojas de São João” comumente dada às Lojas maçônicas. No caso, João, o Batista, porque previu a Luz (verão), e o Evangelista, porque disseminou a volta da Luz (inverno).

Nesta conjuntura, vale lembrar que as Guildas de Construtores dos séculos XI e XII - precursoras da Franco-maçonaria - eram protegidas da Igreja. Assim, nada a estranhar as fortes influências religiosas daquela época no ofício.

Embora muito importante, infelizmente o símbolo do Círculo entre as Paralelas Tangenciais anda um pouco esquecido pela Maçonaria latina. Mesmo assim, nos rituais que o adotam, ele geralmente aparece gravado em um quadro fixado na base do Altar dos Juramentos, à vista de todos os que estão no Ocidente. Em alguns casos este símbolo também aparece em alguns painéis simbólicos de Loja.

Eram essas as considerações sobre pertinentes à sua questão.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

O ACHISMO ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS

José Maurício Guimarães

Meu amigo Silvério Sansão Veras, mecânico de profissão, assim define o problema:

- Achismo é a atitude de quem se julga o rei da cocada preta, mas nunca foi à Bahia.

Achei ótima a definição do Silvério. - ele é autoridade, pode falar de cátedra: Silvério Sansão nunca "acha" que o pLobRema é na rebimboca da parafuseta: ele vai direto na mangueira da refrigeração. Melhor ainda é que os achismos estão com os dias contados. Em todos as áreas do pensamento a informação está a substituir a opinião infundada. Em Maçonaria, mais ainda - pois um exército silencioso e pacífico de pesquisadores, pensadores e escritores vem trazendo a público uma REFLEXÃO séria sobre nossa Sublime Ordem. Recentemente assistimos na NatGeo ao documentário "O Poder Da Maçonaria" (título original "The Scottish Key") que pode ser assistido, na íntegra e em 5 capítulos, no youtube http://www.youtube.com/watch?v=Bi4hCJoo-JI ou baixado no site www.doc.tvonlinetv.com.br

Esse documentário mostra (e prova) três aspectos importantes da Maçonaria: 1) A união do Iluminismo com o Misticismo na formação dos primeiros construtores e na redação dos Old Charges; 2) A existência histórica de maçons escoceses que precederam aos ingleses; 3) o papel da Royal Society no assentamento dos verdadeiros objetivos dos Maçons. Além dos depoimentos de personalidades do mundo maçônico (John Hamill da United Grand Lodge of Englando, Robert Cooper da Grand Lodge of Scotland e Roger Dachez do Institut Maçonnique de France) o documentário apresenta a opinião de doutores universitários como David Stevenson da University of St.Andrews e Jessica Harland-Jacobs da University of Florida. Bem, o documentário está dublado em português e foi apresentado na tv brasileira, várias vezes; o público não-maçônico assistiu; muitos maçons (certamente uma minoria) também assistiu e gravou em CD. O fato é que esse documentário esclarece muita coisa que, até o presente, constava só dos livros e do paciente estudo dos poucos maçons pesquisadores. Pois é, a rebimboca da parafuseta está com os dias contados.

Outro fato que põe o achismo com seus dias contados é o recente lançamento da monumental obra de Albert Pike, "Moral e Dogma" pela Editora YOD. Albert Pike (1809-1891) dispensa apresentações. Ele foi a maior autoridade mundial sobre o Rito Escocês Antigo e Aceito. Suas obras abordam a correta estrutura e ritualística dos Graus Simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre) e na série "Moral e Dogma" uma abordagem filosófica e reflexiva sobre o conteúdo dos Graus Superiores (do 4 ao 33).

Além de Maçom, Pike foi Grande Comandante da Suprema Corte dos Estados Unidos e General do Exército Confederado. Em suas obras estão associados o pensamento moral de um juiz às qualidades positivas de um grande líder militar. Além de traçar as linhas mestras que regem o Rito Escocês (objetivos e métodos da Maçonaria mais praticada entre nós), "Moral e Dogma" é o guia seguro para a instrução e formação ética das pessoas que escolhem esse Rito. Esses dois documentos – o documentário da NatGeo e "Moral e Dogma" mostram que o verdadeiro Maçom trabalha em beneficio das gerações futuras e pelo avanço e aperfeiçoamento da instituição.

Uma filiação à Ordem Maçônica não tem sentido se o iniciado não deixa algo que perdure além de sua própria época. Se assim não fosse, inútil seria nossa certeza na imortalidade da alma. Em termos sociais o homem só se torna imortal através da influência benéfica que deixa entre os seus quando caminha para o Oriente Eterno.

Creio que no último parágrafo falei além do que é possível falar e expressar. Se eu desmistificasse este significado ou trocasse em miúdos seu significado, estaria aviltando a Ordem Maçônica e fazendo concessões à profanação de um legado.

