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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 1 de setembro de 2018

ORIENTAÇÃO SOBRE O SINAL

ORIENTAÇÃO SOBRE O SINAL
(republicação)

Orientação que pede o Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Junior, Loja Pioneiros de Mauá, 2.000, REAA, GOB-RJ, Bairro Mauá, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro. celso.mendes.junior@hotmail.com 

Às vezes nos deparamo-nos com um muro chamado paradigma, quase que intransponível e normalmente é criado por ensinamentos errados ou por má interpretação do que está escrito e também devido até a própria pluralidade dos pensamentos coletivos. Em uma sessão de Câmara do Meio 09/10/2003, eu e outro Irmão tivemos um embate de ideias e perspectivas diferente que acabou empatado e em vez de tirarmos duvidas dos Mestres criamos ainda mais duvidas até para os decanos. A dúvida é inicialmente sobre o Sinal quando da Marcha na pagina 40 Ritual de Mestre no ponto “de Aprendiz; passa-se diretamente para o Sinal de Companheiro” o Irmão questionou a mudança do Sinal de um Grau para o outro que deve ser somente levando a mão da g∴ para o t∴ e depois para o a∴ praticamente somente de descendo as mm∴ para a posição.

Que eu expliquei conforme entendo que é o seguinte: Questão do Sinal quando da Marcha - Um Sinal Penal completo é o ato de compor o Sinal e desfazê-lo pela pena simbólica. No caso da Marcha em questão, dão-se os t∴p∴pp∴ compondo o Sinal de Aprendiz. O ato seguido desfaz-se o mesmo pela pena simbólica (o que não quer dizer que está se saudando, e nem ira saudar as Luzes neste momento), compõe-se o Sinal de Companheiro e prossegue-se a Marcha e novamente compõe-se o Sinal de Mestre e prossegue-se a Marcha. Ao final se saúdam as três Luzes pelo Sinal do Mestre. 

Entendo que existe uma regra: Quem compõe o Sinal Penal para desfazê-lo, somente o faz pela pena simbólica, ou seja, todo o movimento necessário para desfazê-lo. Não existe regra de se passar de um Sinal diretamente para outro, porem deve executar todo o movimento não tirar a mão da g∴ e simplesmente colocar no t∴ e depois no a∴. É regra também que saudações em Loja aberta são feitas pelo Sinal Penal. 

É certo também que nem todo aquele que compõe o Sinal esteja necessariamente fazendo uso da saudação - exemplo: um obreiro ao fazer o uso da palavra, devidamente autorizado fica em pé e compõe o Sinal (à Ordem) e se pronuncia. Ao término da fala, desfaz o Sinal pela pena simbólica e toma assento novamente. 

Outras regras: O Obreiro que estiver em pé e parado em Loja aberta sem estar empunhando (segurando) um objeto de trabalho ficam à Ordem - pés em esquadria, corpo ereto, compondo o Sinal Penal. Não se anda com o Sinal composto, salvo na execução da Marcha do Grau. 

Na questão de se cruzar o eixo - esse costume está em desuso e não mais é previsto no Grande Oriente do Brasil. Conforme exara o ritual, as saudações são feitas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente e às Luzes da Loja quando da entrada e saída do Templo. 

A referência à entrada é aquela formal após a execução da Marcha, enquanto que à saída se refere àquela prevista antes do término dos Trabalhos – nos Ritual em vigência. 

O Sinal de Aprendiz, Companheiro e Mestre é chamado de Sinal Penal porque refere a pena dada aos CC∴ tt∴ e quando se referimos S∴ Gut∴ somente estamos falando do Sinal do Aprendiz porque é na “g∴”. E que todo Manual de orientações litúrgicas estão suspeição assim como todos os rituais antigos. 

Bom após toda essa explicação que no meu ver tem muito do que aprendi com o poderoso irmão posso dizer que até plagiei o irmão. 

A minha pergunto é: Poderia fazer uma avaliação se eu estou correto ou errado? E se possível dar maiores explicações sobre para que eu possa levar para a Loja e tirar as dúvidas principalmente dos pontos sublinhados e trazer novamente a luz. 

CONSIDERAÇÕES:


O Irmão (vossa pessoa) está coreto na sua avaliação. O que tem causado falsas explanações é o termo “passa diretamente”. Infelizmente isso tem dado margem às interpretações equivocadas. Talvez não pelo termo em si, porém pela falta de compreensão de que um Sinal se compõe primeiro na sua preparação que lhe dá o nome conforme o Grau - G∴ para o Aprendiz; C∴ para o Companheiro e V∴ para o Mestre. 

Segundo é que ele só se completa pela aplicação da pena, daí o título de Sinal Penal, cuja origem do ato está naquilo que fora dito no momento da obrigação diante das Três Grandes Luzes Emblemáticas. 

Assim, muitos ainda não compreendem que o Obreiro compondo o Sinal precisa necessariamente concluí-lo para desfazê-lo o que resulta na então aplicação simbólica da pena. 

No caso do Sinal e a Marcha, o termo “diretamente” significa, a partir do Grau de Companheiro, que não é feita saudação às Luzes no momento em que se troca o Sinal para o outro subsequente. O ato verdadeiramente é o de se “trocar” o Sinal. Cumprindo a regra, para assim proceder, o Sinal primeiro deve ser completado para sua posterior mudança. 

Outro problema na questão é o de que alguns Irmãos interpretam que aquele que compõe um Sinal estaria obrigatoriamente saudando. Esse é outro equívoco de interpretação. A realidade é a de que toda saudação maçônica para alguém é feita pelo Sinal, todavia nem sempre aquele que compõe um Sinal estará obrigatoriamente saudando algum Irmão. Essa é uma regra que deve ser observada conforme a ocasião. 

Ainda, ratificando o princípio, aquele que compõe o Sinal do Grau, independente de estar saudando ou não, sempre o desfaz pela execução simbólica da pena, daí repito o Sinal Penal. 

Nessa questão existe ainda o título de Sinal de Ordem, fato que não identifica o Sinal em si, senão o alerta de que todo aquele que estiver à Ordem (corpo ereto e os pés em esquadria) estará compondo o Sinal do Grau em que a Loja esteja trabalhando. 

A regra também observa que ninguém usa um instrumento de trabalho para compor um Sinal, isto é, não se usa o instrumento para fazer o Sinal, porém nessa situação o Obreiro parado estará sempre com o corpo ereto e os pés em esquadria uun∴ pelos cc∴. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.183 – Florianópolis(SC) –quinta-feira, 28 de novembro de 2013

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