Um ensinamento incompleto é pior do que o erro. Portanto, aconselho aos Irmãos da Ordem que estudem esse documentário e, na medida do possível, leiam a obra de Albert Pike. O público não-iniciado já está de posse desse conhecimento e não tardará o dia em que dialogarão conosco nas universidades, em nossos ambientes de trabalho e na intimidade dos nossos lares. Tenho certeza de que uma REFLEXÃO profunda sobre os fatos e teses ali contidos, fará de cada pesquisador um obreiro da seara, apto a separar joio do trigo e armazenar em celeiros as bênçãos da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade para nossa pátria e a humanidade.

- A rebimboca da parafuseta está com os dias contados.

Fonte: JBNews - Informativo nº 254 - 09.05.2011

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

CURIOSIDADES


A Loja Maçônica Chelsea nº 3098, em Londres, é também chamada de “A Loja do Entretenimento”.

Ela foi fundada em 1905 por um grupo de artistas e músicos e atualmente é uma das mais conhecidas do mundo. Inicialmente não tinha sede própria e seus membros eram meio nômades, fazendo suas reuniões em vários locais diferentes, até que, 31 anos depois, se estabeleceu definitivamente na Great Queen Street, Londres.

Os Irmãos Maçons dessa Loja são representantes dos ramos do show business mais variados, entre músicos, atores, artistas de circo, mímicos, comediantes, mágicos, ventríloquos e pessoas do cinema, rádio e televisão.

Ao longo de sua história, mais de mil maçons já fizeram parte do seu quadro, e as reuniões ocorrem, cinco vezes por ano no Freemasons’ Hall, 60, Great Queen Street, em Londres.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

FRASES ILUSTRADAS

TAÇA DAS VICISSITUDES NO REAA - NOVO RITUAL DE 2024

Em 26.11.2024 o Poderoso Irmão Derildo, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-ES, Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo apresenta a seguinte questão:

PROVA DA TAÇA

Meu Eminente e estimado irmão. Conforme lhe disse, só tenho recebido elogios do ritual. Tive questionamentos apenas sobre a ordem dos golpes de malhete após o Candidato beber da Taça das Vicis∴ (pagina 140). A sequência tem sido considerada um erro de digitação, mas tenho ponderado que essa sequência foi premeditada de tal forma que o brado do Venerável (O que vejo...) tenha mais destaque. Enfim? Estaria eu certo ou realmente houve um erro?

CONSIDERAÇÕES:

Não se trata de digitação errada. O ritual está correto. A ordem de sequência de golpes de malhete (1º e 2º VVig∴) que constam na página 140 do ritual não tem relação com o golpe dado a seguir pelo Ven∴ Mestre.

Destaco que esta ação não é uma de salva de bateria dada no Altar e nas mesas dos VVig∴.

Explico: o golpe dado pelo 1º Vig∴ significa um pedido para cessar a prova, o qual é acompanhado pelo 2º Vig∴, que também pede. Já o golpe de malhete dado em seguida pelo Venerável Mestre, não é um pedido, mas um golpe de alerta e reprimenda ao Candidato. Observe-se que quem pede para cessar a prova são os VVig∴, 1º e 2º respectivamente. Nesse contexto, o Venerável não participa do pedido porque é ele, ajudado pelo Sacrif∴, quem está aplicando a prova (não faria sentido ele pedir para ele mesmo). Desta forma, para que a prova efetivamente seja encerrada, obedecendo a ordem hierárquica, o 1º Vig∴ é o primeiro a dar um golpe de malhete e, por sua vez, o 2º Vig∴ também assim procede.

À vista disso, a sequência de golpes dados pelos VVig∴ não se trata salva pela bateria e nem é um anúncio nas CCol∴ para o giro da palavra. Trata-se sim de uma solicitação partida do 1º Vig∴ e corroborada pelo 2º Vig∴.

T.F.A.
PEDRO JUK – SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

EGRÉGORA


A noção de "EGRÉGORA" tem sido um tema de discussão nos círculos maçônicos há algum tempo. Muitos irmãos expressam dúvidas sobre sua origem e sua compatibilidade com os princípios maçônicos tradicionais. Vale ressaltar, que antes da década de 1930, não existia nada que relacionasse egrégora com as noções básicas da Maçonaria. Vamos entender um pouco mais:

Origens Ocultistas:

A palavra "egrégora" tem raízes profundas nas tradições ocultistas do século XIX. Autores como Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, Eliphas Levi e Stanislas de Guaita foram pioneiros na formulação desse conceito. Para eles, a egrégora era uma entidade coletiva que surgia a partir do agrupamento de indivíduos compartilhando objetivos ou ideais comuns.

Introdução na Maçonaria:

Foi Oswald Wirth, influenciado por esses pensadores ocultistas, que introduziu a egrégora na Maçonaria francesa por volta de 1935. Segundo Wirth, a egrégora era uma entidade viva, formada pela energia combinada dos membros de uma Loja Maçônica, uma espécie de força espiritual que poderia influenciar o ambiente e as atividades da Loja.

Interpretações Contemporâneas:

Nos tempos modernos, muitos irmãos expressam preocupação com a introdução desse conceito na Maçonaria. Alguns argumentam que ele está mais alinhado com o ocultismo do que com os princípios fundamentais da Ordem. A ideia de uma entidade espiritual coletiva, que influencia os membros da loja e suas atividades, levanta questões sobre a natureza da Maçonaria como uma instituição baseada em valores e ensinamentos universalmente reconhecidos.

Reflexões Finais:

A introdução da egrégora na Maçonaria levanta questões importantes sobre a interpretação e evolução dos ensinamentos maçônicos ao longo do tempo. Enquanto alguns irmãos abraçam essa ideia como uma manifestação da unidade e força da Ordem, outros permanecem céticos em relação às suas implicações e origens. O debate continua, e é essencial para os Maçons compreenderem plenamente os conceitos que permeiam sua prática e tradição.

Qual é a sua opinião sobre o conceito de egrégora na Maçonaria?

Por: Luciano Rodrigues (In Memoriam), In: www.oprumodehiram.com.br

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO EM LOJA

Em 19/03/2024 o Respeitável Irmão Gabriel Ramos, Loja Beot-El, 1788, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a dúvida seguinte:

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

Uma pergunta: na apresentação do trabalho já pude ver que em muitas Lojas do REAA possuem maneiras diferentes de conduzir o Apr∴ ou Comp∴ na apresentação em respeito de ONDE eles apresentam. Em algumas o Venerável Mestre solicita que o Mestre de Cerimônias conduza o IR apresentante para entre Colunas. Em outras o Irmão apresentante fala de onde
está.

CONSIDERAÇÕES:

Não existe nenhuma regra para isso, tanto o trabalho pode ser apresentado do lugar em Loja do apresentante, assim como entre Colunas. O lugar da apresentação é de livre escolha da Loja.

Como sugestão, a Secretaria Geral de Orientação Ritualística, para o bem da objetividade dos trabalhos, tem recomendado que a peça de arquitetura seja lida diretamente do lugar daquele que irá apresenta-la. Mas esta é, sem nenhuma interferência, uma decisão da Loja.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 72 - Abater Colunas

Em todos os Templos das Lojas Simbólicas existem, próximas à porta de entrada, muitas vezes no Átrio, outras vezes pelo lado de dentro do Templo, duas colunas com as letras “B” e “J”. Na minha opinião, devem estar no lado de dentro, pois são consideradas como Símbolos Maçônicos.

Entretanto, o termo “abater colunas” não se refere à essas colunas, mas à outras, que ao meu ver, são muito mais importantes, como veremos a seguir.

As Colunas “B” e “J”, determinam, principalmente, o local que deve ser ocupado em Loja, respectivamente, pelos Aprendizes e pelos Companheiros. Há diferenças, dependendo do Rito em que a Loja está trabalhando. Assim, para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Coluna “B” está à esquerda de quem adentra o Templo, e a Coluna “J”, à direita. Formam, pois a Coluna dos Aprendizes e a Coluna dos Companheiros. Considerando, simbolicamente, que ao longo do Oriente-Ocidente da Loja está a Linha do Equador, temos, então, a Coluna do Norte e a Coluna do Sul, sempre citadas em nossos rituais.

Além dessas existem ainda, no R.'.E.'.A.'.A.'. as Colunas Zodiacais.

Finalizando, existem outras “Colunas”, simbólicas, importantíssimas. Desse modo, simbolicamente, a Loja está apoiada em três colunas: a Coluna do Venerável Mestre, ou a “Coluna da Sabedoria”; a Coluna do Primeiro Vigilante ou a “Coluna da Força”; e a Coluna do Segundo Vigilante ou a “Coluna da Beleza”.

Portanto, abater colunas, é derrubar as colunas que sustentam, simbolicamente, uma Loja, ou seja, é abater as Colunas da Sabedoria, da Força, e da Beleza!

Abater Colunas”, segundo Mestre Nicola Aslan “é quando uma Loja Maçônica não se reúne mais com regularidade, nem mesmo para renovar os mandatos de sua administração, e por falta de Obreiros suspende os seus Trabalhos”.

Dizemos, então, que “abateu colunas” ou “adormeceu”. Os procedimentos exigem, que para uma Loja continuar trabalhando, existam ao menos sete Obreiros, sendo, pelo menos, três Mestres.

Somente como esclarecimento, deve fique claro que: “estar entre Colunas” ou “falar entre Colunas” estamos nos referindo à essas últimas colunas citadas, ou seja, as Colunas da Sabedoria, da Força e da Beleza, e não, estar entre as Colunas “B” e “J”, ou entre as Colunas Zodiacais.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

OS SETE PRINCÍPIOS HERMÉTICOS

"Os princípios da verdade são sete; quem os conhece, compreensivelmente, possui a Chave Mágica antes de toque todas as portas do templo se abrem. "

Os sete princípios herméticos, nos quais toda a filosofia hermética se baseia, são os seguintes:

1. O princípio do mentalismo.

2. O princípio da correspondência.

3. O princípio da vibração.

4. O princípio da polaridade.

5. O princípio do ritmo.

6. O princípio de causa e efeito.

7. O princípio de gênero.

1. O Princípio do Mentalismo

"O TUDO É MENTE; O Universo é Mental."

Este princípio incorpora a verdade de que" tudo é mente.

Explica que O TODO (que é a Realidade Substancial subjacente a todas as manifestações e aparências externas que conhecemos sob os termos de" O Universo Material "; os" Fenômenos da Vida " ; "Matéria"; "Energia"; e, em suma, tudo o que é aparente aos nossos sentidos materiais) é o ESPÍRITO, que por si só é INESQUECÍVEL e INDEFINÍVEL, mas que pode ser considerado e pensado como UMA MENTE VIVA UNIVERSAL, INFINITA.

Também explica que todo o mundo ou universo fenomenal é simplesmente uma Criação Mental do TODO, sujeita às Leis das Coisas Criadas, e que o universo, como um todo, e em suas partes ou unidades, tem sua existência na Mente de Deus.

O TODO, em que Mente "vivemos, nos movemos e existimos". Este Princípio, ao estabelecer a Natureza Mental do Universo, explica facilmente todos os variados fenômenos mentais e psíquicos que ocupam uma parcela tão grande da atenção do público, e que, sem essa explicação, são n tratamento científico compreensível e desafiador.

A compreensão desse grande princípio hermético do mentalismo permite que o indivíduo compreenda prontamente as leis do universo mental e aplique o mesmo ao seu bem-estar e progresso.

O Estudante Hermético está habilitado a aplicar inteligentemente as grandes Leis Mentais, em vez de usá-las de maneira aleatória. Com a chave mestra em seu poder, o aluno pode abrir as muitas portas do templo mental e psíquico do conhecimento e entrar na mesma de maneira livre e inteligente.

Este princípio explica a verdadeira natureza da "energia", "poder" e "matéria" e por que e como tudo isso está subordinado ao domínio da mente.

Um dos antigos mestres herméticos escreveu, há muito tempo: "Aquele que capta a verdade da natureza mental do universo está bem avançado no caminho para o domínio".

E essas palavras são tão verdadeiras hoje quanto na primeira vez em que foram escritas. Sem essa chave mestra, a maestria é impossível, e o aluno bate em vão nas muitas portas do templo. "

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

terça-feira, 26 de novembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

USO DE ESPADAS NO REAA

Em 13.03.2024 o Respeitável Irmão Emanoel Luizgino Barros de Lima, Loja 21, 03, REAA, Grande Oriente da Paraíba (COMAB), Oriente de João Pessoa, Estado da Paraíba, apresenta a dúvida seguinte:

ESPADAS NO REAA

Meu Ir∴, fui exaltado recentemente e estou à procura de Instruções sobre o uso de Espadas no REAA. Em nossos rituais não há esse tipo de instrução, uma verdadeira lástima.

Enquanto Apr∴ e Comp∴ já presenciei discussões sobre essa ou aquela maneira correta de portar-se com a espada. Uma das mais curiosas foi um irmão dizer que no momento do "Faça-se a Luz" durante a Iniciação, os MM∴ deviam formar um semicírculo ao redor do neófito e apontar-lhes a espada, segurada pela mão esquerda Já li em seu blog que ambos os procedimentos estão errados.

Esse é só um exemplo do que já vi...

O Ir∴ poderia me ajudar nessa questão? Inclusive me comprometo em fazer um trabalho com esse material para replicá-lo em minha loja.

CONSIDERAÇÕES:

No simbolismo do REAA, salvo a Espada Flamígera, as demais espadas são rigorosamente empunhadas pela mão direita e só devem ser manuseadas por dever de oficio.

Geralmente os titulares que as utilizam trazem-nas embainhadas, ou deixam-nas presas em um dispositivo que geralmente fica fixado atrás do espaldar da cadeira.

Nesse contexto, há ainda a Faixa de Mestre, a qual em muitos casos traz na sua extremidade inferior um dispositivo anelar de metal que serve para acondicionar a espada enquanto ela não estiver sendo empunhada. À bem da verdade, o que deu origem à Faixa de Mestre foi o antigo talabarte militar de couro, com bainha, que era naturalmente usado para manter a espada embainhada.

No REAA, os titulares que utilizam a espada como objeto de trabalho são os Cobridores e os Expertos. Armados de espadas, também aparecem nas sessões magnas, as comissões de recepção e retirada de autoridades, e a guarda de honra do Pavilhão Nacional, não obstante ainda existir o uso da espada em outras passagens ritualísticas e iniciáticas previstas no ritual.

Sob o ponto de vista histórico, quem disseminou o uso de espadas na ritualística maçônica foi a Maçonaria Francesa, a qual, dentre outros, procurava dar sentido de igualdade entre os seus membros, não importando a sua condição social. De certo modo, na França do século XVIII, a aristocracia se utilizava da espada para também simbolizar seu elevado poder e status social.

Assim, a Maçonaria, ao espargir o uso da espada entre os seus membros, de certa forma queria demonstrar o caráter de igualdade que imperava nas suas Lojas.

Não é o caso do REAA, mas há ritos maçônicos em que todos os Mestres Maçons usam espadas. De certa forma, a Faixa de Mestre é um resquício dos tempos em a espada era amplamente utilizada como indumentária de maçons que tinham alcançado o terceiro grau, ou a plenitude maçônica.

No contexto ritualístico do REAA e o uso da espada, o titular em pé, parado ou andando, ao tê-la empunhada, a conduz em ombro-arma, ou seja, segura-a pela sua mão direita, lâmina em riste (na vertical apontada para cima); punho direito junto lado direito do seu quadril e o braço e antebraço, com o respectivo cotovelo, afastados do corpo; o braço e antebraço esquerdos ficam caídos ao longo do corpo.

Dependendo do momento litúrgico, a espada possui significados próprios, podendo ser iniciático ou como um objeto de trabalho, neste caso, representando uma arma branca para proteção individual ou coletiva.

Quanto à passagem ritualística no REAA em que Irmão Mestres Maçons apontam, no momento do Fiat Lux, espadas para o neófito, eles não formam semicírculo, mas apontam-nas dos seus lugares, os quais ficam na primeira fileira de cadeiras situadas nas Colunas do Norte e do Sul. Formação de um semicírculo diante do neófito é prática de outro rito, nunca do REAA.

Entre os ritos que compõem à Maçonaria, há ritos em que os titulares empunham espadas com a mão direita, outros, no entanto, as empunham com mão esquerda.

Ao concluir, vale lembrar que no REAA a única espada a ser segura pela mão esquerda é a Espada Flamígera, a qual é utilizada apenas nas consagrações dos candidatos. Neste caso, justifica-se o uso da mão esquerda pelo titular, porque no ato da consagração, concomitantemente ele terá, na sua mão direita, outro objeto de trabalho.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

A CÂMARA DAS REFLEXÕES

A Câmara das reflexões não representa unicamente a preparação preliminar do candidato para sua recepção, mas é principalmente aquele ponto crítico, aquela crise interior, onde começa a palingenesia que conduz à verdadeira iniciação, à realização progressiva, ao mesmo tempo especulativa e operativa, de nosso ser e da Realidade Espiritual que nos anima, simbolizada pelas viagens.

A Câmara das reflexões, com seu isolamento e com suas negras paredes, representa um período de obscuridade e de maturação silenciosa da alma, por meio de uma meditação e concentração em si mesma, que prepara o verdadeiro progresso efetivo e consciente que depois tornar-se manifesto à Luz do dia. Por esta razão, encontram-se nela os emblemas da morte e uma lâmpada sepulcral, e acham-se sobre suas paredes, inscrições destinadas a pôr à prova a sua firmeza de propósitos e a vontade de progredir que tem de ser selada num testamento.

Ao ingressar neste quarto (símbolo evidente de um estado de consciência correspondente), o candidato tem de despojar-se dos metais que porta consegue e que o Experto recolhe cuidadosamente. Tem de voltar a seu estado de pureza original - a nudez adâmica - despojando-se voluntariamente de todas aquelas aquisições que lhe foram úteis para chegar até o seu estado atual, mas que constituem outros tantos obstáculos para seu progresso ulterior.

Deve cessar de depositar sua confiança e cobiça nos valores puramente exteriores do mundo, para poder encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos os verdadeiros valores, que são os morais e espirituais. Deve cessar de aceitar passivamente as falsas crenças e as opiniões exteriores, com o objetivo de abrir seu próprio caminho para a verdade.

Isto não significa absolutamente que tem de despojar-se de tudo o que lhe pertence e adquiriu como resultado de seus esforços e prêmio de seu trabalho, mas, unicamente, que deve deixar de dar a estas coisas a importância primária que pode torná-lo escravo ou servidor delas, e que deve pôr, sempre em primeiro lugar, sobre toda a consideração material ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões espirituais. Este despojo tem por objetivo conduzir-nos para sermos livres dos laços que de outra forma impediriam todo nosso progresso futuro. Trata-se, portanto, em essência, do despojo de todo apego às considerações e laços exteriores, com a finalidade de que possamos ligar-nos à nossa íntima Realidade Interior, e abrir-nos à sua mais livre, plena e perfeita expressão.

A Câmara de reflexões, como o seu nome o indica, representa antes de tudo aquele estado de isolamento do mundo exterior que é necessário para a concentração ou reflexão íntima, com a qual nasce o pensamento independente e é encontrada a Verdade. Aquele mundo interior para o qual devem dirigir-se nossos esforços e nossas análises para chegar, pela abstração, a conhecer o mundo transcendente da Realidade. É o "gnothi seautón" ou "conhece-te a ti mesmo" dos iniciados gregos e hindus, como único meio direto e individual para poder chegar a conhecer o Grande Mistério que nos circunda e envolve nosso próprio ser. “Isto, e a cor negra do quarto, trazem-nos à mente a antiga fórmula alquímica e hermética do Vitríolo: “Visita Interiora Terrae, Rectificando Invenies Occultum Lapidem”, Visita ao interior da Terra: retificando encontrarás a pedra escondida”. Isto é: desce às profundezas da terra, sob superfície da aparência exterior que esconde a realidade interior das coisas e a revela; retificando teu ponto de vista e tua visão mental com o esquadro da razão e o discernimento espiritual, encontrarás aquela pedra oculta ou filosofal que constitui o Segredo dos Sábios e a verdadeira Sabedoria.

A representação da Verdade final e fundamental por uma pedra, não demonstra nada de estranho se imaginar que deve constituir a base sobre a qual descansa o edifício de nossos conhecimentos, que se transformará na Igreja ou Templo de nossas aspirações, e o critério ou medida sobre a qual, e a cuja imagem, deve enquadrar-se ou retificar-se todos os nossos pensamentos.

Os ossos e as imagens da morte que se encontram representadas nas paredes da câmara, além de indicar a morte simbólica que é pedida ao candidato para que complete seu novo nascimento, mostram os fragmentos esparsos e desunidos da Realidade morta e dividida na aparência exterior, cuja Vida e Unidade ele deverá buscar e encontrar interiormente, reconhecendo-a sob a aparência e dentro dela.

Fonte: Facebook_O Templo e o Maçom

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

CURIOSIDADES

Há muitas especulações (e invencionismo) sobre várias personalidades da Histária, se elas foram iniciadas ou não. Quando o assunto são os presidentes dos Estados Unidos, muitos os tratam como se todos eles fossem envolvidos com a Ordem.

Dois dos primeiros presidentes daquele país, George Washington e James Monroe, eram Maçons. Além deles, figuras importantes dos Estados Unidos, como Benjamin Franklin, John Hancock e Paul Revere também foram iniciados.

Porém, muitas figuras importantes na Revolução Americana, incluindo John e Samuel Adams, Thomas Jefferson, James Madison e Thomas Paine, NÃO eram Maçons.

Das 56 figuras que assinaram a Declaração de Independência, apenas nove eram maçons reconhecidos, de acordo com a Grande Loja da Pensilvânia; e dos 39 delegados do Congresso Continental que assinaram o projeto de Constituição da nova nação em 1787, apenas 13 (um terço) eram Maçons.

Thomas Jefferson por exemplo, o terceiro presidente dos Estados Unidos, não é reconhecido como Maçom pelas Obediências americanas e seu nome não aparece na "Lista de Presidentes Maçons". Não obstante, não há registro em nenhuma Loja sobre a sua iniciação, nem há quaisquer referências à sua filiação maçônica nos seus documentos pessoais.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

FRASES ILUSTRADAS

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO NA EXALTAÇÃO

(republicação)
Em 15/06/2018 o Respeitável Irmão Marcelo Pereira Medeiros, Loja Acácia Candidomotense, 2.612, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Cândido Mota, Estado de São Paulo, formula a seguinte pergunta:

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO NA EXALTAÇÃO

Estou recorrendo a você novamente meu Irmão. Tivemos recentemente uma Sessão Magna de Exaltação e surgiu uma dúvida, na página 101 do ritual do 3º Grau do REAA, preparação do candidato, está escrito “Que deverá estar com terno preto e sem metais”. Sempre fizemos sem o paletó, ficando o candidato somente com a camisa com o braço e peito esquerdos nus. Alguns irmãos questionaram dizendo que devemos manter o paletó, pois o ritual diz que deve estar com o terno. Mantemos o paletó ou só a camisa?

COMENTÁRIO:

Com todo o respeito, sinceramente isso é o mesmo que procurar pêlo em ovo. Ora, o que ritual menciona é que o candidato deve se apresentar vestido de terno preto e sem os metais. A partir daí então o Experto o irá preparar na forma de costume, isto é, fazendo com que o candidato retire o paletó e se mantenha de camisa branca que será arranjada (adequada) para a cerimônia de Exaltação. 

A propósito, o termo “sem metais” significa que ele não deve trazer consigo dinheiro e objetos de valor como joias, relógio, etc. Destaque-se que isso não significa não trazer “objeto de metal”, como a fivela do cinto que segura as suas calças.

Agora, manter o candidato de paletó nessa oportunidade é algo indescritível, senão pura ignorância para com os procedimentos ritualísticos.
Infelizmente sou obrigado a pensar que tem muita gente por aí discutindo o sexo dos anjos, o que é lamentável, sobretudo em se tratando de Maçonaria. 

Penso que tudo isso advém da mania do “está escrito”, ou “onde está escrito”, comuns ao peripatético viés latino de Maçonaria. Essa atitude tem sido em muitos casos um verdadeiro suporte para preguiça mental – é o não querer raciocinar.

Os defensores dessas bobagens deveriam antes procurar entender a sequência iniciática e o porquê desse arranjo na vestimenta especulativa de um maçom - desde a sua Iniciação até a Exaltação. 

Ora, se o traje do rito previsto no ritual para as sessões magnas é o do terno preto ou escuro, camisa branca, etc., por óbvio o candidato assim se apresenta para que posteriormente ele então seja preparado para a liturgia. 

No mais meu Irmão, o candidato fica com as vestes arranjadas sem paletó e de camisa. Por fim, talvez só nos reste sugerir ao GOB que preciosamente explique no ritual (pelo menos para alguns) que “o candidato deve retirar de paletó e permanecer de camisa para a preparação”.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 24 de novembro de 2024

FRASES ILUSTRADAS

QUESTÕES SOBRE O NOVO RITUAL DE APRENDIZ - REAA

Em 20.11.2024 o Poderoso Irmão Pedro Rodrigues Bueno Junior, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, formula as seguintes perguntas relacionadas ao Ritual de Aprendiz do REAA/GOB, edição 2024

RITUAL DO 1º GRAU – REAA/2024

Querido Ir Pedro

Espero que este o encontre na mais perfeita saúde.

De início, quero cumprimentá-lo pelo EXCELENTE trabalho feito na revisão do Ritual de Aprendiz do REAA, com isso creio que a maioria das dúvidas e interpretações equivocadas tenham sido esclarecidas. Porém, tenho recebido algumas consultas às quais peço vosso auxílio para que eu possa orientar os IIrdeste Oriente na forma correta.

São elas:

1.    A representação da Lua no Painel do Grau (pág. 11) e na Abóbada Celeste (pág. 26) aparecem na fase quarto minguante, porém, na pág. 15 quando se descreve o "Retábulo do Oriente" consta como sendo quarto crescente. Isso está correto? No Retábulo ela deve ser representada
em fase diferente da do Painel e da Abóbada?

2.    Na pág. 33 consta que é admitido o uso do terno preto ou azul marinho escuro, porém, nas sessões ordinárias se admite o uso do balandrau desde que seja com calça preta. Nesse caso, por ser permitido o uso de terno azul marinho não se pode usar o balandrau, também, com calça azul marinho?

3.    Pág. 208: - Falar sentado no Or: [...] "os ocupantes do Or podem falar sentados; [...]". Quando se fala "os ocupantes" refere-se a todos os que ocupam assento no Or e não somente aos que ocupam cargo (Orador/Secretário/Diácono/Porta Bandeira/etc.) com assento no Oriente. Correto?

4.    Pág. 211 - Não há incensação - porém, o Altar dos Perfumes continua aparecendo na Planta do Templo. Ele tem apenas o caráter decorativo? Não deve se aceso em momento algum, nem mesmo antes do início da sessão, correto?

5.    Pág. 215: A quem o Cobr Int anuncia - se a Loja estiver aberta, ao 2º Vig; antes da abertura ao 1º Vig. Caso um Ir chegue após a abertura da Loja o Cobr irá comunicar ao 2º Vig (conforme consta no Ritual), este deve comunicar ao 1º Vig ou diretamente ao Ven Mestre? O Ven Mestre ao responder responde ao 1º Vig, este repassa ao 2º Vig e este ao Cobr ou o Ven Mestre responde diretamente ao Cobr?

6.    O SOR continuará existindo? Em caso de dúvidas podemos nos recorrer a ele?

7.    Por último, gostaria de tirar uma dúvida não relacionada ao REAA.

Tenho um Secretário Adjunto para o Rito Moderno que foi orientado pelo Secretário Geral Adjunto para o Rito Moderno que IIr que praticam o Rito Moderno ao visitarem Lojas de outros Ritos devem se portar conforme seu Rito (ou seja, o Moderno). Isso é correto? Em nosso Ritual do REAA consta que devemos nos adequar ao Rito da Loja visitada (pág. 202). Essa regra não vale para o Rito Moderno?

CONSIDERAÇÕES: 

01.  A representação da Lua continua em quarto-crescente, porém como vista do hemisfério Norte, o mesmo hemisfério de onde se observa a Abóbada Celeste no REAA. Nossas referências são sempre relativas à meia-esfera setentrional porque o REAA é originário da França, país situado acima da linha do equador do nosso Planeta. Como praticamos uma Maçonaria simbólica, neste caso as referências são sempre relativas ao Norte. Desse modo, toda a construção iniciática do REAA, que é um rito solar por excelência, se baseia nos ciclos da Natureza que ocorrem ao Norte da Terra. Assim, para que não se crie nenhum paradoxo ritualístico, optou-se por corrigir a posição da Lua na Abóbada Celeste, no Painel do Grau e no Retábulo do Oriente (parede situada imediatamente à retaguarda do Venerável Mestre onde ficam as duas luminárias terrestres e o Delta). Vale observar que a representação da Lua é correspondente à mesma região onde nasceu o rito. Nesse sentido, quem avistar a Lua em quarto-crescente do Norte, vê o satélite natural invertido em relação ao que se vê do Sul. Isto é, o quarto-crescente da Lua visto do Norte é parecido com a letra “D”, enquanto que ao Sul ele parece com a letra “C”. À vista disso, o novo Ritual de Aprendiz do REAA/GOB, edição 2024, traz a figura representativa da Lua que decora o Templo do REAA (Painel, Retábulo e Abóbada) como se estivesse sendo observada do hemisfério Norte. Inclusive, na página 15 deste ritual consta: “[...] e a Lua, em quarto-crescente, como vista no Hemisfério Norte, [...]” (os grifos são meus). Aproveitando o ensejo, eu gostaria de frisar que na abóbada celeste do Templo corrigiu-se também o número de estrelas que compõem a constelação da Ursa Maior (de cinco para sete estrelas) – sete de “setentrião”, corrigiu-se o conjunto estelar conhecido por Plêiades, que ficou com um total de sete estrelas, foi inserida a Estrela Polar (da constelação Ursa Menor) e, por fim, foi retirada, por não fazer parte do mapa estelar da abóbada, uma estrela de matiz vermelhado que no ritual de 2009 aparecia ao Sul, perto da frisa.

02.  É também perfeitamente admissível a calça azul-marinho com o balandrau. Genericamente, a calça preta, ou azul-marinho, são compatíveis com o traje maçônico, dos quais um deles é o balandrau preto, com mangas compridas, comprimento até os tornozelos (talar) e fechado no colarinho.

03.  Exatamente. Refere-se a todos os que ocupam o Oriente da Loja. Os que por deferência resolverem falar em pé (é o que a maioria faz), então devem ficar à Ordem. Existem ocasiões em que o próprio ritual determina quando se deva falar em pé no Oriente. À vista disso, falar sentado no Oriente não é propriamente uma regra, mas um costume herdado das extintas Lojas Capitulares, para as quais foram, na época, fora criado o Oriente elevado e separado.

04.  Como um dos mobiliários do Templo, o Altar dos Perfumes permaneceu por ter sido consagrado pelos costumes. Atualmente, ele é, de fato, apenas um elemento decorativo remanescente da cerimônia de consagração (sagração) do Templo, cerimonial este que ocorre apenas uma vez no ambiente com a finalidade de dar dignidade ao espaço de trabalho (a Loja) – uma espécie de inauguração ritualística. Como na liturgia do puro simbolismo do REAA não existe cerimonial de acendimento das luzes, incensação de Templo, chama votiva, etc., é possível que este altar, obsoleto, com o tempo seja excluído do mobiliário da sua Loja simbólica.

05.  Se a Loja ainda não estiver aberta e um retardatário pedir ingresso, o CobrInt comunica diretamente ao 1º Vigilante que, por sua vez, comunica ao VenMestre. Este, para não atrapalhar ainda mais a sessão, interrompida por um retardatário, dirige-se diretamente ao Cobr Int para as providências de costume. No caso de Loja definitivamente aberta e um retardatário pedir ingresso, o Cobr Int, desta feita comunica ao 2º Vigilante e este ao 1º Vigilante que, por sua vez, informa ao Ven Mestre. O Ven, visando a menor perda de tempo possível, dirige-se diretamente ao Cobr Interno para determinar as providências.

06.  O SOR para o REAA passará por uma reformulação completa após a distribuição total dos rituais dos três graus para todas as Lojas do GOB. As orientações atuais do SOR, que servem só para os rituais de 2009, logo serão retiradas e adequadas aos novos rituais. Deste modo, as Lojas do REAA que já receberam os novos rituais (edição de 2024) devem seguir exclusivamente os novos rituais. Já as Lojas do REAA que por ventura ainda não os receberam, devem continuar seguindo, até a chegada dos rituais de 2024, o ritual de 2009 e o seu respectivo SOR. Por fim, depois da distribuição total dos rituais de 2024 às Lojas do REAA, é que o SOR será retirado para nova redação.

07.  Acredito que o Secretário Geral Adjunto para o Rito Moderno deve ter orientado para que o visitante de outro Rito deva se portar respeitando o rito da Loja visitada, ou seja, não deve interferir no andamento ritualístico dos trabalhos com práticas de outro rito, seja ele qual for – “Art. 217 do RGF: O Maçom regular tem o direito de ser admitido nas sessões que permitem visitantes até o grau simbólico que possuir. Parágrafo único – O visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que o admite em seus trabalhos (o grifo é meu) e é recebido no momento determinado pelo Ritual respectivo”. Pequenas diferenças que são encontradas entre os sinais dos diversos ritos, são toleradas. No tocante ao traje formal, o visitante se apresenta conforme o seu rito, exceto com balandrau se o rito da Loja visitada não o admitir. O que de fato um visitante não pode é se utilizar de práticas estranhas ao ritual que estiver sendo praticado pela Loja visitada naquele instante.

T.F.A.
PEDRO JUK – SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com\
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br